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domingo, 17 de maio de 2020

JOÃO PAULO II: NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO

Crónica de Anselmo Borges no DN

"Foi um lutador incansável pelo que considerava a sua missão: precisamente a defesa da paz, que o levou a viajar pelo mundo todo como seu mensageiro"

1. Celebra-se amanhã, 18 de Maio, o centenário do nascimento de Karol Wojtyla, que havia de ser Papa, com o nome de João Paulo II. 
Fica aí um breve apontamento sobre essa figura marcante do século XX. Não é, de facto, possível escrever a história do século XX ignorando João Paulo II, que não foi apenas uma figura marcante, mas determinante, do século passado. Apresento alguns acontecimentos, um pouco à maneira de flashes, referentes concretamente ao seu pontificado, um dos mais longos da História: mais de 26 anos, de 18 de Outubro de 1978 a 2 de Abril de 2005.
João Paulo II foi um dos líderes mais influentes do seu tempo. Era um homem de convicções, corajoso, profundamente crente no Evangelho e no Deus de Jesus. Foi com ele e as suas viagens por mais de cem países que a Igreja católica tomou real consciência de ser uma Igreja mundial. Foi decisivo para o fim do comunismo no seu país natal, a Polónia, e para a queda do Muro de Berlim. Afirmou e reafirmou os Direitos Humanos. Escreveu notáveis encíclicas sobre ética social e concretamente sobre os direitos dos trabalhadores (Laborem exercens e Centesimus annus) e, se não me engano, foi o primeiro Papa a utilizar a palavra ecologia em todo o seu significado de defesa do meio ambiente. Perdoou àquele que o quis assassinar e visitou-o na cadeia. Reuniu em Assis os representantes das religiões mundiais para a oração, criando o que ficou conhecido como “o espírito de Assis”, no sentido da compreensão entre as várias religiões a favor da paz. Fez o possível para evitar a invasão do Iraque, um erro histórico brutal cujos efeitos ainda hoje o mundo está a pagar. Foi um lutador incansável pelo que considerava a sua missão: precisamente a defesa da paz, que o levou a viajar pelo mundo todo como seu mensageiro. Era humilde: ele que chegara a Papa, jovem e atleta, não teve vergonha em envelhecer sem ocultar ao mundo a sua decadência física.

sábado, 26 de novembro de 2016

Últimas Conversas.Testamento de Bento XVI. 2

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias



A convite de João Paulo II, o cardeal Joseph Ratzinger aceitou em 1981 ser Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, com uma condição: continuar a publicar livros. "Porque sentia a obrigação interior de poder dizer algo à humanidade". Gostaria de ter dedicado a vida à "teologia científica". "Todos os escândalos chegam à Congregação". "Que na Igreja há porcaria é conhecido, mas o que o Prefeito da Congregação tem de digerir vai muito para lá". Fez questão em não misturar a sua teologia com os documentos da Congregação: não foi ele, por exemplo, que redigiu a Dominus Jesus, sobre a unicidade da Igreja católica. Confessa que "está feliz com as reformas do Concílio, quando são acolhidas com honestidade, na sua substância." Mas "cada vez mais pessoas perguntavam: a Igreja ainda tem uma doutrina comum? Ora, tenho a convicção de que também hoje devemos estar à altura para dizer o que é que a Igreja crê e ensina".
Confessa as suas debilidades: em 1991, teve uma hemorragia cerebral, seguindo-se imensas dificuldades, acabando por ficar cego do olho esquerdo. Vale-lhe a música, mas precisa de silêncio e de 7-8 horas de sono. Não é um "grande conversador" e é débil de voz, com uma saúde frágil.

domingo, 29 de novembro de 2015

Deus não passa por nós a correr

Crónica de Frei Bento Domingues 

«Precisamos de tempo 
para nascer de novo, para descobrir 
que outro rumo e outra vida são possíveis»


1. Não esperava que me viessem pedir contas por Deus não ter feito nada para impedir o massacre de Paris. Essas pessoas acabaram por concluir que tinham batido à porta errada. Sugeri-lhes, com toda a paciência, que falassem directamente com Ele e aproveitassem o encontro para se esclarecerem acerca de todas as guerras e violências que, até em seu nome, foram desencadeadas ao longo da História. Algumas das narradas na Bíblia Hebraica até passaram a ser glorificadas na Liturgia católica, como acontece, por exemplo, na própria Vigília Pascal. Isto sem falar na recitação e canto de alguns salmos especialmente violentos!
Como não me lembro de ter, alguma vez, atribuído a Deus as asneiras da iniciativa humana ou os desconcertos da natureza, não me sinto atraído a abordar casos de polícia como altamente religioso-teológicos. Tanto os que o culpabilizam como os que o absolvem sabem demasiado da divindade. Não se dão conta que Deus, em si mesmo, nos é totalmente desconhecido (omnino ignoto).

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Anotações pessoais de João Paulo II

Contrariando a vontade expressa do Papa



«Um livro baseado em anotações pessoais de João Paulo II foi hoje lançado na Polónia envolto em polémica, com documentos que deviam ter sido destruídos pelo antigo secretário particular do antigo papa.»

Ler mais aqui

Nota: Até que ponto é legítimo publicar notas de um Papa que determinou que as mesmas fossem queimadas pelo seu secretário particular? É caso para dizer, com toda a propriedade, que não se pode confiar em ninguém. O antigo secretário de João Paulo II traiu, consciente e deliberadamente, uma ordem do Papa que nele confiou. É mesmo de lamentar.


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O futuro somos nós



"Não tenham medo do futuro 
porque o futuro são vocês"

João Paulo II

Dizemos frequentemente que temos de preparar um futuro melhor para os nossos filhos, quando, na verdade, o que temos de fazer é preparar os nossos filhos para o futuro. Parece um jogo de palavras, mas não é. E João Paulo II até nos diz que, afinal, nós  já somos o futuro. Teremos sido preparados para ele?

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domingo, 1 de maio de 2011

Polémica à volta da beatificação de João Paulo II




Sou dos que alinharam pela ideia da beatificação do Papa João Paulo II aquando da sua morte. O funeral, que congregou uma multidão imensa, representativa de todos os quadrantes do mundo, mostrou quanto ele era amado e venerado, pelo seu exemplo incansável na defesa de causas que dignificaram a humanidade. Na altura, não me cansei de dizer, onde quer que estivesse, que a santidade do Papa João Paulo II tinha já sido decretada pelo povo, crente e não crente. 
Vêm agora certos críticos clamar contra a sua beatificação, alegando que o Papa Peregrino teria cometido alguns erros, impróprios de o elevarem à honra dos altares. Estranho tal pressuposto, tanto mais que muitos dos que protestam se declaram católicos. 
Sabendo nós que neste mundo todos os seres humanos são pecadores, como admitir que João Paulo II não teria sido membro desta humanidade que erra por tudo e por nada? Ele pecou como todos os beatos e santos pecaram. O que importa é saber se, no meio de uma vida em que os erros também estiveram presentes, houve ou não houve atitudes, comportamentos e esforços persistentes para que os homens e mulheres do seu tempo se tornassem mais fraternos, mais caridosos, mais solidários, mais abertos ao transcendente e aos irmãos. Isto é que eleva e torna digno dos altares, na Igreja Católica, os seus filhos, que ficarão na história dos homens para serem imitados. 
E já agora, permitam-me que acrescente mais um pormenor: A Igreja Católica exige o reconhecimento de um milagre de Deus, por intercessão do candidato a beato, para o declarar como tal; para mim, esse milagre está, fundamentalmente, neste caso de João Paulo II, na aceitação do seu testemunho pelo povo crente e até por muitos que estão afastados do catolicismo. 

Fernando Martins 


Bento XVI proclamou beato o seu antecessor João Paulo II



«O Papa Bento XVI acaba de proclamar beato, o primeiro passo no caminho da canonização, o seu antecessor João Paulo II. Eram 10h38 em Roma, menos uma hora em Lisboa. O aplauso na Praça de São Pedro e nas outras oito praças de Roma onde se concentram centenas de milhares de pessoas – a presença de polacos é esmagadora – foi imenso, prolongando-se por vários minutos. A multidão já tinha aplaudido diversas vezes durante as referências à sua biografia, nomeadamente o seu nascimento em 1920, a sua eleição como Papa, em 1978, e a alusão ao momento da sua morte em 2005.»

Texto e foto do PÚBLICO. Ver mais em Ecclesia

sábado, 30 de abril de 2011

Se admirei João Paulo II? Admirei e admiro

João Paulo II

Beatificação de João Paulo II

Anselmo Borges

Foi-me dado falar pessoalmente, no Vaticano, com o Papa João II. A impressão que me ficou foi a de um homem não propriamente afectivo, mas antes afirmativo e duro, ao contrário do cardeal Joseph Ratzinger, que me pareceu tímido e afável.
Se admirei João Paulo II? Admirei e admiro. Era um homem de convicções, corajoso, crente no Deus de Jesus; afirmou e reafirmou os Direitos Humanos; contribuiu para a queda do Muro de Berlim; escreveu uma grande encíclica sobre os direitos dos trabalhadores (Laborem exercens); perdoou àquele que quis assassiná-lo; reuniu em Assis os representantes das religiões mundiais para a oração; fez o possível para evitar a invasão do Iraque; foi um lutador incansável pelo que considerava ser a sua missão; viajou pelo mundo como mensageiro da Paz.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Caixão com os restos mortais de João Paulo II junto ao túmulo de São Pedro

João Paulo II

Corpo vai ser exposto à veneração dos fiéis 
após a celebração da beatificação, 
no domingo

«O  caixão de João Paulo II foi hoje retirado do seu túmulo e colocado junto ao de São Pedro, primeiro Papa da Igreja Católica, onde vai ficar até à manhã de domingo, anunciou o porta- voz do Vaticano.
Em conferência de imprensa, o padre Federico Lombardi referiu que os trabalhos “começaram esta manhã, por parte do pessoal da fábrica de São Pedro”, com a retirada da lápide de mármore, conservada intacta, a qual seguirá para Cracóvia, na Polónia, para ser colocada numa nova igreja, dedicada ao futuro beato.»

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Ver mais aqui   Ver Programa da cerimónia aqui

quinta-feira, 21 de abril de 2011

João Paulo II: Freitas do Amaral destaca papel na construção da paz



«O antigo presidente da assembleia geral da ONU, Diogo Freitas do Amaral, destacou a “ação em favor da paz mundial” desenvolvida por João Paulo II, ao longo do seu pontificado (1978-2005).
“João Paulo II tudo fez, no seu pontificado, pela defesa da paz mundial”, escreve o político português, que coloca em particular realce as duas visitas que o Papa polaco realizou às Nações Unidas, “reconhecendo assim a grande importância e a função essencial da organização, numa época em que tantos a ignoram ou querem menosprezar”.»

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Vaticano anuncia beatificação de João Paulo II





«Cidade do Vaticano, 14 Jan (Ecclesia) – O Papa Bento XVI aprovou hoje a publicação do decreto que comprova um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II (1920-2005), concluindo assim o processo para a sua beatificação.
A sala de imprensa da Santa Sé anunciou, entretanto, que a cerimónia de beatificação vai decorrer a 1 de Maio, Domingo da Divina Misericórdia, no Vaticano, sendo presidida por Bento XVI.
O milagre agora comprovado refere-se à cura da freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria da Doença de Parkinson.
A religiosa pertence à congregação das Irmãzinhas das Maternidades Católicas e trabalha em Paris, tendo superado, em 2005, todos os sintomas da doença de que sofria há quatro anos.
A decisão abriu caminho, em definitivo, à beatificação do Papa polaco, que liderou a Igreja Católica entre 1978 e Abril de 2005, quando faleceu.»

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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

João Paulo II foi eleito há 30 anos

UM PAPA QUE MUDOU A HISTÓRIA
O dia de hoje assinala a eleição do Papa João Paulo II, há precisamente 30 anos. Muito se tem dito e escrito sobre o papel do Papa que veio da Polónia para dirigir os destinos da Igreja Católica, numa época de sonhadas mudanças, mas julgo oportuno recordar esta data. Para mim, que vivi grande parte da minha vida sob a imagem tutelar do Papa do diálogo ecuménico e inter-religiosos e da capacidade de perdoar e de pedir perdão, João Paulo II foi um exemplo preclaro de como é preciso denunciar as injustiças, mas também da urgência de a Igreja se abrir ao mundo. Foi um Papa da proximidade e do saber estar com todos, das multidões que o aplaudiam e o escutavam, das encíclicas e outros documentos que propunham a reflexão. João Paulo II foi um Papa que defendeu, em inúmeras circunstâncias, a dignidade das pessoas e os direitos humanos, tantas vezes espezinhados. Foi um Papa com uma coragem rara de perdoar e de pedir perdão pelos erros e injustiças praticados pela Igreja e pelos católicos, ao longo dos tempos. João Paulo II foi o Papa de Nossa Senhora de Fátima e da celebração do Novo Milénio, projectando iniciativas que mexeram com o mundo. Foi o Papa que assumiu o seu papel até ao fim da vida, com uma dignidade impressionante. E na sua morte recebeu as homenagens de todos os grandes e de todos os humildes da Terra. O Papa do diálogo e da concórdia, da paz e do amor universais, já foi, há muito, canonizado pelo povo. Resta à Igreja a missão de oficializar a vontade de todos os homens e mulheres que o souberam escutar e que o seguiram, directa ou indirectamente. Fernando Martins