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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

A nossa gente: Armando Ferraz

Leituras para o confinamento



Hoje proponho um livro que merece ser lido nesta época de prolongado confinamento por imposição da pandemia. Trata-se de um livro pequeno, 32 páginas apenas, ilustrado, que tem por título “Armando Ferraz”. Foi editado pelo Município de Ílhavo e está integrado na coleção “Nossa Gente – Biografias”. Foi escrito por Sara Dias Santos e Pedro Silva, do CDI (Centro de Documentação e Investigação de Ílhavo) da autarquia ilhavense.
Os mais idosos sabem bem quem foi Armando Ferraz, homem humilde, trabalhador da JAPA, hoje APA  (Administração do Porto de Aveiro), mas muito dedicado à nossa e sua terra, Gafanha da Nazaré. Distinguiu-se como artista popular, com um dom especial para o Teatro de Fantoches, entre outras artes, que me dispenso de referir aqui, pois quero crer que todos os gafanhões hão de comprar e ler esta homenagem que a Câmara de Ílhavo lhe prestou, atribuindo  ainda o seu nome a uma rua da nossa terra.
Na apresentação do livro, Fernando Caçoilo, presidente da Câmara de Ílhavo, sublinha que o biografado foi um homem de vários ofícios. “Com a sua arte, os seus fantoches, Armando Ferraz criava histórias e enredos, sempre com alguma sátira e muita comédia”, disse o autarca.
Enquanto recordo com saudade este nosso conterrâneo, felicito a autarquia pela sua iniciativa e os autores da investigação pelo trabalho realizado.

Fernando Martins

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Leituras para o confinamento

“MIGUEL ESTEVES CARDOSO – as 100 melhores crónicas” 

Decretado o confinamento, que devemos aceitar como fundamental no combate à pandemia, importa agora ocupar o tempo o melhor possível, rejeitando o pessimismo. Uns terão tempo para ver televisão e ouvir rádio, ler jornais, revistas e livros, e outros optarão por  dormir, conversar, escrever e até descobrir apetências artísticas. 
Pessoalmente, para além de alguns serviços caseiros, faço um pouco de tudo. Mas há sempre na minha vida um certo gosto pela leitura e escrita. E por isso, tentarei sugerir alguns livros durante estes dias. 



Confesso que gosto de ler Miguel Esteves Cardoso (MEC). Diariamente, leio a sua crónica no PÚBLICO e ao fim de semana, no suplemento Fugas do mesmo diário, também aprecio a página que lhe está destinada. Acrescento que a leitura de MEC me deixa bem disposto, uma mais-valia para mim, portanto, que sou um pouco taciturno. Com o Covid-19, que nos dá algumas tristezas e até angústias, umas boas leituras devem ajudar-nos bastante na superação da crise. 
Este livro não cansa ninguém. Umas três ou quatro páginas a qualquer hora do dia são o suficiente para nos animar. No meu caso, passo logo a outras crónicas, mas ainda tenho muitas à espera de vez. Há outras leituras de permeio, felizmente. 
Na contracapa, diz-se que o MEC publicou mais de 13 mil crónicas, sendo estas 100 agora editadas “as mais fotocopiadas e coladas em cadernos ou roupeiros, mas também as que motivaram mais telefonemas, discussões, namoros e até casamentos”. Lembra-se também que o MEC escreve há quatro décadas “sobre ele e sobre todos nós, sobre o que Portugal é ou poderia ser, pondo no papel tanto o que nunca nos passaria pela cabeça, como aquilo que sentimos mas seríamos incapazes de expressar tão bem como ele”. 
Trata-se de uma edição da Bertrand, com 360 páginas. 

Fernando Martins 

terça-feira, 19 de maio de 2020

CONFINAMENTO


Falhei no confinamento. No princípio, fiquei confuso sem saber que fazer. Pensei num diário, que não vingou. Tentei e atirei ensaios para a reciclagem. Para não cair na tentação, limpei o que lá estava. Olhando para trás, vislumbrei recordações carregadas em período de exceção: pessoas, gestos, visões de cidades, do mar, da ria, de jardins e caminhos... senti vontade de transgredir, notei olhares magoados, dramas, ameaças, medos. E nas conversas, sem hora marcada, planeei que haveria de fugir do nada. Viajei pelo meu interior, sozinho ou acompanhado. E na viagem lá estavam horizontes escondidos, e quis voltar onde já estive, e imaginei futuros sem horas da saída, e quis saber quando recomeçar, e percebi que estou a caminho. 

F. M.

sábado, 2 de maio de 2020

IDOSOS – O BOM SENSO PREVALECEU

Aqui fica  um retrato do que faremos quando vier o sol 
Segundo as informações e recomendações do Primeiro Ministro António Costa para a nova fase do confinamento, relacionado com o COVID-19, os idosos não ficam enclausurados à força. Estabelecer um horário para os mais velhos, como eu, poderem sair de casa, sós ou acompanhados, não foi por diante, como andava a ser propalado. Afinal, o bom senso prevaleceu e os idosos, que são responsáveis, continuarão a usufruir dos direitos e deveres de toda a gente de bem.  Eles saberão, com as suas famílias ou sem eles, escolher as horas mais recomendáveis para sair, visitar amigos, ir ao café ou às compras, passar por uma livraria para escolher um livro, arejar o espírito, apreciar a natureza, olhar, no meu caso, a nossa laguna e o nosso mar. E encher os pulmões de ar puro e o coração das belezas da vida. 
Um aplauso para o bom senso do Governo. 

Fernando Martins

sexta-feira, 1 de maio de 2020

CONFINAMENTO - NATUREZA




Estou confinado entre as paredes da minha casa e os muros do meu quintal. E quando estou ansioso, nos momentos em que me imagino fora de casa, livremente, para contemplar as paisagens possíveis e respirar os ares da maresia e do arvoredo, puros porque sempre renovados, procuro a natureza que me envolve em casa e fora dela.