Mostrar mensagens com a etiqueta Daniel Rodrigues. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Daniel Rodrigues. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Os amigos não se esquecem


Os amigos não se esquecem, mesmo quando partem para o regaço maternal de Deus. E um dia, estaremos todos juntos. Esta é a minha posição perante a existência humana. Assim penso pela fé que me anima, desde tenra idade.
Hoje evoco, com muita saudade, o Padre Miguel Lencastre e o Daniel Rodrigues, já falecidos, e o Padre António Maria, célebre cantor, felizmente ainda vivo, tanto quanto sei e desejo.
Esta foto regista um encontro que tivemos, à hora do chá, na residência paroquial da Gafanha da Nazaré. Porquê?
O Daniel Rodrigues era jornalista profissional e eu colaborava com ele como correspondente do "Comércio do Porto". Eram frequentes as visitas do Daniel à Gafanha, em serviços de reportagem. Daí a nossa amizade, principalmente quando enveredou pelo jornalismo, deixando as funções que desempenhava no Tribunal de Aveiro.
O Padre António, que não vejo há muito, não sei por onde andará, mas deve continuar entusiasmado com a sua fé e com as canções que o animam na vida, animando outros na sua caminhada terrena.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Vaticano evoca memória do beato "Pelé"

Daniel Rodrigues,
se estivesse entre nós, rejubilaria




Daniel Rodrigues 
O Vaticano divulgou no dia 2 de agosto uma mensagem para a celebração da memória do Beato Zeferino Giménez, cigano espanhol conhecido como “Pelé”, convidando a promover uma “verdadeira fraternidade cristã” que respeite todos. 
“Pelé nasceu no seio de uma cultura que cuida dos seus mais pequenos e dos seus mais velhos com paixão. Sabem que tanto uns como os outros, pela sua vulnerabilidade, precisam de cuidado, embora também como agradecimento a Deus pelo dom das suas vidas”, refere o texto, assinado pelo cardeal Peter Turkson, prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé). Zeferino Giménez Malla foi fuzilado em Barbastro (Espanha), em 1936, por tentar salvar um sacerdote. A Santa Sé destaca que na vida de Pelé, como é popularmente conhecido pelos ciganos, se encontram refletidos “os valores centrais da vida cristã”. “Os ciganos são peritos na fraternidade. As dificuldades que têm tido que enfrentar coletivamente, ao longo dos séculos, criaram neles um forte sentimento de pertença e de solidariedade de grupo”, destaca o cardeal Turkson.

NOTAS: 
1.Texto publicado no "Correio do Vouga" de hoje;
2. Afirmo em cima, a abrir a informação do semanário da Diocese de Aveiro, que, se fosse vivo, o Diácono Permanente Daniel Rodrigues rejubilaria com esta notícia do Vaticano. É que o meu saudoso amigo exerceu as responsabilidades da Pastoral dos Ciganos na Diocese de Aveiro  durante a sua vida diaconal. Incansável defensor dos direitos dos ciganos, enquanto cidadãos de pleno direito, o Daniel participou nas cerimónias da beatificação de Zeferino Giménez, tanto quanto me lembro, sobre as quais escreveu com o sentimento e vivacidade que o caracterizavam. Recordo-o hoje com natural emoção. 

domingo, 1 de maio de 2016

Do alto do Farol

Não estranhem que divulgue o que é bom


Não estranhem os meus amigos se passarem a encontrar no meu blogue algumas referências aos espaços comerciais e outros que, na minha ótima, venham a merecer algum destaque, por mais breve que seja. Não me move qualquer interesse económico ou qualquer benesse, muito menos cederei a pressões. Ajo por razões de consciência, no sentido de divulgar o que é bom e de estimular iniciativas semelhantes. 
Não se julgue, porém, que terei como meta chegar a todos os lados, pois farei esta análise tão-só quando as oportunidades surgirem. Deste modo, quero dizer que na nossa região há estabelecimentos que souberam adaptar-se às circunstâncias, evoluindo numa perspetiva de servir o melhor possível os seus clientes, enquanto outros estagnaram no tempo por razões diversas.  

Fernando Martins

NOTA: "Do alto do Farol" era uma rubrica do jornalista Daniel Rodrigues nas páginas de "O Comércio do Porto", na qual fazia referência a acontecimentos da vida regional. Era muito lida, tanto quanto sei, porque o Daniel muitas vezes trocava impressões comigo a propósito dos temas que tencionava abordar, falando-me posteriormente das reações, que eram várias, que lhe chegavam. É, de certa maneira, uma homenagem ao labor do repórter mais conhecido no Distrito de Aveiro no seu tempo. 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Amigos de coração...



Ora aqui estão uns amigos de coração. Da esquerda para a direita: Padre António Maria Borges, eu próprio, Daniel Rodrigues e Padre Miguel Lencastre. Há uns bons anos. O Daniel veio à Gafanha da Nazaré para fazer uma reportagem. Eu acompanhei-o para lhe dar umas dicas. O Padre Miguel recebeu-nos na cozinha da Residência Paroquial para nos servir, ao seu jeito, um chá. E depois conversámos. Não me recordo da pessoa que disparou a máquina fotográfica, mas talvez tenha sido o João, empregado do Comércio do Porto, na delegação de Aveiro...
O Daniel já nos deixou, mas a sua memória permanece viva em Aveiro e sua região. Os restantes, como estão jovens nesta foto. 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ainda o falecimento do Daniel Rodrigues

Daniel Rodrigues na Redacção

O Daniel Rodrigues, jornalista em vários órgãos de comunicação social, foi hoje recordado pelo Correio do Vouga, com o destaque que ele merece. Foi director-adjunto deste semanário diocesano, ao qual deu o melhor de si mesmo.
D. António Marcelino, que o conheceu como poucos, ao nível eclesial e humano, lembra-o assim:

«Daniel Rodrigues, jornalista inquieto e cristão inconformado


Conheci-o enamorado de “O Comércio do Porto” e a viver para ele as 24 horas do dia. Vi-o a correr ofegante para estar em todas. Ouvi-o a dizer palavras em catadupa, com receio de não comunicar tudo quanto tinha lá dentro. Observei-o entre os colegas de profissão, amigo de todos, fiel a todos. Escutei-lhe os desabafos ante a morte anunciada do “seu” jornal. Testemunhei como viveu o diaconado permanente como caminho de realização humana e cristã, e como serviu o Correio do Vouga, sem condições. Acolhi, com respeito e abertura, as suas confidências, preocupações e projectos. Vi os seus olhos a reluzir, sempre que recordava e sonhava passos andados a bem da região e da Igreja. Saboreei a sua paixão pelos pobres, pelos ciganos e os excluídos sociais. Senti-o a definhar-se na sua saúde, a pedir que não dessem por definitiva a sua debilidade, porque alimentava, até ao fim a esperança de viver, comunicar, servir, ser forte… Um homem da cidade que ele amava e o amava; da Igreja, de que falava com amor e servia com generosidade; das suas terras do Paiva, horizonte largo e duro do homem lutador que ele era; dos muitos amigos, espalhados por esse Portugal fora, que me perguntavam por ele, a jeito de quem o recordava como ele sempre foi…
Era assim, e muito mais, o Daniel. Morreu, mas continua vivo, como todos os que não viveram em vão. Semeou muito. Até ao fim. Os frutos hão-de vir.»

  Pode ler mais aqui, em "Bem-haja, Sr. Daniel!", "Duas propostas para lembrar um grande jornalista" e "Daniel Rodrigues foi o primeiro jornalista profissional em Aveiro"

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Faleceu o Daniel Rodrigues


Soube há minutos que faleceu o meu amigo Daniel Rodrigues, o decano dos jornalistas aveirenses. Tinha 79 anos e foi ordenado Diácono Permanente em 22 de Maio de 1988.
Como jornalista, trabalhou incansavelmente no "Comércio do Porto" e no "Diário Popular", tendo exercido, também, as funções de director-adjunto do "Correio do Vouga". Como diácono, foi responsável da pastoral dos ciganos e colaborador da paróquia da Glória.
Distinguiu-se sobremaneira como repórter, conhecendo todos os recantos do Distrito de Aveiro, e não só. As suas reportagens caracterizaram-se pelo humanismo com que enfrentava as realidades, denunciando injustiças e promovendo as pretensões que considerava legítimas das populações. O reflexo desse seu trabalho  está bem patente no livro “Vouga Arriba... ou o drama de um povo”, publicado em 1974. Nele disse que não olhava a homens ou a cargos. «Importa-nos, isso sim, a defesa do Povo. Para além da nossa ideologia política e religiosa, está o bem da Colectividade, das camadas mais desprovidas de réditos. Não atacamos ou elogiamos homens; atacamos situações, elogiamos tomadas de posições verdadeiras.»
Ao serviço da reportagem, facilmente captava a “notícia”, retratava com sensibilidade e humanismo dramas e alegrias, ao mesmo tempo que alertava para as injustiças e para os injustiçados.