no Diário de Aveiro
Não sendo para celebrar, deve ser mesmo para nos alertar, para ser uma espécie de marco. E para olhar em volta. Para refletir o nosso mundo, com vias a alguma mudança. É que, se olharmos para os pobres, melhor, se os «encontrarmos» verdadeiramente, poderemos contribuir para acabar com tantas ansiedades e medos inconsistentes, fortalecendo aquilo que verdadeiramente importa na vida e que ninguém nos pode roubar o amor verdadeiro e genuíno. Na realidade, os pobres, antes de serem objeto da nossa esmola são seres humanos, que nos ajudam a libertar das armadilhas da inquietação e da superficialidade.
Reconheço que temos a sorte de conviver e de poder escutar, muitas vezes e ao vivo, uma das vozes mais assertivas, no nosso mundo — o Papa Francisco.
Conhecedor da nossa fragilidade humana, mas também da nossa força e criatividade, ele pede-nos: «Nunca afastes de algum pobre o teu olhar.»