sábado, 24 de fevereiro de 2007
Corrupção
Templos célebres
Um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen

Escuto mas não sei
Se o que oiço é silêncio
Ou deus
Escuto sem saber se estou ouvindo
O ressoar das planícies no vazio
Ou a consciência atenta
Que nos confins do universo
Me decifra e fita
Apenas sei que caminho como quem
É olhado e amado e conhecido
E por isso em cada gesto ponho
Solenidade e risco
In Revista XIS,
última edição,
17-02-2007
Porto de Aveiro
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Templos célebres

UA na televisão
televisivo dedicado à Ciência
Viva a Ciência!
Nos próximos meses, a Universidade de Aveiro vai levar aos quatro cantos do mundo a ciência que se faz em Portugal. Do Minho ao Algarve, sem esquecer as ilhas da Madeira e dos Açores, o novo programa televisivo Viva a Ciência!, com estreia marcada para o próximo Domingo, 25 de Fevereiro, às 11.30 horas, na RTP Internacional e RTP África, vai dar a conhecer o que de melhor se faz no nosso País no que respeita à investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação em geral.
Um artigo de Laurinda Alves, no CV

Como se prova o amor entre duas pessoas? E como é que sabemos que temos as ideias claras? E qual o melhor entendimento sobre esta ou aquela questão? O que faz sentido agora também vai estar certo mais adiante?
Estas e outras dúvidas recorrentes obrigam-nos a pensar e a procurar respostas. Ainda que a sensação seja resolver tudo pela via da razão, na realidade aquilo que mais transforma a nossa vida é aquilo que sentimos e em que acreditamos, Nem sempre aquilo que compreendemos nos leva mais longe, porque nem sempre a compreensão racional nos traz sentimentos positivos de que precisamos para avançar.Um dos grandes mistérios da vida é justamente este de não podermos provar tudo cientificamente. E muito do que não se prova pela razão, prova-se pelo coração. Comprova-se existencialmente, pela via dos sentimentos, dos afectos e das relações que vamos criando.
Porto de Aveiro
PORTO DE AVEIRO
Citação
Sabedoria de Confúcio
Zeca Afonso

“Nasci em Aveiro; lembro-me de que jogava o pião e a malta dizia: -‘Ó pião de Aveiro, ó pião de Ovar…’; foi uma infância turva, ligada a uma tia que foi praticamente a minha mãe; vivia numa espécie de paraíso.” Assim o recorda Monsenhor João Gaspar, no seu livro “Caminhar na Esperança”, onde também recorda outras figuras gradas da nossa terra.
Mais adiante, lembra: “Descobri que sou neto de um livre-pensador de Aveiro, […] um republicano que esteve ligado a um movimento importante de renovação escolar. Chama-se Domingos José Cerqueira, […] que chegou a fazer uma ‘cartilha’, a segunda depois da ‘Cartilha Maternal’, de João de Deus.”
Depois desta evocação, para referenciar o artista que o mundo português, e não só, bem conhece, pela sua contribuição para a reconquista da liberdade e da democracia em Portugal, é justo sublinhar que Zeca Afonso influenciou toda uma geração que fez da arte de cantar a arte de despertar consciências para o respeito pela dignidade do homem. Cantando, soube acordar muita gente para que assumisse a luta pela instauração da democracia entre nós.
O artista da liberdade faleceu em 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, tendo-nos deixado uma mensagem muito expressiva, como recorda Monsenhor João Gaspar. “Nós não devemos apagar fogueiras, mas atear chamas!...”.
Talvez com a imagem de Aveiro e da sua Ria, disse noutra altura, cantando: “… tempo que leva tempo, meus amigos / regressam ternamente a suas casas; / com eles edifico uma morada! / Que Deus reme connosco na viagem!”
Fernando Martins
Um artigo de D. António Marcelino
Há anos recebi, a seu pedido, um jornalista de um jornal diário. Começou por uma pergunta, para mim sem pés nem cabeça. Por delicadeza tentei perceber e ir respondendo, mas logo fui por ele interpelado, perguntando-me se eu não sabia o que era a modernidade. Sem intenção de magoar ou humilhar, perguntei-lhe, por minha vez, o que é ele entendia por modernidade porque, sabendo-o eu, perceberia talvez a que propósito vinha a sua intervenção. Assim nos podíamos entender e tornar possível, entre nós, um diálogo válido. Retorquiu-me, incomodado, que o entrevistador era ele e não tinha que me dar nem explicações, nem respostas. Conclui que o bom do homem, com aquele incómodo e arrogância, não sabia nem fazia a mínima ideia do que dizia quando falava de modernidade. Apenas trazia consigo, bem forte, o preconceito de que a Igreja era contra…
Tenho, agora, a mesma sensação, quando ouço perorar, com entusiasmo, ministros e seus ajudantes, deputados e analistas, jornalistas e políticos de primeira linha, e até professores e cidadãos que se presumem de eruditos. Sempre todos em grande consonância. A torto e a direito, falam sobre assuntos diversos, não esquecendo, porque dá estatuto, de se referirem à modernidade e suas exigências. Muitos a traduzem por um laicismo serôdio, que quer atirar a Igreja para a sacristia, acordar velhas lutas e tirar-lhe qualquer influência na vida das pessoas e da sociedade. Alguns vão lá mais longe, porque nunca deram o salto no tempo de modo a purificar as tensões, fazendo perdurar as divisões de pensar e de agir, como se o mundo tivesse parado ou se reduzisse para sempre a dois blocos incomunicáveis, sempre dispostos a denegrir-se e a atacar-se mutuamente, na esperança de que algum deles morra ou desista primeiro.
A história diz-nos que a afirmação de um pensamento autónomo, quer religioso quer político, que está na origem da modernidade, nasceu como oposição a uma Igreja, demasiadamente influente nos povos da Europa, com falhas nos processos de relação e intervenções que extravasavam o sagrado. Embora o diagnóstico tivesse alguma objectividade, o movimento não foi facilmente aceite pela gente da Igreja, por razões que a história explica. As reacções iam provocando novas tensões num mundo ávido de autonomia. E, como a dogmatismos incómodos se iam contrapondo outros que o não eram menos, a serenidade para reflectir sobre os caminhos andados e projectar os futuros, não foi muita.
Deste modo, a Igreja foi sendo considerada empecilho do mundo novo que começava a nascer, com outros critérios e projectos. Esta ideia foi vingando. O poder político que surgia na Europa, por vezes com novas alianças religiosas contrárias ao catolicismo, foi carregando as cores, o pensamento filosófico que gerara a primeira ideia e a alimentava, deram suporte a movimentos políticos diversos que, impacientes ou com outros ventos no bojo, optaram pela perseguição e pela decisão de extermínio da Igreja e da sua anterior influência histórica. Vitórias passageiras, porque, não obstante as falhas inegáveis, não se apagam séculos de cultura, de promoção social e de desenvolvimento variado. Mas foram ficando marcas, acumulando-se preconceitos e sonhados, irreversivelmente, novos projectos de sociedade.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
Papa anuncia documento sobre a Eucaristia
O Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de Bispos que representa o episcopado de todo o mundo e tem como tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja, com o seu conselho, para procurar soluções pastorais que tenham validade e aplicação universal. Sendo um órgão consultivo, oferece “proposições” e não posições definitivas.
A partir destas propostas, Bento XVI teve a missão de redigir a exortação apostólica pós-sinodal, o documento baseado nas “proposições” aprovadas pelos padres sinodais. Para realizar este trabalho, o Papa contou com uma ajuda específica, um Conselho pós-sinodal de Bispos, eleitos tanto pela assembleia (12 membros) como por ele mesmo (3 membros).
Efeméride: "O Comércio do Porto" em Aveiro
Daniel Rodrigues, o segundo da direita,
em trabalho na Gafanha da Nazaré.
Da esquerda para a direita, Padre António Maria,
Fernando Martins e Padre Miguel Lencastre
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Recordar esta data é recordar a acção extraordinária dessa delegação e de quantos nela trabalharam, assumindo o seu papel como missão em prol da justiça e da verdade, sempre em favor das comunidades até onde poderia chegar a sua intervenção.
Daniel Rodrigues, mais um não-aveirense, oriundo das terras do demo, que se integrou, e de que maneira!, na cidade, foi exemplo de dedicação, de tenacidade e de coragem, nas lutas que teve de travar com muitos, sobretudo quando chegava a hora de denunciar o que estava mal. Sem temor, agia em conformidade com a sua consciência, ao mesmo tempo que mostrava terras e gentes do distrito, e não só, através de retratos humanos que fizeram história.
A Gafanha da Nazaré muito lhe deve quando foi preciso reivindicar o direito ao estatuto de Vila, precisamente nesse ano. Nessa altura, eu próprio o acompanhei em trabalhos jornalísticos, fundamentais à promoção desta terra em franco crescimento. Também, é certo, para lançar “O Comércio do Porto” nas Gafanhas. Na altura, pela prospecção que foi feita, apenas um exemplar se vendia, diariamente, no estabelecimento do senhor José Quinteles, junto à igreja da Gafanha da Nazaré.
F. M.
Um artigo de Ângela Silva, na RR
Frei Bento Domingues no CUFC
Estará presente Bento Domingues, teólogo, docente da Universidade Lusófona e colunista do PÚBLICO, para desenvolver o tema e animar o diálogo com todos os que o desejarem.
Estes debates integram-se no programa “Diálogo Inter-Religioso”, imple-mentado, há anos, pelo CUFC e destinado aos universitários, em particular, e aos aveirenses, em geral.
Novo quartel da GNR na Gafanha da Nazaré

Dom Manuel Clemente é o novo Bispo do Porto
Mensagem à Diocese
Ao sabor da maré - 6

Muitos dos que entravam na sala de espera vinham já de telemóvel na mão. Qual arma em riste. Pronta para o ataque. Os que vinham assim armados traziam os olhos fixos na máquina. Sentavam-se e começava a batalha do envia e recebe SMS, alguns usando uma rapidez incrível, com sorrisos nos lábios de quem está em diálogo interessante.
Ao meu lado, um mais velho, não parava de mexer no seu pequeníssimo aparelho, em jeito de quem joga qualquer coisa. Bem mirei e lá estava ele entretido, no carrega-e-carrega com um dedo ou outro.
Outros telefonavam por tudo e por nada: “Cheguei”, “Estou à espera”, “E por aí?”, “Vou sair mesmo agora”, “Onde nos encontramos?… e assim por diante.
Outros entretinham-se a mexer no telemóvel sem nada fazer de especial Parecia-me que estavam a tentar descobrir as suas múltiplas funções, muitas das quais nunca ou raramente se utilizam. E até crianças, quando chegavam, sentavam-se e reclamavam logo das mães os telemóveis para um joguinho…
Pensando bem, até acho melhor que cada um se entretenha com o seu telemóvel. Passa o tempo sem se aborrecer e… deixa de pegar em revistas velhas e gastíssimas pelo uso. Eu juro que nem lhes toco… sei lá por que mãos andaram…
F.M.
Um artigo de António Rego

Quem terá votado no sim e no não ao aborto? Dum lado foi longamente explicado que se tratava apenas de respeitar as decisões da mulher sem a mandar para a cadeia. Do outro argumentou-se que a conversa do sim era só parte da questão. O que estava em causa era sim ou não ao aborto, sim ou não à vida.
Mais de 50% dos eleitores não compareceu. Os que foram às urnas, do Norte, Centro ou Sul, decretaram a vitória do sim. Isto é, a maioria dos que votaram.
Logo foram tiradas ilações pelo governo: assim sendo, vamos legislar o sim. Transformar, com carácter de urgência, o político em jurídico. E surgem de imediato, divisões no sim: pausa para reflexão da mulher? Aconselhamento? Capacidade de resposta dos hospitais? Objecção de consciência dos médicos? Alteração do Código Deontológico? Vinculação jurídica ou política? Constitucionalidade ou não? Aprovação pelo Presidente da República? Capacidade técnica de acorrer aos pedidos de aborto? Prioridades adiadas na saúde? Entrega ou não à medicina privada?
O canto de vitória foi mais partidário que ideológico. Muitos “defensores da mulher”, pelo que se percebeu só a defendem nesta circunstância. As concepções que publicamente sustentam de sexualidade, casamento descartável, exploração comercial da mulher, fazem desconfiar de humanismos circunstanciais muito distantes da defesa da dignidade da mulher.
A Igreja em Portugal também se interroga: que pensam os 97,5 de portugueses que se declaram católicos, em questões de moral familiar? Que jogos de consciência individual esconde este referendo? Terão sido mesmo os católicos que disseram não? Ou, na dúvida, se desculparam com o dia chuvoso de Fevereiro, como o haviam feito num dia escaldante de Verão em Junho de 1998?
Seria bom que antes de tantas respostas prontas e interesseiras, todos nos interrogássemos, passado serenamente algum tempo sobre o referendo de 2007. Para alguns o resultado do referendo foi uma vitória do progresso e da modernidade. Ou será, como diz Humberto Eco no seu último livro que “a história se está a enrolar em si própria, caminhando velozmente a passo de caranguejo”?
O tema está em aberto e o diálogo precisa ser continuado com as pontes possíveis nas convergências fundamentais.
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
Fecho de Centros de Saúde

Chaves, cidade transmontana que bem conheço e admiro, está hoje em protesto contra mexidas do Governo no estatuto do seu hospital, mas também contra o fecho de Centros de Saúde na região do Alto Tâmega.
Estas alterações nos Centros de Saúde, propostas por uma equipa de especialistas na matéria, têm gerado protestos a muitos níveis. Penso que alguns com legitimidade.
O que me choca é ver que no fundo quem vai sofrer é o povo humilde, pobre, com pensões miseráveis.
Em Chaves ouvi há pouco uma idosa protestar, e com razão. Diz ela que, agora, para vir da aldeia à cidade, ao médico, gasta 15 euros num táxi e o mesmo no regresso. E pergunta ela, apresentando-se como doente cancerosa, como é que pode viver com pouco mais de 200 euros de pensão.
A seu lado, uma mais arrebitada, disse: “Diga ao senhor ministro que queremos ser espanhóis.”
Quaresma

Arte na cidade
Figueira da Foz:
No edifício do tribunal da Figueira da Foz, junto ao jardim, há um painel de António Lino, que vale a pena ser apreciado. O tema, como não podia deixar de ser, é a justiça.
Quantas vezes por ali passamos sem nos determos na procura da mensagem do artista. O corre-corre da vida tem destas coisas. Nem nos deixa ver a arte que nos é oferecida de graça.
Sabia que...
Mensagem do Papa para a Quaresma

«Hão-de olhar para Aquele que trespassaram» (Jo 19, 37). Este é o tema bíblico que guia este ano a nossa reflexão quaresmal. A Quaresma é tempo propício para aprender a deter-se com Maria e João, o discípulo predilecto, ao lado d’Aquele que, na Cruz, cumpre pela humanidade inteira o sacrifício da sua vida (cf. Jo 19, 25). Portanto, dirijamos o nosso olhar com participação mais viva, neste tempo de penitência e de oração, para Cristo crucificado que, morrendo no Calvário, nos revelou plenamente o amor de Deus. Detive-me sobre o tema do amor na Encíclica Deus caritas est, pondo em realce as suas duas formas fundamentais: o ágape e o eros.
A palavra ágape, muitas vezes presente no Novo Testamento, indica o amor oblativo de quem procura exclusivamente o bem do próximo; a palavra eros denota, ao contrário, o amor de quem deseja possuir o que lhe falta e anseia pela união com o amado. O amor com o qual Deus nos circunda é sem dúvida ágape. De facto, pode o homem dar a Deus algo de bom que Ele já não possua? Tudo o que a criatura humana é e possui é dom divino: é portanto a criatura que tem necessidade de Deus em tudo. Mas o amor de Deus é também eros. No Antigo Testamento o Criador do universo mostra para com o povo que escolheu uma predilecção que transcende qualquer motivação humana. O profeta Oseias expressa esta paixão divina com imagens audazes, como a do amor de um homem por uma mulher adúltera (cf. 3, 1-3); Ezequiel, por seu lado, falando do relacionamento de Deus com o povo de Israel, não receia utilizar uma linguagem fervorosa e apaixonada (cf. 16, 1-22). Estes textos bíblicos indicam que o eros faz parte do próprio coração de Deus: o Omnipotente aguarda o «sim» das suas criaturas como um jovem esposo o da sua esposa. Infelizmente desde as suas origens a humanidade, seduzida pelas mentiras do Maligno, fechou-se ao amor de Deus, na ilusão de uma impossível auto-suficiência (cf. Gn 3, 1-7). Fechando-se em si mesmo, Adão afastou-se daquela fonte de vida que é o próprio Deus, e tornou-se o primeiro daqueles «que, pelo temor da morte, estavam toda a vida sujeitos à escravidão» (Hb 2, 15). Deus, contudo, não se deu por vencido, aliás o «não» do homem foi como que o estímulo decisivo que o levou a manifestar o seu amor em toda a sua força redentora.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2007
Sabia que…
Desde 1998, já partiram de Portugal, como voluntários missionários, cerca de 2500 portugueses, para trabalhar em países lusófonos.
No nosso País, há aproximadamente 40 Movimentos ligados a congregações religiosas, paróquias, dioceses, universidades ou outras ONG (Organizações Não Governamentais) ligadas à Igreja Católica, que enviam voluntários, onde são acolhidos por missionários. A Diocese de Aveiro também tem os seus missionários e aceita boas vontades para trabalhar na Missão.
Mensagem quaresmal do Bispo de Aveiro
1- Na mensagem para a Quaresma deste ano, o Santo Padre Bento XVI escolheu o tema bíblico da Cruz para guiar a nossa reflexão: - “Hão-de olhar para Aquele que trespassaram” (Jo 19, 37). O Santo Padre convida-nos, assim, a determo-nos “com Maria, Mãe de Jesus, e com João, o discípulo predilecto, ao lado d´Aquele que, na Cruz, cumpre pela humanidade inteira o sacrifício da Sua Vida” (cf. Jo 19, 25).
Vincula-nos esta mensagem à essência da vida cristã, ao âmago da história da salvação e ao tema da primeira encíclica de Bento XVI: - “Deus é Amor”. É no mistério da Cruz que se revela plenamente o poder incontável do amor e da misericórdia de Deus pela humanidade.
“Olhemos para Cristo trespassado na Cruz! É Ele a revelação mais perturbadora do amor de Deus” - insiste o Santo Padre. “Mas aceitar o Seu amor, não é suficiente. É preciso corresponder a este amor e comprometer-se depois a transmiti-lo aos outros: Cristo ‘atrai-me para Si’, para que eu aprenda a amar os irmãos com o Seu mesmo Amor” (Bento XVI, Mensagem para a Quaresma de 2007).
“Olhar para Aquele que trespassaram” constitui assim, para a Igreja de Aveiro, a escola insubstituível de uma aprendizagem contínua, consolidada e consequente do amor de Deus e do amor dos irmãos. Só Deus é fonte de vida e de amor. Ninguém estranhe por isso que, quando nos falta essa fonte divina, cesse a vida e estio o amor.
Leia toda a mensagem em Ecclesia
Aborto

“a) outra razão que ajudou ao insucesso do ‘não’ foi o silêncio mediático sobre o trabalho feito pelas associações criadas depois do referendo de 1998 e que têm uma acção meritória de apoio a grávidas, a mães adolescentes e a crianças. Muitos católicos estão empenhados nessas associações, várias delas nascidas à sombra de instituições da Igreja, mas isso é pouco divulgado e conhecido; b) em 1984, quando a primeira lei sobre o aborto foi aprovada no Parlamento, o objectivo era o de acabar com o aborto clandestino. Oxalá que o país seja capaz, agora, de resolver o problema. Para que, daqui a mais dez anos, não se esteja a votar num outro referendo.”