sábado, 20 de setembro de 2014

A CIÊNCIA E O DIVINO 2

Crónica de Anselmo Borges no DN

É difícil, se não impossível, determinar qual a maior revolução da história da humanidade. Mas estaremos de acordo em conceder que a revolução científica no sentido moderno da palavra,se não foi a maior, está entre as maiores e decisivas.

A ciência exerce fascínio fundamentalmente por dois motivos. Um deve-se ao seu método empírico-matemático, de verificação experimental, que faz que seja verdadeiramente universal, não havendo, portanto, uma ciência para crentes e outra para ateus ou agnósticos. O outro: todos acabam por ser beneficiados pelas suas aplicações técnicas. O que devemos à ciência é incomensurável. Ela satisfaz a curiosidade natural do homem por saber, como bem viu Aristóteles, e também as suas outras necessidades: de saúde, bem-estar, locomoção, comunicação. Hoje, até se fala, mais propriamente, de tecnociência, pois a própria investigação científica precisa de tecnologia. Acrescente-se apenas que é preciso estar consciente dos perigos das tecnologias, como mostram as ameaças ecológicas.

PATRÃO BONDOSO, TRABALHADORES CIUMENTOS

Reflexão semanal de Georgino Rocha

«O proprietário vê em cada trabalhador uma pessoa com igual dignidade. Quer atender à sua necessidade e à da sua família (um denário equivale ao indispensável para a sobrevivência diária), quer mostrar que, satisfeita a justiça, há sempre espaço para a bondade e a gratuidade. Mas esta forma de proceder causa ciúmes e inveja a quem se julga com mais direitos. Daí, o diálogo amigável de esclarecimento.»

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A EFEMERIDADE DA VIDA...

CRÓNICA DE MARIA DONZÍLIA ALMEIDA


Ninguém se pode banhar duas vezes 
nas águas do mesmo rio.”
Heraclito

A frase em epígrafe consubstancia o fluir constante da vida, a efemeridade das coisas, dos acontecimentos.
Em nenhum outro campo, esta realidade é tão notória, tão presente, tão preocupante como no domínio da política, nomeadamente no ministério do qual dependo diretamente – a tutela da educação. O que se disse, ontem, é desmentido hoje e será proscrito amanhã!
O Decreto-Lei nº 6/2001, de 18/01 consignava a reorganização curricular do Ensino Básico, definia a educação para a cidadania como uma formação transversal, onde podiam ser abordadas temáticas como: Educação para Direitos Humanos, Ambiente, Saúde, Educação sexual e outras questões prementes na sociedade actual. Pretendia-se sensibilizar alunos e professores para uma compreensão mais ampla destas problemáticas que os rodeiam, questionando comportamentos, atitudes e valores.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

VIAGEM À TAILÂNDIA: VIAJAR É RECONHECER-SE E REINVENTAR-SE

Crónica de viagem de Maria Donzília Almeida
12 de agosto 3.º feira




Balanço de uma viagem

Após dez dias de estadia num país de sonho, chega a altura de pegar nas bagagens e regressar a penates.
Sair da rotina é, para mim, uma necessidade do corpo e da alma e viajar constitui o alimento dessa fuga tão necessária. Uma vez por ano, permito-me essa evasão.
Viajar é sair do círculo fechado em que nos movimentamos, da nossa zona de conforto e mergulhar no desconhecido. É conhecer mais que novas culturas, é ter acesso a novas e variadas formas de interpretar a vida, dando a oportunidade de se regressar para um dia-a-dia com mais energia e vontade de viver!

D. ANTÓNIO MOITEIRO EM CONVÍVIO COM CLERO AVEIRENSE


Somos bispo, padres e diáconos para toda a gente

D. António Moiteiro
(Imagem da Diocese de Aveiro)


Porque seria difícil o contacto pessoal com o clero na eucaristia do dia 14 de setembro, na Sé de Aveiro, depois da cerimónia da entrada solene do novo bispo, D. António Moiteiro entendeu por bem marcar um encontro para a Casa Diocesana, Albergaria-a-Velha, que ocorreu hoje, 17, estando presentes quase todos os presbíteros e diáconos da nossa diocese. Foi um momento significativo de confraternização, onde o espírito de proximidade, sem formalidades, ficou enriquecido por algum sentido de humor e de alegria. 
D. António Moiteiro sublinhou a importância de estarmos sempre «uns com os outros», adiantando que tem consciência de que vem inserir-se na comunidade diocesana, no pressuposto de que somos elos de uma cadeia, que liga o antes e o que há de vir. Disse que a Igreja existe para ser luz no mundo, devendo estar permanentemente de «portas abertas», cultivando o «Ide e fazei discípulos» que Jesus nos recomendou, para depois «os batizar e ensinar a viver». «Somos bispo, padres e diáconos para toda a gente» e não apenas para os que participam nos cultos, sem nunca «nos fecharmos nas nossas pastorais». 
O prelado aveirense afirmou que não sabe por que motivo foi nomeado bispo, nem quer saber, mas assumiu que é a pessoa que, com o clero, «preside à caridade na diocese, dando o melhor que sabe e tem. «Todos temos de nos ajudar mutuamente para fazermos coisas bonitas e belas», sendo «santos, na comunhão com Deus e com todos». 

Marcos do Vale com a sua arte
D. António frisou a mais-valia que vem da formação teológica profunda, a vivência da caridade pastoral, a entrega da vida como pastores e a pobreza como sinal de contraste. Referiu ainda que «a caridade é dom recebido na ordenação», que a eucaristia é fonte do exercício ministerial e que em circunstância alguma os presbíteros se devem dispensar de a celebrar diariamente. 
Antes do almoço, o mágico Marcos do Vale, que no palco da vida também é o Padre Manuel Armando Rodrigues Marques, brindou os presentes com um número de ilusionismo, no estilo que o caracteriza, trocando-nos os olhos com anéis que se ligam e desligam, se juntam e se separam, sendo certo que só mãos de mestre conseguem os trocadilhos que nos encantam.

Fernando Martins



terça-feira, 16 de setembro de 2014

ABERTURA DO ANO ACADÉMICO NA UNIVERSIDADE SÉNIOR PRIOR SARDO

É importante que tenhamos uma vida ativa

Padre Francisco Melo e Maria Cândida Silva

Depois de palavras de boas-vindas, com votos de que tudo corresponda às expetativas que todos nós temos para este novo ano, o nosso prior, Padre Francisco Melo, agradeceu, no dia 15 de setembro, na cerimónia de Abertura do Ano Académico, aos que contribuíram e contribuem para que este projeto da Universidade Sénior Prior Sardo (USPS) do Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Nazaré (CSPNSN) não morra e possa continuar. Considerou que o mais importante «é que tenhamos uma vida ativa e que sejamos capazes de aproveitar todos os momentos que ela nos dá».
O Padre Francisco Melo afirmou que este espaço foi criado para «nos sentirmos úteis, sempre a crescer», acreditando que somos «parte deste projeto e desta humanidade, neste tempo e nesta hora, que queremos mais justa mais fraterna».

DIA DA REGIÃO DE AVEIRO

16 DE OUTUBRO



​"Apostando na valorização do importante património institucional que a CI Região de Aveiro representa enquanto associação de municípios, desde logo pela sua história iniciada em 1989 com a criação da Associação de Municípios da Ria, bem como nos anos que se seguiram e nos quais foram existindo outras designações, o Conselho Intermunicipal deliberou instituir o dia 16 de outubro (data da criação da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro no ano de 2008) como o “Dia da Região de Aveiro”.
​Ao longo destes anos foi-se construindo uma dimensão diferente de organizar o território, apostando em estratégias comuns para os Cidadãos nos diferentes Municípios Associados, aproveitando experiências e valorizando os resultados, implementando uma verdadeira estratégia de eficiência coletiva.
​O programa do Dia da Região de Aveiro será tornado público oportunamente."

Fonte: Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro

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ENFEMÉRIDES AVEIRENSES


16 DE SETEMBRO

1888 - O escritor aveirense Dr. Jaime de Magalhães Lima, de visita à Rússia, encontrou-se com o insigne romancista Leão Tolstoi. (Litoral, 9-10-1971) - J.

1962 - O Papa João XXIII nomeou bispo de Aveiro D. Manuel de Almeida Trindade, que o Santo Padre, na bula, cognominou de "sacerdote de verdadeira e sólida piedade e de invulgar talento e experiência" (Correio do Vouga), 8-12-1962) - J.

1964 - Por despacho do ministro da Saúde e Assistência, a instituição diocesana de solidariedade social "Florinhas do Vouga" foi considerada como pessoa coletiva de utilidade pública administrativa (Diário do Governo, III Série, 8-10-1964) - J.

Fonte: "Calendário Histórico de Aveiro" de António Christo e João Gonçalves Gaspar



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FESTA DA SENHORA DOS NAVEGANTES


Traineira que costuma levar o andor
da Senhora dos Navegantes

Vai realizar-se, no próximo domingo, 21 de setembro, a festa em honra da Senhora dos Navegantes, em respeito pela tradição. Do programa, já divulgado, consta a procissão pela Ria de Aveiro, no final da qual será celebrada a eucaristia na Capelinha do Forte da Barra, que é o mais antigo templo das Gafanhas.
Às 18.30 horas, terá início o Festival de Folclore, com a exibição do Rancho Folclórico da Redinha, Grupo Folclórico e Etnográfico “Vale Choupinho” e Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que organiza os festejos em sintonia com a paróquia de Nossa Senhora da Nazaré, contando com a colaboração de diversas entidades.
Pelas 14 horas, a procissão sairá da igreja da Cale da Vila para o Porto Bacalhoeiro, iniciando-se a seguir o desfile pela Ria. Nele se incorporarão os andores, a Filarmónica Gafanhense, os barcos moliceiros com o rancho e grupos folclóricos, barcos saleiros e mercantéis que transportarão pessoas devidamente autorizadas, bem como barcos de recreio de particulares com seus familiares e amigos.
Durante a procissão, haverá uma passagem pela freguesia de São Jacinto, cuja população faz questão de se associar à festa da Senhora dos Navegantes, prestando-lhe uma significativa homenagem.
O desembarque está agendado para as 16.30 horas no Forte da Barra, seguindo-se a eucarística, musicalmente enriquecida com cânticos do rancho e grupos folclóricos convidados. Antes do festival, atuará a Filarmónica Gafanhense.

Ver historial da Festa da Senhora dos Navegantes aqui 

UM VELHO AMIGO

"Não abandones um velho amigo, visto que o novo não é igual a ele. Vinho novo, amigo novo: deixa-o envelhecer, e o beberás com prazer."

(Eclesiástico 9, 10)


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domingo, 14 de setembro de 2014

D. ANTÓNIO MOITEIRO, NOVO BISPO DE AVEIRO

D. António recebe os cumprimentos
 de um amigo 

URGE CRIAR ESPAÇOS DE FRATERNIDADE

Ao som do cântico de entrada e com uma calorosa salva de palma, D. António Manuel Moiteiro Ramos, novo Bispo de Aveiro, entrou hoje, 14 de setembro, pelas 16 horas, solenemente, na Sé da Igreja aveirense, repleta de fiéis e a transbordar para o largo fronteiro e para o salão D. João Evangelista Lima Vidal. Na eucaristia de apresentação ao povo de Deus que está nesta diocese de ria, mar e montanha, a que presidiu, o novo Bispo de Aveiro sentiu o calor humano de bispos, presbíteros, diáconos, consagrados e leigos, que quiseram associar-se a uma nova caminhada, bem apoiada em alicerces construídos ao longo da história da Igreja de Aveiro. Marcaram presença autoridades civis, militares e académicas.
D. António, até há pouco Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Braga, foi nomeado pelo Papa Francisco, em 4 de julho de 2014, para substituir D. António Francisco que em abril passou a ser Bispo do Porto.
À homilia, D. António Moiteiro apontou desafios que hão de envolver-nos a todos, rumo a um mundo mais fraterno, porque mais cristão Nessa linha, importa criar espaços de fraternidade, onde venham a ser concretizadas as palavras de Jesus. Sublinhou a importância de todos sermos discípulos missionários, enquanto recomendou às famílias que «não se fechem em si mesmas, mas que se abram à vida como dom que vem de Deus».
D. António, 58 anos, natural da Aldeia de João Pires, concelho de Penamacor, Distrito de Castelo Branco e Diocese da Guarda, apelou à solidariedade para com os mais carentes, referindo que «somos chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos mais pobres, porque a falta de solidariedade nas suas necessidades influi diretamente sobre a nossa relação com o Pai bom que ouve o clamor dos seus filhos». 
O Bispo de Aveiro adiantou que um sonho da Igreja, «que deve ser de toda a comunidade», assenta no direito de todos terem acesso à educação, aos cuidados de saúde e ao trabalho, já que é no trabalho que o ser humano exprime e engrandece a dignidade da sua vida.

O DESTERRO DA TEOLOGIA

Crónica dominical de Frei Bento Domingues 


«Se a teologia foi “desterrada” da cultura moderna é por ter sido considerada inimiga da razão, da filosofia e de todos os modos de criatividade humana. Nas Igrejas, ao ser instrumentalizada pelo poder eclesiástico, perdeu o carácter de instância da liberdade da fé e das suas expressões mais genuínas. O autoritarismo desvirtuou a sua função na Igreja e tornou-a incapaz de dialogar com a sociedade, de a fecundar e ser fecundada por ela.»

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