O Google é simpático. De vez em quando brinda-me com arranjos destes. Obrigado.
sábado, 12 de abril de 2025
Santo André
O Santo André é para mim o navio pelo qual tenho mais afeição. O meu saudoso pai foi o primeiro contramestre deste arrastão da pesca do bacalhau. O nome do meu pai (Armando Lourenço Martins) faz parte da lista da tripulação. E desse tempo tenho muitíssimas recordações. Umas tristes, quando era a hora da partida, e outras alegres, quando era o dia da chegada.
Agora, que é um museu flutuante, permite-me vivenciar os momentos alegres e os tristes, como hoje aconteceu.
PÁRA E PENSA: Sexta-Feira Santa: O calvário do mundo
Crónica semanal
de Anselmo Borges
Jürgen Moltmann, o grande teólogo protestante com quem tive o privilégio de conversar mais de uma vez em Tubinga, que faleceu no ano transacto, escreveu que, na juventude, feito prisioneiro, na Segunda Guerra Mundial, embora não sendo particularmente crente e o que mais lhe apetecesse era comida, o que o capelão lhe ofereceu foi o Novo Testamento. Leu-o e, a partir da experiência dramática por que estava a passar por causa do Nazismo, percebeu que ou Deus não existe mesmo ou então o Deus verdadeiro é o que se revela em Jesus Cristo pregado na cruz para dar testemunho da verdade e do amor incondicional. E foi dessa experiência que partiu para o estudo da Teologia, tendo escrito obras que a marcaram no século XX: O Deus crucificado e Teologia da esperança, entre outras.
Com o terramoto de Lisboa, aconteceu um sismo no pensamento europeu, que abalou os grandes intelectuais. A famosa Teodiceia de Leibniz afundava-se. Como é que este podia ser o melhor dos mundos possíveis? E como pode a razão finita justificar Deus frente ao mal, pois é isso que pretende a teodiceia? O mal físico talvez seja explicável; mas como compreender o mal moral? Porque é que não somos sempre bons e, pelo contrário, criamos infernos de desumanidade? Há aquele enigma que amargurava São Paulo: “Ai de mim, que sou um homem desgraçado, pois faço o mal que não quero e não faço o bem que quero!”
Schoenstatt na Gafanha da Nazaré
Primeiro grupo de senhoras constituído na Gafanha da Nazaré no tempo do lançamento do Movimento de Schoenstatt na Gafanha da Nazaré, pelo Padre Miguel Lencastre.
sexta-feira, 11 de abril de 2025
Azulejos de Aveiro
Sabe-se que Aveiro é, de certo modo, um centro de produção de azulejos que ilustram muitas habitações e edifícios públicos. Tenho publicado alguns, mas estou longe de apresentar a riqueza da nossa região nesta área.
Hoje encontrei um blogue que vale a pena visitar. Veja aqui
quinta-feira, 10 de abril de 2025
A caminho de casa
Como já não conduzo por reconhecer em mim algumas incapacidades, aproveito o tempo para fotografar o que me sensibiliza. A possibilidade vem do telemóvel. Urge aproveitar o tempo e a oportunidade.
Pedro Abrunhosa e o silêncio de Deus
“Todos nós, no momento da projeção do amor, na forma como tratamos os outros, sobretudo os mais fracos – e quando eu digo os mais fracos, não digo de maneira vã: para quem tem fé, eu não percebo como é que se pode não olhar para o outro, para o diferente, o pobre, miserável, o doente, o indigente, sem ver nele a chispa de Deus. É a esse que nós devemos estar muito atentos, e é aí que eventualmente Deus se concretiza – talvez muito mais do que nos acordes que eu toco aqui: é na forma como o fazemos todos os dias”
Pedro Abrunhosa
Falar para desabafar
Hoje encontrei a Dorinha, uma menina que conheci há bastantes anos. Com algumas dificuldades, falou, contudo, sem parar. Nuns minutos contou muito da sua vida. Nem tempo tive de fazer perguntas. Ela necessitava de desabafar e eu dei-lhe o tempo todo. Depois, satisfeita, seguiu o seu caminho.
Por vezes esquecemos que algumas pessoas com quem nos cruzamos necessitam de conversar por razões diversas e nem sempre lhes damos vez. Hoje falei muito menos para ela desabafar e depois reconheci mais e melhor as suas razões.
Gota de água no mar
"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota."
Madre Teresa de Calcutá
quarta-feira, 9 de abril de 2025
terça-feira, 8 de abril de 2025
Largo Nossa Senhora da Encarnação
Na Gafanha da Encarnação, junto da Escola Básica do 1.º Ciclo (do centro), do Centro de Saúde e do Salão Cultural, fica o Largo de Nossa Senhora da Encarnação, padroeira da freguesia.
Nossa Senhora da Encarnação é um dos muitos nomes que se dá à Virgem Maria, nome que, neste caso, se deve ao facto de Jesus Cristo ter encarnado no seu corpo, pelo que o nome poderá ser um pouco mais extenso: Nossa Senhora da Encarnação de Jesus Cristo.
Apesar do dia de Nossa Senhora da Encarnação ser normalmente festejado a 25 de março, na Gafanha da Encarnação a festa em sua honra realiza-se anualmente no segundo domingo de setembro.
Cardoso Ferreira
NOTA: Com a devida vénia, o texto foi transcrito do Correio do Vouga.
A pesca do bacalhau
"Isolado, medindo forças com as forças da natureza — o frio, a neve, o vento, o nevoeiro — cada pescador tem de enfrentar-se a si próprio, remoendo a solidão no seu pequeno dóri, vive as suas angústia, defende a imagem do seu trabalho — é um primeira linha, um maduro, um pescador já velho e cansado, é um verde que quer provar a sua coragem, embora todos tenham em comum — como ideia matriz — os sinais da pobreza, da luta pela sobrevivência, a aceitação do seu «destino» a vida no mar como único caminho."
NOTA: "A pesca do bacalhau - História e Memória" é um livro coordenado por Álvaro Garrido, com textos das comunicações apresentadas ao Colóquio Internacional da História da Pesca do Bacalhau. Museu Marítimo de Ílhavo - 19 e 20 de Outubro de 2001.
Jarros do nosso jardim
A natureza surpreende-nos a todos os instantes. Nas minhas caminhadas diárias para queimar algumas energias, aprecio a natureza que me cerca. Plantas com e sem flores enchem-me o cérebro. Também vejo conhecidos e desconhecidos que passam a caminho das suas ocupações profissionais ou em passeio. Vida monótona, a minha, dirão alguns. É o que se pode arranjar para um idoso, dirão outros. É a vida, digo eu.
segunda-feira, 7 de abril de 2025
Aprender todos os dias
Por aqui estou a aprender. A aprendizagem é tarefa de todos os dias. Porém, há gente que sabe tudo. Só os inteligentes assumem que a aprendizagem é tarefa de todos os dias. Ai de nós se assim não fosse. Desde que nascemos até à velhice estamos permanentemente com o cérebro atento ao mundo que nos rodeia descodificando o que os nossos sentidos captam. E quanto mais captamos mais queremos captar. Uns aprendem pelo que veem e ouvem, outros pelo leem e conversam, descodificando o que os nossas sentidos captam e o nosso cérebro vai selecionado para registar.
Tenho para mim que o treino nos leva a distinguir o essencial do supérfluo numa luta constante de apostar na seleção do mais importante para a nossa felicidade em sociedade.
Nota: Texto para treino de antigo teclado.
O Sol veio para ficar?
Acho que o sol veio para ficar. Quem não pode e não deve apanhar um resfriado sente muita a falta das temperaturas amenas, com tendência para o quente. Mas o Sol, realmente, é que nos dá vida.
Embora a nossa região beneficie das temperaturas mais suaves, graças à influência da Ria, à “sombra” da qual os gafanhões se acolheram, a verdade é que os mais idosos, como eu, precisam do calorzinho acalentador.
Não estou pessimista, mas gosto de valorizar a natureza para as necessidades dos mais velhos, alguns tão sofredores. Falo por mim e pelos da minha geração, apesar de ninguém me ter encomendado o sermão.
NOTA: Escrevi isto como experiência depois de me instalar noutra sala sem TV. Eu sei que a televisão é um meio de comunicação extraordinário, mas às vezes cansa.
FM
domingo, 6 de abril de 2025
Mundo caótico
“As pessoas procuram sinais de ponderação, sinais de cultura e sinais de inteligência neste mundo tão caótico”
Paulo Portas
Paulo Portas
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