sábado, 19 de dezembro de 2009

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 162

BACALHAU EM DATAS - 52




O FIM DA PESCA À LINHA

Caríssimo/a:

1974 - «Nos primeiros dias de Maio de 1974, tem lugar em Lisboa a última bênção dos navios e tripulações da frota bacalhoeira. Já se deu a revolução de Abril, a Organização Corporativa das Pescas começava a ser desmantelada, a explosão social chegava aos portos bacalhoeiros e a bordo dos próprios navios. A “bênção” de 1974 mantinha intactos os elementos cénicos e a evocação épica da “grande pesca”, mas estava longe da espectacularidade de outros tempos. Ao largo de Belém perfilavam-se uns poucos de navios embandeirados, pronos a largar para a Terra Nova. Cenário tão desolador e de tão nítido contraste com tempos idos que o “Jornal do Pescador” se coibiu de publicar as habituais fotografias. Nas palavras do bispo que presidiu à cerimónia, D. Maurílio Gouveia, o mundo marítimo passava naquele momento por profundas transformações que pareciam abalar as suas estruturas.» [Oc45, 91]

«Em 1974, o Gil Eanes amarrou ao cais em Lisboa. Depois de outra tentativa na área comercial foi definitivamente desactivado, aguardando a sua demolição. Foi salvo deste triste epílogo por uma comissão, os “Amigos de Gil Eanes”...» (v.1955) [HDGTM, 43]

No fim da festa, os alunos lá foram à sua vida


Mesa da França

Encerramento do período escolar


No dia 18 de Dezembro encerraram em todas as escolas do país, as actividades lectivas referentes ao 1.º período.
Iniciado em meados de Setembro, tem agora a 1ª interrupção lectiva, que, nos bons velhos tempos, se chamava férias do Natal. Agora, em pleno século XXI, ninguém pode ir para a neve fazer sky, já que nos são dados uns míseros dias para comemorar o Natal em família e gelo.....é o que vemos nas relações humanas, ainda que nesta quadra, a que alguns chamam festiva!
Também na Escola se procedeu a um digno encerramento de actividades, com a evocação do espírito natalício.



Mesa da Suíça

O dia foi dedicado às adoráveis criancinhas que durante o ano nos dão cabo da cabeça, mas que acatam com muita alegria e euforia até, a prenda que a escolha lhes dá todos os anos. O objectivo das celebrações é dar-lhes a possibilidade de vivenciar o espírito de partilha, de confraternização que são a componente do Natal.
Cada turma com o seu DT ornamentou uma mesa com doces, bebidas, enfim, uma panóplia de iguarias que costumam degustar-se nesta quadra. Aqui, deve-se uma palavra de agradecimento às mãezinhas que afanosamente se esfalfaram para que os seus filhos trouxessem as sobremesas típicas e de fabrico artesanal. O que as mães não fazem pelos seus rebentos!

Hoje ninguém intelectualmente responsável põe em dúvida que Jesus existiu



A subversão da religião


No meio da vertigem das compras e das prendas, do consumismo, não sei quantas pessoas se lembrarão ainda de que a festa do Natal está referida ao nascimento de Jesus Cristo. Seja-se cristão ou não, crente ou ateu, impõe-se reconhecer que se trata de uma figura determinante da História. Sem ele, a nossa autocompreensão não seria a mesma.

Nos últimos tempos, a atenção voltou--se para o que não é de modo nenhum central, quando se pensa no que ele é e no seu significado: como e quando nasceu, se a mãe era virgem, se teve irmãos e irmãs... Compreende-se a curiosidade das pessoas, mas estas perguntas não vão ao essencial.
Hoje sabemos que Jesus nasceu alguns anos antes da era cristã (entre 6 e 4) - o erro deveu-se a Dionísio o Pequeno, quando no século VI calculou a data do seu nascimento. Provavelmente nasceu em Nazaré da Galileia, onde se criou. Os relatos dos Evangelhos referentes ao nascimento e à infância servem-se de linguagem simbólica para significar o que mais interessa. Assim, a data de 25 de Dezembro foi adoptada mais tarde pelos cristãos de Roma, para significar que ele é o Sol verdadeiro que a todos ilumina. A presença dos pastores e dos magos anuncia o núcleo da sua mensagem: que Deus se interessa em primeiro lugar pelos mais pobres e que não exclui ninguém.

Jantar de Natal da Obra da Providência



Eduardo Arvins com o nosso prior e o nosso bispo


O bem não faz ruído, mas irradia e contagia

A mais antiga instituição de solidariedade social vinculada à paróquia da Gafanha da Nazaré, a conhecida Obra da Providência, organizou ontem o seu jantar de Natal, para fundadoras, dirigentes, antigos dirigentes, funcionárias e suas famílias. Também presentes o nosso Bispo, D. António Francisco, e o nosso prior, Padre Francisco Melo.
Depois das boas-vindas e votos de Santo Natal, apresentados pelo presidente da direcção, Eduardo Arvins, os dirigentes serviram à mesa, num gesto não muito frequente. Quiseram, certamente, levar à prática o sentido de serviço e de família que sabe acolher.
D. António Francisco, com a sua reconhecida serenidade, esteve ontem, também, de visita à Obra da Providência, para conhecer esta instituição de solidariedade social, tutelada, desde a primeira hora, pela Diocese de Aveiro, concretamente, graças ao apoio incondicional do primeiro Bispo da Diocese Restaurada, D. João Evangelista de Lima Vidal.
No jantar, D. António recordou a parábola do Bom Samaritano para dizer que o comportamento das fundadoras da Obra, Maria da Luz Rocha e Rosa Bela Vieira, se inseriu nessa linha, quando acolheram em suas casas mulheres em risco moral e desejosas de mudar de vida. Mas as fundadoras, regista o nosso Bispo, “não as entregaram ao estalajadeiro” para que cuidasse delas, pagando-lhe para isso, mas receberam-nos nos seus próprios lares.
Frisou que Maria da Luz, jovem viúva com quatro filhos para educar e com negócios para gerir, não se intimidou quando “o próximo” precisou de ajuda. E disse, referindo-se a Rosa Bela, mais conhecida por Belinha, que na altura se dedicava a tratar de doentes pulmonares, aplicando-lhes injecções e acompanhando-os, que ela “nunca teve medo” do contágio. Como vicentinas, receberam esse espírito como dom a partilhar com os que mais precisam.
O nosso Bispo falou das novas pobrezas emergentes e da necessidade de todos estarmos atentos a quem precisa de ajuda, sendo urgente “viver a caridade” sem ser preciso sair da nossa terra, contribuindo, de maneira concreta, para a construção da “pátria da fraternidade”. E acrescentou que se torna premente cultivar o “sentido de respostas às novas pobrezas”, desenvolvendo o “espírito de vizinhança”.
E a terminar a sua intervenção no jantar, D. António garantiu que “o bem não faz ruído, mas irradia e contagia” tudo e todos; nós, à semelhança das fundadoras, "somos como a Lua; não temos luz, mas reflectimos a luz que recebemos".
Neste jantar, ainda falaram o nosso prior Francisco Melo, para sublinhar a importância da caridade, que nos deve animar no dia-a-dia, e eu próprio, para lembrar que a Obra da Providência continua a preservar, nos dias de hoje, o espírito da caridade com que nasceu. De todos e para todos foram manifestados votos de Santo Natal.

Fernando Martins

D. Manuel Clemente em entrevista ao EXPRESSO de hoje


Vivemos uma "deriva libertária"
desde a II Guerra Mundial

As sociedades ocidentais estão a viver uma "deriva libertária" desde o final da II Guerra Mundial, da qual resulta que se alguém quer algo, isso "é razão e quase que moral suficiente para seguir, independentemente do que os outros pensem ou do que as instituições nos peçam", afirma o bispo do Porto numa entrevista concedida ao Expresso e que será capa do suplemento Actual no próximo sábado. Confrontado com a necessidade de perceber se, mais do que uma deriva libertária o que assistimos é a uma afirmação do indivíduo, o prémio Pessoa 2009 sustenta, numa parte da entrevista agora divulgada em exclusivo na edição em linha do Expresso, que "não somos indivíduos. Filosoficamente falando somos pessoas. O indivíduo é aquele que já não se divide mais. Eu sou uma pessoa. Vivo no feixe de relações e vivo numa sociedade tão contraditória como a portuguesa, também com as instituições que têm promovido os valores que a têm definido ao longo dos tempos. Vivo com os outros e com as liberdades e as responsabilidades dos outros".
Não é apenas porque "me apetece ou queira que devo forçar a formalização daquilo que me apetece a mim e a mais um ou dois como eu", diz D. Manuel Clemente. Deste modo, mais do que saber se o interesse das instituições deve sobrepor-se aos interesses pessoais, o bispo defende que "devemos conjugar-nos como pessoa na relação com as outras pessoas e também com as instituições" .

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Evocando o Prior Guerra: segundo pároco da Gafanha da Nazaré

Hoje evoquei o Prior Guerra, segundo pároco da Gafanha da Nazaré. Sucedeu ao Prior Sardo, em 1922, e deixou a paróquia em 1948, regressando à sua terra - Ílhavo. Podem ver aqui.

Para preparar o Natal: O Natal não é ornamento


O Natal não é ornamento

O Natal não é ornamento: é fermento
É um impulso divino que irrompe pelo interior da história
Uma expectativa de semente lançada
Um alvoroço que nos acorda
para a dicção surpreendente que Deus faz
da nossa humanidade


O Natal não é ornamento: é fermento
Dentro de nós recria, amplia, expande


O Natal não se confunde com o tráfico sonolento dos símbolos
nem se deixa aprisionar ao consumismo sonoro de ocasião
A simplicidade que nos propõe
não é o simplismo ágil das frases-feitas

Os gestos que melhor o desenham
não são os da coreografia previsível das convenções


O Natal não é ornamento: é movimento
Teremos sempre de caminhar para o encontrar!


Entre a noite e o dia
Entre a tarefa e o dom
Entre o nosso conhecimento e o nosso desejo
Entre a palavra e o silêncio que buscamos
Uma estrela nos guiará

José Tolentino Mendonça

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

MAR PORTUGUÊS passa este sábado na RTP2




O documentário Mar Português, de Francisco Manso, já foi apresentado, em antestreia, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
O Porto de Aveiro foi uma das instituições que apoiaram a produção da obra, a par do Ministério da Cultura / Instituto do Cinema e Audiovisual. O guião é da autoria de Álvaro Garrido, professor universitário e consultor do Museu Marítimo de Ílhavo.
Teresa Patrício Gouveia da Fundação Gulbenkian, Jorge Wemans, director da RTP2, Francisco Manso, Mário Ruivo, Presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS) e Mário Soares, Presidente da Comissão Mundial Independente para os Oceanos, foram alguns dos oradores numa antestreia bastante concorrida.
Mar Português vai ser exibido este sábado, dia 19 de Dezembro, pelas 21h, na RTP2.
Mais detalhes sobre o documentário disponíveis no site da RTP

Fonte: Porto de Aveiro

Mensagem de Natal do Bispo de Aveiro


Os cristãos celebram no Natal o nascimento do Filho de Deus que veio habitar connosco e que faz renascer em nós e no mundo alegria e esperança.

Sonhamos com um Natal de todos e para todos. Sabemos, porém, que nem sempre estamos abertos e disponíveis para viver e celebrar Natal de encontro com Deus e de compromisso solidário e fraterno com os irmãos na construção do bem comum.
Sonhamos ainda com um Natal que seja fermento de uma cultura da caridade na verdade, unindo e responsabilizando pessoas e povos na alegria de servir e de amar.
Não haverá Natal verdadeiro, aquele de que o mundo precisa, sem Jesus, o Filho de Deus.
Na proximidade do Natal que se avizinha e na azáfama própria destes dias sentimo-nos envolvidos por gestos e sinais, por luzes e cores que nos falam de um mundo mais belo e de um tempo mais feliz.
Nos convites e mensagens que cruzamos interroguemo-nos sobre quem acolhemos e convidamos para viver Natal connosco e sobre quem esquecemos em continuadas celebrações de Natal.
Abram-se as portas do coração e da vida das pessoas, das instituições e das comunidades cristãs para levar o Natal aos que vivem a fé com alegria e encanto e através deles às famílias sem paz, aos lares sem pão, às empresas em dificuldade, às crianças sem amor e aos idosos sem ninguém, fazendo brilhar a estrela do Natal em olhares magoados pelo medo e pela pobreza!

Acordo Ortográfico continua adiado

Somos mesmo um País complicado

Se há poucas semanas a ministra da Cultura afirmou que o acordo ortográfico entrará em vigor já no início do próximo ano, ontem, a ministra da Educação disse que a sua aplicação não está prevista para os próximos tempos. A Associação dos Professores de Português (APP) e a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) estão preocupadas e à espera de uma reunião com a tutela.

A aplicação do acordo ortográfico nas escolas não vai entrar em vigor no próximo ano, anunciou a ministra da Educação Isabel Alçada, ontem, questionada pelo PÚBLICO. "Estamos a definir a estratégia mas ainda não estão definidas metas. Não é no próximo ano ainda, [porque] temos que fazer todo um trabalho com os diferentes parceiros para definir a forma como o acordo ortográfico será introduzido", disse.


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Cartão de Boas Festas com mensagem muito oportuna



Há cartões de Boas Festas que ultrapassam em muito o trivial. Como este que aqui ofereço aos meus leitores. Encontrei-o na USF Beira Ria, na Gafanha da Nazaré, onde fui hoje inscrever-me para ser vacinado contra a Gripe A. Vale bem uma leitura atenta.
Boas Festas para todos.

Fernando Martins

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O espírito do Natal alimenta a solidariedade...




O espírito do Natal alimenta a solidariedade e os gestos de generosidade e fraternidade. Não há que tirar-lhe esta riqueza, antes fazer que ela perdure, porque em todos os dias há gente que precisa e gente que pode ajudar. Os pobres, por exemplo, estão sempre disponíveis para ajudar sem papéis, sem juros, sem prazos, os mais pobres que eles.Não sei, porque normalmente não se diz, se na contagem dos milhões de lucros das grandes empresas, privadas ou estatais, há prevista alguma alínea destinada aos pobres ou às instituições que deles cuidam todos os dias. Dar a quem precisa é um gesto extraordinariamente rentável, do qual há gente que nunca não se apercebeu. Nada como pôr em prática, porque é este o modo pelo qual se mostra o valor das teorias.
António Marcelino

Jantar de Natal da Universidade Sénior


Leitura de texto ao jeito dos jograis

À volta da mesa  em espírito natalício


Ontem, no restaurante “Estufa” da Gafanha da Encarnação, teve lugar o jantar da Universidade Sénior (US). Directores e outros responsáveis, alunos e professores (ou todos alunos e todos professores) conviveram, em espírito natalício, tão propício à harmonia social e familiar.
Para além da refeição, sempre agradável, se bem confeccionada e servida, como foi o caso, houve a partilha de saberes e sabores, mas também a proximidade entre os comensais.
A abrir, o presidente da direcção da Fundação Prior Sardo, Hugo Coelho, recordou que a Universidade é, no fundo, uma “facilitadora de contactos” entre pessoas, com a preocupação de “fazer crescer” tudo e todos.



Carlos Duarte e Hugo Coelho

Manifestou o desejo de que num futuro próximo haja “novas condições de trabalho”, na linha de garantir o ambiente académico “em local próprio”. Disse que os convívios das quartas-feiras vão continuar, para celebrar aniversários e outros eventos, e afirmou que a US quer ser “ponto de encontro dos munícipes de Ílhavo”.
Não faltou a leitura de um texto, ao jeito de jograis, e o ensaio de cânticos de Natal, por iniciativa de Helena Matos, também autora do texto apresentado. Constata-se que, afinal, há potencialidades criativas nos alunos da universidade recentemente criada, para servir o município ilhavense.
A direcção ofereceu aos alunos o cartão individual, cuja utilização dará alguns direitos aos seus possuidores, noneamanete descontos em certos estabelecimentos comerciais e de serviços. Ainda foi oferecia uma prenda de Natal, uma miniatura da Fundaçãlo Prior Sardo, preparada, com todo o carinho, pelos directores e funcionários da instituição.



Nasceu a Confraria dos Ovos Moles de Aveiro


Confraria dos Ovos Moles


Confrades do Bacalhau e dos Ovos Moles


Decorreu no passado sábado, em Aveiro, a apresentação da nova Confraria denominada de OVOS MOLES DE AVEIRO, que teve como confraria padrinho a de S. Gonçalo. Presentes oito confrarias gastronómicas e enófilas, além da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas e de muitos convidados .
No final das entronizações dos novos Confrades e dos Confrades de Honra, decorreu um cortejo que terminou no Museu de Santa Joana, com a distribuição de Ovos Moles por todos os presentes.

Prémio para Álvaro Garrido



Álvaro Garrido, Director do Museu Marítimo de Ílhavo e professor da Universidade de Coimbra, recebeu ex-aequo, o prémio Almirante Sarmento Rodrigues, atribuído pela Academia da Marinha, pela publicação do livro Biografia Politica de Henrique Tenreiro.

Para preparar o Natal

NATAL, E NÃO DEZEMBRO

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido…
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.


Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave…
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
Talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Diante da tempestade é que se dá valor à bonança




Dos fins aos princípios

1. Não é novidade que diante da tempestade é que se dá valor à bonança ou que quando estamos doentes é que damos mais valor à saúde. Esta experiência adquirida da vida diária haveria de ser transferida para patamares da ordem da saúde global dos grandes valores. Sendo interessante, não será necessário aprofundar obras paradigmáticas como «O fim da história e o último homem» (1992) de Francis Fukuyama ou a sua resposta no ensaio «O choque de civilizações e a recomposição da nova ordem mundial» (1996) de Samuel Huntington para nos apercebermos de que a temática da mudança de paradigmas pode ser comparada a um “fim” que abre novas janelas de compreensão de tudo o que nos rodeia. Não por se estar em final de ano 2009, mas se fizermos o corajoso exercício de nos situarmos nos diversos fins que poderão existir em termos pessoais, sociais ou globais, chegamos à conclusão de que é urgente relativizamos os acessórios e valorizarmos os grandes princípios.

Efeméride Aveirense: Posse do primeiro Reitor da Universidade de Aveiro

1973

Primeiro Reitor da UA

Neste dia, em 1973, o ministro da Educação Nacional, Prof. Doutor Veiga Simão, conferiu posse ao primeiro Reitor da UA, Prof. Doutor Vítor Gil, em sessão soleníssima realizada no salão de conferências  do Museu de Aveiro, junto ao túmulo da Princesa Santa Joana.
Aqui fica esta simples nota para evocar um acontecimento que marcou, de forma muito significativa, a vida de Aveiro e sua região.

Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré em jantar de Natal muito participado


Ribau Esteves e Ferreira da Silva


Com centenário da freguesia à porta,
esperam-se prendas condignas


Participei, no sábado, na jantar de Natal do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN). Como acontece todos os anos, a família do folclore junta-se para conviver, à volta da mesa, onde o espírito natalício marca presença indelével no coração de todos.
Se é verdade que esta festa se faz à sombra do Menino Deus que vem a caminho, também é justo dizer que este encontro encerra um ano de muito trabalho e de muitos quilómetros andados para levar longe o nome da nossa terra, como sublinhou o presidente do Grupo, Alfredo Ferreira da Silva.



Aspecto do jantar

Recordou, mais uma vez, que o GEGN nasceu na Catequese da paróquia, felicitou o Acácio Nunes, membro do grupo desde a primeira hora e que agora faz parte do Conselho Técnico da Federação do Folclore Português, falou da Festa em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes, com a sua procissão pela ria, e perguntou onde estava o Programa das Festas do Centenário da Freguesia, porque "uma vida de 100 anos tem de ser comemorada condignamente".
O presidente da Câmara, Ribau Esteves, louvou o trabalho do GEGN, que luta pela "preservação dos nossos valores culturais", desenvolvido em “espírito de missão”, e garantiu que o próximo ano está na agenda da autarquia municipal, da Junta e da paróquia. Sublinhou que a inauguração do “renovadíssimo” Centro Cultural da Gafanha da Nazaré vai acontecer neste ano festivo, sendo uma “presença estética” de grande valia. Informou que a responsabilidade artística ficará garantida pela gerência do Centro Cultural de Ílhavo, com “toda a sua experiência”.
Ribau Esteves disse que o Festival do Bacalhau vai continuar no Jardim Oudinot e que a Casa Gafanhoa, a completar 10 anos, “vai ter nova vida, no que diz respeito à sua valorização”. E sobre a Casa da Música, espera “que tudo se resolva”, o mais breve possível. Ainda se mostrou esperançado de que “2010 vai ser o melhor de todos os anos para todos”.
FM

Para preparar o Natal


Presépio de Carlos Duarte

Jesus Cristo é a luz do mundo

Das trevas, ao fundo, brota a brancura do Presépio, como sinal de pureza, de simplicidade, de ternura. Para os crentes, Jesus Cristo é a luz do mundo, que ilumina  os homens e mulheres de boa vontade. Para todos, Ele pode ser porta aberta à fraternidade, à solidariedade, ao amor que tudo perdoa. Então, que este Presépio do Carlos Duarte nos inspire gestos de paz e bem, que nos tornem próximos de quantos nos rodeiam, nesta quadra e sempre.

FM

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

É preciso pensar sobre as razões da festa e o porquê da necessária sobriedade de vida…

A sobriedade infantil

1. A quadra, nas propostas aliciantes de consumo, é de forte apelo à quantidade. Não faltam em todos os escaparates as mil e uma ofertas com as mais variadas vantagens para outras tantas situações em que o gerar do hábito e da necessidade é a arma mais poderosa. Ninguém está obrigado a comprar, é certo. Mas a designada sociedade de consumo tem neste mês o pico mais visível. A necessária educação para o consumo, no pressuposto lógico da “liberdade de comprar”, tem nestas quadras razões maiores para se justificar, mas estas são precisamente as alturas em que, mesmo sem qualquer generalização, a reflexão sobre os hábitos de consumo mais se manifesta infecunda. Gilles Lipovetsky, autor da Era do Vazio, na sua obra Felicidade Paradoxal (2008), bem tentou compreender os contornos do hiper-consumo.

Crónica de um Professor



Involução docente

Com a evolução dos tempos, há a necessidade de o cidadão comum se adaptar às novas realidades. Se isto se aplica a qualquer sector de actividade, com mais premência se aplica à vida docente.
Com uma formação académica centrada numa componente específica do saber, esperar-se-ia que o professor se dedicasse ao seu mister, não extravasando o domínio da sua área curricular.
Isto passava-se, antigamente, em que cada saber estava a cargo do seu detentor, sem que o professor metesse a foice em seara alheia.
Era assim, na mesma época em que as estações do ano estavam bem definidas, antes de as alterações climáticas terem destruído essa harmonia. Num qualquer Outono de meados do século passado, todos sabíamos que urgia reordenar o guarda-fatos e guardar para uma hibernação de alguns meses, as roupas da estação cessante – o Verão.
Hoje, no ano da Graça de 2009, em pleno século XXI, se por um lado o conhecimento tende a especializar-se e cada um tende a saber o máximo num campo, cada vez mais restrito, aparece algo de paradoxal com a profissão docente. A esta estão atribuídas funções de pai, amigo, médico, psicólogo, animador cultural, etc, etc. O mais surpreendente e inesperado é a sua função emergente de baby-sitter que integra a nova carga horária de qualquer interveniente, na acção educativa!
Quando falta o professor da disciplina, lá vai o baby-sitter de serviço, que a Escola moderna tem sempre em reserva. Nunca as nossas criancinhas foram tão bem tratadas (!?), “domesticadas”, vigiadas por pessoal especializado e tão competente! Noutros tempos, era uma alegria quando, raramente, um professor faltava; hoje, nenhuma das crianças que frequentam as nossas escolas, fica entregue a si própria, pode pôr o pé em ramo verde! Com toda esta vigilância, este acompanhamento próximo da perseguição detectivesca, pensarão alguns, esperar-se-ia uma sociedade perfeita, cumpridora de regras, bem formada e informada!
Hoje, no contexto da Escola actual, quase todos os professores têm, na sua carga horária, uma parte dedicada a esta actividade: baby-sitting!

Para começar a semana, uma sugestão de leitura: O Natal em Aveiro e sua Região



Para os meus leitores, aqui fica uma sugestão de leitura para a quadra que atravessamos. Se é certo que não podemos ignorar ou menosprezar as nossas tradições, que fazem parte, indissoluvelmente, do nosso ADN, enquanto seres inteligentes e sensíveis ao bem e ao belo, então importa reflectir um pouco sobre o Natal.
O historiador aveirense Amaro Neves escreveu este belíssiomo livro, que dedicou aos seus netos e aos seus pais, "reais figurantes das festas natalícias no quadro humano do nosso pequeno mundo familiar... que recordem, vivam e transmitam os valores espirituais subjacentes a todos os momentos da Natividade de Cristo."
Faço minhas, humildemente, as palavras do autor.

FM

domingo, 13 de dezembro de 2009

Alunos da Universidade Sénior expõem fotografias



Está a decorrer na Fundação Prior Sardo, na Gafanha da Nazaré,  uma exposição de 30 fotografias da autoria de quatro alunos da Universidade Sénior daquela instituição.
Paisagens, monumentos e rostos são temas retratados por Custódia Bola, Maria Jorge, Orlando Leitão e Piedade Trindade, alunos da disciplina de Fotografia e Comunicação, orientada por Carlos Duarte. Esta mostra fotográfica está patente até dia 31 de Dezembro
No dia da inauguração, e na presença de muitos alunos, professores e da Directora da Fundação, foi salientada a qualidade dos trabalhos apresentados e a dedicação com que alunos e professor se empenharam na sua realização.


Festa de Natal da Confraria Gastronómica do Bacalhau






XI Capítulo a 23 de Janeiro em Ílhavo

Decorreu no passado dia 11, no Hotel de Ílhavo, a Festa de Natal da Confraria Gastronómica do Bacalhau com a presença de todos os Confrades e respectivas esposas.
Momento de alegria e oferta de presentes foi também aproveitado pelo Grão Mestre, João Madalena, para anunciar a realização do XI Capítulo a decorrer no dia 23 de Janeiro.
A concentração das Confrarias será no Salão Nobre da Câmara de Ílhavo, seguindo-se a já célebre “patanisca de honra” e a missa solene na Capela da Nº. Senhora do Pranto, no fim da qual as Confrarias, em cortejo, dirigem-se para o Hotel de Ílhavo onde decorrerá a Entronização dos novos Confrades e dos Confrades de Honra.

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO de hoje


(Clicar na imagem para ampliar)

Os meus livros antigos







Este "DICCIONARIO DA ANTIGA LINGUÁGEM PORTUGUEZA", que tinha o preço de 800 reis, teve por Editor e proprietario F. A. Miranda e Souza e foi composto e impresso na tipografia da Empreza Lusitana Editora, pertencente ao editor, C. do Ferregial, 23, Lisboa. Foi coordenado por H. Brunswick.
Intercalado  com grande número de vocábulos HODIERNOS de OBSCURA SIGNIFICAÇÃO,  foi pertença do Dr. Alberto Souto.
É óbvio que de vez em quando o consulto...

FM

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 161

BACALHAU EM DATAS - 51




O PRINCÍPIO DO FIM ...

Caríssimo/a:

1964 - «O máximo de arqueação líquida (capacidade) da frota bacalhoeira [é] de 67.026 toneladas em 1964, quase sete vezes mais que em 1934. Ora, se nesse período, o número de unidade em laboração pouco mais que duplicou, o que supõe um crescimento de capacidade média de pesca por navio.» [Oc45, 101]

1965 - «A quarta e última novidade só se detecta em 1965. É então que faz a sua primeira viagem inaugural o primeiro arrastão pela popa da frota portuguesa, o MARIA TEIXEIRA VILARINHO, armado pela empresa José Maria Vilarinho, L.da, de Aveiro. Construído nos Estaleiros Navais de Viana, foi também o primeiro navio da frota dotado de porão congelado.» [Oc45, 100]

1966 - «Até 1966, os diversos tipos de navios de pesca à linha perfazem a maioria das unidades da frota, embora nessa data a capacidade global de pesca dos arrastões bacalhoeiros já supere a dos veleiros com e sem motor.» [Oc45, 95]

1967 - «... a liberalização do comércio do bacalhau aconteceu em 1967...» (v. 1934)[BGEGN, 1991, 7]

«O princípio do fim da “Campanha do Bacalhau” ocorreu aquando da liberalização do comércio do bacalhau, em 22 de Julho de 1967 (Portaria n.º 22790). No essencial, este diploma, assinado pelo Secretário de Estado do Comércio, Fernando Alves Machado, abolia a “tabela do bacalhau” em vigor desde meados de trinta e permitia aos armazenistas a importação de remessas a título individual (abolição do sistema de quotas de rateio).» [Oc45, 104 n. 3]

Para preparar o Natal: Natal também é cultura



Esta Árvore de Natal, que encontrei na sexta-feira na  Biblioteca Municipal de Aveiro, mostra bem que o período natalício também é cultura. Descobrir o Natal nos livros, e  noutras formas de arte, poderá ser uma excelente oportunidade para nos familiarizarmos com o Jesus Cristo que nasceu há dois mil anos para dar início à civilização do amor. Contos, tradições, poesia, relatos de vivência natalinas, ilustrações e tantas outras expressões podem ser motivo de deleite cultural para cada um de nós.

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