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segunda-feira, 4 de abril de 2022

O que foi preciso para aqui chegar

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO de ontem

Para Ratzinger, há uma Igreja que vai desaparecer, mas a Igreja de Jesus Cristo permanecerá. Tornar-se-á pobre e será uma Igreja dos pequeninos. O processo será longo e penoso, mas depois uma força pujante brotará de uma Igreja interiorizada. Deus o ouça!

1. Joseph Ratzinger não é o teólogo das minhas preferências, mas confesso que a sua Introdução ao Cristianismo (1968), que teve várias edições em diversas línguas, continua, para mim, um livro de referência. Mas não é esse livro o assunto desta crónica.
Em 1970, publicou, em Munique, uma série de conferências que tinham sido transmitidas pela rádio. Em 1971 já estava traduzido pela Editora Vozes (Petrópolis). Foi esta a primeira versão que li. Desde 2008, dispomos, em Portugal, de uma nova versão, da Editora Principia [1]. Diz, no Prefácio, que todas as conferências gravitavam em torno do mesmo tema: a interrogação sobre a fé e o futuro.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

A reforma da Igreja exige a colaboração de todos

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO

Devemos reflectir sobre a prática actual da nomeação dos bispos e encontrar mecanismos, mais explicitamente sinodais, para incluir os fiéis nos processos de discernimento das nomeações episcopais

1. Quando se pede, a certas pessoas, uma informação ou uma opinião, a resposta é sempre a mesma: não sei nem quero saber e tenho raiva de quem sabe.
Se não fosse uma brincadeira, seria uma recusa definitiva de aprender. Quem nunca se engana pode repousar, para sempre, na sua ignorância. Sente-se dispensado de investigar, de estudar e também dispensa assessores. Ficará sempre infalivelmente ignorante.
Quando, no Vaticano I (1870), foi definida a chamada infalibilidade papal, para muitas pessoas, isto equivalia a dizer: sabe tudo e não precisa de aprender, de investigar e, como é crente, pensa que o Espírito Santo o defenderá de todo o erro. Alguém reagiu que, com tanta infalibilidade, já não seria preciso reunir mais concílios ecuménicos. As bibliotecas podiam ser queimadas e encerrar, definitivamente, todas as faculdades de teologia. Bastava uma central telefónica ligada à infalibilidade pontifícia.

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