sábado, 5 de abril de 2025

PÁRA E PENSA: A Oração do Bom Humor

Crónica semanal de Anselmo Borges 

Vivemos tempos de catástrofe, por vezes incompreensíveis, fugidos à razão, como se o mundo tivesse derivado para manicómio perigoso, ameaçado e ameaçador. 
Que fazer? É preciso manter alguma serenidade e, claro, pensar, sem esquecer também o que disse Kant: para aliviar as agruras da vida, o Céu deu-nos três coisas: “a esperança, o sono e o riso.” Sim, e aí estão a ironia e o bom humor.
O Papa Francisco, mesmo na sua presente doença, na qual esteve à beira da morte, não esqueceu o bom humor, de que sempre se socorreu. Ele reza todos os dias, aconselhando-a a todos, a Oração do bom humor, oração de São Tomás Moro, o filósofo autor de A Utopia, o ex-Chanceler do Reino que não se esqueceu de levar a gorjeta para o carrasco que ia decapitá-lo. Francisco recomendou-a também aos membros da Cúria Romana, onde tem tantos adversários e até inimigos, a quem falta o bom humor divino. Ei-la:
“Dá-me, Senhor, uma boa digestão e também algo para digerir. Dá-me um corpo saudável e o bom humor necessário para mantê-lo. 
Dá-me uma alma simples que sabe valorizar tudo o que é bom/ e que não se amedronta facilmente diante do mal, /mas, pelo contrário, encontra os meios para voltar a colocar as coisas no seu lugar. Concede-me, Senhor, uma alma/ que não conhece o tédio,/ os resmungos,/ os suspiros/ e as lamentações,/ nem os excessos de stress por causa desse estorvo chamado ‘Eu’. Dá-me, Senhor, o sentido do bom humor. 
Concede-me a graça de ser capaz de uma boa piada, uma boa piada para descobrir na vida um pouco de alegria/ e poder partilhá-la com os outros. 
Amém.”

Anselmo Borges

Padre e professor de Filosofia 

Sábado, 05 de Abril de 2025

sexta-feira, 4 de abril de 2025

O SOL FUGIU


Por onde andará o Sol que o não vejo hoje? Chuva a mais chuva com o Sol escondido dos olhares humanos deixam-nos tristes e cansados. Mas que Primavera é esta?

Arbusto do meu quintal


Foto do meu quintal estilizada pelo Google.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Arte na Gafanha da Nazaré


Eu sei que a vida é feita a correr. Nem dá, as mais das vezes, para olhar para o lado. E nessa correria passamos sem apreciar a arte que às vezes decora casas, instituições, recantos ajardinados e estátuas. Esta ilustração está no Largo 31 de Agosto.

ABERTURA DA BARRA DE AVEIRO - 3 DE ABRIL


 

BILHETE POSTAL

 

Para os mais novos, o BILHETE POSTAL corresponde hoje ao e-mail. Era uma forma simples de comunicar, que toda a gente usava.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

QUE AS FLORES NOS ANIMEM

 
Os ambientes que vamos construindo, ao nosso jeito e sonhos, têm muito de bom, no meio do nosso dia a dia, realizados uns e outros à espera de vez. E neste interim vamos aproveitando o que a natureza nos dá de belo, com a sua generosidade. 
As flores do nosso quintal são ajuda preciosa na caminhada da vida. É por isso que, diariamente, as contemplo com enlevo.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Tenho costelas aveirenses


Frequento Aveiro desde tenra idade. Costumo dizer que, para além de gafanhão, tenho umas costelas aveirenses. E não me sinto mal com elas.
Os amigos, que eram de diversas freguesias da região, ainda "habitam" no meu espírito, mas há muitos que perdi de vista.
Quando passo pelas grandes superfícies, tenho o hábito de olhar atento para quem passa na tentativa de identificar os antigos colegas, mas é raro. Há dias vi um tipo sentado a tomar o café. Pareceu-me um antigo colega, mas errei o alvo. Dirigi-me ao senhor e ele apressou-se a dizer-me que  eu estava enganado. Dias depois, tive sorte. Um indivíduo que passava bateu na porta certa, que era eu. E uns bons minutos de conversa souberam-me muito bem.
Continuarei.

FM

MEMÓRIAS - Piquenique

 

Recordar é viver. E só quem recorda pode reviver. Nós com as tias-mães da Lita: Zulmira e Aidinha de saudosa memória.

Olhando o mar, sonho sem ter de quê


Olhando o mar, sonho sem ter de quê.
Nada no mar, salvo o ser mar, se vê.
Mas de se nada ver quanto a alma sonha!
De que me servem a verdade e a fé?

Fernando Pessoa

In APLOP - Associação dos Portos de Língua Oficial Portuguesa

FÁTIMA


 Cristo em atitude de libertação e Nossa Senhora como símbolo de pureza.

segunda-feira, 31 de março de 2025

Forte da Barra


 Antes que se perca.... Aqui está segura. 

Propriedade agrícola dos nossos avós

Pe. Resende
Sobre a propriedade agrícola diga-se que nos primeiros tempos do povoamento desta região ela era razoavelmente extensa. Porém, à medida que o número de famílias foi aumentando, por força de novos colonos ou dos seus descendentes, em grande número, dos primeiros gafanhões, logo a terra começou a ser retalhada. E nunca mais deixou de o ser. Também a venda de propriedades se fazia com muita facilidade, numa prova evidente de pouco apego à terra arável. Daí dizer-se, por exemplo, que se trocava um terreno por uma fornada de boroa ou por uma caldeira de papas.
Sublinha a propósito disto o Padre Resende, na década de 40 do século passado, que “ainda hoje se diz que um tal José Gafanha vendeu uma grande propriedade por... um GABÃO!” E continua: “Manuel Petinga, da Nazaré, possui uma escritura de 1807, pela qual Jacinto Francisco Sarabando tinha comprado a Luísa Maria, viúva de António Ferreira, uma terra no sítio da Chave por vinte e quatro mil reis. Apesar daquele local ser o terreno das primeiras culturas, e portanto o mais valorizado, foi vendido por este preço insignificante. Hoje [1944] ‑ continua o Padre Resende – vende-se o metro quadrado a 17$00 ao norte, a 5$00 ao centro e a 2$00 ao sul da Gafanha”. Bons tempos, dizemos nós!

Complexo do GDG

 

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