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domingo, 23 de agosto de 2020

ANDANÇAS: Recordações do Gerês








Um dia destes, quando menos esperava, dei um longo e saudoso salto até ao Gerês, onde passei férias e cuidei do corpo e do espírito. Do corpo, porque as suas águas medicinais limpam o fígado de excessos, e do espírito, porque as paisagens e ambiências nos libertam do stresse dos afazeres quotidianos e das preocupações profissionais e outras. Tenho a bailar na minha memória, a toma da água por conta peso e medida, as refeições controladas (vitela ao meio-dia e pescada de Vigo à noite) e sem bebidas alcoólicas, apenas água cristalina. Mas também ainda vejo aquistas com rostos pálidos a indiciarem doenças hepáticas e outras que ali estagiaram para refazer energias para a vida dura dos seus quotidianos.
Fui levado pela amizade de um amigo que por lá andou estas férias para descansar, dando-me conta de encontros que despertaram evocações de amizades que há décadas cultivámos, eu e a Lita. “Indicar a cidade das minhas origens — diz o meu amigo — bastou para que a D. Perpétua lembrasse relações para consigo e restante família”. Como o mundo é pequeno e como as sadias amizades perduram no tempo, alimentando marcas indeléveis na alma das pessoas... 
Realmente, seguindo os passos e hábitos da tia Lurdes, uma das “mães” da Lita, que recorria às águas do Gerês para escapar às cólicas hepáticas, de que padecia, também quisemos experimentar o milagre das águas medicinais, apoiadas devidamente por dietas adequadas servidas nos hotéis, pensões e casas particulares de Terras do Bouro. Alimentação cuidada, descanso tranquilizador, ares puros, paisagens deslumbrantes, regatos cantantes e purificadores marcaram-nos profundamente.