O mais recente livro de Georgino Rocha
“ROSTOS DE MISERICÓRDIA - ESTILOS DE VIDA A IRRADIAR” é o mais recente livro de Georgino Rocha, presbítero da Igreja Aveirense, a ser lançado no próximo dia 17 de janeiro, no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), pelas 21h15, contando com a apresentação do Prof. Carlos Borrego e o apoio das comissões diocesanas da Cultura e da Justiça e Paz, bem como da editora Tempo Novo. Trata-se de um trabalho com reflexões, relatos e testemunhos de pessoas que foram, e são, no mundo conturbado dos nossos dias, autênticos sinais visíveis da misericórdia de Deus.
D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, que prefacia o livro, sublinha a importância da proclamação do Ano Santo da Misericórdia pelo Papa Francisco, que foi «um ato profético». Melhor que ninguém, o Santo Padre faz uma leitura em profundidade da época atual do mundo «dilacerado, ferido, cheio de feridas na vida pessoal, familiar e social», e, ao mesmo tempo, «cínico em virtude da globalização da indiferença, do individualismo mais exacerbado e da cultura do descartável». E, citando mais uma vez o Papa Francisco, diz: «Sem a misericórdia temos hoje poucas possibilidades de compreensão, de perdão, de amor. Por isso não me canso de chamar a Igreja à revolução da cultura.»
O Bispo de Leiria-Fátima salienta, noutro passo do "Prefácio", que o Padre Georgino procurou responder à «questão de Deus no nosso tempo», superando a «imagem de Deus justiceiro, tremendo e violento», pondo em evidência, contudo, «a face de amor misericordioso e de benevolência», graças a uma linguagem «mais propositiva, dialógica e existencial, própria do estilo de vida irradiante».
D. António Marto afirma que autor nos apresenta o amor misericordioso que nos ajuda «a ler com mais profundidade e com maior verdade o mundo contemporâneo», não focando apenas os aspetos negativos, mas levando-nos a «descobrir os aspetos e os germes positivos que o fermentam, tais como os anseios de uma cultura de misericórdia, ou seja, a cultura do encontro e do diálogo face à cultura da indiferença e do descartável».
Na “Chave de Entrada: A fragilidade humana e a misericórdia”, Georgino Rocha salienta que este é o tempo da misericórdia porque «Cada dia da nossa caminhada é marcado pela presença de Deus, que guia os nossos passos com a força da graça que o Espírito infunde no coração», mas também o é para que «os pobres sintam pousado, sobre si, o olhar respeitoso, mas atento, daqueles que, vencida a indiferença, descobrem o essencial da vida». Mas ainda é o tempo da misericórdia, para que cada pecador não se canse de pedir perdão e sinta a mão do Pai, que sempre acolhe e abraça».
O autor refere na “Apresentação”, com o subtítulo “Quero acordar a aurora”, que, tal como o salmista, «é seu propósito fazer ressoar, em todo o universo, que a fidelidade do Senhor é para sempre e o seu amor é maior do que tudo quanto existe». E defende que «a voz da consciência continua a fazer-se ouvir», sobretudo «em experiências que semeiam os germes do futuro e em pessoas que são amigas do humano integral, que há em todos, ainda que sofra mutilações graves». Por isso, Georgino Rocha afirma que é necessário «praticar o discernimento evangélico», base da interpretação dos «sinais messiânicos», procurando ser coerente. E nas opções, lembra que urge «praticar a pedagogia da liberdade».
Frisa, depois, que os Rostos de Misericórdia são pessoas concretas com «Estilo de vida a irradiar», com nome registado «no livro da vida» e com «identificação assinalada em obras notáveis reconhecidas pelas sentinelas do bem comum e do bom senso, com memória perdurável inscrita no coração de milhões e milhões de pobres que são assistidos e libertos da opressão que vitimiza a sua dignidade humana».
Georgino Rocha dedica o trabalho — “ROSTOS DE MISERICÓRDIA - ESTILOS DE VIDA A IRRADIAR”— Ao Papa Francisco, incansável missionário da Misericórdia, da Paz e da Esperança; A Dom António Francisco dos Santos, o bispo da proximidade amiga e do sorriso e da bondade contagiantes; Às famílias cristãs, chamadas a ser oásis de misericórdia e escolas de acompanhamento, focos irradiantes da alegria do amor e da nova aurora que desponta para a humanidade e para a Igreja, apesar das fragilidades com que se debatem.
Fernando Martins