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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

«O padre das prisões» reflete sobre Deus, excluídos e reclusão

Irmãs Inês e Daniela Leitão apresentam documentário 
sobre o trabalho do coordenador nacional 
da Pastoral Penitenciária, Padre João Gonçalves


Padre João Gonçalves (Foto do meu arquivo)

«As irmãs Inês e Daniela Leitão, respetivamente argumentista e realizadora, vão apresentar o seu novo documentário, "O padre das prisões", a 20 de fevereiro, Dia Internacional da Justiça Social.
O trabalho, com imagem de Ricardo Vieira, parte do trabalho do padre João Gonçalves, da Diocese de Aveiro, coordenador nacional da Pastoral Penitenciária da Igreja católica.
A argumentista Inês Leitão revelou o interesse no tema da pastoral das prisões onde mostra o trabalho de um “sacerdote visitador” há mais de 40 anos e alerta para a realidade prisional portuguesa e a falta de condições.
“O que não vês não está presente na tua vida, então mostro pessoas que vivem nas prisões. É preciso ver como vivem, ter atenção porque estamos a fazer um trabalho sobre pessoas e às vezes esquecemos isso”, explicou hoje à Agência ECCLESIA.»

Fonte: Ecclesia

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Falar e ser entendido

Editorial  de José Tolentino de Mendonça 




Durante muito tempo o desafio da renovação eclesial esteve centrado na necessidade de encontrar uma nova linguagem. Um dado era (e continua a ser) evidente: a linguagem habitual não só dos documentos, mas até da pregação da Igreja, já não é entendida pelos nossos contemporâneos. Podemos simplesmente cruzar os braços e denunciar a falta de uma formação cristã de base. Contudo, o desencontro entre a mensagem e os seus destinatários continua lá. E o “desencontro” não é só “ad extra”: dentro das nossas próprias comunidades contam-se pelos dedos os que resistem a uma leitura integral de um texto mais longo do magistério. Ora isso gera uma desarticulação e uma incomunicabilidade que só acentuam a fragmentação do corpo eclesial. Não funcionamos como arquipélagos, mas como desagregadas ilhas.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

NINGUÉM SABE A HISTÓRIA TODA NEM TODAS AS HISTÓRIAS



A Agência Ecclesia, ligada à Igreja Católica, editou um número especial do seu semanário de actualidade religiosa, dedicado ao Centenário da República. Trata-se de um trabalho muito bom e oportuno, que reflecte o sentido da Igreja face aos 100 anos da República, sem ignorar conflitos, que os houve, entre o Estado republicano e a comunidade religiosa, no seu todo, apesar de logo no início ter sido decretado o respeito pelas diversas confissões.
A revista “Agência Ecclesia” apresenta, em 88 páginas, temas muito variados, agrupados em três partes: Sociedade e Religião; Relação Igrejas, Estado e Sociedade: do regalismo à separação; Universos Espirituais e Experiências Religiosas durante a Primeira República. Ilustrações da época e datas marcantes, referências a variadíssimas situações e, no fundo, um conjunto de estudos que nos poderão servir para tomar conhecimento mais completo da problemática relacionada com a República, que agora comemoramos e que nasceu sob o signo da separação do Estado e da Igreja Católica, até então considerada a religião oficial, com privilégios conhecidos.
Investigadores sabedores das matérias a abordar, nomeadamente, António Matos Ferreira, Guilherme Sampaio, Hugo Dores, João Miguel Almeida, Marco Silva, Rita Mendonça Leite, Sérgio Ribeiro Pinto e Tiago Apolinário Baltazar, brindaram-nos com estudos bem delineados e esclarecedores, coordenados por António Matos Ferreira e Rita Mendonça Leite, sob a responsabilidade do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa.
António Rego, padre e jornalista, mas também director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, sublinha que «ninguém é quimicamente puro nas análises que ensaia porque ninguém sabe a história toda nem todas as histórias. Como o futuro, o passado límpido apenas a Deus pertence». E mais adiante frisa: «Com a humildade de quem sabe que a história é uma recolha meticulosa de fragmentos que parecem ser um todo, não podemos cansar-nos de procurar as linhas mestras que a sequência vertiginosa dos séculos foi criando como um vulcão paciente que atingiu altíssimas temperaturas e no arrefecimento progressivo e lento  foi criando montanhas, planícies, desertos, oásis, terras áridas e rios abundantes.»
O director da revista, Paulo Rocha, e seus mais directos colaboradores, estão de parabéns.

Fernando Martins