sábado, 20 de julho de 2019

Aveiro - Parque Infante D. Pedro






Conheço o Parque Infante D. Pedro desde a meninice. Mas foi na adolescência que comecei a passear por lá com mais regularidade, para apreciar recantos cuidados, lago habitado por cisnes e arvoredo onde o chilreio da passarada me encantava. Toda a natureza, mesmo na sua rudeza, nos encanta e nos desafia. Nos intervalos das aulas ou nos 'feriados', era obrigatório andar por ali a passar o tempo. Já lá voltei imensas vezes, mas há dias a Lita lembrou-me, com certa  insistência: Temos de ir passear ao parque; tenho saudades. Eu prometi. Só falta agendar a visita.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Teresa Machado é uma referência para todos nós

Homenagem a Teresa Machado 
na cerimónia da atribuição da bandeira 'Eco-Freguesia'

Presidente da Junta entrega uma lembrança à Teresa
"O Coração Motivado e a Mente Determinada Fizeram-te Campeã. Obrigado Teresa!"

Teresa Machado,  Rosa Mota e Carlos Rocha

Rosa Mota e Teresa
Teresa com o filho e Rosa Mota 
“Insatisfeita, sempre na busca do melhor que é possível ao ser humano”, a Teresa Machado “foi um marco na nossa infância e continua hoje a ser uma referência para todos nós”, afirmou o presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, Carlos Rocha, na homenagem que lhe foi prestada, no passado sábado, 13 de julho, integrada na cerimónia que assinalou a atribuição da bandeira 'Eco-Freguesia', pela Associação Bandeira Azul Europa à nossa terra. 
O autarca frisou que a reconhecia atleta reúne qualidades que a alcandoraram a níveis altíssimos nas inúmeras competições em que participou, em Portugal e no Estrangeiro, em provas nacionais, europeias e mundiais, marcadas pela simplicidade e humildade. “Nunca quis ser o que não era” e normalmente “soube ouvir o que tinham para lhe dizer”. 
A Teresa, frisa Carlos Rocha, viveu e vive com a consciência das suas capacidades físicas e anímicas: “Onde se mete é para fazer bem e ser”; e “quando os outros desistem, ela teima e vai”, mas “vai a todas”; “sempre na busca do melhor que é possível”, mostrou à saciedade “o espírito de sacrifício e de resiliência”, disse. 
Júlio Cirino, seu treinador praticamente desde os primeiros degraus da escada que Teresa Machado haveria de subir com coragem e determinação, associou-se à homenagem, em missiva que lhe dirigiu dos Açores, onde reside presentemente, traçando, com riqueza de pormenores, o percurso da atleta de que todos os gafanhões, e não só, se orgulham. 
“Nos teus anos de maior fulgor, as adversárias com quem medias forças eram preparadas pelos melhores treinadores da Europa de Leste (que utilizavam nos treinos aparelhagem altamente sofisticada) e eram apoiadas por médicos mundialmente reconhecidos, biomecânicos experientes, exímios fisioterapeutas e psicólogos de renome. E tu? Treinavas na Lota da Gafanha!”, sublinhou o seu treinador, Júlio Cirino, que, queremos frisar, muitos desses treinadores ele próprio superou ao lado da Teresa, dando-lhe dos seus conhecimentos e do apoio anímico de que ela precisava nos momentos da concentração e nas horas decisivas. 
Júlio Cirino evoca os progressos conseguidos em crescendo nos exigentes campeonatos, nacionais, europeus e mundiais, mas ainda em quatro Jogos Olímpicos (Barcelona, Atlanta, Sydney e Atenas), nas áreas do Disco e Peso, em que competiu. Garantido está que foi grande entre os mais conceituados atletas do planeta, depois de treinos e estágios em quadrantes variados. “Quem nos devia ajudar, não o fez. Por isso, quase todos os dias tínhamos de lutar contra alguém ou contra alguma coisa”, salientou. E adiantou: “A tua brilhante carreira, de 24 anos, na qual tive o privilégio de trabalhar todos os dias contigo, à chuva, sob um calor abrasador, ao frio, com as rajadas de vento que na Lota da Gafanha temos com fartura, nunca te desviaram um milímetro que fosse do rumo traçado, treinando de dia e estudando à noite.” 
Presente na cerimónia a também famosa campeã Rosa Mota, convidada de honra, tendo dados ambas os seus testemunhos relacionados com a atribuição da bandeira “Eco-Freguesia” à nossa terra, graças às campanhas e trabalhos desenvolvidos pela Junta de Freguesia nessa área, garantidamente com a envolvência em tantas instituições da Gafanha da Nazaré. 
O testemunho dos nossos ídolos são de enorme importância para a juventude, mas ainda para o povo mais maduro; todos veem neles a capacidade de entrega e a generosidade de se apaixonarem por causas, como foi o caso da Teresa Machado e da Rosa Mota. 

Fernando Martins

Georgino Rocha - Receber Jesus em sua casa

"Portas abertas para acolher quem chega e para sair
à procura dos náufragos de todas as esperanças"

Jesus continua a sua caminhada para Jerusalém e aproveita para fazer os seus ensinamentos, ora por gestos e palavras, ora por atitudes e parábolas. Acompanha-o o grupo dos discípulos. Avança por cidades e aldeias. Escolhe o ritmo da viagem. Atende a quem o procura e lhe manifesta um desejo. Toma, também, a iniciativa de ir ao encontro de quem quer. Para visitar amigos e fazer confidências. Para descansar e revigorar forças. Seja qual for a razão, Jesus faz, de cada passo, uma ocasião para dar a conhecer algum detalhe da sua mensagem.
Lucas – o evangelista médico que narra a visita de Jesus a Marta e a Maria – coloca este episódio após a parábola do bom samaritano e antes da oração do “Pai Nosso”. Lc 10, 38-42. Parece atribuir-lhe uma força emblemática: a situação marginalizada da mulher entre os judeus e a igualdade radical de todos os humanos, a urgência de caminhar para uma sociedade inclusiva que seja espelho do “nosso Pai”, da comum humanidade de todos. E define a correspondente regra de ouro: abrir a porta e saber acolher; escutar e entrar em sintonia, facilitar. Esta regra mantém um valor acrescido na cultura hegemónica de exclusão e abandono, de preconceitos e muros erguidos, que nos envolve. O Papa Francisco, por gestos e palavras não cessa de chamar a atenção para este drama da humanidade, que tem o rosto dos refugiados abandonados, dos migrantes rejeitados, de multidões esfomeadas, de cadáveres a boiar com o ritmo das onda, enquanto não são recolhidos por algum “salva-vidas” de solidariedade.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Teresa Machado foi homenageada pela Junta de Freguesia


A nossa Teresa Machado, a atleta gafanhoa que mais alto chegou, foi homenageada pela Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, no sábado, 13 de julho. Homenagem justa, a que não pude assistir por desconhecer o ato em boa hora levado a cabo pela autarquia. Tive pena, mas voltarei ao assunto depois de recolher elementos sobre o que  realmente se passou. A admiração que tenho pela Teresa e pelo seu treinador, Júlio Cirino, obriga-me a isso. 
De qualquer forma, aqui lembro já o acontecimento, enquanto recordo uma entrevista que ela teve a gentileza de me conceder há uns 10 anos.

F.M. 

Andanças: Farol do Cabo Mondego



O Farol do Cabo Mondego está localizado no Cabo Mondego, Serra da Boa Viagem, na freguesia de Buarcos, cidade e concelho de Figueira da Foz. Trata-se de uma torre quadrangular branca, com 15 metros de altura. Foi inaugurado em 1858. O nosso Farol da Barra de Aveiro veio depois, em 1893.

Vou ali e já venho!



O pescador esqueceu-se de deixar uma nota. Podia ser assim: Vou ali e já venho!

domingo, 14 de julho de 2019

Bento Domingues - Pluralismo Religioso e Originalidade Cristã





«Esta coexistência pacífica está a ser activada para alargar e aprofundar a qualidade espiritual das religiões e as suas responsabilidades sociais ou é sinal de crescente indiferença?»


1. O panorama dos estudos sobre a religião na sociedade portuguesa continua a enriquecer-se. Segundo um Inquérito recente , o pluralismo religioso, no território português, está a concentrar-se na Área Metropolitana de Lisboa. Nasce a pergunta: este pluralismo é vivido como diálogo que vai alterando e fecundando os comportamentos de cada grupo ou limita-se a garantir que possam coexistir de forma tolerante ou até indiferente?
A liberdade religiosa está legalmente garantida em Portugal. Segundo um Relatório de 2018, não se registaram casos significativos de discriminação por razões religiosas ou abusos de liberdade religiosa que possam ser imputáveis ao Estado ou a outras entidades, nem se perspectivam, num horizonte temporal próximo, tensões sociais, económicas ou políticas que façam prever uma alteração desta situação.
Importa robustecer este clima porque, hoje, tudo é muito frágil. Mas persiste a pergunta: esta coexistência pacífica está a ser activada para alargar e aprofundar a qualidade espiritual das religiões e as suas responsabilidades sociais ou é sinal de crescente indiferença?
Não se pode confundir o diálogo inter-religioso com uma passagem de modelos na qual cada um exibe a sua imagem convencional retocada para ficar bem na fotografia. Sabemos que um confronto é amistoso e crítico quando cada grupo reconhece com verdade: em relação ao passado, nós mudamos muito e vós também.

Anselmo Borges - Confissões do Papa Francisco. 3

Valentina Alazraki entrevista o Papa Francisco

Termino a longa e bela entrevista do Papa Francisco à jornalista Valentina Alazraki, de Noticieros Televisa, México. Temas importantes de hoje: a reforma da Igreja, erros cometidos e a confissão, acusação de heresia, o diálogo com o islão, o desejo de ir à China, quanto tempo ainda de pontificado?

2. 15. Francisco e a reforma da Igreja. A jornalista: “Qual é a coisa mais bonita que julga ter feito?” “O mais bonito para mim é, foi e é sempre estar com as pessoas, que queres que te diga? Eu renasço quando vou à praça (Praça de São Pedro), quando vou a uma paróquia. Às prisões..., estar com as pessoas. Sim, sou Papa, sou bispo, fui cardeal..., isto tudo pode cair, mas, por favor, não me tirem o ser padre, cura.” 
Erros? “Erros há sempre. Confesso-me todos os 15 dias, o que significa que cometo erros.” A jornalista: “E são confissões longas ou curtas?”. Francisco: “A curiosidade feminina!, ‘the human touch’! “Como reagiu a essa de o acusarem de herege?” “Com sentido de humor, filha”. A jornalista: “Não lhe dá muita importância?” Resposta: “Não, não, rezo por eles porque estão equivocados, por vezes, pobre gente, alguns são manipulados. Vi quem eram os que assinavam... Não, a sério, sentido de humor e eu diria, ternura, ternura paternal. Quer dizer, isso não me fere minimamente. A mim o que me fere é a hipocrisia, a mentira.” 
A jornalista: “E com a sua reforma tem a sensação de que estamos...” Resposta: “A reforma não é minha. Foram os cardeais que a pediram. Isto é assim, tal qual. As pessoas têm vontade de reformar. O esquema de corte tem de desaparecer. Foram os cardeais que o pediram. Bem, a maioria, graças a Deus.” A jornalista, referindo o caso de Maciel, fundador da Legião de Cristo, observou que o Papa João Paulo II tinha “obstaculizado essas reformas...”. Resposta: “Por vezes, enganaram João Paulo II.” No caso de Maciel e dos Legionários, “Bento XVI foi corajoso. E João Paulo II também. Quanto a João Paulo II, é preciso entender certas atitudes, porque vinha de um mundo fechado, a cortina de ferro, ainda estava vigente o comunismo lá... E havia uma mentalidade defensiva. Temos que compreender bem, ninguém pode duvidar da santidade desse homem e da sua boa vontade. Foi um grande.” 

Etnográfico preserva tradições numa terra que tem muito para mostrar

Etnográfico canta e encanta no festival

Homenagem a Miguel Almeida
A Gafanha da Nazaré e o concelho de Ílhavo merecem uma visita mais demorada, porque «por aqui há muito que ver”, disse Tiago Lourenço, vereador da autarquia ilhavense, na abertura do XXXVI Festival Nacional de Folclore, que decorreu na Casa Gafanhoa, no sábado, 6 de julho, com a presença de convidados e dos grupos e ranchos que apresentaram as suas danças, cantares e trajes, à noite, no Jardim 31 de Agosto, com organização do Grupo Etnográfico (GEGN). E sugeriu que, numa próxima visita, os convidados viessem com as suas famílias para apreciar o Navio-museu Santo André, o Museu Marítimo de Ílhavo com o aquário do bacalhau, o Farol mais visitado do país, as melhores praias e o Festival do Bacalhau que vai decorrer em agosto. 
Tiago Lourenço frisou a importância do GEGN na preservação de vivências e tradições do nosso povo, “algumas das quais experimentou na casa dos seus avós”, enquanto lembrou Alfredo Ferreira da Silva, fundador do GEGN e seu presidente até recentemente, a quem a nossa terra muito deve em vários setores, sendo este o primeiro festival da nova direção. 
O presidente do Etnográfico, José Manuel Pereira, dirigiu palavras de boas-vindas aos grupos visitantes e referiu que todos “gostaríamos de ter connosco o fundador, Alfredo Ferreira da Silva”, com quem aprendemos muito.

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