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terça-feira, 29 de maio de 2018

Congresso Eucarístico - Maria, Nossa Senhora da Esperança

ESPERANÇA, EUCARISTIA, MISSÃO 



«Uma Igreja de rosto materno nunca está feita. Mas contemplando Maria sob o paradigma da graça e da esperança, a Igreja sabe donde vem e para onde vai, renova a sua fé no Deus Criador e Salvador, sabe-se acompanhada no seu caminhar na história em direcção à plenitude esperada.»

Borges de Pinho

O povo cristão reza na Salvé Rainha: “Mãe de misericórdia, vida doçura, esperança nossa”. Faz uma leitura correcta da função de Maria no processo da salvação que Jesus, seu Filho, realizou. Indica o seu rosto materno como estrela a brilhar que ilumina os nossos caminhos.
E reza também: “Bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento da Eucaristia - Fruto do ventre sagrado da Virgem Puríssima Santa Maria”. A sua sabedoria crente contempla o vínculo indissociável entre a Eucaristia e a Mãe de Jesus. Vínculo feito louvor e adoração, repassado de memória agradecida e de profecia confiante. Vínculo que é aliança definitiva selada num amor incondicional pelo bem de todos.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Rumo ao Congresso Eucarístico - A grande esperança



Após a consagração do pão e do vinho, a assembleia aclama Jesus eucaristia dizendo: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte. Proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”. O futuro, de que a eucaristia é penhor, irrompe no presente e abre-lhe novos horizontes. 


A esperança cristã converte-se em grande esperança como nos lembra Bento XVI: 
“Precisamos das esperanças – menores ou maiores – que, dia após dia, nos mantêm a caminho. Mas, sem a grande esperança que deve superar tudo o resto, aquelas não bastam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir. Precisamente o ser gratificado com um dom faz parte da esperança. Deus é o fundamento da esperança – não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: cada indivíduo e a humanidade no seu conjunto. O seu reino não é um além imaginário, colocado num futuro que nunca mais chega; o seu reino está presente onde Ele é amado e onde o seu amor nos alcança. 
Somente o seu amor nos dá a possibilidade de perseverar com toda a sobriedade dia após dia, sem perder o ardor da esperança, num mundo que, por sua natureza, é imperfeito. E, ao mesmo tempo, o seu amor é para nós a garantia de que existe aquilo que intuímos só vagamente e, contudo, no íntimo esperamos: a vida que é «verdadeiramente» vida. Procuremos concretizar ainda mais esta ideia na última parte, dirigindo a nossa atenção para alguns «lugares» de aprendizagem prática e de exercício da esperança”. (Salvos na Esperança, 31).

segunda-feira, 30 de abril de 2018

A partilha o pão


Jesus aceita o convite que lhe é feito e toma a iniciativa. Corresponde à aspiração dos discípulos, mostra como se articula em harmonia admirável a novidade de Deus e a natureza humana. E surpreende pela positiva. “Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e abençoou-o, depois partiu-o e entregou-lho”.

Lucas, o evangelista narrador do episódio, condensa nestes gestos o núcleo da celebração da eucaristia. Gestos que são captados no seu mais profundo significado. Certamente porque os olhos do espírito se abriram, devido a experiências feitas no contacto familiar com Jesus, devido à explicação da Palavra ocorrida durante a caminhada ou a outro factor como a luz do Espírito Santo, o encarregado de fazer descobrir a verdade do que vai acontecendo e ver o que está para lá dos sinais. Pode dizer-se também nestas circunstâncias: “A comida tem memória e é certamente uma ponte para evocarmos quem não está fisicamente presente, mas vive para sempre no nosso meio”.
Que grande estímulo nos dá esta atitude dos discípulos de Emaús?! Nem o cansaço da viagem, nem o medo à noite ou ao que possa ocorrer, nem a incerteza de encontrar quem procuravam para partilhar a alegria da experiência vivida e a novidade surpreendente de Jesus ressuscitado, os impedem de tomar o caminho de regresso à cidade, donde tinham vindo. “Na mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os Onze, reunidos com os outros”. E estes confirmaram: “Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!”.
Belo exemplo para nós que participamos na celebração da Eucaristia e repartimos o pão da Ceia do Senhor. Que alegria ser enviado em missão ao ouvir: “Ide em Paz e o Senhor vos acompanhe”.

Georgino Rocha

terça-feira, 24 de abril de 2018

Rumo ao Congresso Eucarístico

ESPERANÇA, EUCARISTIA, MISSÃO 3

Georgino Rocha



A terapia da esperança, fruto da Palavra de Deus

A pedagogia da esperança brilha na atitude de Jesus com os discípulos de Emaús: Faz-se com eles peregrino da aldeia do coração dominado pelo peso da realidade, aproxima-se, sintoniza com o seu passo, dá conta do que falam e mostra o seu interesse, tomando a iniciativa de perguntar: “Que conversais pelo caminho?” E começa um diálogo de libertação interior, uma catequese de iluminação do sucedido, uma nova compreensão da Palavra da Escritura.
“O encontro de Jesus com aqueles dois discípulos parece ser totalmente casual: assemelha-se a uma das numerosas encruzilhadas que se encontram na vida. Os dois discípulos prosseguem pensativos e um desconhecido caminha ao lado deles. É Jesus; mas os seus olhos não são capazes de o reconhecer. E então Jesus começa a sua “terapia da esperança”. O que acontece nesta estrada é uma terapia da esperança. Quem a faz? Jesus”, esclarece o Papa Francisco nas referidas catequeses.
Os discípulos adoptam atitudes marcantes: param, fazem perguntas, dialogam, escutam atentamente, acompanham Jesus na releitura do que aconteceu, revêem critérios, evoluem interiormente “sentindo o coração a arder enquanto nos explicava as Escrituras”, desejam continuar com o peregrino desconhecido, agora amigo, convidam-no com solicitude: “Fica connosco, pois já é tarde e a noite já se aproxima”.

sábado, 14 de abril de 2018

RUMO AO CONGRESSO EUCARÍSTICO

Georgino Rocha 




ESPERANÇA, EUCARISTIA, MISSÃO

A esperança faz parte da vida humana. É o impulso confiante que dá ânimo à mulher grávida durante a gestação, à noiva que vive a proximidade do casamento, ao atleta que sonha com a vitória enquanto treina esforçadamente, ao estudante que deseja o curso profissional, à equipa médica na mesa de operações, ao lavrador que lança a semente, à pessoa idosa que tem pressa de viver porque o tempo se encurta. Outras referências podem ser feitas. O objectivo está em avivar a importância da esperança, enquanto seiva da vida e força de crescimento para a maturidade. Por experiência, pode afirmar-se: a esperança é o motor da vida, enquanto a caridade é o “óleo de lubrificação” e a fé a certeza de alcançar a meta avançando “como se víssemos o Invisível”.

Nota pedagógica: Seria muito valioso identificar pessoas da nossa terra, de preferência, que sejam rostos de esperança. Sem pretender a perfeição, mas com traços notáveis facilmente reconhecidos.

O Papa Francisco, nas suas catequeses sobre a esperança, no ano 2016-2017, afirma: “Esperar é uma necessidade primária do homem: esperar no futuro, acreditar na vida, o chamado «pensar positivo» ”. E recomenda ser “importante que esta esperança seja posta naquilo que pode deveras ajudar a viver e a dar sentido à nossa existência. É por isso que a Sagrada Escritura nos admoesta contra as falsas esperanças que o mundo nos apresenta, desmascarando a sua inutilidade e mostrando a sua insensatez”.
Os discípulos de Emaús acompanharam Jesus, alimentando sonhos de grandeza. Os relatos evangélicos fazem-se eco desse desejo. E é legítimo querer ser o primeiro, ocupar um lugar importante, fazer render talentos e capacidades. Jesus não o nega nem proíbe, mas redimensiona-o. Ser o primeiro para servir; ocupar um lugar importante para olhar com misericórdia os que não “têm voz nem vez”; fazer render talentos, não para acumular, mas para partilhar. E assim em todas as situações humanas. A esperança é o sentido nobre da acção pessoal e em grupo.

sábado, 7 de abril de 2018

RUMO AO CONGRESSO EUCARÍSTICO

Georgino Rocha




ESPERANÇA, EUCARISTIA, MISSÃO - 1

Introdução: A celebração da eucaristia faz viver o amor de Jesus Cristo, que alimenta a esperança, fruto da fé teologal. Os cristãos participantes são convidados a “levantar o coração” e a entrar em sintonia com o ritmo progressivo da assembleia, a imbuir-se do espírito comunitário e a cultivar o desejo de quem sabe doar-se livre e generosamente. Como Jesus em missão de salvação universal.
O Papa Francisco dá-nos a garantia de que: “Na fé, dom de Deus e virtude sobrenatural por Ele infundida, reconhecemos que um grande Amor nos foi oferecido, que uma Palavra estupenda nos foi dirigida: acolhendo esta Palavra que é Jesus Cristo — Palavra encarnada –, o Espírito Santo transforma-nos, ilumina o caminho do futuro e faz crescer em nós as asas da esperança para o percorrermos com alegria. Fé, esperança e caridade constituem, numa interligação admirável, o dinamismo da vida cristã rumo à plena comunhão com Deus”. (A Luz da Fé, 7)
A relação da esperança com a celebração da eucaristia que é “corpo entregue e sangue derramado” pela salvação do mundo pode ver-se, de forma emblemática, no itinerário dos discípulos de Emaús. (Lc 24, 13-35) e episódios subsequentes. Vamos com eles, parando nas fases mais marcantes e alargando horizontes de envolvimento pessoal e comunitário. Façamos em grupo, se possível, esta caminhada, rumo ao Congresso Eucarístico da nossa diocese.