Quando atravesso a mata da Gafanha, compreendo a sua importância para as terras gafanhoas e arredores. Os ares tornam-se mais puros e o silêncio impera. Todos ganhamos.
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
quarta-feira, 19 de janeiro de 2022
Mata da Gafanha – Um pulmão da nossa região
Mata da Gafanha |
Toda a gente sabe que a Mata da Gafanha é o principal pulmão da nossa região e a sua extensão não permite que os povos que a rodeiam ou nela habitam a conheçam em profundidade. Muitos a cruzam em todos os sentidos e identificam alguns instituições, mas tudo o mais ignoram.
O Pe. João Vieira Rezende diz, na Monografia da Gafanha, de sua autoria, que «A sementeira do penisco, começada a norte em 1888, tem sido muito morosa, ultrapassando somente depois de 1939 o sítio da capela de N. Senhora-da-Boa-Hora. Hoje [1944] está ligada com a Mata de Mira».
Como facilmente se compreende a Mata da Gafanha serviu para defesa dos terrenos agrícolas que lhe ficavam a sul, fustigados pelos ventos e pelas areias dunares, Entretanto, os seus pinheiros forneciam lenha para as lareiras gafanhoas. A recolha da frança (ramos secos que caíam naturalmente) era por vezes gratuita, ou paga, sob controle dos Guardas Florestais. Os dias de apanha eram anunciados previamente. Estavam longe outras formas de energia para o nosso povo.
Posteriormente, nasceu a Colónia Agrícola da Gafanha, de que falaremos numa próxima oportunidade.
F. M.
Nota: Publicado no TIMONEIRO
domingo, 21 de março de 2021
Dia Mundial da Árvore - Mata da Gafanha
![]() |
Santuário de Schoenstatt |
O Dia Mundial da Árvore ou da Floresta começou a celebra-se em 10 de abril de 1872, no estado norte-americano do Nebraska (EUA). O seu mentor foi o jornalista e político Julius Sterling Morton, que incentivou a plantação ordenada de árvores no Nebraska, promovendo o "Arbor Day". Em Portugal, a 1.ª Festa da Árvore comemorou-se a 9 de março de 1913 e o 1.º Dia Mundial da Floresta a 21 de março de 1972. Isto é afirmado no Google. Hoje, contudo, não vou ficar por aqui porque temos a obrigação de sublinhar o que de muito bom temos entre nós, ao nível da árvore e da floresta. Nada mais nada menos do que a Mata da Gafanha, que começou com a sementeira do penisco em 1888.
Para não perder mais tempo, republico o que já escrevi sobre ela:
A Mata da Gafanha, que se estende da parte norte da Gafanha da Nazaré até à Gafanha da Boa Hora, é, indiscutivelmente, um ex-líbris da nossa região, porém, nem sempre reconhecido como tal. Talvez por isso, raramente se fala da mata e da sua real importância, como zona verde com imensa capacidade de purificar o ar e útil na fixação das areias dunares, para além de cortar a ação dos ventos, fortes quanto baste, que outrora, tal como hoje, prejudicavam as culturas das povoações vizinhas Para além disso, não será nunca de menosprezar o seu interesse económico.
Capela de Nossa Senhora dos Campos |
Por outro lado, a Mata da Gafanha não tem sido suficientemente aproveitada a nível paisagístico, turístico e mesmo de lazer, apesar de possuir algumas infraestruturas conhecidas e espaços convidativos ao descanso.
O padre João Vieira Resende diz, na segunda edição, de 1944, do seu livro “Monografia da Gafanha”, que «A sementeira do penisco, começada a norte em 1888, tem sido muito morosa, ultrapassando somente depois de 1939 o sítio da capela de N. Senhora-da-Boa-Hora. Hoje [1944] está ligada com a Mata de Mira.»
A sementeira do penisco, como se compreenderá, necessitou de mão-de-obra de muitos gafanhões e não só.
Todos sabemos que há moradores, serviços, equipamentos sociais, culturais desportivos e religiosos, bem como algumas festas que dão vida àquela zona verdejante, mas realmente há espaço para muito mais. De qualquer forma, aqui fica o convite para que a visitem e a usufruam.
Fernando Martins
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
COLÓNIA AGRÍCOLA DA GAFANHA
Subsídios para a sua história
Homenagem ao Colono |
Placa com nome do autor da escultura |
Lista de colonos |
Um dia destes andei pela Mata da Gafanha, de que já falei neste meu blogue. Uma vez mais, reparei e fotografei, na rotunda central da Colónia Agrícola, a homenagem prestada aos colonos, cuja chegada registei na minha juventude. Vieram para agricultar areais inóspitos preparados para os receber. Depois, assisti à queda do projeto, que, julgo eu, não deu o que tinha sido sonhado. Mas a vida continua.
Em 2010 escrevi o que se segue:
«É pertinente sublinhar, meio século passado, a importância da Colónia Agrícola da Gafanha para a região. Dezenas de famílias nela se estabeleceram, criando raízes que perduram. Mas não foi fácil a vida de muitos colonos que aceitaram o desafio do Governo.
Compará-los com os primeiros gafanhões que desbravaram as dunas, criando riqueza agrícola à custa de muita tenacidade e coragem, é injusto. Os gafanhões não tinham, nos seus horizontes, outros estímulos para além da terra que a natureza lhes ofertava. Não tinham outra saída, que não fosse cavar e cavar, semear e voltar a semear, colher pouco, que muito só por milagre…
Os colonos, aqui chegados, não puderam deixar de mirar ao largo o que havia: secas, oficinas, navios, ria, mar, indústrias várias, mais perto ou mais longe, com acessos fáceis e com meios de transporte.
Os colonos gozavam de apoios variados: técnicos, sementes e gado selecionados, equipamento agrícola, incentivos, casa para viver. Mas nem isso os impediu de rumar a outras atividades. A Colónia entrou em degradação e hoje é uma pálida ideia do projeto inicial.»
Um pouco da história da Colónia Agrícola pode ser lido aqui
terça-feira, 21 de outubro de 2014
POSTAL ILUSTRADO: MATA DA GAFANHA
A Mata da Gafanha
merece mais atenção
A Mata da Gafanha, que se estende da parte norte da Gafanha da Nazaré até à Gafanha da Boa Hora, é, indiscutivelmente, um ex-líbris da nossa região, porém, nem sempre reconhecido como tal. Talvez por isso, raramente se fala da mata e da sua real importância, como zona verde com imensa capacidade de purificar o ar e útil na fixação das areias dunares, para além de cortar a ação dos ventos, fortes quanto baste, que outrora, tal como hoje, prejudicavam as culturas das povoações vizinhas Para além disso, não será nunca de menosprezar o seu interesse económico.
Por outro lado, a Mata da Gafanha não tem sido suficientemente aproveitada a nível paisagístico, turístico e mesmo de lazer, apesar de possuir algumas infraestruturas conhecidas e espaços convidativos ao descanso.
O padre João Vieira Resende diz, na segunda edição, de 1944, do seu livro “Monografia da Gafanha”, que «A sementeira do penisco, começada a norte em 1888, tem sido muito morosa, ultrapassando somente depois de 1939 o sítio da capela de N. Senhora-da-Boa-Hora. Hoje [1944] está ligada com a Mata de Mira.»
A sementeira do penisco, como se compreenderá, necessitou de mão-de-obra de muitos gafanhões e não só.
Todos sabemos que há moradores, serviços, equipamentos sociais, culturais desportivos e religiosos, bem como algumas festas que dão vida àquela zona verdejante, mas realmente há espaço para muito mais. De qualquer forma, aqui fica o convite para que a visitem e a usufruam.
Fernando Martins
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