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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Anselmo Borges - Lutero: somos mendigos

1 Teria sido possível encontrar um acordo quanto às 95 teses de Lutero, mesmo quanto às que são mais claramente de crítica ao Papa: "Pregam doutrina humana os que dizem que a alma voa do purgatório para o céu, mal o dinheiro cai na caixa." "Porque é que o Papa não esvazia o purgatório, baseado num motivo correcto: um amor santíssimo e a extrema necessidade das almas, em vez de resgatar um número incontável de almas, baseado num motivo bem insignificante: o funesto dinheiro para a construção de uma igreja?" "Porque é que o Papa, que é hoje mais rico do que o mais rico Crasso, não prefere pelo menos construir a Basílica de São Pedro com o seu próprio dinheiro, em vez de fazê-lo com o dos fiéis pobres?" Aliás, ele mandara as teses ao bispo de Mainz e só porque não recebeu resposta é que as tornou públicas. Infelizmente, o próprio papa Leão X, que aos 13 anos já era cardeal e que estava mais preocupado com o poder e o fausto do que com o Evangelho e que não percebeu que se estava numa mudança de época, pensou que tudo se resolvia com a excomunhão do frade alemão. Não foi assim, e o que é facto é que, como escreveu Viriato Soromenho Marques, "em poucos anos, o que era um protesto aparentemente localizado e sectorial contra um cristianismo ocidental romano, já com frestas mas ainda unificado, transformou-se num poderoso e plural movimento que iria cindir, violenta e definitivamente, não só o cristianismo como a política, a sociedade e a cultura do Velho Continente".

2 As indulgências foram apenas a ocasião. O que acabou por romper a unidade e pôr em marcha consequências que o próprio Lutero não desejava foi a doutrina luterana dos "sós": sola fides - só a fé: a salvação dá-se exclusivamente pela fé, sem o contributo das obras; sola gratia - só a graça, sem méritos; sola Scriptura - só a Bíblia, a única autoridade na e para a fé. Esta concepção punha fim às mediações: dos sacramentos, só o baptismo e a eucaristia eram reconhecidos; o próprio Erasmo de Roterdão, humanista e crítico mordaz da Igreja, recordou a Lutero que, segundo a Bíblia, em ordem à salvação, há a colaboração da liberdade humana; a razão não pode ser excluída da fé; as Escrituras têm de ser lidas sem invalidar a tradição...
Neste quadro, o protestantismo contribuiu de modo decisivo para a secularização/secularismo. Sem mediações, entre um Deus radicalmente transcendente, totalmente Outro, e uma humanidade radicalmente pecadora, ficava um mundo totalmente profano, sem qualquer significado divino, que já não é veículo da graça. Com o tempo, uma vez que Deus está tão distante do ser humano, pode-se chegar ao seu esquecimento e, no longo prazo, à sua negação. Assim, a Reforma também está na origem das modernas concepções radicalmente imanentes. É a ironia da história das ideias: uma vez lançadas, podem provocar consequências que de modo nenhum estavam nas intenções dos seus autores e até lhes são totalmente opostas.
Neste contexto, Lutero defendeu a doutrina dos dois Reinos, distinguindo bem a esfera temporal e a esfera espiritual, o reino da política e o reino da salvação, de tal modo que a liberdade cristã fica separada da transformação social deste mundo. Assim, dizer que a liberdade trazida por Cristo é incompatível com a servidão, como afirmavam os camponeses rebeldes em Os Doze Artigos, "significa tornar a liberdade cristã uma liberdade completamente carnal". "O Evangelho não tolera nunca a rebelião." Subordinou a Igreja à autoridade do Estado, de tal modo que o príncipe ou o senhor pode ser "o funcionário da justiça de Deus e o servidor da sua ira." A liberdade e a igualdade cristãs não são para este mundo. Assim, Lutero, que, num primeiro momento, pedira aos príncipes "Por amor de Deus, cedei um pouco face ao furor dos camponeses", pouco tempo depois, com base na "matança de Weinsberg", pôs-se completamente do lado dos príncipes e "contra os camponeses, ladrões e assassinos; nisto, molho a minha pena em sangue: apelo aos príncipes que matem os ofensivos camponeses como cães raivosos, que os apunhalem, os estrangulem e destruam como melhor puderem... Não quero opor-me às autoridades que, podendo e querendo fazê-lo, reprimam com todo o vigor e castiguem esses assassinos sem oferta prévia de alcançar um acordo equitativo, mesmo quando essas autoridades não forem tolerantes em relação ao Evangelho".
Thomas Münzer, que fora discípulo de Lutero mas se distanciara dele por causa da opressão a que estavam sujeitos os camponeses, não se contentava com a libertação interior e queria estabelecer o Reino de Deus mediante uma ordem social justa. Na batalha de Frankenhausen, em 1525, foi feito prisioneiro, torturado e decapitado. Os conflitos causaram a morte a mais de cem mil camponeses.

3 São incontáveis na história os efeitos positivos de Lutero como testemunha de Cristo e do Evangelho: a leitura e a difusão da Bíblia, a tomada de consciência pelos cristãos do sacerdócio universal e da sua radical igualdade em Cristo, a reforma da(s) Igreja(s), a afirmação da subjectividade e da liberdade, a educação, a promoção da mulher, a força da música na liturgia, os seus catecismos... Mas há ainda outra dimensão marcante nas suas contradições: depois de ter defendido uma coabitação amigável com os judeus, fez um volte-face e pediu, em 1543, a sua expulsão, o confisco dos seus bens, o incêndio das sinagogas: "Primeiro, incendeie-se as suas sinagogas e cubra-se de terra e sepulte-se o que recusar arder, a fim de que ninguém possa ver o seu mínimo traço por toda a eternidade."
 
4 Lutero morreu na sua cidade natal, Eisleben, em 1546, invocando Jesus Cristo. Numa nota escrita na véspera da morte estão estas palavras: "Wir sind Bettler, das ist wahr" (somos mendigos, é verdade).
Anselmo Borges no DN

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Anselmo Borges — Lutero: a fé e as indulgências




1. Por causa de Lutero, pus-me a caminho de Worms, era eu ainda estudante na Alemanha. Foi uma senhora que amavelmente me disse: ali adiante, no jardim, junto à catedral, vai encontrar uma placa no chão alusiva à presença de Lutero. E lá encontrei a placa: "Hier Stand Vor Kaiser Und Reich Martin Luther, 1521" (aqui compareceu perante o império e o imperador Martinho Lutero, 1521). Foi ali, na Dieta de Worms, que Lutero fez o discurso que marcaria a ruptura com a Igreja de Roma, o discurso que termina com as famosas palavras sempre lembradas quando se trata de defender a objecção de consciência: "Se me não refutardes através do testemunho das Escrituras ou mediante argumentos evidentes - uma vez que não creio nem nos papas nem nos concílios, pois é evidente que já muitas vezes se equivocaram e se contradisseram -, estou encadeado aos textos da Escritura e a minha consciência cativa da Palavra de Deus. Não posso retractar-me nem me retractarei de nada, porque não é justo nem honesto agir contra a consciência. Que Deus me ajude! Amém."

Lutero já estava excomungado e podia ser preso. Por isso, Frederico III conseguira do imperador Carlos V um salvo-conduto para ele poder ir a Worms e regressar, sem ser detido. Depois da sua declaração, ficava proscrito, podendo o seu fim ser a fogueira, como acontecera a Jan Hus, que também queria a reforma da Igreja. Assim, o príncipe Frederico, astutamente, sequestrou-o, para protegê-lo no seu castelo de Wartburg, onde se dedicou à tradução do Novo Testamento, contribuindo decisivamente para a constituição do alemão moderno. Abandonou o hábito de frade em 1524 e casou-se com Catarina de Bora em 1525, tendo sido um bom marido e pai.

2. Lutero nasceu em Eisleben em 1483. Estudou Filosofia e Direito. A sua vida sofreu uma reviravolta quando no dia 2 de Julho de 1505, no meio de uma grande tempestade, um raio lhe caiu perto e, aterrado, prometeu: "Santa Ana, ajuda-me, far-me-ei monge." No dia 17 de Julho seguinte, contra a vontade do pai, cumpriu e deu entrada no Convento dos Agostinhos em Erfurt, em cuja universidade estudava. Foi ordenado em 1507, doutorando-se em Teologia em 1512, e exerceu como professor de Teologia Bíblica. Antes, enviado pelo superior, J. von Staupitz, passou por Roma, onde, constatando o fausto e a vida escandalosa do Papa e da Cúria, mais aprofundou a urgência da reforma da Igreja.
Foi um frade piedoso e cumpridor, na oração, no jejum, na penitência, confessava-se frequentemente. Sedento de Deus e de salvação, vivia em crise interior permanente, angustiado com os escrúpulos, torturado com o pecado e a ira de Deus e a sua justiça como castigo. Obcecava-o a pergunta: "Que devo fazer para obter a misericórdia de Deus?" Em 1545, recorda no prólogo à edição das suas Obras Completas em latim: "Embora a minha vida de frade fosse irrepreensível, sentia-me pecador diante de Deus, com a consciência perturbada. Indignava-me contra este Deus, alimentando em segredo, senão a blasfémia, pelo menos uma violenta murmuração... Sei de um homem que sofreu estas penas muitas vezes... com violência tão dura e infernal que nem a língua pode exprimir nem a pena escrever..."
Foi em 1514 que se deu a viragem total na sua vida, ao descobrir, através da Carta aos Romanos, de São Paulo, o Deus da misericórdia, cuja justiça não é de castigo mas de amor. "Pela fé recebemos um coração diferente, novo e puro. Deus quer ter-nos totalmente justificados por causa de Cristo, nosso mediador." Em terminologia simples, a questão que já São Paulo tinha é esta: o que vale a minha vida? Que valor tem ela e para quem? Quem me reconhece? Valho o quê para quem? E São Paulo e Lutero descobrem que valemos infinitamente para Deus. A fé é a entrega confiada a esse mistério do Deus misericordioso que, através de Cristo, reconhece o nosso valor para ele. Nisso consiste a salvação.

3. Resolvido este problema pessoal, no quadro da urgência da reforma da Igreja, no contexto da necessidade de uma piedade mais interior e pessoal, quando os príncipes exigiam autonomia face ao imperador Carlos V e a Roma e estavam em marcha transformações culturais, económicas e políticas, destronando o paradigma medieval, Lutero acabou por desencadear, nem sempre consciente disso e até contra a sua vontade, uma ruptura religiosa e um cataclismo civilizacional. Como escreveu Jaume Botey, "as consequências desse cataclismo puseram em evidência a existência na Europa de duas culturas, dois modelos de relações sociais, duas formas de entender a política e o poder, inclusive, dois modelos económicos que, de facto, ainda hoje continuam entre a Europa do Norte e a Europa mediterrânica".
A causa imediata foi a venda de indulgências. No dia 31 de Outubro de 1517, Lutero afixou nas portas da igreja do castelo de Wittemberg as célebres 95 teses, apenas com o propósito de um debate teológico académico. Algumas dessas teses: "Deve-se ensinar aos cristãos que age melhor quem dá esmola ao pobre do que quem compra indulgências." "Se o Papa soubesse dos métodos de extorsão usados pelos pregadores de indulgências, preferiria ver a Basílica de São Pedro a afundar-se em cinzas a edificá-la à custa da pele, da carne e dos ossos das suas ovelhas." "Deve ensinar-se aos cristãos que o Papa, como é seu dever, estaria, se fosse necessário, disposto a vender a Basílica de São Pedro para dar do seu próprio dinheiro a muitos a quem alguns pregadores o tiram."

4. Qual o cristão que não estará de acordo com a crítica da venda das indulgências?
Recentemente, o Papa Francisco, com a audácia que o Evangelho dá, "denunciou e condenou o "mercadejar" no que ao inferno, ao céu e ao purgatório se refere, como frequentemente se faz nas cúrias eclesiásticas e seus arredores". E convidou a todos a deixar-se "misericordiar" por Deus.

Anselmo Borges no DN

Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

domingo, 2 de julho de 2017

Bento Domingues — Nem Lutero nem Francisco


«O que mais me espanta não são os 500 anos de ausência de Lutero em Portugal. O que me desconsola é a nossa resistência passiva à reforma, muito mais abrangente e global, desencadeada pelo Papa Francisco, o segundo Papa dos tempos modernos, verdadeiramente católico, isto é, de abertura universal. O primeiro foi João XXIII.»

1. No passado dia 21, o Grémio Literário evocou os 500 anos “dos acontecimentos que abalaram a Europa na sequência do acto simbólico que marcou o início do movimento religioso e cultural na Cristandade e que ficou registado na História sob a designação de Reforma. Foi a 31 de Outubro de 1517 que Martinho Lutero afixou nas portas da igreja de Wittenberg as suas 95 famosas teses, que acabaram por conduzir a um cisma profundo e durável na Igreja de Roma”.
Segundo a tradição, isto aconteceu na véspera da festa de Todos os Santos. A dramatização desta data deu origem à Festa da Reforma, embora a sua fundamentação histórica seja questionada, dado que a narrativa é de Melâncton, em 1546, depois da morte de Lutero.
O V Centenário da Reforma já foi inaugurado, na Alemanha, em 2008, como a Década de Lutero.
É uma ocasião para os historiadores da cultura, da política e da teologia reexaminarem cinco séculos de história extremamente complexa e, talvez, colherem algumas lições para o nosso presente de renovados fanatismos políticos e religiosos
A Ausência de Lutero em Portugal foi o título da minha intervenção. Portugal não é a pátria de Lutero e os portugueses também não o puderam acolher no séc. XVI, nem com discernimento nem sem discernimento. Além disso, e não só em Portugal, ser bom católico era dizer mal dos protestantes e ser bom protestante era dizer mal dos papistas.
Para assinalar os 450 anos da sua morte, o Centro de Estudos de Teologia/Ciência das Religiões, da U. Lusófona, realizou um importante colóquio, cujos contributos já estão publicados. Merecem reedição. Tentei, no prefácio, explicar as razões da ausência de Lutero entre nós [1].
O P. Carreira das Neves, com o seu Lutero. Palavra e Fé, tenta preencher essa lacuna: “O tema que vamos tratar tem sido objecto de milhares de livros, artigos e pronunciamentos religiosos, políticos, sociológicos, filosóficos. Só estranha o facto de nenhum autor português ter assumido, nestes 500 anos que nos separam de Lutero, a responsabilidade de escrever sobre esta pessoa que está na origem do protestantismo luterano e das igrejas evangélicas.” [2]
Ausente em Portugal, teve mais sorte no Brasil, onde já foram publicados 12 volumes das Obras Seleccionadas de Martinho Lutero [3]. 
O luterano Artur Villares pergunta: “Cinco séculos depois, com a poeira da História a assentar e as polémicas, ódios e extremismos definitivamente encerrados nas prateleiras da apologética de todos os participantes, o que significa, para o homem de hoje, o nome de Martinho Lutero? Para muitos nada; para outros tantos, um mero revoltado, um rebelde, que destruiu a unidade da Igreja do Ocidente; para outros ainda, uma figura histórica, de assinalável grandeza, um dos construtores do mundo moderno. E para os luteranos? Naturalmente que a herança de Lutero é imensa: foi o pai do alemão moderno; foi o autor de uma vasta obra teológica, que hoje abarca cerca de cem volumes; dignificou o casamento, dando ele próprio o exemplo, ao casar em 1525 com a ex-freira Catarina de Bora, de quem teve seis filhos. Compôs dezenas de hinos, reestruturando o canto congregacional na Igreja. Reafirmou o sacerdócio universal de todos os crentes e introduziu o vernáculo como língua litúrgica. Inspirou grandes mestres da música, como Bach e Mendelssohn. E tudo isto, sem dúvida, foi entrando no património das igrejas após Lutero.” [4]
O dominicano Yves Congar, investigador da obra de Lutero, concluiu que ele “é um dos maiores génios religiosos de toda a História. Coloco-o no mesmo plano que Santo Agostinho, São Tomás de Aquino ou Pascal. [...] Ele repensou todo o cristianismo. Ofereceu-nos uma nova síntese, uma nova interpretação”. [5]

2. Não cabe nesta crónica apresentar todas as razões que fizeram de Lutero um ausente da nossa cultura, da cultura que se desenvolveu em diálogo com a Reforma. Frei Jerónimo de Azambuja (†1562), grande exegeta da Bíblia, declarou no Concílio de Trento que “em Portugal, graças à providência divina e aos cuidados do rei muito cristão, não se vislumbra qualquer sinal da heresia luterana que enche o mundo”. De facto, os contactos testemunhados de portugueses com Lutero foram escassos. Os métodos da Inquisição, o controlo dos livros nos portos e nas livrarias construíram adequadas barreiras de protecção contra o contágio luterano.
No século XVI, quando se queria insultar gravemente alguém, bastava chamar-lhe “Lutero”. D. Frei Bartolomeu dos Mártires, Arcebispo de Braga, aguentou muitas insolências de alguns cónegos, mas protestou vivamente quando o apelidaram de “Lutero”. [6]

3. Muitos passos de aproximação e de entendimento mútuo já foram dados entre católicos e luteranos. Em 1999, foi assinada a Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação. O Papa Francisco, na viagem ecuménica à Suécia, entre 31 de Outubro e 1 de Novembro de 2016, no contexto da comemoração católico-luterana dos 500 anos da reforma protestante, assinou uma declaração comum com o presidente da Federação Luterana Mundial.
A fórmula Ecclesia semper reformanda é antiga. A Igreja, quando não vive em processo de contínua reforma, deforma-se. É da sua condição humana e cristã. Somos justificados pela graça de Deus e pecadores pelo mau uso da nossa liberdade. Para não envelhecer, é preciso renascer, deixar-se transformar.
O que mais me espanta não são os 500 anos de ausência de Lutero em Portugal. O que me desconsola é a nossa resistência passiva à reforma, muito mais abrangente e global, desencadeada pelo Papa Francisco, o segundo Papa dos tempos modernos, verdadeiramente católico, isto é, de abertura universal. O primeiro foi João XXIII.
A resistência à reforma dos ministérios ordenados está a privar a Igreja Católica dos serviços mínimos sacramentais às comunidades. Os padres, que são cada vez menos, tornaram-se robôs de missas, baptizados e casamentos.
Será que nas resistências às reformas de Bergoglio se esconde a aposta na 4.ª Revolução Industrial para seminários de robôs mais sofisticados? 

Frei Bento Domingues no PÚBLICO

[1] Martinho Lutero. Diálogo e Modernidade, prefácio de Frei Bento Domingues, Edições Universitárias Lusófonas, 1999
[2] Pe. Carreira das Neves, Lutero. Palavra e Fé, Presença, Lisboa, 2014, p.17
[3] Responsabilidade da Comissão Interluterana de Literatura. São Leopoldo.
[4] http://igreja-luterana.pt/site/lutero-ontem-e-hoje/
[5] Cf. Pe. Carreira das Neves, Op. Cit., pp. 419-422
[6] Cf. Martinho Lutero. Diálogo e Modernidade, pp. 7-12

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Leão X excomunga Lutero neste dia de 1521

Martinho Lutero

A bula "Exsurge Domine" do Papa Leão X, de 15 de junho de 1520, condenava os 41 textos de Lutero e ameaçava-o com a excomunhão. Lutero queima simbolicamente esta bula em dezembro de 1520, juntamente com algumas escritas da escolástica e do direito canónico, à porta da cidade de Wittenberg. Foi excomungado em 3 de janeiro de 1521, através da bula "Decet Romanum Pontificem".

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