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terça-feira, 11 de setembro de 2018

D. António Francisco: Um ano depois da sua partida para o seio de Deus


«Faz hoje um ano que o inesperado se apresentava na notícia da morte de D. António Francisco dos Santos. Afável, de sorriso pronto, bondoso… todos sabemos que os adjetivos definem esta figura da Igreja que não deixava ninguém indiferente. A sua memória não pode ser um dado de agenda, é desde logo uma interpelação a que o seu exemplo se concretize também em cada gesto do que somos. Pelas 19h00 será celebrada uma missa na Catedral do Porto, e a data passará a ser, na diocese, o dia anual de sufrágio pelos bispos, sacerdotes e diáconos já falecidos.»

Notaa:

1.Texto e foto da Ecclesia;

2. Associo-me a todas as homenagens que nos possam trazer à memória a bondade rara de um Bispo que soube, desde a primeira hora que o conheci, ainda no quarto de cuidados intensivos do hospital de Aveiro, depois de um enfarte que me prostrou à entrada da sé aveirense, cativar-nos e aproximar-nos de Deus. Um bispo próximo, afetuoso, acolhedor, sem pressa, com a palavra certa no conselho que delicadamente sabia transmitir-nos. Deus, que já o tem consigo há um ano, continua a permitir-lhe que permaneça connosco.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Homenagem a D. António Francisco em Cinfães


"É um testemunho importante para as gerações que vierem e vão ter oportunidade de conhecer um homem de corpo inteiro, de alma inteira", afirmou o bispo de Lamego. 

A "vida e missão" de D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto que faleceu em setembro de 2017, está simbolicamente perpetuada num monumento que foi inaugurado e benzido no dia 29 de agosto, dia em que completaria 70 anos, em Tendais (Cinfães), na Diocese de Lamego. 
"É um testemunho importante para as gerações que vierem e vão ter oportunidade de conhecer um homem de corpo inteiro, de alma inteira", afirmou o bispo de Lamego. Em declarações aos jornalistas, D. António Couto pensa que o monumento "não seria muito do agrado do Sr. D. António" que não era homem destas coisas mas "mais como os passarinhos, poisava ai em qualquer lado". 
Contudo, realça que as pessoas ao terem acesso à figura e às quatro frases, uma de cada diocese onde trabalhou - Lamego, Braga, Aveiro e Porto - vão ter de perguntar "quem é este bispo, quem é este homem e vão chegar mais ao coração de D. António Francisco dos Santos".

sábado, 16 de setembro de 2017

Georgino Rocha — Legado de D. António Francisco: Bem precioso a irradiar

D. António e P. Georgino

A celebração do funeral de D. António Francisco está revestida de uma simplicidade sóbria e digna, de uma eloquência exuberante e sábia. As pessoas, em número de multidão impressionante, trouxeram à luz do dia e fizeram brilhar as sementes fecundas do seu modo de ser e de agir, do seu saber estar e comunicar, do seu rosto de bondade e do seu coração de pastor. São sementes que no silêncio de tantas consciências iam germinando e, agora, como em plena manhã de primavera, se abrem à carícia do sol irradiante, à frescura do ambiente saudável, diáfano de luz e amor. São sementes portadoras de uma seiva divina e de um vigor missionário “imparável”.

Vivi esta celebração pascal como o coroar de uma vida plena que só na morte manifesta a sua riqueza transbordante, como a mais bela catequese que D. António Francisco podia realizar e a que os responsáveis da organização do funeral deram o indispensável suporte comunicativo: a urna no chão sobre uma carpete, com apenas a bíblia e a mitra, a sobriedade da zona envolvente, a atenção solícita dos presentes na Sé, nos claustros e no terreiro, o desenrolar do programa celebrativo, a participação sentida da numerosa assembleia, a clareza apelativa das orientações à assembleia orante, a mensagem diáfana da homilia, a dignidade dos ritos…tudo convergiu para que D. António Francisco fizesse ouvir a voz do seu silêncio apelativo, o clarão de esperança que irradia da sua vida nova.

Seleciono três mensagens que, por esta ocasião, me chegaram e deixaram marcas indeléveis. Parecem-me muito acertadas para avivar a sua memória abençoada: a do Papa Francisco, a dos sem-abrigo e a do grupo de jovens que veio de Paris tomar parte no funeral.

A mensagem do Papa Francisco manifesta “o seu pesar e a sua solidariedade à comunidade diocesana do Porto, bem como aos seus familiares em luto”, evoca o falecido bispo do Porto como um “pastor afável, generoso”, que colocou os seus dons “ao serviço dos irmãos”, e reafirma que o Santo Padre reza pelo “incansável servidor do Evangelho e da Igreja”, associando-se à Liturgia exequial e concedendo a sua bênção apostólica. O jeito de ser pastor tem muitos traços em comum entre o bispo de Roma e o do Porto, agora defunto.

Um amigo de Viseu, que toma parte na celebração, escreve no mural do seu facebook: “Deparo com um numeroso grupo de pobres sem abrigo que estavam presentes no adro da Catedral e de sua boca só se ouvia dizer: «morreu o nosso pai, o nosso grande amigo, (que) sorria sempre para nós, falava sempre connosco, perguntava a nossa história e porque éramos sem abrigo». Além destas referências carinhosas, «muitas outras coisas proferiam sobre o santo bispo que ficará na memória de milhares de pessoas, crentes e não crentes. Porque afinal o povo ainda sabe quem são os bons pastores”. Mais tarde, diz-me que na peregrinação da diocese do Porto a Fátima realizada a 9 de Setembro corrente, participaram 50 sem abrigo por indicação de D. António Francisco.

O porta-voz do grupo de jovens parisienses desabafa nestes termos: “Estou em choque. Foi ele que me casou, que batizou o meu filho. É um irmão, um santo. Perdi um amigo mas a Igreja ganhou mais um santo”.

Nos anos 70 do século XX, o então padre António Francisco assistia a uma comunidade portuguesa de emigrantes em Paris e fazia estudos universitários. A relação criada era tão forte que se concretizava em visitas periódicas. E o grupo avisado da morte daquele que foi seu “orientador e diretor espiritual”, torna-se presente no funeral e dá à Ecclesia o seu testemunho sobre o prelado “uma das melhores pessoas” que conheceu.

“A noite não tem cancelas”, dizia de vez em quando D. António Francisco chamado a acompanhar uma equipa de casais de Aveiro, após a morte de D. António Marcelino. É verdade. Para quem ama, nem noite nem o dia, nem o relógio nem a agenda, nem a lonjura dos caminhos ou a proximidade da vizinhança, nem o ritmo do coração que sintoniza com a hora de Deus. Precioso legado. Demos-lhe a melhor sorte! 

Georgino Rocha

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Pedro José — Bispo António Francisco, a Profecia da Bondade

Fundadoras da Obra da Providência com D. António Francisco
O P. Pedro José escreveu no seu blogue um texto muito oportuno e expressivo sobre D. António Francisco, que foi Bispo do Porto, de quem os aveirenses guardam gratas e reconfortantes memórias, desde que na nossa diocese foi Bispo para nós e connosco. Partilho os mesmos sentimentos, mas não resisto a recomendar a leitura do texto publicado pelo P. Pedro. Leiam por favor.



«Trouxe-nos de volta à «Casa Diocesana». A Diocese…, a Igreja…, a Reunião…, o Passeio…, a Refeição…, a Correção fraterna…, as Lágrimas…, as Viagens cansativas e desgastantes, os Horários impossíveis de conciliar, as Presenças sempre que necessário, as Distinções que não ferem a Dignidade mas a restauram; tudo era um permanente voltar à «Casa do Pai»: «sentir-se em Casa»; abrir as portas da «Casa», para que a Rua fosse um lugar de Civilização e Cidadania. Uma Casa Comum para Todos. No seu coração habitou a Bondade de Deus, agora o nosso coração ferido de Bondade é um coração mais humano e por isso, purificado e vivificado pelo Espírito Santo. Sejamos dignos e agradecidos, como insistentemente nos repetia, pela da Graça e pela Profecia, que foi o seu Ministério como Bispo, à Igreja em Portugal.»

Ler todo o texto aqui 

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

D. António Francisco, Bispo do Porto, faleceu hoje

Anuncia a Agência Ecclesia que D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto, faleceu hoje aos 69 anos.
O prelado foi nomeado para esta missão em fevereiro de 2014, sucedendo a D. Manuel Clemente.
D. António Francisco dos Santos foi ainda bispo de Aveiro e auxiliar de Braga, tendo sido ordenado bispo em março de 2005, na Sé de Lamego.
O falecido bispo era natural de Tendais, no Concelho de Cinfães (Diocese de Lamego).

Notícia em atualização na Ecclesia

NOTA: Texto e foto da Agência Ecclesia.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Bispos próximos — D. António Moiteiro e D. António Francisco



Esta foto, que saquei da Agência Ecclesia, mostra bem a proximidade que existe entre o Bispo de Aveiro que foi e o Bispo de Aveiro que é. D. António Francisco dos Santos, à direita, e D. António Moiteiro, à esquerda. Sobre a proximidade que demonstram, não há dúvidas e nem outra coisa seria de esperar. D. António Francisco foi para o Porto, mas mantém Aveiro no coração. D. António Moiteiro já tem Aveiro no coração, admito eu sem rebuço. Ambos vieram de Braga. O povo de Aveiro, desde o mar e ria até à serra, é um povo que sabe receber e se dá sem limites a quem o ama. É o caso. E esta imagem, que apreciei sobremaneira, veio mesmo a calhar e vai ficar nos meus arquivos para eventuais publicações nos meus recantos  do ciberespaço.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Mensagem para a Quaresma de D. António Francisco



«Escuta | Liberta-te | Transforma-te | Orienta-te | Renova-te | Manifesta-te | Vive, são desafios que a caminhada de Quaresma nos apresenta e compromissos a que a Quaresma nos convoca.
São apelos de renovação espiritual ao alcance de todos: sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos.
São imperativos de conversão, que queremos assumir como pessoas e como comunidades, e caminhos de transformação humana e social, que vamos percorrer, para que o mundo sinta a ternura do amor de Deus e a força da esperança para vencer a “miséria material, moral e espiritual” (Papa Francisco, MQ 2014).
Coloco esta mensagem no coração de todos os diocesanos, crianças, jovens, famílias, doentes, idosos e emigrantes, para que em todos se retome e reavive a bela experiência jubilar, que nos leva, em cada momento da nossa vivência eclesial, ao encontro de quantos habitam esta nossa casa, que é a diocese de Aveiro.»

Ler toda a mensagem aqui

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Aveiro não esquece D. António Francisco

AÇÃO DE GRAÇAS PELO MINISTÉRIO EPISCOPAL
DE D. ANTÓNIO FRANCISCO NA DIOCESE DE AVEIRO




Entretanto, o novo Bispo do Porto toma posse em 5 de abril

O novo bispo do Porto vai tomar posse a 5 de abril, no Paço Episcopal, e a entrada solene vai decorrer no dia seguinte, numa celebração na catedral portuense, pelas 16h00, anunciou hoje a diocese.

Ler mais aqui


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Novo bispo de Porto quer ser “apóstolo da bondade, da proximidade e da simplicidade”

Li na Rádio Renascença online
Texto de Eunice Lourenço


D. António Francisco dos Santos despede-se de Aveiro 
com gratidão e vai para o Porto com alegria e confiança 

D. António Francisco (Foto FM)



“Servir a todos a chegar a todos, com simplicidade”, são as prioridades de D. António Francisco dos Santos, o bispo de Aveiro escolhido pelo Papa Francisco para liderar a diocese do Porto. Em entrevista à Renascença, conta como vive esta surpresa, dá graças pela Igreja do Porto e começa a despedir-se da diocese em que, diz, aprendeu a ser bispo e serviu durante oito anos. 


Como é que recebeu esta nomeação?
Como uma surpresa. Perante a decisão do Santo Padre, só consegui colocar-me de joelhos diante de Deus e colocar-me nas mãos de Deus. Esta surpresa inquieta e ao mesmo tempo desafia.
Por outro lado, sentia-me e sinto-me tão feliz em Aveiro, ao ver esta Igreja de Aveiro caminhar. Aqui vivi e trabalhei e servi como bispo durante oito anos, senti esta Igreja crescer na alegria do Evangelho, mobilizar-se para a missão nessa experiencia extraordinária que foi a missão jubilar. 
Diante de mim, nos projectos humanos, tinha desafios a envolver toda a comunidade cristã e toda a diocese, mas esta surpresa de Deus obriga-me e desafia-me a colocar-me nas suas mãos, como é o meu lema episcopal. 
Apesar da dor da separação desta igreja de Aveiro, agora é tempo de olhar o futuro com confiança e partir com alegria ao encontro da Igreja do Porto.


Ainda a transferência do Bispo de Aveiro para o Porto

Texto de João Paulo Costa no JN

Transferência de D. António Francisco 
indignou a região de Aveiro

D. António na Gafanha da Nazaré
(foto do meu  arquivo)


Um dia antes do anúncio oficial da transferência do bispo de Aveiro para a Diocese do Porto, quatro padres de Aveiro foram a Lisboa falar com o Núncio Apostólico, o diplomata da Santa Sé em Portugal, a quem manifestaram a "surpresa, indignação e tristeza pela saída de D. António Francisco", confirmou ontem o JN. A conversa com o monsenhor italiano Rino Passigato foi uma última tentativa para evitar a mudança de D. António, mas a decisão estava tomada, pois nesse mesmo dia já tinha aceite o convite do Papa para assumir o Porto.
Esta iniciativa dos padres espelha a tristeza que a transferência de D. António está a provocar nos 10 municípios que compõem a Diocese de Aveiro. "Amado pelo seu povo", como o próprio afirmou anteontem na primeira despedida, D. António deixa saudades não apenas nas 101 paróquias que governava.
"Estou triste pela saída de D. António, apesar de compreender a sua importância para um distrito amigo como o do Porto", afirmou ao JN o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA). Ribau Esteves lembra a preocupação que "este bispo do povo sempre mostrou junto dos órgãos do Poder para ajudar quem mais precisa", levando a CIRA a convidá-lo para integrar o seu Conselho Consultivo. "Aceitou e marcou presença, numa atitude inédita em Portugal, e que mostra a excecionalidade de D. António", acrescenta o também autarca de Aveiro.

 "Levam-nos o que é bom"

Também os fiéis não escondem o mau momento. "Levam-nos tudo quanto é bom. É um bispo que cativa muito, é dinâmico e foi incansável nas celebrações da Missão Jubilar", diz Lucília Teiga, de Ílhavo. A proximidade com que lidava com os jovens, nas celebrações eucarísticas, é também ressalvada. "A minha neta fez o crisma com ele e todos os jovens adoraram a forma como ele os abordou e cativou", conta ao JN Dina Vidal.

Com Salomé Filipe

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Com D. António Francisco

Um testemunho do Padre Georgino Rocha

D. António Francisco e Padre Georgino Rocha
(Foto FM)

COM DOM ANTÓNIO FRANCISCO

Desde a sua chegada, surpreendeu-me o seu modo de olhar as nossas "coisas". Era um olhar diferente, transparente, assertivo. Depois, esse olhar fez-se proximidade, amizade. ajuda e serviço que mobilizava energias um pouco adormecidas. Veio a seguir a visão do futuro próximo da diocese, do seu seminário, da Casa Sacerdotal, do seu plano de pastoral e da missão jubilar que coroava a festa dos 75 anos da restauração. Via-se claramente que a adesão ia crescendo e os dinamismos surgidos germinavam e exigiam continuidade e novo suporte. A reorganização das estruturas, a actualização das normas pastorais e a renovação de procedimentos... surgiam como garantia do espírito novo. Acompanhei e participei, também pela rede virtual, esta onda crescente.
A Dom António devo uma atenção especial pela sua compreensão, carinho e presença insistente e paciente. Gostei sinceramente de colaborar com Ele de modo habitual e nas tarefas específicas que me pediu. Guardo no coração a pedagogia vivida: chegar como quem aprende, observar como quem se maravilha, acompanhar como quem aceita ritmos diferentes, ponderar como quem quer tomar decisões acertadas, situar-se à frente, no meio ou atrás como quem preza sobretudo a comunhão, rasgar horizontes como quem sonha com o futuro emergente no quotidiano e no modo como é vivido.
Com Dom António Francisco. o presente faz-se um hoje que importa apreciar e viver. Bem-haja. E que continue a ser Bispo que entre nós se manifestou de forma tão qualificada. Um abraço amigo!

D. António Francisco e as portas da fé

Novo Bispo do Porto acredita 
que diálogo entre Igreja e sociedade
passa pelos «umbrais da arte»




«O diálogo entre a Igreja e a Sociedade passa, mais vezes do que imaginamos, pelos umbrais da arte e aí se abrem as portas da fé, porque a arte e a cultura transportam em si um ministério profético», sublinhou o prelado em 2013 no texto de apresentação da exposição “Diocese de Aveiro – Presente e Memória”.

Para o até agora bispo de Aveiro, uma das poucas dioceses portuguesas com um setor da Pastoral da Cultura formalmente instituído, a relação dos católicos com outras perspetivas atravessa «necessariamente» os «caminhos abertos da Cultura, em que a Igreja soube tantas vezes ser pioneira».

«Estejamos também nós disponíveis para fazer deste diálogo franco um serviço e um tesouro sem esquecer nunca que a arte transporta em si um ministério profético», apelou então D. António Francisco dos Santos.

Ler o texto de Rui Jorge Martins aqui 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

D. António Francisco: um bispo próximo e acolhedor

Uma evocação pessoal 



Jamais esquecerei o dia 8 de Dezembro de 2006, data em que D. António Francisco dos Santos entrou solenemente na Sé de Aveiro para ocupar a cadeira de Bispo Residencial. Dia da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal e Mãe da Igreja. À mesma hora em que se dirigia ao Povo de Deus que lhe havia sido confiado pelo Santo Padre, recolhia eu ao hospital com um incómodo de saúde. E se não pude ouvir a sua voz e refletir a sua mensagem, senti a sensibilidade do novo Bispo de Aveiro, no dia seguinte, provavelmente na primeira visita que fez, na diocese, a um doente internado. Estou-lhe muito grato por isso.
Foi assim que conheci, pessoalmente, D. António Francisco, que entrou na cadeia apostólica, entre nós, tendo na retaguarda prelados tão distintos, como homens e como pastores, todos empenhados, cada um à sua maneira, no crescimento do Reino de Deus em terras de Aveiro.
Natural de Tendais, Cinfães, foi nomeado Bispo de Aveiro pelo Papa Bento XVI, em 21 de Setembro de 2006. E na saudação que dirigiu à diocese garantiu que todos teriam lugar no seu coração de bispo. «Que ninguém se sinta sozinho, esquecido, excluído ou à margem do meu desvelo de servir, independentemente da sua condição social, convicção de fé, cor ou cultura.»
Com estes propósitos, D. António Francisco recordou, na tomada de posse: «Sou uma diocese nova, recém-restaurada. Mas o caminho percorrido é grande e belo, com etapas marcantes de dois Sínodos diocesanos a cujos dinamismos me vinculo. É meu dever assumi-los. É meu desejo continuá-los. Há vidas doadas a Deus, à Igreja e ao Seu Povo, que hoje e sempre devemos recordar, agradecer e merecer.»
Num olhar atento, percebe-se que D. António Francisco é, essencialmente, um bispo com uma capacidade rara para ouvir, sem pressas. Atento ao mundo e à diocese, o seu espaço de intervenção pessoal, direta e próxima, o nosso Bispo privilegia a pessoa, com todos os seus problemas e anseios, mas ainda com as suas limitações e dificuldades.
Pessoalmente, não posso deixar de apreciar a sua serenidade, a sua humildade no contacto com todos, a sua fé esclarecida e atuante, o seu desejo de inovar e a procura das melhores soluções, para implantar e dinamizar o Reino de Deus entre nós.

Fernando Martins

Mensagem de D. António Francisco à Diocese de Aveiro

FOI À VOZ DE DEUS QUE SEMPRE PARTI



Caros Diocesanos,

Nesta hora, não encontro outras palavras senão estas ditas, por Deus quando chamou Abraão: “Deixa a tua terra, a tua família e vai para a terra que eu te indicar” (Gén 12, 1).
Foi à voz de Deus e seguindo o Seu chamamento que sempre parti. Desde a minha primeira missão, como jovem diácono, nos confins do Alto Douro.
Em todos os lugares permaneci e trabalhei, por pouco ou muito tempo, com alegria. Sempre me senti livre para daí partir no dia seguinte, se necessário fosse. Sempre, de igual modo, me senti disponível para aí permanecer.
De todos os lugares fiz minha terra até ao fim. De todas as pessoas sempre me senti irmão. Em todos os lugares onde vivi e nos diferentes múnus que a Igreja me confiou eram previsíveis as mudanças. Menos aqui!
Aveiro era para mim lugar, desígnio e missão até ao fim. Nunca aqui fui estranho nem me senti estrangeiro. Mas, hoje, compreendo, melhor do que nunca, que também aqui era simplesmente peregrino. Só Deus basta e só Cristo permanece.

D. António Francisco dos Santos - Bispo Eleito do Porto




«D. António Francisco dos Santos, de 65 anos, foi hoje nomeado pelo Papa Francisco como novo bispo do Porto, sucedendo a D. Manuel Clemente, que em julho de 2013 deixou a diocese para assumir o cargo de patriarca de Lisboa.
O novo responsável pela diocese nortenha era até agora bispo de Aveiro e anuncia o desejo, na sua primeira mensagem à Igreja Católica no Porto, de uma particular “presença junto dos doentes, dos pobres e dos que sofrem” para procurar fazer um “caminho de bondade e de esperança na busca comum de um mundo melhor”.
“Quero ser apóstolo das Bem-Aventuranças nestes tempos difíceis que vivemos”, escreve, no texto enviado à Agência ECCLESIA.

sábado, 9 de novembro de 2013

AVEIRO: Homenagem a D. António Marcelino

«O mais importante é o amor de Deus
que está nas pessoas»

No seminário de Santa Joana Princesa, foi hoje homenageado D. António Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro, um mês depois do seu falecimento. A homenagem foi promovida pelo Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro e pela Comissão Diocesana Justiça e Paz, registando-se ainda a parceria estabelecida com a Associação Portuguesas de Escolas Católicas.
No encerramento dos trabalhos, D. António Francisco, Bispo de Aveiro, lembrou a pertinência de se estudar e divulgar o pensamento de D. António Marcelino contido nos escritos publicados no Correio do Vouga e noutros órgãos da comunicação social, onde se mostra «o seu olhar perspicaz sobre a Igreja e sobre o mundo».
As suas crónicas, 1079 em 30 anos, entretanto editadas em livro, sob o título “A vida também se lê”, podem ser lidas, relidas e estudadas nos três primeiros volumes, estando em preparação um quarto volume. Numa demonstração da sua maneira atenta de ler os sinais dos tempos, o Bispo Emérito de Aveiro abordou os mais diversos temas, semana após semana, desde Ecumenismo até Liturgia, passando por Educação e Ensino, Comunicação Social, Família, Igreja-Mundo, Evangelização, Espiritualidade, Pastoral Social, Pobreza, Modernidade, Natal, Democracia e República, entre outros. 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Bispo de Aveiro dirige Mensagem à Diocese


D. António Francisco

Companhia ao jeito 
do bom samaritano

"Por entre a agitação do trabalho, a preocupação do (des)emprego, o ritmo frenético da vida falta-nos tempo e lugar para olharmos, ouvirmos e estarmos próximos dos nossos irmãos, que estão doentes ou vivem sós e se encontram esquecidos e abandonados.
Esses irmãos nossos têm nome e rosto. São muitas vezes nossos pais e avós, nossos irmãos e vizinhos e nossos companheiros de vida. E são todos nossos contemporâneos!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

AVEIRO: As estruturas diocesanas são meios e não fins


Bispo de Aveiro assegura consequências 
na organização das estruturas diocesanas 

D. António Francisco


As jornadas de Formação Permanente do Clero de Aveiro terminaram com o Bispo diocesano a assegurar consequências da reflexão e dos trabalhos desenvolvidos durante quatro dias em Albergaria-a-Velha. D. António Francisco afirmou aos padres e diáconos da diocese de Aveiro: "Sem precipitações mas sem demoras, cumpre-me ser consequente quanto às sugestões apresentadas nestes dias", dando conta do empenho pessoal nesta questão. 
O clero de Aveiro esteve reunido na Casa Diocesana de Nossa Senhora do Socorro a reflectir a reforma da cúria, a reorganização territorial e a distribuição do clero a ainda a iniciação cristã, sob o tema "Da Missão Jubilar à Igreja que queremos ser". 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Bispo de Aveiro apelou à “ousadia profética e determinação cultural”


Estarreja: Debate integrado na “Missão Jubilar” 
juntou Jorge Sampaio e D. António Couto

Ecumenismo vai ser 
«muito mais rico e cheio de alegria»
D. António Couto



«Fator religioso tanto pode ser 
de afastamento como de aproximação»
Jorge Sampaio


Jorge Sampaio, Carlos Daniel e D. António Couto

«O responsável pelo ecumenismo no episcopado católico, o bispo D. António Couto, expressou ontem, quarta-feira, em Estarreja, o seu otimismo quanto à aproximação dos cristãos de diferentes Igrejas em Portugal. 
Durante um debate sobre ecumenismo e diálogo inter-religioso com Jorge Sampaio, antigo presidente da República, o prelado vaticinou que no futuro o ecumenismo em Portugal “será muito mais rico e cheio de alegria e amizade”. 
Perante centenas de pessoas reunidas no Cineteatro local para assistir à iniciativa programada pela Diocese de Aveiro, D. António Couto afirmou que vê com “muito gosto” que os jovens portugueses “lutam” e “estão a dar passos belos” pela unidade dos cristãos. 
“Estamos no tempo do diálogo, do coração a coração, da fraternidade”, sublinhou o bispo de Lamego, que ao recordar o tempo passado em Israel para estudar a Bíblia falou do relacionamento que estabeleceu, enquanto padre católico, com judeus e palestinianos. 
D. António Couto testemunhou que “fações diversas não lutam apenas entre si mas também estabelecem laços de amizade. E quando há amizade quebra-se o gelo e a rigidez”.