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sábado, 24 de maio de 2014

"AH, O FAMOSO BISPO DO PORTO!"

Crónica de Anselmo Borges 

Foi com esta exclamação que João Paulo II, na sua visita ao Porto, se dirigiu a D. António Ferreira Gomes, quando ele, já bispo resignatário, apresentou os seus cumprimentos de despedida.
Morreu há 25 anos. Lembrando a data, o que aí fica quer ser tão-só uma homenagem ao homem e ao bispo, cujo lema era "de joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens" e que, em todas as circunstâncias, foi o exemplo superior do que chamo a voz político-moral da Igreja.
Já na famosa Carta a Salazar, que pagou com um exílio de dez anos, exigia a liberdade de pluralismo partidário e sindical e de greve. E lembrava "dois problemas fundamentais" em ordem à paz: 1. "Os frutos do trabalho comum devem ser divididos com equidade e justiça social entre os membros da comunidade"; 2. Os indivíduos e as classes "nunca estarão satisfeitos enquanto não experimentarem que são colaboradores efectivos, que têm a sua justa quota-parte na condução da vida colectiva, isto é, que são sujeito e não objecto da vida económica, social e política." O equilíbrio financeiro "é óptimo", mas "nunca deve deixar de estar ao serviço do Homem".