terça-feira, 12 de novembro de 2024

Gafos e a Gafanha

Crónica de João Pires Simões

Etimologicamente e segundo certas opiniões, a palavra Gafanha deriva de Gafos (leprosos). Voltando ainda à Gafanha, o seu povoamento começou no ano de 1667. Embora não se saiba de cultivadores antes de 1667, as suas terras já produziam pão, o que nos indica ter havido povoamento antes desta data. Que esse povoamento foi feito por povos vindo de Vagos. Povos de outras freguesias só mais tarde e lentamente contribuíram para o seu povoamento de este areal extenso. Informação retirada do livro «Gafanha da Nazaré, da autoria do professor Fernando Martins». Em tempos idos, quando Aveiro tinha uma muralha, do alto da mesma atiravam pão aos pobres.

Bispo de Aveiro: Primeiro é necessário dar o pão

A primeira ação da Igreja é assistencial, porque por vezes é necessário dar o pão a quem passa fome, antes de tudo. A segunda é educativa e promocional. Consiste em formar as pessoas para que sejam autónomas e possam ter os seus próprios meios de subsistência. É principalmente neste ponto que atuam a família e a escola – educando. Infelizmente, hoje, nem sempre chega ter um trabalho, porque, como salientou D. António Moiteiro, há muitos trabalhadores pobres, o que leva ao terceiro âmbito de atuação: a criação de uma sociedade menos desigual. Nesta terceira dimensão, atua a política, com a missão de transformar a sociedade para que haja oportunidades para todos e de criar “redes” para que não se caia na pobreza.

In Correio do Vouga

Santos em Porcelana da Vista Alegre


“Santos em Porcelana da Vista Alegre”, de Carlos Manuel Teles Paião, está novamente em exposição no Centro de Religiosidade Marítima.
Esta coleção de imagens devocionais, foi doada ao Município de Ílhavo em julho de 2021, aquando da inauguração do Centro de Religiosidade Marítima, e apresenta-se como uma das mais significativas coleções desta temática, produzidas pela Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre.

Nota: Informação que me chegou

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

O verde domina o ambiente

 
A Natureza sempre me fascinou. Nunca me cansei de a contemplar. Num simples vaso, o verde domina o ambiente.

Magnificat


A minha alma glorifica ao Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço
e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos
e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu Israel seu servo,
lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais,
a Abraão e à sua descendência
para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho
e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre.
Ámen.

Um hino à vida!


A felicidade tem imensas formas de se expressar. E quanto mais espontânea mais bela é!

Portugal tem 2,1 milhões de pobres

Os pobres em Portugal estão mais pobres, segundo uma análise da Pordata, que destaca uma subida da taxa de risco de pobreza pela primeira vez em sete anos, ao passar de 16,4% em 2021 para 17% em 2022.
Foi no grupo de crianças e jovens que a taxa de risco de pobreza mais se agravou, bem como nas famílias com crianças dependentes, refere a Pordata, em comunicado, sublinhando “o maior aumento da taxa de intensidade de pobreza da última década”.
“Olhando para a intensidade de pobreza, verifica-se o maior aumento desde 2012, de 3,9 pontos percentuais, situando-se nos 25,6% em 2022 (21,7% em 2021)”, observaram os técnicos da base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos. A taxa de intensidade de pobreza mede a distância do rendimento mediano da população em risco de pobreza, face ao valor do limiar da pobreza, ou seja, a profundidade da pobreza.
“Em Portugal, metade dos pobres tinham, em 2022, um rendimento monetário disponível 25,6% abaixo da linha de pobreza e esta profundidade aumentou face a 2021”, lê-se no documento divulgado pela Pordata, no Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. Um em cada 10 trabalhadores é pobre, o que deve ser encarado como “um fator de preocupação”.

Dia Nacional do Mar - 16 de Novembro


O Dia Nacional do Mar (16 de novembro) vai ter programação condigna no Museu Marítimo de Ílhavo, que preparou uma celebração especial para os dias 15, 16 e 17 de novembro, em torno da cultura marítima e da sustentabilidade dos oceanos. A programação inicia-se no dia 15 de novembro, com as Jornadas do Mar, oficinas dirigidas à educação pré-escolar do Município de Ílhavo, com duas sessões (manhã e tarde).

O Homem: questão para si mesmo. 14

A morte e o intolerável


Conta-se que um dia um padre entrou na igreja e viu Deus a rezar. Terrivelmente perplexo, perguntava a si mesmo a quem é que Deus poderia rezar. Aproximou-se, e constatou, com espanto, que, Deus rezava ao homem: “Homem, se existes, mostra-te, aparece!” Mas Deus, o criador, devia saber que o homem existe - como é que perguntava por ele?! De qualquer modo, daí para diante, o padre anunciava por toda a parte que Deus existe: ele próprio tinha-o visto a rezar ao homem, a perguntar por ele...
Nesta história - ingénua? -, está presente aquela urgência em que consiste a questão de Deus, que Eduardo Lourenço traduziu assim: “Deus? O problema é saber se nós existimos para Deus.”
Afinal, porque é que perguntaríamos por Deus, se ele não estivesse presente em nós? Como é que o procuraríamos, se, como explicitaram concretamente Santo Agostinho e Pascal, o não tivéssemos já encontrado?
Deus está presente, pelo menos como questão aberta, essencialmente na pergunta irrecusável pelo sentido último. A existência humana é uma caminhada de sentido em sentido: tem sentido crescer e aumentar os conhecimentos, tem sentido casar, formar família, ter filhos, educá-los, procurar uma realização profissional, tem sentido bater-se pela Justiça, festejar, fazer investigação para aprofundar a compreensão do mundo e transformá-lo, sacrificar-se pela edificação de uma sociedade mais justa e feliz... Mas se, no fim, pela morte, tudo desembocasse no nada, então, em última análise, tudo apareceria sem sentido, precisamente porque a vida é essa caminhada de sentido em sentido, à procura do Sentido último, e, no final, era o nada. Precisamente esse nada é intolerável.

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