sábado, 9 de setembro de 2023

CIBERCULTURA – Inescapável conversão ecológica

Uma reflexão 
de Miguel Oliveira Panão

«Não é insistência. É evidência. Em Espanha temos chuvas torrenciais, enquanto que no sul de França a seca agravou-se novamente no Verão, comparativamente ao ano passado. As viagens de avião sentem-se como mais “turbulentas” por causa do aquecimento do ar atmosférico. Os efeitos das alterações climáticas começam a entrar no nosso quotidiano, mas pela estrada, a maior parte dos condutores continua a andar a velocidades que induzem um maior consumo de combustível e, consequentemente, maior quantidade de poluentes emitidos para atmosfera, agravando a situação. Todos parecem achar que o seu contributo é marginal, mas milhares de milhões de contributos marginais geram um efeito cumulativo. Por que razão é tão difícil mudarmos alguma coisa?»

Nota: A abertura de uma reflexão que merece ser lida na íntegra. Clique aqui.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

FESTA DA RIA - Nossa Senhora dos Navegantes







 A grande Festa da Ria — Nossa Senhora dos Navegantes — vai acontecer nos próximos dias 16 e 17 de Setembro. Quem já a viu e viveu não se cansará de cantar loas ao espetáculo único que o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré oferece ano após ano aos amantes da nossa laguna e aos devotas de Nossa Senhora, padroeira dos homens e mulheres ligados ao mar. O programa aí fica como convite a todos.

Pedro Sacristão

O Pedro sacristão, como gosta de ser tratado no meio eclesial e na vida, ao que julgo, é das pessoas que mais aprecio, não só pela simpatia natural que irradia, mas também pela disponibilidade com que se entrega ao serviço da nossa paróquia. Conheço-o desde sempre e sei da humildade que exibe no dia a dia.
Por outro lado, o Pedro é, para além de comerciante no Mercado da Barra, um lavrador que sabe da poda.
Nos momentos próprios, o nosso sacristão prepara o Cortejo dos Reis como ninguém. Fabrica folares ou bolos que só ele conhece o segredo, cujos lucros revertem para o referido cortejo.
Passei hoje pela sua página no Facebook e apreciem o que lá vi: Uma rojoada à antiga; amendoins acabados de torrar no forno a lenha; e bolos para vender à porta da igreja.
Cá para nós que ninguém nos ouve, eu ia para os rojões. Vejam o aspeto deles.

F. M.

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

FLORES


Com a chuva que aí está, mais o vento, ora brando ora bravo, teremos de nos habituar a uma vida mais triste? Penso que não.
Há flores que murcham e caem, mas outras, mais dadas ao frio, hão de resistir. Que a vida, como é habitual, precisa da alegria e da beleza que as flores nos dão. Mas se elas se forem com o vento, que ao menos saibamos alimentar o prazer da espera pelo seu regresso. E até lá, aprendamos a cultivar outras flores, daquelas que nos enchem a alma com as suas cores e aromas: A amizade, a partilha da nossa alegria, o bem que podemos fazer a quem nos cerca, a aposta na construção de um mundo melhor.

F. M.




Nota: Texto publicado em Setembro de 2006.

ÍLHAVO - Desfile Nacional do Traje Popular

Este ano, o Desfile Nacional do Traje Popular Português irá decorrer no próximo dia 16 de setembro, pelas 21h30, no Largo da Vista Alegre, em Ílhavo. Por este evento, de âmbito nacional e considerado o maior do país deste género, deverão passar mais de 1200 participantes, oriundos de todas as regiões de Portugal Continental e, também, da região autónoma da Madeira, que apresentarão os seus trajes.
O desfile é um evento onde “os grupos participantes dão a conhecer os jeitos e os preceitos do trajar d’antanho e mostram as diferenças regionais e multiplicidade de cores e texturas que constituem o Traje Popular Português, nas suas mais variadas vertentes, num caminho que é traçado desde o nascimento à morte e do trabalho aos dias de festa”.
Promovido pela Federação Nacional de Folclore, o evento deste ano conta com o patrocínio do Município de Ílhavo e da Fundação Inatel, e com o apoio da Vista Alegre e do Turismo do Centro. O desfile tem entrada gratuita.

Fonte Correio do Vouga e Agenda da CMI

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Antigo Bispo de Aveiro ainda tem razão

Texto publicado no Correio do Vouga, 
Setembro de 2009


"Se o novo governo olhar com olhos objetivos e críticos a realidade do país, aceitar o contributo de uma oposição lúcida e esclarecida, não adaptar as exigências da democracia aos seus interesses, dispensar gente que já mostrou que mais divide que concilia e constrói, contar com as capacidades da sociedade civil, fizer uma política humanista com critérios claros e valores duradoiros, respeitar o povo com as suas convicções profundas e os seus valores religiosos, morais e éticos, tomar consciência de que o orgulho confunde e empobrece e só a humildade dá lucidez e coerência, respeitar e defender a família, única instituição natural indispensável, corrigindo os erros graves já cometidos que a destroem e minimizam, for vanguardista no respeito pela verdade e pela isenção, der aos pobres condições de vida digna e não apenas subsídios de dependência, proporcionar aos jovens perspectivas sérias de futuro, respeitar quem trabalha e lutar, sem tréguas, pelo direito ao trabalho e à paz social… então, o povo que votou maioritariamente PS não se sentirá iludido nem enganado e o partido vencedor não tirará da vitória senão a responsabilidade diária de melhor servir a todos e a ninguém esquecer."

António Marcelino, 
Bispo de Aveiro (1988- 2006)

Verão mais quente no Hemisfério Norte

A Terra viveu este ano o verão mais quente jamais registado no Hemisfério Norte, com um agosto recorde a culminar uma estação de temperaturas brutais e mortíferas, anunciou hoje a Organização Meteorológica Mundial (OMM). A  garantia desta verdade veio dos registos verificados pelos cientistas em equipamentos modernos. Agosto foi cerca de 1,5 graus Celsius mais quente do que as médias pré-industriais, que é o limiar de aquecimento que o mundo está a tentar não ultrapassar.
Os cientistas têm alertado para a necessidade de estarmos atentos, diminuindo as causas que contribuem para a subida das temperaturas, causadoras de desastres naturais.


segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Forum e arredores


Andei ontem por Aveiro no Forum e arredores. O dia estava ameno e não faltava gente em maré de ócio que cirandava descontraidamente, ao jeito, como percebi, de passar o tempo. Pais com filhos e gente idosa a apreciar o movimento. Muitos casais com filhos pequenos e os barcos moliceiros lá andavam na sua tarefa de mostrar a cidade a partir dos canais da ria. Já fizemos a experiência e gostámos. A vista da cidade é uma coisa; outra é a cidade a partir dos canais. Por isso recomendo que façam uma viagem.
Li há dias que Aveiro está na linha da frente das cidades turísticas do nosso país. Graças apenas à ria? Ao seu povo acolhedor? Aos ovos moles e outra doçaria? À simpatia dos comerciantes? À gastronomia variada onde pode ser degustada uma caldeirada? Aos museus, particularmente o de Santa Joana? Ao artesanato concebido com arte? Talvez de tudo um pouco.
O Forum está no sítio certo para atrair turistas de perto e de longe, nacionais e estrangeiros. Porém, raramente encontro amigos da minha juventude e dos tempos em que na cidade trabalhei como jornalista. Sei que alguns já faleceram e muitos outros ter-se-ão tornado mais caseiros com o peso da idade. Bem olho para um lado e para outro, mas nada. Mas também é verdade que a alguns, que me interpelam, tenho de perguntar o nome. As memórias estão assim.

F. M. 

Figueira da Foz - Para matar saudades



Não sei se já pensaram que as fotografias e outras artes têm o dom de nos permitir matar saudades. Quem diria que a uns escaços 60 quilómetros da Figueira da Foz eu me sinta afastado dela como se o que nos separa é muitíssimo inferior à distância da Lua. Pois por aqui ando a ver se acerto agulhas para encetar a viagem. Depois conto.





domingo, 3 de setembro de 2023

“Todos, todos, todos”. Como?

Uma reflexão de Jorge  Pires Ferreira

Já lá vai um mês sobre aquele “Todos, todos, todos”, dito pelo Papa Francisco e repetido pela multidão de jovens, na Colina do Encontro / Parque Eduardo VII. A mesma ideia, a de uma inclusão eclesial que desafia os critérios tradicionais, tinha estado presente nas vésperas com clero e agentes pastorais, no dia 2 de agosto, no Mosteiro dos Jerónimos (a palavra “todos” é dita 32 vezes, muito concentradas em dois parágrafos) e estaria no encontro de Fátima, no dia 5 de agosto. A JMJ de Lisboa, no seu todo, foi a JMJ de e do “todos”.
Sem dúvida, que o “todos” a que Francisco de refere, e que é uma concretização do “ide por todo o mundo”, “anunciai a todos os povos”, representa um certo modo de ser Igreja entre outros possíveis. E entre os vários modos de ser Igreja há algumas tensões.

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