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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

INSEPARÁVEL O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXX


«O centro da vida humana está no amor. 
Ocupar este centro com outros valores e interesses 
é usurpação que desumaniza a pessoa e fragmenta a sociedade»

A esplanada do Templo de Jerusalém é palco de novo episódio questionador. Os responsáveis dos grupos influentes mexem-se com grande persistência e à-vontade. Aproveitam-se de questões progressivamente mais delicadas e comprometedoras. Depois da política, vem a religião. Agora é o sistema e a hierarquia das verdades que se buscam. Assunto sério, se não houvesse uma segunda intenção: a de experimentar Jesus, a de ver como se posiciona face ao complicado conjunto legal - os peritos apontam 613 mandamentos –, a de saber a qual deles dá prioridade, que parecer tem sobre o núcleo central da vida dos judeus fiéis à Lei recebida de Moisés. Mt 22, 34-40. 
Os novos contendores pertencem aos fariseus, alegres por saberem que os saduceus se tinham remetido ao silêncio, após a disputa sobre a ressurreição. Jesus situa-se ao nível da pergunta provocante. Ao desafio responde com uma oração conhecida da tradição judaica e que devia ser recitada diariamente. Não podia ser mais certeiro. Amar o Senhor com todo o coração, com toda a alma, com todo o espírito. E não fica por aqui. Acrescenta uma outra prescrição que faz parte do património religioso comum: “Ama o teu próximo como a ti mesmo” ( Lv 19, 18), esclarecendo que o segundo mandamento é semelhante ao primeiro. E sereno, aguarda a reacção que não chega. 

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Escuta: Amar a Deus é servir o próximo

Georgino Rocha

Jesus está em Jerusalém. Vive horas de tensão que os adversários provocam: os sumos sacerdotes, os doutores da Lei, os fariseus e os partidários de Herodes, a classe sacerdotal dos saduceus. Por uma razão ou por outra contestam abertamente a sua acção e mensagem, As horas vividas são de grande tensão. Que contraste com o diálogo sereno e construtivo que o escriba lhe proporciona e Marcos, o narrador, nos apresenta de forma tão bela. (Mc 12, 28b-34). Vamos segui-lo de perto na reflexão de hoje.

O escriba aproxima-se fisicamente, sinal de sintonia com as atitudes assumidas e as respostas dadas nas situações anteriores, de que ele possivelmente havia sido testemunha. E a pergunta sai-lhe espontânea: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”. Pergunta clara, sem rodeios nem enfeites. Sem evocação de títulos honoríficos nem credenciais de recomendação. Simples e sincera, a denotar uma transparência exemplar. Que fica como referência evangélica para todos os discípulos fiéis confessantes da confiança em Jesus Cristo: que perguntas Lhe fazemos? E com que sinceridade e propósitos? Como nos relacionamos com Ele? Vale a pena pensar nisto.