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sábado, 5 de setembro de 2020

GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ - Carta aos amigos

Para este fim de semana 
com votos de saúde



"Se por um instante Deus se esquecesse de que sou
uma marionete de trapo e me presenteasse um fragmento
de vida, possivelmente não diria tudo o que penso
mas em definitivo pensaria tudo o que digo.
Daria valor as coisas, não pelo que valem, senão
pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais,
entendo que por cada minuto que fechamos os
olhos, perdemos sessenta segundos de luz.
Andaria quando os demais se detêm, despertaria
quando os demais dormem.
Escutaria quando os demais falam, e como
desfrutaria um bom sorvete de chocolate! Se
Deus me obsequiasse um fragmento de vida, vestiria
simples, me atiraria de bruços ao sol, deixando des-
coberto, não somente meu corpo senão minha alma.
Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu
ódio sobre o gelo, esperaria que saísse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as
estrelas um poema de Benedetti, e uma canção
de Serrat seria a serenata que lhes ofereceria à
lua. Regaria com minhas lágrimas as rosas, para
sentir a dor de seus espinhos, e o encarnado beijo
de suas pétalas...
Deus meu, se eu tivesse um fragmento de vida... Não
deixaria passar um só dia sem dizer as pessoas que
quero, que as quero. Convenceria a cada mulher ou
homem de que são meus favoritos e viveria enamorado
do amor. Aos homens lhes provaria quão equivocados
estão ao pensar que deixam de enamorar-se quando
envelhecem, sem saber que envelhecem quando
deixam de enamorar-se! A criança lhe daria asas,
porém lhe deixaria que sozinho aprendesse a voar.
Aos velhos lhes ensinaria que a morte não chega com a
velhice senão com o esquecimento.
Tantas coisas tenho aprendido de vocês, os
homens... Tenho aprendido que todo o mundo quer
viver no topo da montanha, sem saber que a
verdadeira felicidade está na forma de subir a
escarpa. Tenho aprendido que quando um recém
nascido aperta com seu pequeno punho, pela primeira
vez, o dedo do pai, o tem apanhado para
sempre. Tenho aprendido que um homem só tem
o direito de olhar a outro com o olhar baixo quando
há de ajudar-lhe a levantar-se. São tantas coisas as
que tenho podido aprender de vocês, porém real-
mente de muito não haverão de servir, porque quando
me guardarem dentro dessa mala, infelizmente
estarei morrendo"

Li aqui

terça-feira, 6 de março de 2018

PAPA FRANCISCO SOBRE GABRIEL GARCIA MARQUEZ

Escritor «tão querido para todos»
 
Gabriel Garcia Marquez
«Aquele escritor tão querido para vós e tão querido para todos»: no dia em que se assinala o 91.º aniversário de nascimento de Gabriel García Márquez (6.3.1927-17.4.2014), recordamos algumas das citações do autor proferidas pelo papa Francisco durante a sua viagem à Colômbia, em setembro de 2017.
Para vincar a exigência requerida aos cristãos de «gerar a partir de baixo uma mudança cultural: à cultura da morte, da violência, responder com a cultura da vida e do encontro», Francisco citou a “Mensagem sobre a paz”, de 1998, do também jornalista, editor, ativista e político colombiano.
«Este desastre cultural não se remedeia com chumbo nem com dinheiro, mas com uma educação para a paz, construída com amor sobre as ruínas dum país em chamas onde nos levantamos cedo para continuar a matar-nos uns aos outros (…)»

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