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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

BISPO DO PORTO NA 13.ª EDIÇÃO DO CORRENTES D'ESCRITAS





«Onde estamos, afinal? Simbolicamente, não num sítio muito diverso do que era o nosso há vinte anos, mas desta vez e para sempre não sós» (Eduardo Lourenço, Vence, 23 de outubro de 2000)

Agradeço o convite para estar aqui convosco, na 13ª edição do Correntes d’Escritas, embora sinceramente algo me custe, sobretudo por mim. Com o vosso convite, só posso ganhar e ganhar muito. Significa-me um misto de oportunidade e deslocação, não geográfica, que é curta, mas pessoal, por não ser propriamente um escritor. Escritor, que para o Dicionário da Academia é a “pessoa que escreve obras literárias ou científicas”. Isto não sou nem nunca fui bastantemente, ainda que tenha escrevinhado e poetado alguma vez, ou seguido um percurso académico discente e docente, com os respetivos encargos de investigação e redação. Nada que justifique o título.

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

BISPO DO PORTO NOMEADO PARA O CONSELHO PONTIFÍCIO DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

«O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, foi hoje nomeado por Bento XVI como membro do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais, revelou a Santa Sé, em comunicado.
O prelado, nascido em julho de 1948, é atualmente vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e presidiu, entre 2005 e 2011, à Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais.
Além de D. Manuel Clemente, foram nomeados outros nove membros e 11 consultores para o organismo da Santa Sé que tem como missão promover “a ação da Igreja e dos fiéis nas múltiplas formas da comunicação social”.
Este Conselho Pontifício promove ainda a celebração Dia Mundial das Comunicações Sociais, pelo Concílio Vaticano II (Decreto ‘Inter Mirifica’, 1963).
Bispo do Porto desde 2007, D. Manuel Clemente foi antes auxiliar do Patriarcado de Lisboa (ordenação episcopal em janeiro de 2000), colaborando habitualmente com o programa ECCLESIA (RTP2), e a RR.  
O prelado foi já distinguido com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, atribuída pela Presidência da República Portuguesa (2010), e o Prémio Pessoa (2009).»

OC
Li aqui

sábado, 5 de fevereiro de 2011

D. Manuel Clemente e José Manuel Fernandes em tempo de escombros

D. Manuel Clemente e José Manuel Fernandes


Em tempo de escombros, houve “Diálogo na Cidade”, no Teatro Aveirense, na quinta-feira, 3 de fevereiro, à noite, com D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, e José Manuel Fernandes, antigo diretor do PÚBLICO. O diálogo foi promovido pela Comissão Diocesana da Cultura, com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro.
«Vivemos tempos difíceis e estamos a entrar agora numa fase ainda mais difícil e complexa, com uma década perdida, mas olhamos para a frente e não vemos como sair deste ramerrame», afirmou José Manuel Fernandes a abrir o diálogo. E sobre os escombros, adiantou que eles são também morais, «porque as referências se perderam; há sinais positivos, como as manifestações organizadas através das redes sociais, mas é necessário criar esse tipo de movimentos». E logo adiantou que não vale a pena ficar a pensar nas «reivindicações ou que alguém (o Estado) trate desse problema», porque o mais importante é perguntar «o que podemos fazer para mudar».

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

D. Manuel Clemente em entrevista ao PÚBLICO

O PÚBLICO inseriu hoje nas suas páginas uma extensa entrevista com D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, que transcrevo para o meu blogue, atendendo à importância e à oportunidade das suas reflexões. Na íntegra, para quem gostar e tiver tempo.

Um trabalho de Teresa de Sousa.





Há povos-cais, onde se chega e de onde se parte. 
Julgo que é essa a nossa condição

O seu olhar sobre o mundo e sobre o país transmite o tempo de uma instituição milenária. Não se angustia com a pressa do tempo presente. Atravessa os séculos como se tivessem sido ontem. Mesmo que sem ilusões. D. Manuel Clemente, 62 anos, bispo do Porto desde 2007, remete tudo à pessoa e às pessoas. O confronto mundial entre culturas diferentes ou o imperioso reconhecimento que temos de fazer de nós próprios, enquanto portugueses. Como sair deste "tempo de escombros"? A resposta está na última encíclica de Bento XVI. "Com uma nova síntese humanista."


"Tempo de escombros", palavras muito fortes com que se refere aos tempos actuais no diálogo epistolar com José Manuel Fernandes que foi agora editado. Vivemos uma tripla crise: a nossa, a europeia, que é como se fosse nossa, e a crise mundial ou, se quiser, do lugar do Ocidente no mundo. São estes os tempos de escombros a que se referia?

Era a esses escombros, sim. Aquilo a que também se refere a expressão "pós-modernidade". Como sabe, desde o pós-guerra que aquelas certezas muito sólidas, aquelas ideologias duras e aqueles desígnios colectivos que nos embalavam até aí começaram a fragmentar-se. E é nesse sentido que apareceu, nessa conversa, a palavra "escombros". É o que resta de uma casa que, de repente, ruiu. E esses escombros não são apenas arquitectónicos, são também mentais e culturais. É muito difícil hoje vivermos num universo verdadeiramente conjunto e conjugado. Cada um faz, mais ou menos, o seu universo. E, neste ambiente - nesta atmosfera, como dizem os homens da pós-modernidade -, é muito difícil estabelecermos um diálogo aceite e perspectivado para alguns objectivos pré-definidos.
Desaparecem as certezas e as referências, as fronteiras deixam de existir, a globalização une e divide ao mesmo tempo. São perigosos estes momentos?

São, mas são também inevitáveis porque a humanidade é isso, é evolução. Em primeiro lugar, nunca se acrescentou tanta novidade, quer técnica quer também cultural, como nas últimas décadas. Nós, hoje, com este acesso imediato à informação e ao que é novo, aprendemos numa década - ou, pelo menos, apreendemos, quando não as sofremos - mudanças que três ou quatro gerações atrás eram de uma vida inteira, se fossem.

sábado, 19 de dezembro de 2009

D. Manuel Clemente em entrevista ao EXPRESSO de hoje


Vivemos uma "deriva libertária"
desde a II Guerra Mundial

As sociedades ocidentais estão a viver uma "deriva libertária" desde o final da II Guerra Mundial, da qual resulta que se alguém quer algo, isso "é razão e quase que moral suficiente para seguir, independentemente do que os outros pensem ou do que as instituições nos peçam", afirma o bispo do Porto numa entrevista concedida ao Expresso e que será capa do suplemento Actual no próximo sábado. Confrontado com a necessidade de perceber se, mais do que uma deriva libertária o que assistimos é a uma afirmação do indivíduo, o prémio Pessoa 2009 sustenta, numa parte da entrevista agora divulgada em exclusivo na edição em linha do Expresso, que "não somos indivíduos. Filosoficamente falando somos pessoas. O indivíduo é aquele que já não se divide mais. Eu sou uma pessoa. Vivo no feixe de relações e vivo numa sociedade tão contraditória como a portuguesa, também com as instituições que têm promovido os valores que a têm definido ao longo dos tempos. Vivo com os outros e com as liberdades e as responsabilidades dos outros".
Não é apenas porque "me apetece ou queira que devo forçar a formalização daquilo que me apetece a mim e a mais um ou dois como eu", diz D. Manuel Clemente. Deste modo, mais do que saber se o interesse das instituições deve sobrepor-se aos interesses pessoais, o bispo defende que "devemos conjugar-nos como pessoa na relação com as outras pessoas e também com as instituições" .

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Prémio Pessoa 2009 para D. Manuel Clemente, Bispo do Porto



D. Manuel Clemente


"D. Manuel Clemente é uma referência para a sociedade portuguesa", salientou Balsemão


A caminho de casa, de uma viagem a Coimbra, ouvi pela rádio que o Prémio Pessoa 2009 foi atribuído a D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. Foi um prazer muito grande, o que eu senti ao ouvir esta boa nova, merecidíssima, mas inesperada para mim. Não que D. Manuel Clemente não merecesse tal galardão, atribuído pelo Expresso e pela Caixa Geral de Depósitos, no valor de 60 mil euros, mas tão-só por estar habituado a ver o prémio seguir para personalidades de outras culturas, não necessariamente de inspiração cristã. Um homem da Igreja como ele sempre foi, mas aberto ao mundo contemporâneo, com uma capacidade de diálogo fascinante e com uma cultura que nos inebria, fica bem com esta distinção.
Tive o privilégio de o ouvir diversas vezes, em encontros relacionados com a pastoral da cultura. O seu jeito de estar próximo de todos, as suas respostas oportunas e convincentes, a sua capacidade para ouvir e o seu sorriso permanente, de quem testemunha a vida alicerçada em Cristo, são um claro e iniludível exemplo de como deve ser um bispo para o nosso tempo.
Os meus parabéns, não apenas para D. Manuel Clemente, mas também para o júri que soube olhar e ver, num bispo da Igreja Católica, alguém que sabe viver na sociedade e para a sociedade, num contínuo diálogo entre fé e cultura, na certeza de que ambas as componentes se complementam, sem necessidade de guerras ridículas, entre crentes e não crentes.

Fernando Martins



terça-feira, 31 de março de 2009

António Barreto apresenta livro de D. Manuel Clemente

"D. Manuel Clemente não é o primeiro cujas homilias são editadas. Há antigas tradições de que António Vieira é seguramente um dos principais patronos. E aqui no Porto, também não é uma novidade absoluta: basta lembrar D. António Ferreira Gomes. Por que razão então sublinho este gesto? Porque não é comum, como já disse. Mas sobretudo porque revela uma maneira diferente de exercer as suas funções.
Quem publica, quer ser lido. Quem lê, reflete e pensa. Quem pensa, verifica o pensamento dos outros, dos autores. Quem comenta, acrescenta qualquer coisa. Por outras palavras, quem edita, submete-se ao julgamento dos leitores, quer dialogar com eles, dispõe-se à discussão e expõe-se ao escrutínio. Não se satisfaz com a palavra catedrática, não pretende que acreditem apenas na autoridade do magistério."

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