Um livro de J. Rentes de Carvalho
De Rentes de Carvalho pouco tinha lido. Uma crónicas, umas entrevistas, uns comentários, uns textos no seu blogue e nada mais. Livros nada. Sabia que era português radicado na Holanda e como escritor não foi conhecido durante imenso tempo entre nós. De vez em quando, os jornais e revistas falavam dele, como um português mais admirado na Holanda do que no seu próprio país.
De repente, os seus livros invadem os escaparates das livrarias e aí comecei a folheá-los, à cata de motivação para comprar um. E foi o caso. Comprei "Ernestina", onde na capa se transcreve uma apreciação do International Herald Tribune, que diz assim: «A melhor obra de J. Rente de Carvalho.»
Na contracapa, decerto um texto apelativo da QUETZAL, editora em Portugal dos livros de Rente de Carvalho, sublinha-se: «Ernestina é mais do que um romance autobiográfico ou um volume de memórias de família ficcionadas. É um retrato do Norte do país, entre os anos 1930 e 1950, que transcende o cunho regionalista e que atravessa fronteira, transformando-se num fenómeno invulgar em Portugal e no estrangeiro.»