sexta-feira, 14 de junho de 2019

Vamos falar de férias - Costa Nova do Prado



Marginal
Como sugestão de férias acessíveis a toda a gente, avançamos hoje com uma proposta muito simples: a Costa Nova do Prado, mais conhecida simplesmente por Costa Nova, freguesia da Gafanha da Encarnação. Mas se pertence a esta freguesia, a Costa Nova é paróquia desde 16 de julho de 1989, criada por decreto do Bispo de Aveiro, D. António Marcelino. Como padroeira, tem Nossa Senhora da Saúde, cuja romaria atrai muita gente, em setembro, em jeito de encerramento da época balnear. 
Se é verdade que a Praia da Barra é tida como a praia dos gafanhões da Nazaré e gentes de Aveiro, não podemos ignorar que  Praia da Costa Nova é a preferida dos povos de Ílhavo, muitos dos quais têm naquele recanto de mar e ria uma segunda habitação ou residência de férias. E o seu encanto tem corrido mundo com o casario típico, as águas serenas da laguna e o mar com praia ampla e convidativa. 
Para os que mesmo em férias não dispensam o sentido espiritual da vida, na Costa Nova, para além da capelinha dedicada à padroeira, há um templo hexagonal arejado, bem decorado e com ambiente acolhedor, inaugurado em 30 de abril de 2000. 
Falar da Costa Nova, implica falar do célebre Arrais Ançã, com busto voltado para a ria, sendo certo que ele foi mais herói no oceano, salvando vidas, ficando célebre a sua coragem. 
Na Costa Nova, para além de outras instituições, é justo e oportuno destacar o Clube de Vela, fundado em 18 de agosto de 1981, com fins desportivos, culturais, recreativos e de lazer. Tem marina com capacidade para 130 embarcações e dinamiza escolas de vela, enquanto participa e organiza eventos náuticos. 
Restaurantes e bares com esplanadas voltadas para a ria são um desafio para os visitantes e veraneantes que por ali se fixam em tempos de férias, mas não só. 

Fernando Martins 

A Festa de Deus Família




Georgino Rocha 


Jesus, na ceia de despedida, fala abundantemente do Espírito Santo. Atribui-lhe funções de companhia amiga, mestre que faz memória do sucedido e ajuda à sua compreensão, conforto dos discípulos e testemunha qualificada, perante o mundo adverso, luz do coração que discerne a maldade do pecado e a bondade da graça, presentes nas situações de vida, guia seguro para a verdade plena. É sobretudo esta função que mais se destaca na festa da Santíssima Trindade. Jo 16, 12-15.
O pintor crente Roublev faz uma expressiva visualização desta realidade inabarcável pelas capacidades humanas: Um ícone de três pessoas que se entreolham e, no modo como se olham, fazem brilhar o amor de cada uma pelas outras. Traduz, assim, a relação que existe entre o Pai, o Filho e o Espírito. São um só na comunhão e três pessoas na pluralidade das funções que manifestam ao longo da história da salvação. Todas estão presentes no agir de cada uma que assume o protagonismo. É pelo seu agir em nosso benefício que temos acesso ao mistério insondável da sua existência. É pelo que Jesus promete aos discípulos que podemos sentir a “mão” segura do Espírito Santo a conduzir-nos para esta verdade admirável.
O Papa Francisco, na exortação apostólica pós-Sinodal sobre os Jovens, afirma: “Deus ama-te. Nunca duvides disto na tua vida, aconteça o que acontecer. Em toda e qualquer circunstância, és infinitamente amado. Talvez a experiência de paternidade que tiveste não seja a melhor: o teu pai terreno talvez se tenha mostrado distante e ausente ou, pelo contrário, dominador e possessivo; ou simplesmente não foi o pai que precisavas. Não sei! Mas o que posso dizer-te com certeza é que podes lançar-te, com segurança, nos braços do teu Pai divino, do Deus que te deu a vida e continua a dá-la a cada momento. Sustentar-te-á com firmeza e, ao mesmo tempo, sentirás que Ele respeita completamente a tua liberdade”.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Aveiro quer ser Capital Europeia da Cultura em 2027


«Suportada na energia das suas comunidades, na riqueza do seu património, na vitalidade dos seus criadores e no dinamismo da sua vida científica e empresarial, Aveiro ambiciona ser uma referência internacional pela forma como posiciona a Cultura e a Criatividade no centro da sua vida social, educativa, económica e urbana, abrindo-se à Europa e ao mundo.

Aveiro acredita que este processo, iniciado pelo município, só faz sentido se for partilhado e vivido por toda a comunidade, de forma ativa e participada. Esta plataforma é o primeiro passo desse caminho que iremos fazer em conjunto.

Por uma cidade melhor. Por uma cidadania mais ativa. Por uma Europa da Cultura, das Cidades e dos Cidadãos.»

Nota: É preciso que  todos os aveirenses acreditem e lutem por isso!

Do site da CMA

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré

Do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré

Vai realizar-se XXXVI Festival de Folclore da Gafanha da Nazaré, dia 6 de julho, no Jardim 31 de Agosto, pelas 21 horas, com a participação do grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, o grupo anfitrião; Rancho Folclórico Morenitas de Alba, Castro Daire; Adufeiras do Rancho Etnográfico de Idanha, Castelo Branco; Rancho Típico de Vila Nova de Cernache, Coimbra; e Rancho Folclórico de Boidobra, Covilhã. 
A anteceder o festival, será feita a receção aos grupos convidados na Casa Gafanhoa, pelas 17h30, com sessão de boas-vindas e entrega de lembranças. O jantar oferecido aos grupos convidados terá lugar às 18h45, na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, e o desfile ocorrerá a partir das 21h, seguindo-se o festival propriamente dito. 

domingo, 9 de junho de 2019

Bento Domingues - Pentecostes: só a muitas vozes!

Frei Bento Domingues
Muitas vezes se contrapôs o mito do Pentecostes ao da Torre de Babel quando, de modo diferente, são ambos a apologia da diversidade.

1. É muito bela a narrativa mítica da Torre de Babel e, a meu ver, muito mal interpretada. A diversidade das línguas e a dificuldade que ela representa, para a chamada comunicação, é um dado da experiência universal. O desejo/sonho de uma só língua, para ser realizado, precisa de um poder dominador universal que elimine todas as outras. No referido mito, é a intervenção de Deus que se opõe a esse imperialismo de destruição da diversidade linguística para a realização de projectos megalómanos [1]. Muitas vezes se contrapôs o mito do Pentecostes [2] ao da Torre de Babel quando, de modo diferente, são ambos a apologia da diversidade. No Pentecostes, cada qual os ouvia falar na sua própria língua. Estupefactos e surpreendidos diziam: Não são todos galileus, esses que estão a falar? Como é que cada um de nós os ouve na sua própria língua materna?
O universalismo do movimento cristão não é uma razia da diversidade cultural e linguística. O desejo de catecismos universais e de um direito canónico, onde está tudo previsto, são incapazes de se converterem à diversidade na História da Igreja. Apesar do Vaticano II, a unicidade nas expressões da Fé cristã continua a contrariar a pluralidade cultural, mesmo dentro de um só país.

2. Este Pentecostes foi preparado por alguns acontecimentos significativos em relação ao desejado pluralismo.
O célebre historiador José Mattoso, ao receber o Prémio Árvore da Vida, reconheceu que um conjunto de personalidades tem feito da fé cristã o fundamento da sua obra cultural. “Em vez de oporem a fé à racionalidade, inspiram-se nela para produzir cultura. Houve tempos e lugares em que esta associação se considerava impossível. A fé opunha-se à ciência, à razão e à cultura. Hoje o diálogo tornou-se pacífico, e a crença é, para muitos, fonte verdadeira de inspiração cultural.”
Lembrou ainda que “a obsessão uniformizadora do catolicismo quinhentista e seiscentista persistiu durante os séculos seguintes e levou, por exemplo, a proibir a leitura de Erasmo, a condenar Copérnico, a criar a Inquisição, a legitimar a tortura, a proibir a leitura da Bíblia em língua vulgar, a fazer abortar os primeiros ensaios do Liberalismo Católico”.

Anselmo Borges - O Filho de Maria

Anselmo Borges

1. Um dia, num debate, perguntei ao eurodeputado Paulo Rangel sobre a crítica e até hostilidade à Igreja Católica, também no meio político, a nível europeu. Ele respondeu que essa crítica existe e que a hostilidade se estende também à Igreja ortodoxa, menos às Igrejas protestantes. Mas sublinhou: “Nunca ouvi alguém dizer mal de Jesus”. 
Jesus é uma das figuras “decisivas, determinantes”, da História, como sublinhou o grande filósofo Karl Jaspers. Penso mesmo que é, quando se pensa fundo, a figura mais revolucionária. A partir da revelação de que Deus é Amor e de que todos os seres humanos valem para Deus, a ponto de o critério último que decide da salvação definitiva ser determinado pelo que se faz pelos outros nas necessidades mais imediatas, porque é a Deus, mesmo sem o saber, que se faz — “destes-me de comer, de beber, vestistes-me, foste ver-me ao hospital e à cadeia... —, independentemente do sexo, género, religião, cor, etnia, opção filosófica ou política, foi germinando a ideia da igual dignidade de todos. 
Os grandes pensadores tiveram consciência disso. O próprio conceito de pessoa apareceu no contexto dos debates teológicos à volta da compreensão da pessoa de Jesus. Hegel reflectiu bem que a consciência da liberdade, da igualdade e da dignidade veio ao mundo pelo cristianismo. Ouvi o filósofo ateu Ernst Bloch declarar: “Nenhum ser humano pode ser tratado como gado, e isso sabemo-lo pelo cristianismo”. Também escreveu: Jesus agiu como um homem “pura e simplesmente bom, algo que ainda não tinha acontecido”. Jürgen Habermas, o filósofo vivo mais influente, reflectiu que a democracia, que se expressa em eleições livres com igual valor dos votos — “um homem, um voto” —, é a transposição para a política da ideia cristã de que cada homem e cada mulher são filhos de Deus. A liberdade, a igualdade, a fraternidade assentam no Evangelho. Aliás, a consciência dos direitos humanos e a sua proclamação deram-se em contexto judaico-cristão. Onde é que nasceu a Declaração dos Direitos Humanos? Foi na China? Foi na Arábia? Mesmo se, desgraçadamente, foi e vai sendo preciso impô-la também à própria Igreja enquanto instituição... Mahatma Gandhi deixou estas palavras: Jesus “foi um dos maiores mestres da Humanidade.” “Não sei de ninguém que tenha feito mais pela Humanidade do que Jesus. De facto, nada há de mau no cristianismo.” Mas acrescentou: “O problema está em vós, os cristãos, pois não viveis em conformidade com o que ensinais.” E tem razão. 

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