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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Padre Lé

Figuras da nossa terra 


Manuel Ribau Lopes Lé nasceu a 4 de agosto de 1922 na Gafanha da Nazaré. Filho de José Lopes Lé e Teresa de Jesus Ribau. 
Os seus progenitores dedicavam-se à agricultura e o seu pai também era marnoto, assim acompanhou-os nestas lides até aos 14 anos, altura em que concluiu a instrução primária, na Escola do Prof. Oliveira, na Gafanha da Nazaré, e ingressou no Seminário da Imaculada Conceição, na Figueira da Foz (1936-1937). No ano seguinte, frequentou o Seminário Maior de Coimbra (1937-1939), de 1939 a 1943 o Seminário de Aveiro e o Seminário de Cristo Rei dos Olivais de 1943 a 1947. 
Foi ordenado presbítero a 20 de setembro de 1947 na Igreja matriz de S. Mateus no Bunheiro, por D. João Evangelista de Lima Vidal, celebrando Missa Nova na Igreja matriz da Gafanha da Nazaré, quando era pároco o Padre Guerra. 
Até novembro de 1952 foi coadjutor do Bunheiro, tendo sido depois nomeado pároco das freguesias de Préstimo e Macieira de Alcoba onde permaneceu até 1957. 
A 28 de outubro de 1957 foi nomeado pároco da Gafanha da Encarnação, onde exerceu sempre o sacerdócio numa relação muito próxima com comunidade, durante 52 anos. 
Deste período temos a destacar, em 1983, o início das obras da nova igreja da paróquia, que foi inaugurada a 22 de agosto de 1993; em 1987 o Centro Paroquial foi reconhecido como Instituição de Solidariedade Social; e, em 1993 entrou em funcionamento o Corpo Nacional de Escuteiros, Agrupamento 1024 por sua responsabilidade. 
Retirou-se do serviço paroquial em setembro de 2009, tendo vindo a falecer a 2 de maio de 2010, com 87 anos de idade. 

Notas: 

1. Trabalho do Centro de Documentação de Ílhavo, integrado no projeto "Se esta rua fosse minha", com a colaboração de Francisco Carapelho, aluno do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Encarnação, que fez uma pesquisa junto da comunidade sobre o Padre Lé, tendo falado com José C. Carapelho e José R. Carapelho, que conheceram este sacerdote, natural da Gafanha da Nazaré, e confirmam a proximidade que ele tinha com a comunidade.
2. Referem que o topónimo foi atribuído em vida ao Padre Lé, tendo este confidenciado que apesar de aquela não ser a rua da Gafanha da Encarnação com mais movimento, era a mais importante, pois era onde se localizava o pavilhão e a escola.
3.Homem dos sete ofícios, a população recorria a ele para pequenos arranjos mecânicos, elétricos, relojoaria, entre outros. Além disso, era uma espécie de enfermeiro que tinha um curso para poder administrar injeções, algo muito importante numa época em que o pessoal de enfermagem não abundava.
4.A Rua Padre Lé localiza-se na Gafanha da Encarnação é uma homenagem ao Padre Lé, prior da paróquia de Nossa Senhora da Encarnação. O topónimo foi uma proposta da Assembleia da Freguesia da Gafanha  da Encarnação (Ata n.º 12/1995, de 30 de Junho). Esta era a antiga Rua dos Pinhais.