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domingo, 7 de agosto de 2022

Ana Luísa Amaral

Homenagem à poeta Ana Luísa Amaral
que faleceu na sexta feira











«O vitelo mais gordo»
disse o pai. Mas era para o outro
que falava

E ele interrogou-se confundido,
o coração pesado de negócios,
esquecido de viagens e sonhos
por fazer

Deve ser coisa estranha
a lealdade,
como penoso o ofício
de amar

Perdida a juventude
entre contas e servos,
entre terras vedadas e cega obediência
que lhe restava

Senão juntar-se à festa
e comer do vitelo
e fingir alegria
em pródigos sorrisos?



Nota: Do livro ÁGORA. Ler mais aqui

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Para momentos de inquietude



(Clicar)

Sobre esta obra, Lídia Jorge diz, na revista LER, que, “num tempo de destruição, este livro ajuda a acalmar, no coração de quem o lê, a noção da ameaça que nos cerca”. E acrescenta que, para ler Ana Luísa Amaral, “é necessário sair da esfera do conforto gramatical herdado, entrar no domínio da sua cultura e erudição, e, sobretudo, na intimidade de um sentimento capaz de passar do microcosmo da domesticidade para o domínio das esferas celestes, uma harpa de mil cordas coordenadas segundo um código que lhe é muito próprio”. 
Acrescento apenas que gostei muito de o ler e que o recomendo a quem gosta mesmo de poesia. Hão de sentir, como eu, que, neste tempo de pandemia, a boa poesia nos ajuda a esquecer momentos de alguma inquietude.

F. M.