sexta-feira, 5 de junho de 2020

Dia Mundial do Ambiente

Ria - Costa Nova

Praia da Barra

Floresta
O Dia Mundial do Ambiente celebra-se hoje, 5 de junho, com a finalidade de promover o cuidado que devemos ter com a natureza e com tudo o que nos cerca. Preservar e cuidar devem ser os verbos que nos indicam caminhos certos... nessa tarefa que é de todos e para todos. 
Esta celebração nasceu em 1972 e tem de continuar porque todos sabemos que imensa gente, infelizmente, não tem nenhum respeito pelo ar que respiramos, pela floresta que é o pulmão do mundo, pelo mar que é fonte de vida e de pão para muitos, e por tudo o mais que nos rodeia e nos enriquece com beleza, arte e alegria.
Importa construir um futuro para uma humanidade mais sensível ao bem e ao belo, mais solidária e participativa, começando por iniciativas integradoras e estimulantes, tendo sempre nos horizontes um mundo novo  a partir de uma sociedade em constante renovação.

F. M. 

Flor no deserto


A flor fugiu do jardim para viver no deserto. Os eremitas eram mestres da meditação, só possível, em plenitude, na opinião de muita gente, longe do burburinho do mundo. 

Tanto amou Deus o mundo

Uma reflexão de Georgino Rocha 
para a Festa da Santíssima Trindade



“Tanto amou Deus o mundo que lhe entregou o seu Filho Unigénito para que todo o que n’Ele acredita não pereça, mas tenha a vida eterna”

Jesus atende Nicodemos ao cair da noite e abre horizontes novos ao círculo fechado das suas dúvidas e perplexidades. Fazem um diálogo de consciência acerca de Deus e da consequente relação humana. Passam dos sinais – ditos, ensinamentos e milagres – que manifestam as intenções de Jesus, o enviado de Deus, à necessidade de ver com olhos novos essa realidade, de a compreender no seu alcance anunciador, de a assumir como presença do Reino de Deus já em movimento. Jo 3, 16-18.
É no decorrer deste diálogo profundo e interpelante que Jesus faz a solene declaração: “Tanto amou Deus o mundo que lhe entregou o seu Filho Unigénito para que todo o que n’Ele acredita não pereça, mas tenha a vida eterna”. E desvenda outra dimensão desta entrega: Para que o mundo seja salvo por Ele e não condenado. Jesus deixa a claro o que está em causa: o amor de Deus Pai, o sentido da missão do Filho, o valor do baptismo fruto do Espírito Santo a ser enviado e da água – berço da vida nova.
Nicodemos, homem culto e influente, fica admirado e pergunta: “Como é que isso pode acontecer?” E Jesus lança-lhe outro desafio com “ares” de censura: Acreditar nas coisas do céu que se revelam de modo especial no grande sinal, o do Filho do Homem ser levantado na cruz salvadora, como havia feito Moisés com a serpente no deserto.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Geometria agreste



O vento varreu o areal e deixou à vista de quem passa uma geometria agreste.

“Não queremos esconder nada”

Posse da Comissão Diocesana 
para a Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis

Bispo de Aveiro e Vigário-geral da Diocese 
“Não queremos esconder nada”, afirmou D. António Moiteiro na tomada de posse da Comissão Diocesana para a Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis (CDPMPV), que decorreu no dia 1 de junho, numa sala do Paço Episcopal (antigo Convento do Carmo), em Aveiro. “Queremos ajudar todos, em primeiro lugar as vítimas, mas também o abusador, que às vezes também é vítima”, prosseguiu, salientando que a comissão é uma consequência da “fidelidade ao Evangelho”, que exige “amor à verdade”.
A CDPMPV foi criada para “escutar, registar e agir” em casos de abusos sexuais sobre menores e pessoas vulneráveis por parte de pessoas ligadas à Igreja Católica, sejam padres, agentes pastorais como catequistas, animadores juvenis e escuteiros, ou outros responsáveis eclesiais. Por “menores”, como explicou o Bispo de Aveiro, entende-se os que têm menos de 18 anos; já a expressão “pessoas vulneráveis” inclui, independentemente da idade, portadores de deficiência, pessoas com a liberdade por algum motivo condicionada e pessoas “sem capacidade de entender, querer ou resistir” aos atos de abuso.

Comissão 

Dr. Mário Silva Tavares Mendes, Juiz conselheiro jubilado
Dr. Nuno Álvares de Castro Ramos Pereira, Psiquiatra
Dr.a Mónica Pedreiras da Cruz, Inspetora da PJ
Dr.a Ana Paula Hipólito de Carvalho , Educadora de infância
Dr. Ricardo Vara Cavaleiro, Advogado

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"Igreja Aveirense" - Um retrato da Diocese

Tive o privilégio de assistir ao nascimento da revista Igreja Aveirense no seio da Comissão Diocesana da Cultura. Trata-se de uma revista de publicação semestral com 15 anos de existência, tendo como diretor o Pe. Georgino Rocha, desde a primeira hora. Cada número apresenta-se como retrato, tão fiel quanto possível, da vida da Diocese de Aveiro, abarcando todos os seus setores, sem esquecer as paróquias e as suas mais relevantes iniciativas pastorais e não só. 
Em lugar de destaque e a abrir está sempre um capítulo dedicado ao nosso Bispo, D. António Moiteiro,  sublinhando-se tudo o que de importante fez no semestre, a partir de Mensagens, Cartas e Notas Pastorais, Homilias, Nomeações e Visitas Pastorais, entre outras informações e referências. 
A revista publica, nas suas 309 páginas, sinais concretos da vida de instituições de ensino e cultura, de associações, movimentos e obras laicais, da vida consagrada e do santuário diocesano de Schoenstatt, que celebrou 40 anos da sua construção. 
No capítulo da homenagens, o destaque vai para o espaço museológico Cónego Póvoa dos Reis, no Seminário de Coimbra, e para o centenário do nascimento de Monsenhor Amílcar Amaral. Em memória de... salienta-se o falecimento do diácono permanente Fernando Reis, um diácono solícito que já está no seio de Deus. Raul Duarte Mira, primeiro vigário geral da restaurada Diocese de Aveiro, foi recordado como Pessoa Notável. 
Como nota final, ocorre-me sublinhar a importância da revista Igreja Aveirense para a formação dos católicos, sejam eles clérigos, consagrados ou leigos, pelo extenso manancial de material que proporciona. A revista, de edição reduzida, está ou deve estar em todas as paróquias e departamentos diocesanos. As assinaturas podem ser requeridas à Comissão Diocesana da Cultura. 

F. M.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Época Balnear

Farol da Barra (foto do meu arquivo)


Tenho cá um palpite que a Época Balnear, ora no seu início, vai ser em grande. Não há fome que não dê em fartura, diz o velho ditado. E a quarentena a que fomos obrigados, com a adesão tácita de quem se sente responsável, vai levar imensa gente a correr para a beira-mar e para a beira-ria, na ânsia de refrescar, mesmo com máscaras. Refrescar o corpo e o espírito, que bem precisam, sobretudo os que cumpriram à risca os apelos das autoridades sanitárias, com a expressa aprovação de quem governa o país. 
Chegou-me ontem a informação de que, apesar das inúmeras recomendações das autoridades, há sempre quem se sinta valente e até herói, pondo de lado as máscaras e as recomendações dos afastamentos estabelecidos. São os tais baldas que gostam de se armar em espertos e acima das leis. Mas tenho para mim que a Polícia Marítima saberá fazer cumprir as regras para segurança de todos. 
Bom época para todos com muita saúde e otimismo.

F. M. 

Dia Mundial da Criança


Celebra-se nesta data, 1 de junho, o Dia Mundial da Criança, com diversas atividades que lhe são dedicadas. As Nações Unidas aprovaram a 20 de novembro de 1959 a Declaração dos Direitos da Criança, com o objetivo de chamar a atenção do mundo inteiro para a importância que os mais novos devem merecer a cada um de nós. Esta verdade nem se discute, ou não deve discutir-se, de tão evidente ser  para quem acredita que o futuro depende da forma como elas são educadas e preparadas para a vida. 
Sendo uma questão indiscutível, não podemos deixar de reconhecer que a educação das crianças enfrenta inúmeras dificuldades. Num mundo da abundância, não falta quem passe fome e quem viva o inferno na terra. Mundo injusto e egoísta este em que estamos mergulhados... Uns com tanto e sem olhos para olhar para o lado onde grassa a fome e a miséria, a par de comportamentos de consumismo, de desperdício e de ódios, de explorações e de ganâncias, sem ter em conta quem tem de sobreviver com salários baixíssimos. E são as crianças as maiores vítimas da nossa sociedade. 
Se calhar, até haverá umas prendinhas para as crianças, umas roupinhas que escaparam aos caixotes do lixo, uns bolinhos para adoçar a boca de algumas, um livrinho sobre famílias a quem nada falta e que servirão para manter viva a chama da felicidade a que só alguns podem aceder. E amanhã já passou o dia da criança. É pena 

F. M.

domingo, 31 de maio de 2020

Alcobaça




Em domingo tranquilo, ainda em tempo de quarentena, que os conselhos aos mais velhos não abrandaram, resolvi recordar momentos agradáveis. Hoje fui de abalada à procura de sítios onde fui feliz, o que acontece quando visito marcas da nossa história pátria. Em Alcobaça, evoquei a gesta do nosso primeiro rei. Passem pelo Google. Ficam três fotos como ponto de partida. 

Primeiro Prior



O nosso primeiro prior. Um gafanhão de antes quebrar que torcer. Um homem determinado e com visão de futuro.

A loucura mundana e o dom da sabedoria

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO

Já estou a prever o lamento tardio se as coisas correrem mal pela insensatez pessoal ou de grupo: o desconfinamento foi muito precipitado!

1. O título desta crónica foi-me imposto por algumas reacções a vários acontecimentos locais e globais – uns mais recentes e outros mais antigos – de consequências que não são fáceis de apagar.
O mais recente, a covid-19, obrigou muita gente a tornar-se monge trapista à força e outra a descer à cova de modo clandestino, sem poder despedir-se de familiares ou amigos.
Vivemos, agora, a febre de recuperar o exercício da liberdade que o medo, as leis e as normas de alguns Estados e Religiões condicionavam. Não falta quem receie que esta febre se transforme num libertário exercício de alguma estupidez ou acentue as dificuldades dos chamados “bairros sociais”, onde as condições de habitação e de circulação, que o trabalho exige, criem novos focos de expansão da pandemia. Pelos vistos, é menos arriscada uma viagem a Marte do que o percurso de um pobre para os seus locais de trabalho diário.
O primeiro-ministro formulou, no entanto, um princípio de sabedoria prática que mantém toda a sua pertinência: “O primeiro dever, de cada uma e de cada um de nós, é cuidar do próximo. É o de evitar que, por negligência, por desconhecimento, ponhamos em risco a saúde do outro.”

A Torre de Babel e o Pentecostes

Crónica de Anselmo Borges no Diário de Notícias 

"O fruto mais excelente do Espírito é o amor unido à benignidade, à bondade, à fidelidade e à mansidão"

Celebra-se hoje, na liturgia católica, a festa do Pentecostes, o acontecimento inaugural da Igreja cristã, que irradia luz fulgurante também para os tempos que estamos a viver, tempos de penúria e de noite, penúria no sentido do verso famoso de Hölderlin: "Wozu Dichter in dürftiger Zeit?" (Para quê poetas em tempo de penúria, indigência mais funda e abrangente do que a meramente económica?).
O Pentecostes apenas alcança a sua compreensão adequada em contraposição com Babel, o acontecimento mítico tão conhecido, descrito no livro do Génesis. É um mito, mas o mito transporta consigo uma verdade fundamental, "dá que pensar", como escreveu o grande filósofo do século XX, Paul Ricoeur.
Diz a Bíblia que Javé, ao ver a maldade grande dos homens sobre a Terra, maldade que não deixava de crescer, se arrependeu de ter criado o Homem e se sentiu magoado no seu coração. Por isso, mandou o dilúvio, mas Deus renovou a sua aliança com Noé e com a criação inteira, aliança figurada ainda hoje, ainda que de forma ingénua, no arco-íris, unindo o Céu e a Terra.

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