sábado, 27 de janeiro de 2018

Pedro Mexia: "Inflexibilidade" impede evangelização

Pedro Mexia afirma que «inflexibilidade» 
de alguns cristãos impede evangelização


«O escritor e crítico líterário Pedro Mexia disse hoje que dialogar com o mundo não significa ceder a modas ou a novidades e que a “inflexibilidade” apenas gera “auto-satisfação” e não evangeliza.
“É um péssimo ponto de partida. Não é um concurso de popularidade, nem (se trata de) embarcar em modas ou novidades. Trata-se de viver no mundo, tal como ele existe, com os comportamentos e ideias das pessoas e dialogar com isso”, afirmou o assessor cultural da presidência da República durante o encontro de referentes do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, que decorre hoje em Fátima.»


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CARNAVAL PARA ANIMAR A MALTA




Como manda a tradição, o Carnaval vai ser celebrado por todo o país, como, um pouco, por todo o mundo. No município de Ílhavo, não se foge à regra e não faltará quem ouse substituir a máscara de todos os dias, muito camuflada, por uma mais adequada à quadra. Digo “máscara” de todos os dias a brincar, não só por sempre ouvir dizer que tal é mesmo assim, quando muitos escondem as suas personalidades, em obediência ao politicamente correto, mas também por reconhecer que a vida precisa de ser vivida com alegria a transbordar. E nesses dias, é certo e sabida que não faltarão as críticas diretas e oportunas dirigidas, normalmente, às pessoas que, às vezes, brincam com coisas sérias na arte da governação, mas não só.
Pessoalmente, não me atraem esses festejos, por razões que nunca percebi, mas admiro quem tem a coragem de sair à rua mascarado e com ditos, em princípio educados, mas com muita graça. Oxalá o Carnaval nos ajude a pensar na vida, atirando para trás das costas o que tanto incomodou tanta gente.
Boas festas carnavalescas para todos, para os que gostam e para os que não gostam.  

Janeiras – E a tradição cumpriu-se...

Grupo Etnográfico (foto do meu arquivo)
Ontem,  cumpriu-se a tradição. O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, apesar do frio, deu sinal, com um cantar próprio desta quadra. Entrou em  nossa casa com gargantas e instrumentos musicais afinados. Uma saudação amiga, sorrisos alegres, espírito aberto, simpatia franca. E os cânticos, que ocupam um lugar especial nas minhas memórias, décadas e décadas ensaiados e repetidos e  no Cortejo dos Reis apresentados, na Gafanha da Nazaré e noutras bandas, ao ritmo de partilhas etnográficas enriquecedoras, encheram o nosso ambiente familiar. 
A importância dos Grupos Etnográficos está na manutenção destas tradições, revividas para os mais idosos e ensinadas aos mais novos, se é que têm coragem de pôr de lado o teclado do telemóvel por simples momento que seja. Contudo, no grupo havia jovens, tocando e cantando, um sinal claro de que há no grupo etnográfico quem tenha sensibilidade para cativar e ensinar. E assim se passa o testemunho.

F.M.

Um dos cânticos

Deus nos dê Festas Alegres
Com Seu divino amor
A Virgem Nossa Senhora
Deu à luz o Redentor

Cantemos nossas canções
Para visitar Jesus
Vamos ver Sua lapinha
Cheia da divina luz

A Gafanha da Nazaré
É esta sedutora
Damos graças ao Menino
E à Virgem Nossa Senhora

O presépio enfeitado
Nos espera e nos seduz
Para prestar homenagem
Ao que a Virgem deu à luz

Vamos indo pastorinhos
Com toda a nossa alegria
Visitar o Deus Menino
Filho da Virgem Maria

Vamos indo piedosos
Cada qual com sua oferta
Oferecer ao Menino
Que é dia da Sua festa

É o nosso Deus Menino
O Rei dos pobrezinhos
Oferecer-lhe ofertas
Dos humildes pastorinhos

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

A VIDA


A VIDA

A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;

A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura num momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!

A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:

Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida – pena caída
Da asa da ave ferida
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!

João de Deus


NOTA: Hoje, a pensar na vida, tão cheia de surpresas, umas agradáveis e outras nem tanto, lembrei-me deste poema de João de Deus, um mestre na arte de poetar de forma tão simples.


GIL EANES EM VIANA DO CASTELO





NOTA: Todos os naturais e residentes na nossa região, ligados direta ou indiretamente ao mar, e sobretudo à pesca do bacalhau, se identificam com o Gil Eanes, navio-hospital que prestava apoio aos pescadores e tripulantes dos navios bacalhoeiros. Hoje, terminada a safra dos bacalhaus, é um navio-museu que desenvolve variadíssimas ações culturais que importa sublinhar. Sei que há conterrâneos nossos, ílhavos e gafanhões, que estão ligados a algumas iniciativas, o que é muito meritório. Louvo-os por isso, porque, no fundo, prestam um serviço que simboliza gratidão. 

Jerusalém: com um "estatuto especial"?

Anselmo Borges 

Anselmo Borges

1 Jerusalém é uma cidade mítica no imaginário de milhões e milhões de pessoas, concretamente crentes das três religiões monoteístas.
O significado da cidade para os judeus está bem expresso no Salmo 137, versículos 5-6: "Se me esquecer de ti, Jerusalém, fique ressequida a minha mão direita! Pegue-se-me a língua ao céu da boca, se eu não me lembrar de ti, se não fizer de Jerusalém a minha suprema alegria!" Os cristãos sabem que foi em Jerusalém que Jesus enfrentou a religião oficial, exploradora do povo, ali foi condenado à morte e crucificado, ali fizeram os primeiros discípulos a experiência avassaladora de que a morte não teve nem tem a última palavra, pois Jesus está vivo para sempre em Deus. Para os muçulmanos, Jerusalém, onde se encontra a mesquita Al-Aqsa, é o terceiro lugar sagrado, depois de Meca e Medina.
Mas Jerusalém foi e é também lugar de confrontos constantes, de invasões permanentes ao longo da história, de contínua conflitualidade e, actualmente, um dos focos mais explosivos, com perigos e ameaças para a paz. A recente decisão do presidente Trump de passar para lá a Embaixada dos Estados Unidos, reconhecendo Jerusalém como capital de Israel, só contribuiu para incendiar os ânimos e agudizar as tensões.

2 Neste contexto, no passado dia 17, teve lugar no Cairo, por iniciativa das autoridades da universidade e mesquita Al-Azhar, uma conferência internacional sobre a Cidade Santa, Jerusalém, também com a presença, entre outras personalidades, do patriarca copta ortodoxo Teodoro II, o patriarca maronita Béchara Boutros Raï e o catholicos arménio Aram.

Maravilhados com o ensino de Jesus. E nós?

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha


Jesus vai calcorreando os caminhos da Galileia e localiza em Cafarnaum, nesta quase desconhecida aldeia, a sede da sua missão em público. É uma opção pelas “periferias” pobres e sem poder, distantes de Jerusalém e dos funcionários sagrados que oficiavam no seu Templo. Também dos políticos de turno controlados por Roma. É uma opção clara que se desenvolve e confirma em mensagens e acções, em ditos e parábolas. E por vezes chega a expressões verbais veementes.
Cafarnaum fica situado perto do mar de Tiberíades, viveiro fértil de peixes vários, onde labutam pescadores que necessitam do sustento familiar e de pagarem as taxas que lhes são impostas. Nos socalcos das montanhas cultivam-se cereais, árvores e legumes que constituem a base alimentar da população. “Quem visitar esta região nos primeiros meses da primavera ficará maravilhado ao comprovar a força com que cresce a vegetação, afirma Flávio Josefo, historiador judeu do séc I, e menciona, entre achados arqueológicos, restos de moinhos de grão e de prensa de azeitona. Terra atravessada por duas vias ao serviço de interesses superiores.
Chegado ao sábado, Jesus vai à sinagoga. Marcos, o narrador do episódio, centra a visita num único ponto: A autoridade de Jesus que decorre do modo como Ele fala e a reacção entusiasta que desperta nos presentes. E, por contraste, vem a dos escribas, os homens letrados nos textos sagrados. Evita pormenores que podem desviar. Usa um estilo sóbrio. Faz-nos ver Jesus em acção, como se fosse “um directo”. (Mc, 1, 21-28).

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A pregação feita em muitos templos gera ateus

"Rostos de Misericórdia 
– Estilos de vida a irradiar"
– Um livro de Georgino Rocha

Carlos Borrego e D. António Moiteiro

Zé Tó e Liliana

P.e Georgino 

«A leitura deste livro foi um mergulho neste oceano imenso do amor que Deus devota a cada um dos habitantes do universo», referiu o Prof. Carlos Borrego, na apresentação do mais recente livro do P.e Georgino Rocha, que ocorreu no passado dia 17 de janeiro, à noite, no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura). «Neste livro aprendi muitas lições e desafio-vos a fazerem a mesma coisa», afirmou, acrescentando que a apresentação de uma obra deverá «constituir um encontro de corações e de partilha, estimulante e estimuladora», para levar os leitores a debruçarem-se sobre o livro. Mais do que dar a conhecer o livro do P.e Georgino, «vou pretender motivar, aliciar e provocar os presentes, se é que disso precisarão, a ler esta obra, de uma riqueza notável», frisou o Prof. da Universidade de Aveiro, especialista em assuntos do ambiente e antigo ministro.
Adiantou, ainda, entre muitíssimas considerações pertinentes e desafiantes para quem teve o privilégio de o ouvir, que “Rostos de Misericórdia - Estilos de vida a irradiar” é um livro de reflexões e relatos de pessoas «com o nome registado no livro da vida».
Carlos Borrego evocou, como rostos de misericórdia que o marcaram, D. António Marcelino, um bispo preocupado com a «presença dos cristãos no meio universitário», e D. António Francisco, um bispo «transparente e amistoso».

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Crise de valores

Crónica de MaDonA



Não busque ser um homem de sucesso, 
busque ser um homem de valor.” 

Einstein 

Todos os dias nos entram, pela casa adentro, as misérias que grassam no país e que os mass media nos apresentam, sem dó nem piedade. A sociedade assiste, hoje, ao que tem vindo a aumentar de dia para dia, uma crise de valores institucionalizada. 
Os portugueses, considerados, um "povo de brandos costumes", estão a acordar para esta realidade, que os leva a pôr em causa instituições e figuras nacionais, habitualmente consideradas acima de qualquer suspeita. 
Casos de corrupção nas forças de segurança, em figuras políticas, o escândalo da Casa Pia, e tantos outros são notícias que fazem as parangonas de grandes jornais. Há um desrespeito, pelos padrões éticos: hoje tudo é admissível e confunde-se liberdade com permissividade. Há uma grande falta de qualidade das elites nacionais: os portugueses não têm referências, o que é confirmado pela detenção de figuras públicas. 
Hoje domina o materialismo. Uma pessoa é identificada, pelos bens materiais que possui: uma mansão com piscina, uma casa de férias, um iate, um bom automóvel, roupas de marca, não por aquilo que é: um homem honesto, um bom amigo, uma pessoa íntegra. 
Vivemos numa sociedade que privilegia o ter em detrimento do ser. O dinheiro não deverá ser um objetivo, mas sim um meio de vida. Com isto, não pretendo fazer a apologia do despojamento total, da vida de eremita. O dinheiro deve proporcionar-nos conforto e bem-estar, não opulência e fausto. “O dinheiro é a raiz de todos os males, mas quão bela é a sua folhagem!”_ Dizia um amigo meu. 
Ainda hoje, veio a notícia da morte do homem mais rico de Portugal. Uma vida curta para a esperança média de vida, quase noventa anos. Terá Américo Amorim sido tão feliz, quanto foi rico? Foi justo no ordenado que pagou aos seus trabalhadores, distribuiu algum do seu património pelos mais desfavorecidos, enfim, foi benemérito? 
O meu pai, que foi feliz sem ser rico, sendo que rico não é o que mais tem, mas o que menos precisa, viveu até aos 93 anos de idade. E, mais viveria se eu tivesse sido dona de casa, e pudesse ter-lhe dado o apoio necessário, no final de vida. Antigamente, isto acontecia numa sociedade rural, em que os seniores eram acolhidos e acarinhados no seio familiar. Os valores da família, do trabalho, da honestidade existiam. Hoje estão démodé. 
Um exemplo de despojamento, a seguir pelos nossos políticos, foi o presidente do Uruguai, Pepe Mujica, que afirmou "O que chama a atenção mundial? Que vivo com pouco, numa casa simples, que ando num carrinho velho, essas são as notícias? Então este mundo está louco, porque o normal surpreende." 
Isso tudo nos mostra que, nos dias de hoje, as pessoas já não tem o ser humano como fundamental, mas, sim, o dinheiro, o lucro. A pergunta básica que se faz ao planear uma ação é “O que eu vou ganhar com isso?” Podemos compreender: acidentes que ocorrem em edifícios e matam pessoas porque houve algum tipo de “economia” na construção; pessoas que morrem em hospitais porque a verba atribuída pelo governo já não é suficiente, etc 
Como exigir que as crianças interiorizem os verdadeiros valores, se nós mesmos não damos o exemplo? 
E os meios de comunicação que visam o lucro e satisfação imediatos tiram partido disso. As novelas fazem apologia do sexo sem responsabilidade, glorificando o egoísmo, a vingança, a mentira e a truculência, nas relações humanas. 
O facto de alguns, pela prática de atos ilegais, demonstrarem uma ausência de padrões éticos, não significa que toda a sociedade padeça do mesmo mal. Eu ainda acredito no HOMEM. Apesar da onda de marginalidade, e outras doenças sociais, ainda há as boas exceções à regra. 
Quando, há dias, estacionava o carro, junto à Loja do Cidadão, dois senhores, em simultâneo, ofereceram os tickets de estacionamento, que não tinham esgotado o tempo, a quem se dirigia às máquinas. O meu tinha a duração de mais duas horas. “Eles já ganham muito!” — Disse-me o senhor de forma jocosa. 
Tal como Martin Luther king, eu tenho um sonho! De ver a harmonia entre as pessoas, sem haver exploradores e explorados, prepotentes e submissos, ricos e pobres. Utopia? O ativista americano também acreditava nela. 

MaDonA 

28.07.2017

Falar+ vai abordar o tema “Estudar é bom!”


No próximo dia 31 de janeiro, quarta-feira, pelas 15h, no Fórum Municipal da Juventude da Gafanha do Carmo, vai decorrer uma sessão aberta aos jovens, destinada a dar dicas capazes de aumentar a capacidade de aprendizagem, melhorando, através da concentração e da memorização, os resultados dos estudos, diz um comunicado da CMI.
No mundo frenético em que todos vivemos, com os jovens a serem bombardeados por inúmeras solicitações, é justo reconhecer que iniciativas deste teor são sumamente importantes. Portanto, aconselho os jovens a participarem nesta ação de FALAR +.
Um aviso pertinente: Desliguem os telemóveis para não serem incomodados.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

E que tal não ver má televisão?

Manuel Cardoso, no Sapo, 
atirou-me hoje com uma questão pertinente: 
E que tal não ver má televisão?



Há muito que tento descobrir o motivo por que perdemos tanto tempo com maus programas de televisão. Para além das notícias, que gosto de ver e ler, porque estou no mundo e sei que é importante estar informado, tenho de reconhecer que há outras formas de passar os serões: ler, escrever, conversar, trocar opiniões, discutir (no bom sentido) pontos de vista, ver filmes ou séries com substância, etc. 
O jornalista continua no seu escrito com mais perguntas, insistindo: "E aquele programa extremamente polémico com crianças que não se portam lá muito bem que é emitido no canal que se encontra na posição raiz quadrada de nove da grelha? Não vi. Podemos manter isto assim? Ou vão continuar a oferecer ao formato tanta publicidade gratuita que vou ser obrigado a ceder?"

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Morreu Germana Tânger

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Igreja “importa” padres para chegar a todas as paróquias

Reportagem de Natália Faria 
publicada no PÚBLICO de ontem

«Vêm da Ucrânia, Brasil, Angola, Itália, mas também Polónia, Espanha. À míngua de padres, a Igreja Católica entregou paróquias a dezenas de estrangeiros. Alguns, casados e com filhos. Trata-se — acusam os mais críticos — de mero remendo para um problema que reclama a ordenação de mulheres e homens casados.»

Vigário-geral da diocese de Aveiro


“Fujo à ideia do sermão”

«Na diocese de Aveiro, dividida em 101 paróquias, contam-se cinco padres estrangeiros, nas contas do vigário-geral, o padre Manuel Joaquim da Rocha. “Chegámos a ter uma irmã religiosa que fazia a celebração da palavra numa paróquia, mas agora não. O que temos agora são diáconos responsáveis pela celebração da palavra nalgumas paróquias.” Em tudo iguais a uma missa, as celebrações da palavra distinguem-se pelo facto de não serem evocadas as palavras de Jesus na última ceia nem serem consagrados o pão e o vinho (são-no previamente por um sacerdote). Os diáconos permanentes podem ser casados e ter filhos e podem baptizar, presidir a casamentos, baptizados ou funerais. Não podem é dar a santa unção, ouvir os fiéis em confissão nem chamar missa à missa que efectivamente celebram. Para serem reconhecidos enquanto tal pela Igreja, têm de ter mais de 35 anos, uma vida estável na comunidade em que se inserem e passar por uma formação que os habilita a exercer aquelas funções.»

NOTA: Texto transcrito do jornal Público. Foto do meu arquivo. 

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Mais de cem crianças na Corrida das Ecolinhas


As crianças são a garantia do futuro. E se elas forem acarinhadas, apoiadas e ajudadas a crescer, serão a garantia de um futuro risonho. Daí, esta iniciativa que dá pelo nome de Corrida das Escolinhas, inserida no 35.º Grande Prémio de Atletismo da ADC "Os Ílhavos" e promovida por esta associação, em parceria com a Câmara de Ílhavo.
Participaram 123 crianças das escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Município. E quem ganhou? — hão de perguntar os meus amigos. Garanto-vos que ganharam todos. Os meus parabéns aos que organizaram a corrida e a apoiaram, mas também às escolas e aos alunos participaram. 

Vigário-Geral — Os projetos da Igreja são de todos nós

Dia do Diácono celebrado em Soza 
com a participação de algumas esposas

Diácono Permanente Carlos Nunes coordenou a reunião
Aspeto da assembleia

P. Rocha, Vigário-Geral da Diocese

P.e José Manuel, novo delegado 

Diácono Castelhano e esposa 

Os diáconos permanentes da diocese de Aveiro celebraram ontem, domingo, em Soza, arciprestado de Vagos, o Dia do Diácono, sob a proteção de S. Vicente. Nem todos puderam marcar presença por razões diversas, mas os que aderiram, alguns acompanhados pelas suas esposas, souberam conviver e partilhar preocupações, evocar alguns ausentes e confraternizar, como já vai sendo hábito.
Este encontro estava programado para prestar uma simples homenagem de gratidão ao P.e Georgino Rocha, que deixou as funções de delegado do nosso bispo para o Diaconado Permanente, cargo que desempenhou cerca de 30 anos, já que os primeiros diáconos permanentes da Igreja Aveirense foram ordenados em 22 de maio de 1988.

P.e Georgino Rocha

A receção ocorreu na Junta de Freguesia de Soza com um lanche, seguido de uma rápida sessão, na qual foi possível refletir sobre o apoio que o P.e Georgino Rocha nos prestou durante todos estes anos. Na altura, tive a oportunidade de sublinhar o que mais me sensibilizou no contacto próximo que mantive com ele, salientando quanto o apreciava, como homem e como presbítero. Disse que o P.e Georgino mostrou, ao longo destes anos, uma rara capacidade de ouvir e de dizer: Simples, objetivo, direto… O suficiente para as reflexões que importava fazer. 
Frisei que dificilmente se discorda do seu pensar assente nos livros sagrados, permanentemente atento aos alertas, desafios e apelos dos Papas e dos nossos bispos, mas também de outros bispos, teólogos e mesmo de humildes santos das nossas comunidades, que nos dão exuberantes lições de vida alicerçadas nos Evangelhos e demais textos bíblicos. Lições, exemplos e testemunhos que não chegam às parangonas da comunicação social, mas que ficam no coração de quem tem tempo e sentimento para as apreciar no dia a dia. E disso nos tem dado nota testemunhal o P.e Georgino, no muito que escreve, nas reflexões semanais que publica e nos livros com que nos brinda a um ritmo frequente. No dia 17 de janeiro, lançou mais uma obra — “Rostos de Misericórdia – Estilos de vida a irradiar” — que merece ser lida com urgência, tal é a sua oportunidade, o seu estilo e a riqueza do seu conteúdo.
Uma romagem à campa do diácono permanente José Luís Macedo, no cemitério de Salgueiro, foi motivo de reflexão e de homenagem aos colegas e esposas já falecidos, na esperança de que foram acolhidos no regaço maternal de Deus. 
No almoço, em ambiente de amizade franca, o P.e José Manel Marques Pereira, que assumiu a tarefa de delegado do nosso Bispo para o Diaconado Permanente, lembrou que «todos temos consciência do serviço a que somos chamados», naturalmente direcionado para «a Igreja e para os outros». E recordou: «O Senhor chama-nos para uma missão; e como corpo diaconal, também é bom celebrarmos o Dia do Diácono». É nestas celebrações que nos tornamos mais próximos, com a partilha de experiências, vivências, alegrias e algumas dificuldades.
O Vigário-Geral da Diocese de Aveiro, P.e Manuel Joaquim Rocha, em representação do nosso Bispo, ausente pelo falecimento de seu pai, falou da premência de cultivarmos o «sentido de comunhão, que ultrapassa todos as fronteiras». Referia-se à presença no convívio de um diácono permanente da diocese de Coimbra, Manuel Castelhano, de Seixo de Mira, acompanhado por sua esposa. E adiantou que importa reconhecer a necessidade do trabalho dos diáconos permanente [casados e com as suas vidas profissionais e familiares], na comunidade diocesana. 
O P.e Rocha referiu que «temos de estar atentos às respostas que em cada tempo e momento são necessárias, para que a Igreja responda aos desafios que vão surgindo». «Os projetos da Igreja são de todos nós», disse. 

Fernando Martins

domingo, 21 de janeiro de 2018

Soza com festa a São Sebastião

Igreja Matriz

Altar-mor 

Painel de azulejo 

Confraria 

Andor

Banda de música

O Dia do Diácono Permanente foi celebrado neste domingo, 21 de janeiro, na paróquia e freguesia de Soza,  concelho de Vagos. Era dia de festa, com Eucaristia presidida pelo Vigário Geral da Diocese de Aveiro, P.e Manuel Joaquim Rocha, pelas 15 horas, seguida de procissão em honra de São Sebastião. Os diáconos permanentes presentes associaram-se à festa. Igreja repleta com banda de música a abrilhantar a missa e a procissão, não faltando a Confraria Gastronómica Sabores da Abóbora, com as suas vestes identitárias. Como curiosidade, sublinhe-se que a confraria é limitada ao sexo feminino de todas as idades e que  trajes não são representativos de qualquer épocas ancestral mas foram concebidos pelas fundadoras. Enquanto a procissão decorreu, apreciei o templo e os arranjos circundantes, incluindo o cemitério, sendo notório o asseio de tudo o que vi. 
Vezes sem conta ouvimos falar de terras vizinhas, como é o caso, mas o tempo de que dispomos não é aproveitado para apreciarmos o que há de relevante em cada canto. Passamos pelas povoações e nem olhamos para o que elas nos oferecem, Hoje tive tempo para isso.
Enquanto decorreu a procissão, logo a seguir à missa, verifiquei que há pessoas que entram no templo expressamente para rezar, hábito, ao que julgo, que se mantém, como cheguei a conhecer na Gafanha da Nazaré, minha terra,  há bons anos. Serão os mais idosos, o que compreendo perfeitamente, já que a juventude de hoje tem outras motivações para as suas horas de lazer. 
Não curei de conhecer a história da povoação, mas sei que já foi vila e sede do concelho, prerrogativas que perdeu, mas que posteriormente recuperou, estando atualmente com cerca de três mil habitantes. O título de vila voltou em 12 de junho de 2009.

FM

Nota: Sobre o Dia do Diácono Permanente, tenciono escrever um dia destes. 

As trapalhadas com as mulheres na Igreja (II)

Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO



1. No passado domingo, o PÚBLICO apresentou uma deliciosa reportagem [1] sobre as celebrações dominicais promovidas e orientadas por leigos, mulheres e homens e um oportuno editorial de Lurdes Ferreira, sobre O tempo dos leigos.
As trapalhadas com os ministérios na Igreja afectam, sobretudo, a celebração da Eucaristia e são uma dificuldade para a hospitalidade eucarística entre as Igrejas cristãs [2]. 
Na reportagem sobre as pessoas que tomam a iniciativa de reunir e formar uma comunidade que não tem ministros ordenados para presidir à Eucaristia, por que razão não poderá o bispo ordenar alguém que é reconhecido como competente e zeloso na formação e no crescimento dessa mesma comunidade?
Edward Schillebeeckx [3] tentou, em 1980, uma solução para o serviço de presidência da Eucaristia, nas comunidades eclesiais. Aparentemente não correu bem, mas ele não desistiu. Esse caminho é, neste momento, aquele que nos pode abrir um presente e um futuro para a vida eucarística das comunidades católicas. Em nome de uma disciplina canónica inadequada, estamos a deixar as paróquias, os grupos e os movimentos católicos à deriva. Insiste-se na celebração da Eucaristia como o sacramento dos sacramentos. Com toda a razão. As comunidades de baptizados têm direito a participar na sua celebração. De facto, arranjam-se cenários para as impedirem. O pretexto é sempre o mesmo: não há padres. Se não há, façam-nos. Não faltam candidatos e candidatas preparados, ou que podem ser preparados, com desejo de receberem esse ministério. Mas não nos moldes actuais. O modelo presente já não pode ser o único. Sem imaginação, sem vontade de alimentar e dinamizar as comunidades católicas, as lideranças da Igreja só se podem queixar de si mesmas.
Importa entender o percurso e as razões deste dominicano holandês para perceber duas coisas: nunca se conformou com os obstáculos criados às reformas propostas pelo Vaticano II, nem se contentou com repetir os seus documentos. Procurou inovar e não se resignou perante os repetidos processos que Roma lhe moveu, sem nunca o conseguir condenar.

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