sábado, 30 de julho de 2022

FÉRIAS


Respeitando apenas compromissos assumidos, vou fazer uma pausa, em jeito de férias. Retomarei a vida deste meu blogue já em Agosto. 
Obrigado pelo interesse de tantos amigos pelo meu Pela Positiva.

Que futuro para a Igreja?

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Nas sociedades, também na Igreja, o pior é o poder enquanto domínio. Jesus, a pedido deles, ensinou os discípulos a rezar. Ensinou-lhes o "Pai nosso", dirigindo-se a Deus como Pai/Mãe e não como Senhor, Rei ou Imperador, e o seu reino não é um império, mas a Humanidade toda enquanto comunidade de filhos e filhas. A revolução de Jesus está no novo encontro com Deus, omnipotente, mas não com a omnipotência do arbitrário e da dominação, mas enquanto Força infinita de criar e de servir, para que todos se possam realizar plenamente.
E volto a Jean Delumeau, historiador eminente, católico convicto, que deixou obras essenciais sobre o passado do cristianismo, e, como só quem conhece e reflecte sobre o passado pode projectar o futuro, uma, luminosa, sobre o futuro, em 2015: L"avenir de Dieu (O futuro de Deus). E lá está: no contexto da imagem terrífica de Deus, que tem de ser revista, "hoje, os cristãos podem mais seguramente afirmar: ou os homens perdoam uns aos outros ou criaram já muitas vezes e, ai!, criam hoje também o inferno na Terra." Hoje, quando já vivemos numa aldeia planetária, "descobrimos que somos forçosamente solidários uns com os outros e, para não perecermos, estamos condenados a unir-nos e a erguer uma governança mundial que deveria ter os meios de ser obedecida." E indo ao núcleo da questão: qual é o grande mal do cristianismo? A sua ligação ao poder.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

A vida vale mais que todos os bens. Que bom. Aprecia

Reflexão  de Georgino Rocha 
para o Domingo XVIII do Tempo Comum

Jesus continua a viagem para Jerusalém e apresenta a sua mensagem em ensinamentos de vida, tirando partido das ocasiões que provoca ou aproveita. Os autores dos Evangelhos articulam, de forma literária bela, a sequência destes ensinamentos, desvendando o sentido mais profundo da viagem, enquanto escola de discipulado, itinerário de doação e espiritualidade, estágio de acção missionária. Lc 12, 13-21.
Uma das ocasiões surge ao ouvir o pedido de alguém anónimo que queria que ele interviesse numa questão de partilhas da herança familiar entre irmãos. Este pedido mostra que Jesus é reconhecido como rabino e, como tal, podia solucionar legalmente tais questões ( Dt 21, 15-17; Nm 27, 1-11). A resposta parece evasiva, embora afável, e tem a forma de uma interrogação: “Amigo, quem me fez juiz ou árbitro das vossas partilhas?” E a ilustrar a sua recusa, continua o ensinamento sobre o valor da vida que supera todos os bens. Termina com uma exortação: Guardai-vos de toda a cobiça; a vida não depende da abundância dos bens.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Não é Deus que precisa das nossas orações

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

Não é Deus que precisa de ser convencido. Nós é que precisamos de rezar para nos abrir ao dom de Deus.

1. A oração faz parte de todas as religiões, de todos os povos e até de pessoas que se dizem sem religião. As formas da atitude religiosa podem oferecer variações de religião para religião, de país para país e de pessoa para pessoa. Os últimos inquéritos sobre a prática religiosa, a nível mundial, mostram que o reconhecimento da transcendência humana continua vivo. Deixo, em nota, algumas dessas abundantes referências [1].
Neste Domingo, muitos cristãos confrontam-se com um dos mais belos, imaginativos e bem-humorados textos do Antigo Testamento. Apresenta Abraão a “negociar” com Deus, que estava indignado com o imenso clamor que lhe chegava de Sodoma e Gomorra. Este Deus não actua por ouvir dizer: “Vou descer, a fim de ver se, na realidade, a conduta deles corresponde ao brado que chegou até mim. E, se não for assim, sabê-lo-ei.”

Histórias de Férias

Caramulo - Nada aprendemos nem saboreámos, porque não abriu

Um bom guia
Às vezes ainda falo de férias, como se tivesse tarefas profissionais com horários a cumprir e contas a dar a superiores hierárquicos. Hábitos que vêm de longe e criaram raízes profundas. Depois, caio em mim e até me rio sozinho. É que, realmente, sou um homem livre de compromissos profissionais, embora tenha assumido outros de livre vontade.
Esta sensação de férias também está relacionada com o tempo. Das férias escolares, no meu tempo de mestre-escola, ficámos ligados às férias do Natal, da Páscoa e depois as chamadas férias grandes do Verão. E estes hábitos, curiosamente, ainda estão instalados no meu cérebro, passados que são tantos anos.
Com a proximidade de Agosto, começo a conjeturar as férias. Há bons anos, o  hábito instalado na família era a certeza da partida de casa no dia 1 de Agosto, com tenda vistoriada e tudo revisto, o essencial e não só, para carregar o carro com a casa às costas. E lá partíamos, de manhã cedo, rumo a um parque de campismo, algures no país, longe de casa para não sermos tentados a visitá-la por esta ou aquela razão. Alguém ficaria encarregado de cuidar das coisas.
Em tempos sem telemóveis, recorríamos ao telefone fixo existente nos parques para os contactos mais urgentes. Usados com parcimónia que as chamadas eram pagas.
A vida ao ar livre era saudável e a roupa que vestíamos era prática. Comíamos numa sombra, fazíamos amigos, convivíamos com conhecidos de anos anteriores, não havia televisão, ouvíamos rádio e líamos o que calhava. O jornal logo de manhã e os livros que levávamos na bagagem. E registávamos histórias para mais tarde recordar. Também saíamos à descoberta dos arredores. Mas disso falarei de quando em vez no mês de Agosto. O mês de férias por excelência.

Fernando Martins

domingo, 24 de julho de 2022

O colorido que se instala no nosso cérebro


 As flores, quando apreciadas com serenidade, envolvem-nos de tal modo que nos deixam extasiados pela  sua beleza. Como podemos ficar indiferentes perante o colorido das suas pétalas que se instala no nosso cérebro?

Coleção RTP vendeu 15 milhões de exemplares

Não há receitas 
que funcionem para sempre



Manuel Alberto Valente, editor e escritor, publica semanalmente, na E (revista do EXPRESSO), uma crónica interessante, que tem por título O outro lado dos livros, cuja leitura não dispenso. Aborda questões obviamente relacionadas com o que se tem editado, o que se editou há anos, mas também conta histórias vivenciadas  com escritores e escritoras com quem se encontrou  ao longo da sua vida de editor.
Na revista de 15 de Julho, Manuel Alberto Valente diz  que a coleção RTP é constituída por cem livros, começando por “Maria Moisés” de Camilo e terminando com “Os Lusíadas” de Camões. Sublinha na sua crónica que “foi um extraordinário sucesso, tendo vendido 15 milhões de exemplares” na década 1970, sendo hoje “impossível de repetir”.
O editor, que conhece bem o mercado dos livros, adianta que, segundo a Pordata, os 15 escudos, preço de cada exemplar, corresponderiam hoje a 5 euros. A venda apoiou-se numa máquina bem montada, com carrinhas e 3500 postos de venda, quando não havia mais de 600 livrarias no país. Refere também, entre outras considerações pertinentes, que “não há receitas que funcionem para sempre”.
Como fui um dos que adquiriram a coleção na altura e como era novo, com saúde e gosto pela leitura, li e guardei a minha primeira coleção de livros que ilustra este texto.

Fernando Martins

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