sábado, 5 de setembro de 2020

O Laguna está na Laguna


Tanto quanto posso deduzir, o Laguna, que está na Laguna, é um café-restaurante ou bar que desafia os que circulam nos acessos à cidade de quem vai para as praias da Barra e da Costa Nova ou delas regressa a Aveiro. É óbvio que, para confirmar a natureza daquela oferta turística, terei de a visitar, nem que seja, apenas, para saborear um café. E não acrescento mais nada para não errar. De qualquer forma, a ideia da sua presença ali é muito feliz e convidativa.

Dia Internacional da Caridade


“A Cáritas pede que, neste dia, ninguém deixe de ter um gesto de auxílio em favor de quem esteja em necessidade. Uma visita, um donativo, um abraço, uma diligência, …são algumas das formas de viver, de verdade, este dia. Neste dia que ninguém em sofrimento seja esquecido”  

 Eugénio Fonseca
Presidente da Cáritas Portuguesa

Nota: Foto da rede social 

Bento XVI. Uma vida. 5

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias



1. Em 1981, Ratzinger partiu para Roma, nomeado pelo Papa João Paulo II Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, a antiga Inquisição. “Ninguém o advertiu desta missão impopular?” Resposta: “Eu não precisava de advertência nenhuma. Era para mim claro que me lançava às urtigas. Mas tinha de assumi-la”. Foi como “colaborador da verdade”. 
1.1. Em Abril de 2005, faleceu João Paulo II, que, com 5 milhões de participantes, teve o maior cortejo fúnebre da História. Com tristeza, Ratzinger presidiu às exéquias. 3500 jornalistas marcaram presença, mais de mil milhões de pessoas seguiram o acontecimento ao vivo nas televisões, havendo quem fale em dois mil milhões, com as televisões de todos os países, exceptuando a China, a transmitir imagens do acontecimento. 
Mas, paradoxalmente, “a influência da Igreja na era Wojtyla retrocedeu”. O pontificado de João Paulo II deixava uma Igreja com muitas feridas. Por exemplo, no seu pontificado, com o apoio de Ratzinger, foram condenados mais de 100 teólogos. Houve ambiguidade quanto aos abusos sexuais do clero; o próprio Ratzinger enviou em 2001 uma carta a todos os bispos sobre estes delitos, dizendo que todos os casos ficavam sob “segredo pontifício”. Com as imensas viagens papais, a vigilância sobre a Cúria afrouxou... 

GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ - Carta aos amigos

Para este fim de semana 
com votos de saúde



"Se por um instante Deus se esquecesse de que sou
uma marionete de trapo e me presenteasse um fragmento
de vida, possivelmente não diria tudo o que penso
mas em definitivo pensaria tudo o que digo.
Daria valor as coisas, não pelo que valem, senão
pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais,
entendo que por cada minuto que fechamos os
olhos, perdemos sessenta segundos de luz.
Andaria quando os demais se detêm, despertaria
quando os demais dormem.
Escutaria quando os demais falam, e como
desfrutaria um bom sorvete de chocolate! Se
Deus me obsequiasse um fragmento de vida, vestiria
simples, me atiraria de bruços ao sol, deixando des-
coberto, não somente meu corpo senão minha alma.
Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu
ódio sobre o gelo, esperaria que saísse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as
estrelas um poema de Benedetti, e uma canção
de Serrat seria a serenata que lhes ofereceria à
lua. Regaria com minhas lágrimas as rosas, para
sentir a dor de seus espinhos, e o encarnado beijo
de suas pétalas...
Deus meu, se eu tivesse um fragmento de vida... Não
deixaria passar um só dia sem dizer as pessoas que
quero, que as quero. Convenceria a cada mulher ou
homem de que são meus favoritos e viveria enamorado
do amor. Aos homens lhes provaria quão equivocados
estão ao pensar que deixam de enamorar-se quando
envelhecem, sem saber que envelhecem quando
deixam de enamorar-se! A criança lhe daria asas,
porém lhe deixaria que sozinho aprendesse a voar.
Aos velhos lhes ensinaria que a morte não chega com a
velhice senão com o esquecimento.
Tantas coisas tenho aprendido de vocês, os
homens... Tenho aprendido que todo o mundo quer
viver no topo da montanha, sem saber que a
verdadeira felicidade está na forma de subir a
escarpa. Tenho aprendido que quando um recém
nascido aperta com seu pequeno punho, pela primeira
vez, o dedo do pai, o tem apanhado para
sempre. Tenho aprendido que um homem só tem
o direito de olhar a outro com o olhar baixo quando
há de ajudar-lhe a levantar-se. São tantas coisas as
que tenho podido aprender de vocês, porém real-
mente de muito não haverão de servir, porque quando
me guardarem dentro dessa mala, infelizmente
estarei morrendo"

Li aqui

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

MOLICEIRO NA RIA



Andei hoje por Aveiro sem hora marcada para nada e disso darei conta por aqui. Voguei com a tranquilidade que o moliceiro nos transmite em hora de mostrar aos turistas, nacionais e estrangeiros, os encantos da laguna. Começou Setembro mas ainda há gente que passeia. 

Caminhos de perdão, a correcção fraterna

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXIII


O Evangelho deste domingo faz parte do capítulo que Mateus, o autor do relato, dedica à vida da Igreja enquanto comunidade realizada num espaço e no tempo. Centra-se no relacionamento entre os seus membros e estabelece uma espécie de escala para o caso de haver desavenças ou pecados entre eles. Mt 18, 15-20. 
Como restabelecer a relação fraterna se foi quebrada e se o pecador persiste na obstinação? Vamos deter-nos nalguns passos a dar (a correcção ou promoção fraterna), procurando abrir horizontes de reconciliação e perdão. 
Há sentimentos e atitudes indignas: ser tolerante passivo, agravar a emoção sentida e alimentada, pagar na mesma “moeda”, retaliar com vingança, excluir o indesejado do círculo de relações, deixar “cair os braços” e esperar que uma crosta se imponha e gere a indiferença. Ou pura e simplesmente, recorrer ao tribunal civil que, apesar da sua nobre função, não resolve questões de consciência. 
A tolerância activa é uma atitude de profundo respeito que revela lucidez e coragem, ponderação e sentido de oportunidade. Não é sinónimo de imposição incriminatória, nem de reacção moralista e uniformizadora. Pelo contrário, traduz o reconhecimento da dignidade ferida, da convivência desfeita, da relação cortada naqueles que estão chamados, por natureza e pela bênção de Deus, à harmonia das diferenças legítimas no todo da humanidade. Quando degenera, dá origem ao tolerantismo que, indiferente ao bem comum, deixa andar as “coisas” ao sabor da corrente, tenha ela o colorido que tiver. 

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

CÂNDIDO TELES - Transparências da Ria e do Mar

Museu Marítimo de Ílhavo
Até 8 de Novembro
121 obras 


 

Estabilização do nosso cordão dunar



A Câmara Municipal de Ílhavo e a Agência Portuguesa do Ambiente assinaram, hoje, o contrato e auto de consignação da Empreitada de Recuperação e Estabilização do Cordão Dunar entre as Praias da Barra e da Costa Nova. Trata-se de um investimento de cerca de 400 mil euros, com o prazo de execução de 4 meses. A intervenção é assegurada pelo Município de Ílhavo e pela Agência Portuguesa do Ambiente.

Ler mais aqui

Nota: As dunas são assim. Vão e vêm como as marés. Por mais que os cientistas e técnicos estudem e ponham em prática o que consideram fundamental para nos defender das ondas e das marés vivas do oceano, sobretudo no inverno, é certo e sabido que haverá sempre problemas nas costas dunares. Por isso, as cíclicas reposições de areia nas nossas praias. 

TARDINHA


TARDINHA foi o nome que dei a esta foto que encontrei hoje num dos meus arquivos. Presumo que se trata de um registo feito há anos na Figueira da Foz. Seja como for, aqui a partilho pela serenidade que ela me transmitiu. Votos de bom fim de semana que está a chegar.

POSTAL ILUSTRADO - Forte da Barra

 Marina 


 

Aveiro sem Feira do Livro?


Feira do Livro em Aveiro (foto de arquivo)

Consta-me que não teremos este ano a Feira do Livro em Aveiro, talvez com medo dos contágios que persistem no mundo. Todos os dias, os meios de comunicação social vêm com números assustadores. O Covid-19 ainda não desistiu. Mas a feira podia realizar-se, tal como aconteceu noutras regiões. É que eu aprecio sobremaneira as feiras dedicadas exclusivamente aos livros, mas não gosto nada das outras. 
As feiras de livros são realmente do  meu interesse pela variedade de obras à venda, sobretudo algumas que caíram no rol do esquecimento. As que vão sendo publicadas e publicitadas são de fácil aquisição, em especial nas livrarias bem organizadas e atentas aos interesses dos clientes. Contudo as obras editadas há muito tempo e de autores menos badalados passam depressa dos nossos olhares e intenções. O que é pena. Pode ser que o próximo ano seja mais propício à organização da Feira do Livro em Aveiro.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Em defesa das liberdades de educação

Os pais e encarregados de educação 
devem agir em conformidade com 
o que consideram melhor 
para as crianças e jovens



— Considerando que a Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece expressamente que «Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos» (art. 26.º);

— Considerando que o Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Culturais especifica que «Os Estados […] comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais» […] e a «assegurar a educação religiosa e moral dos seus filhos em conformidade com as suas próprias convicções» (art. 13.º);

— Considerando que, no Protocolo Adicional n.º 1 à Convenção de Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, os membros do Conselho da Europa convieram em que «O Estado, no exercício das suas funções, que tem de assumir no campo da educação e do ensino, respeitará o direito dos pais a assegurarem aquela educação e ensino consoante as suas convicções religiosas e filosóficas (art. 2.º);

— Considerando que a Convenção Internacional sobre os direitos da criança estabelece que «a criança tem o direito de conhecer os seus pais e de ser educada por eles» (art. 7.º);

NOME DA GAFANHA

Artigo de João Gaspar
Padre e historiador 


 João Gaspar
Uma questão que não deixa de espevitar a nossa curiosidade é a de saber a origem das palavras, designadamente os nomes de pessoas e de povoações e o que eles radicalmente significam. Tantos e tantos antropónimos e topónimos, se fossem bem entendidos e bem assimilados, indicariam programas para a vida de pessoas e para a história de povoações.
Aqui e agora, dou a minha opinião sobre o significado da palavra 'Gafanha' e sobre o porquê da sua primitiva e secular aplicação a uma larga zona chã, senão mesmo pantanosa, à beira do mar e da ria. Sem menosprezo de alguém, não me refiro às outras explicações ou hipóteses. Foram elas explanadas pelo padre João Vieira Resende, por Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, por Américo Costa, pelo dr. Joaquim Tavares da Silveira, pelo prof. dr. José Leite de Vasconcelos e pelo padre Manuel Maria Carlos... e agora pelo Cardoso Ferreira.
Em 1853, Pedro José Marques ainda registou o topónimo 'Galafanha' (Diccionário Geográphico abbreviado das oito províncias dos Reinos de Portugal e Algarves, Lisboa, 1853), informando que se tratava de uma zona territorial da freguesia e do concelho de Vagos; nessa ocasião, porém, já vulgarmente de dizia 'Gafanha'. Muito mais tarde, em 1938, Américo Costa, no seu Dicionário {Diccionário Chorográphico de Portugal Continental e Insular - etc, VI volume, editado em 1938) apontou igualmente o mesmo topónimo 'Galafanha', embora remetendo a sua explicação para o étimo 'Gafanha; decerto pretenderia que não se perdesse uma designação que julgava anterior à então corrente e usual.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

EVOCAÇÕES: EXPO'98

Na Expo'98. Terceiro dia. Três dias depois um enfarte

A caminho da Expo'98

Um dos meus grandes prazeres é recordar os momentos da vida. Uns são agradáveis, a maioria, e outros nem tanto. Quando deparei com a última foto registada na EXPO'98, senti a alegria do que pude apreciar, mas logo se sobrepôs o que me aconteceu no sábado seguinte: um enfarte, talvez provocado pelo esforço.

Gafanha da Nazaré - Cronologia

D. Maneuel II 
23 de Junho de 1910 — Decreto de D. Manuel II para a criação da freguesia e paróquia 

30 de Julho de 1910 — Auto de revista da capela de Nossa Senhora da Nazaré, no lugar da Gafanha (Chave)

31 de Agosto de 1910 — Ereção canónica da paróquia da Gafanha de Nossa Senhora da Nazaré, por D. Manuel Correia de Bastos Pina, Bispo de Coimbra 

27 de Outubro 1910 — Instalação e primeira sessão da Comissão Paroquial Administrativa da freguesia da Gafanha; compareceram os cidadãos nomeados membros da comissão por alvará do Governo Civil de Aveiro, com data de 24 do corrente. Foram eles, José Ferreira de Oliveira (presidente), António Teixeira (tesoureiro), Manuel Nunes Ribau (secretário) e Jacinto Teixeira Novo, José Maria Fidalgo e Manuel Ribau Novo, vogais. O tesoureiro não chegou a assinar a ata por ter falecido, entretanto. 

1 de Maio de 1911 — Auto de delimitação da freguesia da Gafanha da Nazaré, segundo cópia de 18 de Maio assinada por Samuel Tavares Maia 

2 de Janeiro de 1914 — Instalação da primeira Junta da Paróquia da Gafanha da Nazaré; Os membros juraram cumprir fielmente as leis do país como cidadãos da República Portuguesa. A Junta ficou constituída por José da Silva Mariano (presidente), João Sardo Novo (tesoureiro) Alberto Ferreira Martins (secretário). Posteriormente, a Junta também elegeu para vice-presidente Manuel José Francisco da Rocha. 

Fernando Martins 

(continua)

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

domingo, 30 de agosto de 2020

ÁGUEDA - Residência antiga


Em maré de arrumações, surge este Bilhete Postal de residência antiga, que dedico aos meus  amigos que ainda tenho pelo concelho de Águeda, "a linda", como é apelidada pelos que têm bom gosto.

Para começar este domingo


 Para começar este domingo... serenamente. 

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