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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

OUTONO

23 de setembro
8.21 horas



O outono aí está. Logo mais, rigorosamente, às 8.21 horas. Os cientistas garantem que é assim. Nem mais um minuto nem menos um minuto. Para não desencadearmos guerras (não há guerras por tudo e por nada?), vamos aceitar as certezas dos homens e mulheres da ciência. Ponto final. Parágrafo.
O outono veio de mansinho e assim vai continuar para nos preparar para o inverno. As folhas começam a cair, as temperaturas baixam paulatinamente, as plantas preparam o sono reparador. Que descansem bem, que na primavera a vida volta. Renovada. Esperançosa. Luminosa. Bonita. Abençoada. 
Mas por agora não é assim. Tropeçamos nas folhas secas de tons castanhos e as chuvas decerto surgem apressadas. É preciso matar a sede ao nosso mundo. E a vida prossegue no seu ritmo. Mas do outono da vida, o tal das pessoas tristes e pessimistas, hoje nada digo aqui.
Bom outono para todos.

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terça-feira, 28 de outubro de 2014

ARES DE OUTONO: RAMOS SECOS



No meio da calçada, ramos secos deixados pelo vento, esquecidos e com morte lenta à vista, são um exemplo da finitude. Tudo quanto nasce acaba assim. Que ao menos, de tudo o que  morre, fique uma simples imagem. pálida que seja, na memória dos que vivem.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

ARES DE OUTONO: ROLAS EM RAMOS SECOS


O verão acordou estremunhado, mas acordou mesmo. Pode ser um desabafo de arrependimento pela falta que nos fez, mas vamos tê-lo por uns dias. Depois se verá. Contudo, as marcas do outono estão aí, como bem o demonstra este casal de rolas que descansa em ramos secos. Boa semana de trabalho, e não só, para todos.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

ARES DE OUTONO: PORTO


Em qualquer recanto há sempre ares de outono. Como este que encontrei no Porto, no sábado, ao princípio da tarde. As folhas semeadas a esmo mostram um tapete ainda de fundo verde, que sublinha o castanho caraterístico da época, que muito tem ainda para nos dar. Vamos esperando e vendo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

ARES DO OUTONO: PEDRAS TRISTES


O outono, nestes dias, está assim: triste como estas pedras. Não há volta a dar. Resta-nos esperar, com calma. Sem desânimo. Eu sei que o outono, por natureza, é tristonho, melancólico, enfadonho. Mesmo assim, há quem aprecie a chuva a cair, o vento a zoar e o frio a convidar-nos ao aconchego do lar. Pois é. Afinal, cada estação tem a sua beleza.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

ARES DE OUTONO: ARBUSTO


Com o outono, toda   a natureza se recente. É tempo de descansar, por vezes de morrer, de dormitar, de hibernar, de esperar e de preparar nova vida, em suma, de ressuscitar. Isto lá para a primavera, também tempo de Páscoa. A vida tem todos os cambiantes possíveis e imaginários. Por isso, o outono ainda é tempo de sonhar. Que outros dias, melhores, hão de vir.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

ARES DE OUTONO: UMA COR DESTA ESTAÇÃO


Dizem, e com razão, que a cor castanha é própria do outono. Mas que as suas diversas tonalidades sempre nos espantam, também é grande verdade. Hoje vi esta; amanhã poderá estar diferente. É assim o outono. Para já, só não podemos, por aqui, mostrar a cor do frio que se faz sentir.

domingo, 5 de outubro de 2014

ARES DE OUTONO: GAIVOTA


A gaivota em descanso ou à espera de companhia, neste outono, que a vida, em solidão, não fará grande sentido. O dia não tem estado para grandes festas, que bem o senti, quando fui obrigado a vestir um casaquito. Amanhã, segunda-feira, talvez o tempo acorde com outro ambiente, apesar de ser dia de preguiça. Boa semana para todos.

sábado, 27 de setembro de 2014

ARES DE OUTONO: FLORES SECAS

O outono está sempre presente nas nossas vidas. 
E não se diz que o outono da vida tem múltiplos encantos?
E também não é verdade que podemos decorar uma mesa 
ou qualquer móvel com as bonitas cores do outono?
Aqui fica a prova.


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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

ARES DO OUTONO: FOLHAS


Agora uma folha, depois outra. Devagarinho. Muitas mais quando houver vento, até ficarem desfolhados os ramos. Cores castanhas de várias tonalidades, umas ainda com sinais de vida, vida ténue, outras com marcas de morte evidente. Tempos depois são pó que se infiltra no solo para dar força a vidas novas. 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

ARES DO OUTONO: NUVENS




Um simples olhar em busca do outono que hoje começa sugeriu-me esta imagem. Neste início de estação, o dia é igual à noite. A partir de agora, os dias entram numa fase de declínio enquanto as noites crescem... Bom outono para todos.

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Para começar bem um dia de Outono




O sol despede-se lentamente nos dias cada vez mais breves de finais de Setembro. Esmaecem os doirados cabelos de Apolo. E as vinhas, os milheirais, os grandes plátanos dos jardins das cidades amolecem em tons amarelados e sanguíneos.

É o tempo das colheitas. Das vindimas e da apanha da fruta. Arrancam-se as batatas dos lameiros. Debulham-se os cereais. Descasca-se a amêndoa e secam-se os figos. A terra entrega generosamente ao homem o resultado do seu trabalho. Chegam as primeiras chuvas e despedem-se as aves migratórias. Límpidos horizontes. O mar, desocupado, exprime agora toda a brancura das suas ondas. Um cão vadio que corre atrás das gaivotas. Um par de namorados sentados na areia da praia. Avança o outono por Outubro. Desprendem-se as primeiras folhas. Pelos campos queimam-se as ramas secas. E o fumo levanta-se numa liturgia final de um ciclo que se encerra. Terminaram as últimas romarias do ano. Depois de Nossa Senhora dos remédios de Lamego, é a Feira das Colheitas em Arouca e S. Mateus em Viseu. Vem aí Novembro com as castanhas e o vinho novo. As árvores cada vez mais despidas. Os insectos entontecidos. E os primeiros frios de uma noite que se torna mais longa e ávida.

Revolvemos os armários em busca de roupa quente. O sono aumenta. Depois das beladonas, florescem os crisântemos e acorremos ao cemitério para recordar os nossos mortos. Chove muito. E lembro-me muito de ti ao cair da tarde. Não consigo evita este roxo, esta ansiedade, este advento que me conduz a Dezembro e ao nascimento de uma luz que auguramos desde o princípio do mundo.

Deslizamos por outono docemente e na verdade esta convulsão meteorológica e natural parece afinar-nos a sensibilidade. Os amanheceres breves e límpidos, com fiapos de nuvens avermelhadas atravessados pelo primeiro sol, são inesquecíveis, como aquela árvore cor de fogo, hirta e soberana que parecia reunir toda a luz do entardecer e que eu te pedi que fotografasses, naquela viagem para o longínquo norte.

Manuel Hermínio Monteiro (1952-2001)
Foto: BSPI/Corbis

Fonte: Umbrais

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

ARES DO OUTONO


Largo de São Braz

No largo de São Braz
a vendedora de castanhas
sorria os dentes podres
e patos marrecos
dançavam a dança dos mancos


No largo de São Braz
as crianças adormeciam
nos ramos das árvores
e os cães vigiavam as pombas


O largo de São Braz
era muito pequenino
e não era largo

As pessoas eram muito felizes
porque se sentavam no chão
e cruzavam os braços

Quem me dera voltar
ao largo de São Braz


Orlando Jorge Figueiredo

domingo, 9 de dezembro de 2007

ARES DO OUTONO





PRAIA DA BARRA
Vou à Praia da Barra desde que me conheço. De Verão ou de Inverno. Na Primavera ou no Outono. Todas as ruas, mesmo as mais recentes e fruto de uma urbanização com base no cimento armado, me são familiares. De tal modo que, quando passo, é frequente encontrar gente conhecida. De perto ou de longe. Hoje, com ameaças de chuva, lá fui mais uma vez. Com o Farol da Barra a dominar a paisagem desde há uns cem anos. De qualquer canto, ele desafia-me a fixá-lo na minha máquina. No areal deserto, nem marcas de gente havia. E mais ao fundo, a boca da barra dá passagem a navios que entram e saem constantemente. Quer chova quer faça sol. Num contínuo movimento que renova a paisagem a cada olhar.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

ARES DO OUTONO


ILHA DE SAMA OU ILHA DO REBOCHO
As tecnologias fazem por vezes quase o impossível. Na Gafanha da Nazaré, junto ao Porto de Pesca Longínqua, vê-se ao longe a célebre Ilha de Sama, também conhecida por Ilha do Rebocho. O que mal se vê ou vê mal a olho nu pode ser ampliado por qualquer razoável máquina fotográfica. O que fica, nesta fotografia, é uma imagem do abandono a que foi votada a ilha. A casa em ruínas dá a sensação de que é filha de guerra ou de puro esquecimento. Numa zona turística talvez a ilha pudesse ser devidamente aproveitada. Outrora foi propriedade agrícola, não sei se muito ou pouco produtiva. Mas tinha alguma vida. Hoje, está em agonia plena.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

ARES DO OUTONO





Gafanhão que se preze não passa sem navios. E se não puder navegar, não resiste a passar por onde eles estão, como que a descansar das labutas no mar alto. Nos portos de pesca, na Gafanha da Nazaré, há sempre navios à espera que os gafanhões, e não só, os apreciem. Ontem por lá andei a contemplar estes bravos que, com homens valentes, enfretam, por vezes, a brutalidade das ondas marinhas. Mas também pensei no que foi a frota portuguesa antes da entrada na UE. A mais importante e mais dinâmica do País ancorava na Gafanha da Nazaré. Agora... é melhor pensar que um dia ela poderá regressar.




segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

ARES DO OUTONO





O Forte da Barra, em dia de Outono frio e húmido, não deixou de ser agradável à vista. Passei por lá e registei estas imagens que partilho com todos, em especial com os emigrantes que daqui partiram para um dia voltarem às origens.

domingo, 11 de novembro de 2007

ARES DO OUTONO


ORAÇÃO


O Outono é Primavera
Frutificada. E o sentimento
Do amor,
Cristalizando,
Tornou-se incandescente.
É o coração aceso
De Cristo,
O novo Sol.

Teixeira de Pascoaes


In “Últimos Versos”

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

ARES DO OUTONO


Cada arbusto, por mais simples e modesto que seja (se é que há arbustos simples e modestos), é um mundo de cores variadas e de formas incrivelmente belas. Como este arbusto do meu quintal, visto em dia claro, como foi o de hoje. Vejam a variedade de tonalidades, de formas, de espaços esparsos por onde se escoa a luz, como que à procura de gente.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

ARES DO OUTONO


OUTONO

Recolhe-se a morrer a Natureza.
O ar é fruto e mosto. Nos pomares
O moribundo Outono põe a mesa
E despeja o seu sangue nos lagares.

A Natureza expira; e, na tristeza
Da lenta morte que lhe vem dos ares,
Morre em paz, finda em sonho e em certeza,
Depois de abastecer todos os lares.

Anda na vida a lentidão do sono.
Maternalmente, as árvores, fraquíssimas,
Mal sustentam o fruto. O Inverno vem…

Assim expira o renascente Outono,
Em tardes que são mortes sereníssimas
De dias bons e que viveram bem…

Afonso Lopes Vieira