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quinta-feira, 16 de junho de 2022

Gado bravo a caminho do Algarve


 Se há região do país que gostaria de conhecer com riqueza de pormenores, o Alentejo estaria no primeiro lugar. Conheço de passagem algumas cidades e povoações, mas não consegui passar daí. O Alentejo  profundo, de que tanto se fala, permanece nos meus horizontes, mas a fé de isso acontecer está a esvair-se. O tempo vai passando e as forças já não são o que eram. Vem isto a propósito desta fotografia registada por mim, há anos, numa bomba de gasolina, onde abasteci o depósito, rumo ao Algarve. 
A manada de gado bravo estava longe,  mas eu não resisti e fixei-a para a posteridade. Hoje, passados nem seu quantos anos, partilho-a com gosto com os meus leitores e amigos. E fica para mim o prazer e a saudade do momento. 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Os patos algarvios

 

As recordações que nos fazem recuar no tempo são preciosidades que expomos cá por casa para nosso regalo. Olhando-as, conseguimos reconstituir passeios ou férias que vivemos quando éramos mais novos, com filhos à solta entretidos nas brincadeiras próprias das idades. Estes patos foram adquiridos num aldeamento de Tavira, perto de um cemitério de âncoras, junta à Praia do Barril. A Lita, quando os viu numa loja para turistas, ficou encantada e tomou a iniciativa de os adquirir. Dito e feito. Vejo-os todos os dias e todos os dias revivo aquelas férias saborosas com um sol de Agosto retemperador de energias. Se pudesse, voltaria com todo o prazer. 

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Algarve - Há 10 anos




Se não posso dar um saltinho até ao Algarve, que para muitos é já ali, contento-me com apreciar registos fotográficos que conservo nos meus arquivos. Há 10 anos andei por lá e gostei particularmente de Albufeira e de praias e outras povoações vizinhas. 
Por vezes, imagino-me nas suas ruas e no museu, nunca faltando paisagens como esta. E já me dou por muito feliz. 
Boas férias para todos.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

À descoberta… de Portugal

Crónica de férias de Maria Donzília Almeida

À sombra
Madona
Espreguiçadeiras em setembro
Vilamoura
Seaguls
Entardecer
“E setembro chegou, vamo-nos separar…” rezava assim a canção do Duo Ouro Negro nos tempos da juventude em que o tempo fluía pachorrentamente. Era o tempo dos sonhos, das ilusões, dos amores do verão que viam chegar o seu termo… como castelos na areia.
O par romântico Johny Halliday e Sylvie Vartan era o ícone da canção ligeira dos anos sessenta, com que os jovens se identificavam e lhes povoava o imaginário, em tempos de lazer.
O mês de setembro fazia a transição entre o período mais ou menos longo das férias e o início das atividades em vários setores da vida do país – La Rentrée.
Hoje, na senioridade, mudaram-se os tempos, mudaram-se as vontades. Férias podem ser sempre que o homem quiser…ou quando a mulher decidir…

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Os nossos sonhos…

Praia do Barril
Não falta, no seio da família, e não só, quem pressinta os nossos gostos, as nossas alegrias e até os nossos sonhos. E a partir desses pressentimentos, quando se age em conformidade, somos levados a reviver alegrias e vivências que, de alguma forma, nos dão imenso prazer.
O Algarve está muito no meu espírito, razão por que, quando calha a talho de foice, sou levado a sonhar voltar lá para umas férias reconfortantes, que me libertem de compromissos e rotinas. Enquanto estive na Figueira da Foz, a minha filha Aidinha e família rumaram às soalheiras praias e paisagens algarvias, de onde regressaram hoje. Acordado da sesta, a nossa Aidinha atirou-me: 
 
— Papá, queres ir à praia do Barril? 
— A das âncoras, onde passei algumas férias tão agradáveis? — Atirei eu. 
— Então prepara-te. 
— Agora mesmo? 
— Exato! — Garantiu-me ela.

Pegou num lenço comprido, vendou-me os olhos e começou a tirar-me as meias. De repente, senti os meus pés mergulhados em areia quentinha… depois água tépida deu-me uma sensação de alívio, qual exercício terapêutico. Tudo tão reconfortante…
Pôs-me uma concha nas mãos e afiançou-me que estava na Praia do Barril. (A concha foi uma prenda, que muito me agradou.)
A alegria à volta desta brincadeira a que aderi com gosto brotou espontaneamente. E a minha memória conduziu-me, como tantas vezes, até àquela praia do Algarve, de temperaturas e ambientes tão acolhedores.

Fernando Martins

sábado, 15 de agosto de 2015

Papalagui - um livrinho para férias



Ontem, alguém me telefonou antes de partir de férias para o Algarve, pedindo-me um livro emprestado para sugerir como leitura a um jovem. O livro, que li há décadas, estaria na minha desorganizada biblioteca. Livro fininho, que se lê de um trago, estaria perdido porque não o via há muito. Procurei durante bastante tempo e lá o achei. Li umas passagens para recordar. E seguiu viagem, com votos (meus) de que inspire em quem o vai ler uma vida mais contida neste mundo de consumismo desenfreado. 
É uma leitura simples e rápida? É, sim senhor. Terá interesse nos dias de hoje? Julgo que sim. Ao menos faz-nos pensar no exagero do consumismo que nos estraga... Todo o exagero estraga. 
Boas férias

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terça-feira, 7 de abril de 2009

Reino dos Algarves para ingleses

Praia da Rocha 

Quando D. Afonso III conquistou definitivamente o Algarve, expulsando os mouros, passou a usar o cognome de Rei de Portugal e dos Algarves. Portugal, a partir daí (século XIII), ficou, mais ou menos, com as fronteiras que ainda hoje tem. Vem esta lembrança a propósito de eu ter dito um dia destes que estava no Reino dos Algarves. E assim parece, sobretudo nas zonas turísticas, onde pontificam, passe a palavra, os veraneantes estrangeiros, com destaque para os ingleses. 
No interior, tanto quanto sei, o nosso povo continua, com a sua pobreza e idiossincrasia, a ser português, alheio às infraestruturas que suportam a carga populacional que tem raiz no Reino de Sua Majestade Isabel II. 
Tal como vejo, em algumas zonas do litoral algarvio predominam estabelecimentos hoteleiros e comerciais para toda a gente, é certo, mas mais direccionados para os estrangeiros. Sinal disso são os dísticos publicitários que não enganam ninguém. E até a natureza de algumas ofertas, que não se vêem tanto noutras terras do País. 
Na zona onde me instalei para estas curtas férias pouco mais há do que isso. Quando perguntei por uma livraria, logo me disseram que a grande maioria dos turistas não vêm para o Algarve para ler. Livrarias, só nos grandes centros urbanos ou nas grandes superfícies. O mesmo se diga para outro género de comércio, que não case com este sector do lazer. Assim, para além de hotéis e restaurantes, mais bares e garrafeiras, e similares, pouco mais há. 
No fundo, o que existe tem de ir ao encontro do consumidor. E como nós precisamos de viver, vamos na onda. E agora vem a história. O Algarve, no litoral, faz jus ao título que já ostentou. É, realmente, um Reino para férias de muita gente. 
Se calhar, no tempo de D. Afonso III, esta invasão de turistas seria tida como ameaça à nossa tranquila independência. Hoje, não será assim. E o que precisamos é de muitos turistas, já que essa será a melhor aposta, à falta de indústrias que nos imponham no mundo. Mas, cá para mim, podíamos enriquecer estas zonas com a nossa cultura. Estruturas somente para inglês ver e usufruir, com pouco do que é intrinsecamente nosso, parece-me obra inacabada.

Fernando Martins

sábado, 23 de agosto de 2008

FÉRIAS: Notas do Meu Diário

AMIZADES PARA A VIDA


Praia do Barril

Ao longo da vida criamos muitas amizades, algumas das quais crescem com o tempo, apesar das distâncias que nos separam uns dos outros. Uma dessas amizades, das tais que se consolidam com o decorrer dos anos, nasceu há décadas com uma família de Chaves, que viveu perto de nós, na Gafanha da Nazaré. Refiro-me aos meus amigos Nazaré e António Fernandes e aos seus filhos, Pedro, José Carlos e Vítor. Depois, o grupo alargou-se às noras e aos netos, Erika e Paula, Mariana, Alexandra, Rita e Francisco. 
Quando o encontro, programado ou ocasional, acontece, experimentamos, naturalmente, uma renovada alegria. Este ano nada fazia prever o reencontro com a família flaviense. Que não era fácil uma estada, para gozo de férias, naquela altura do mês de Agosto, no Algarve, diziam-me. Mas eu, que acredito ou penso que acredito no sexto sentido, tinha cá um palpite de que tudo seria possível. Um fim de tarde, quando deambulava pelo aldeamento, reparei que na casa dos nossos amigos havia janelas entreabertas, como sinal de gente amiga à vista. Os amigos Nazaré e António, ao simples toque da campainha, surgiram na minha frente, para o abraço fraterno. 
Tinham acabado de chegar e estavam a arrumar as malas. Julgo que, ao saberem que estávamos por ali, não resistiram e quiseram fazer-nos uma surpresa. Que agradável surpresa, de pessoas que tanto estimamos! 
Para pôr a conversa em dia, com recordações e mais recordações, com preocupações e anseios, com alegrias e projectos, de tudo um pouco se falou durante os dias em que estiveram no Algarve. Mas o que mais me apetece sublinhar é a forma amiga, mais que fraterna, como partilhamos sentimentos e emoções, vivências passadas e sonhos ainda por realizar. Com esta família partilhámos, ao longo das nossas vidas, algumas férias. 
Foram estes amigos que um dia, já um pouco longínquo, nos convidaram para conhecer Chaves, e nos entusiasmaram pelo conhecimento de Trás-os-Montes. Com eles calcorreámos vilas e aldeias daquela região, saboreámos os melhores petiscos (pastéis, bola e folar de Chaves), com destaque para o presunto que nos esperava, fresquinho, na cave de sua casa, e que comíamos com o pão de centeio, tão famoso por aquelas bandas. 
No frigorífico havia um vinho não muito forte, que temperava o presunto comido às lasquinhas. Foi com eles que aprendi a gostar da feijoada transmontana e do leitão à moda da terra, dum cozido mais completo do que o tradicional à portuguesa. E fico-me por aqui, com a certeza de que muito haveria a dizer. 
Com eles conheci monumentos, li e reli história e tradições de Chaves, dei um salto até Espanha, ainda no tempo do contrabando consentido, provei em Boticas o vinho dos mortos e assisti em Montalegre à “chega dos bois”, de que hei-de falar um dia destes, se encontrar as fotografias que na altura registei.
Subi montes e vales para apreciar castros e conhecer aldeias típicas. E, ainda, como experiência rara, para a época, trocámos as nossas casas para viver as férias com mais comodidade. Afinal, as amizades são assim, quando, desinteressadamente, as cultivamos e as enriquecemos em horas boas e menos boas.

 Fernando Martins