sábado, 23 de janeiro de 2021

Um sábado para esquecer


Este sábado é um dia para esquecer. O tempo até parece que me bloqueia o cérebro, deixando-me obviamente apático, mas não indiferente à vida. Tenho os pés assentes na terra e estou compenetrado sobre as minhas obrigações cívicas, mas não só. Amanhã, apesar de confinado, quero contribuir para a eleição do Presidente da República (PR). E face à campanha eleitoral que já acabou, felizmente, não terei dúvidas sobre a importância do meu voto. 
Confesso que fiquei muito incomodado com o baixo nível do comportamento de alguns candidatos. Não quero perder tempo com o que alguns exibiram de falta de educação, de ódios pessoais, de desconhecimento das funções do PR, de promessas utópicas, de irrealismo quanto ao país que somos e que desejamos mais desenvolvido a todos os níveis, sem descurar o apoio urgente aos mais desfavorecidos. 
A abstenção elevada pode ser um trampolim para os menos capazes, a serem eleitos,  nos representarem com dignidade e saber. Eu, por isso, quero mesmo votar. 

Fernando Martins

Prior João Ferreira Sardo

Ruas e alamedas da Gafanha da Nazaré


Homenagem do Povo ao seu  primeiro Prior,  
no Jardim 31 de Agosto



João Ferreira Sardo nasceu na Gafanha da Nazaré, filho de João Ferreira Sardo e Clara de Jesus, a 1 de setembro de 1873. 
Frequentou o Seminário Maior de Coimbra, onde, segundo o Padre José Fidalgo, seu sobrinho-neto, foi um aluno notável. Ordenado, a 30 de julho de 1898, foi logo nomeado Capelão da comunidade da Gafanha da Nazaré, funções que exerce até 10 de setembro de 1910, data em que é nomeado Pároco Encomendado da nova freguesia da Gafanha da Nazaré. Esta comunidade pertencia a S. Salvador, tendo a ação e o grande empenho do Prior Sardo sido fundamentais no processo de criação da nova freguesia. 
A sua ação evangelizadora não se ficava pelo plano meramente espiritual, desempenhando um papel fundamental no progresso da vida quotidiana da sua comunidade. São inúmeros os testemunhos que encontramos nos sermões religiosos, onde incitava a hábitos de vida mais saudáveis por parte da população, fundamentando que uma casa limpa significava uma alma purificada. 
Para auxiliar nesta missão de construção de uma Gafanha próspera fundou, em 1902, a Irmandade de Nossa Senhora da Nazaré e, em 1904, o Apostolado da Oração. 
A sua ação ao serviço da Gafanha e da sua população não se restringiu unicamente ao serviço religioso, sabemos que era proprietário e gerente de uma empresa de bacalhau e que foi autarca. 
Politicamente, exerceu o cargo de Vice-presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, tendo mesmo assumido a Presidência interinamente nos períodos de 27 de março de 1909 a 2 de janeiro de 1910 e depois de 4 de julho de 1910 a 4 de setembro de 1910. Neste seu período, enquanto autarca, é de notar a construção da antiga estrada que ligava o Matadouro Municipal da Gafanha de Aquém à Cale da Vila, tendo assumido o pagamento desta obra quando esteve à frente da edilidade. 
Em 1910, inicia a dinamização da construção da Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré, que, segundo a sua opinião, deveria ocupar o centro geográfico do lugar. Esta será inaugurada a 14 de janeiro de 1912. 
Antes do seu falecimento, a 25 de julho de 1921, benzeu o Cemitério, onde veio a ser sepultado, após a sua morte a 20 de dezembro de 1925.

Informação Memorial sobre o Topónimo

O Prof.º Fernando Martins, refere num artigo que assina no blog da Paróquia da Gafanha da Nazaré, que a «A Alameda Prior Sardo é uma justa homenagem ao primeiro gafanhão que concluiu um curso superior e que desempenhou, nesta sua e nossa terra, um papel relevante a nível religioso, social, cultural, administrativo e até político».


Informação Histórica do Topónimo


1. Trabalho elaborado pelo CDI (Centro de Documentação de Ílhavo), integrado no projeto "Se esta rua fosse minha";

2. Na Gafanha da Nazaré, uma das muitas homenagens que encontramos ao primeiro pároco da freguesia, é a Alameda Prior Sardo. Encontra-se referida no Plano Geral de Urbanização das Gafanhas (1984).

O Papa Francisco e o desporto. 3

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

'Mais vale uma derrota limpa do que uma vitória suja.' Desejo isto para toda a gente, não só para o mundo do desporto. É a forma mais bela de jogar a vida com a cabeça erguida. Que Deus nos conceda dias santos. Por favor rezem por mim, para que não desista de treinar com Deus."


Os jornalistas da Gazzeta dello Sport perguntaram-lhe se tinha pensado em escrever uma encíclica sobre o desporto. Francisco: "Explicitamente não, mas há muitos elementos dispersos nas minhas intervenções, sugerindo, por exemplo, como o desporto pode ajudar ou pelo menos dar um contributo para a globalização dos direitos. A cada quatro anos há os Jogos Olímpicos, que podem servir de farol para os navegantes: a pessoa no centro, a pessoa orientada para o seu desenvolvimento, a defesa da dignidade de todas as pessoas. Contribuir para a construção de um mundo melhor, sem guerras nem tensões, educando os jovens através do desporto praticado sem discriminações de nenhuma espécie, num espírito de amizade e de lealdade."
Jogos Olímpicos. "O lema olímpico Citius, Altius, Fortius (Mais veloz, Mais alto, Mais forte) é belíssimo. Com os cinco círculos e a chama olímpica é um dos símbolos dos Jogos. Não é um convite à supremacia de uma equipa sobre a outra, ainda menos a uma espécie de incitamento ao nacionalismo.
É uma exortação aos atletas, para que tendam a trabalhar sobre si mesmos, superando de modo honesto os seus limites, em ordem a construir algo de grande, sem se deixar bloquear por eles. Tornou-se uma filosofia de vida: o convite a não aceitar que alguém assine a vida por nós."

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Diáconos Permanentes de Aveiro evocam São Vicente

Em ambiente de confinamento

Celebra-se hoje, 22 de janeiro, o dia de São Vicente, padroeiro de Lisboa e, decerto, de muitas outras terras ou comunidades. Em Aveiro é patrono dos Diáconos Permanentes, cujo primeiro grupo foi ordenado em 22 de maio de 1988, na Sé de Aveiro, em cerimónia presidida por D. António Baltasar Marcelino. A propósito desta data, que nunca esquecerei por pertencer àquele grupo, recebi hoje algumas notas e palavras de quem está atento à vida da Diocese de Aveiro, em que evocam o Dia do Diácono na Igreja Aveirense vivido num domingo próximo do padroeiro da capital portuguesa. 
Contando com a participação dos diáconos disponíveis e suas esposas, bem como do presbítero assistente, o encontro é sempre um dia de reflexão, de celebração eucarística e de convívio, preciosos contributos para alimentar o espírito fraterno indispensável na vida e na missão evangelizadora da Igreja. 

Resposta imediata ao convite de Jesus

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo III do Tempo Comum

 “As grandes perguntas que acabam por julgar a qualidade da atividade política pública são ‘Quanto amor coloquei no meu trabalho? Em que fiz progredir o povo? Que marcas deixei na vida da sociedade? Que laços reais construí? Que forças positivas desencadeei? Quanta paz social semeei? Que produzi no lugar que me foi confiado?’”.

Cardeal José Tolentino Mendonça 


O evangelho deste domingo, na versão de São Marcos, narra dois episódios diferentes, mas que se interrelacionam profundamente. Dir-se-ia que se trata da “passagem do testemunho”: João Baptista é silenciado e metido na prisão onde será morto; Jesus entra em cena proclamando a Boa Notícia de Deus, dizendo: «O tempo já se cumpriu e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e acreditai na Boa Notícia». E na sequência deste anúncio, parte para a zona do mar da Galileia, onde encontra homens na faina da pesca: Simão e André, seu irmão, e Tiago e João, filhos de Zebedeu. Viu-os com olhar de benevolência e convida-os a seguirem-no com a garantia: «Farei que vos torneis pescadores de homens». Sem mais explicações. Imediatamente eles deixam tudo e vão com Jesus. 
É impressionante a prontidão dos convidados. A sua resposta fica como referência exemplar da atitude de quem é chamado. A sua disponibilidade indicia uma liberdade interior capaz das maiores ousadias. A sua confiança tem apenas como alicerce a força persuasora de quem lhes faz o convite. E, deixando tudo, imediatamente O seguiram. Mc 1, 14-20. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Leituras para o confinamento

“MIGUEL ESTEVES CARDOSO – as 100 melhores crónicas” 

Decretado o confinamento, que devemos aceitar como fundamental no combate à pandemia, importa agora ocupar o tempo o melhor possível, rejeitando o pessimismo. Uns terão tempo para ver televisão e ouvir rádio, ler jornais, revistas e livros, e outros optarão por  dormir, conversar, escrever e até descobrir apetências artísticas. 
Pessoalmente, para além de alguns serviços caseiros, faço um pouco de tudo. Mas há sempre na minha vida um certo gosto pela leitura e escrita. E por isso, tentarei sugerir alguns livros durante estes dias. 



Confesso que gosto de ler Miguel Esteves Cardoso (MEC). Diariamente, leio a sua crónica no PÚBLICO e ao fim de semana, no suplemento Fugas do mesmo diário, também aprecio a página que lhe está destinada. Acrescento que a leitura de MEC me deixa bem disposto, uma mais-valia para mim, portanto, que sou um pouco taciturno. Com o Covid-19, que nos dá algumas tristezas e até angústias, umas boas leituras devem ajudar-nos bastante na superação da crise. 
Este livro não cansa ninguém. Umas três ou quatro páginas a qualquer hora do dia são o suficiente para nos animar. No meu caso, passo logo a outras crónicas, mas ainda tenho muitas à espera de vez. Há outras leituras de permeio, felizmente. 
Na contracapa, diz-se que o MEC publicou mais de 13 mil crónicas, sendo estas 100 agora editadas “as mais fotocopiadas e coladas em cadernos ou roupeiros, mas também as que motivaram mais telefonemas, discussões, namoros e até casamentos”. Lembra-se também que o MEC escreve há quatro décadas “sobre ele e sobre todos nós, sobre o que Portugal é ou poderia ser, pondo no papel tanto o que nunca nos passaria pela cabeça, como aquilo que sentimos mas seríamos incapazes de expressar tão bem como ele”. 
Trata-se de uma edição da Bertrand, com 360 páginas. 

Fernando Martins 

DEMOCRACIA: Preciosa e Frágil

Joe Biden
“Voltámos a aprender que a democracia é preciosa. Que a democracia é frágil. E nesta hora, meus amigos, a democracia prevaleceu.”


Joe Biden 
(Presidente dos EUA)

"Escrito na Pedra" 
do PÚBLICO 

Todo o mundo ouviu isto. E todo o mundo com o mínimo de inteligência reconhece que se trata de uma verdade insofismável. Cito, a propósito, uma ideia conhecida: Todos os sistemas políticos são imperfeitos, mas a democracia é de todos o menos imperfeito.
Posto isto, está nas mãos dos democratas a defesa intransigente da democracia. Não falta por aí quem  a ofenda. 

F. M.

Ílhavo homenageou “bonecreiro” Armando Ferraz


O bonecreiro Armando Ferraz (1923 – 1997), patrono do projeto cultural “Palheta - Robertos e Marionetas”, do 23 Milhas, foi homenageado na sessão comemorativa do 123º aniversário da restauração do concelho de Ílhavo, promovida pela Câmara Municipal de Ílhavo, no passado dia 13 de janeiro, dia em que o seu nome foi dado a uma rua da cidade da Gafanha da Nazaré, terra de onde era natural e onde viveu. 
Nessa mesma sessão foi também apresentada mais uma edição da revista “Nossa Gente”, exclusivamente dedicada à biografia de Armando Ferraz. 
Desde a última edição do “Palheta”, ocorrida em março de 2020, a Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré acolhe uma exposição permanente centrada no espólio do bonecreiro Armando Ferraz, gentilmente cedido por Elisa Vilaça. Esse núcleo expositivo tem como foco principal a “relação dos robertos, das marionetas e da Gafanha da Nazaré, desde que o bonecreiro Armando Ferraz se tornou uma referência nesse tipo de teatro na Gafanha da Nazaré, passando pelo festival de Robertos e Marionetas, até ao Palheta”. 

O último fantocheiro 

“O último fantocheiro”, foi assim que o seu conterrâneo e investigador da história da Gafanha da Nazaré, Fernando Martins, designou Armando Ferraz, no texto que publicou na página eletrónica galafanha no dia 27 de outubro de 2010, dizendo então que a Gafanha da Nazaré se podia orgulhar “de ter entre as suas gentes um artista popular que, mesmo iletrado, se tornou famoso. Foi, decerto, um dos últimos fantocheiros, ao jeito daqueles que andavam de feira em feira a exibir a sua arte. Era ele Armando Ferraz…” 
Funcionário da antiga JAPA (Junta Autónoma do Porto de Aveiro), Armando Ferraz distinguiu-se, no dizer de Fernando Martins, “como artista um pouco de tudo. Foi ensaiador de ranchos e marchas, sendo exímio na preparação de encadeados ou entrançados. Mas a sua arte preferida, aquela que levou até ao fim da vida, foi a dos fantoches, também chamados robertos”. 
Armando Ferraz “calcorreou arredores da nossa região, ensinou na Universidade de Aveiro as suas habilidades na confeção do necessário para apresentar os fantoches, embrulhados em estórias que ele muito bem sabia urdir e exibir como ninguém”, para além de ter trabalhado “em escolas e jardins-de-infância, a pedido dos professores e educadoras, nas praias e nas feiras”. 
Armando Ferraz faleceu em 19 de março de 1997. 

Cardoso Ferreira

NOTA: Texto publicado no "Correio do Vouga" desta semana

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Os próximos dias vão ser duríssimos

“Os próximos dias vão ser duríssimos. Por favor ajudem-nos todos” 

Marta Temido, 
 Ministra da Saúde

Este foi o apelo dramático de Marta Temido, Ministra da Saúde, a propósito da catástrofe que estamos a viver, por força da pandemia que nos afeta no corpo e na alma.  Uns diretamente porque foram contaminados e outros com receio de o serem. O maior perigo está no desconhecimento da forma do contágio. Onde é que mora o vírus? Quem o transporta? 
Todos, sem exceção, estamos na linha da frente dos que morrem de Covid-19. Será que em nossas próprias casas, confinados, estaremos seguros? Como evitar pessoas contaminadas que passam por nós, e os bens adquiridos que temos de utilizar, comestíveis ou outros, estarão limpos de vírus? E se formos à rua, teremos de fugir de gente sem máscara como se fossem o Covid-19 em pessoa, apesar de serem amigos e familiares?
Quero seguir os seus conselhos dentro das minhas possibilidades. Já a vi chorar e não foi por pieguice, garantidamente. É nossa obrigação seguir os seus conselhos e os de todos os que estão na linha da frente nesta luta titânica para a erradicação do Covid-19. Todos temos de estar unidos sem guerras que a nada levam. 

Fernando Martins

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

FORUM-AVEIRO - Geometria e cores

 


Geometria e cores de um recanto do Forum-Aveiro que foi decorado com gosto,  desafiante para quem passa sem pressas. No meu arquivo tem o ano do registo - 2016. Quando lá voltar, provavelmente depois de vacinado, sem data marcada no calendário do SNS, quero confirmar se esta zona se mantém ou se passou à história.

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

HOJE
Quarta-Feira
21h
Igreja do Carmo
Aveiro



D. António Moiteiro e o Pastor Eduardo Conde, da Igreja Metodista de Aveiro, celebram juntos esta quarta-feira pelas 21h00 na Igreja do Carmo, na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos deste ano.
“Permanecei no meu amor e produzireis muitos frutos” (cf. João 15, 5-9) é o tema desta semana [18 a 25 de janeiro], onde as Igrejas e as confissões cristãs são chamadas a refletir, invocando mais intensamente o espírito de comunhão.
Os subsídios deste ano foram preparados pelas monjas de Grandchamp, na Suíça, que participarão através do seu site e da página Facebook

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MMI - Aquário dos bacalhaus


Com a pandemia, tenho a convicção de que toda a natureza sofre as agruras da solidão. E os bacalhaus, no seu aquário, no Museu Marítimo de Ílhavo, não fugirão à regra.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

COVID-19 - O mundo em que vivemos


As notícias referentes ao Covid-19, infetados, cuidados intensivos e óbitos, mostram Portugal debilitado e sem soluções visíveis, isto é, sem norte! Como é que se chegou a esta situação? Não sabemos. O que sabemos é que as pessoas, sobretudo as que se encontram em situação de risco, não podem deixar de estar preocupadíssimas. Não é para menos. 
Todos sabemos que nas sociedades, quaisquer que elas sejam, há os que respeitam as normas estabelecidas e os baldas, aqueles que vivem como se nada houvesse de grave. E então pagam os justos pelos pecadores. As leis, penso que todas as leis, têm multas para os que as não respeitam, mas num país de brandos costumes os transgressores muitas vezes ficam impunes. É lamentável. 
Ouvi na televisão que o Covid-19 já matou mais portugueses do que a Guerra Colonial de 1962-1975, mas isto não convence os tais que não respeitam os confinamentos, os distanciamentos, o uso da máscara, a desinfeção das mãos, etc. E os números de infetados e de mortos continuam  a subir. 
Com hospitais sem capacidade para receber mais doentes e profissionais de saúde exaustos já ditam a prioridade dos pacientes a tratar. Alguns ficarão de lado à espera da morte? Este é o Portugal que temos. Este é o mundo em que vivemos.

F. M. 

domingo, 17 de janeiro de 2021

Vem Espírito Santo Criador!

Crónida de Bento Domingues no PÚBLICO


Bergoglio tem-se esforçado por realçar que o lugar das mulheres na Igreja está muito desfasado em relação ao papel que desempenham na vida social, cultural, económica e política em muitos países. Homens e mulheres gozam cada vez mais, ainda com muitas distorções, dos mesmos direitos e deveres cívicos.

1. Quando se pretende desqualificar as intervenções e os escritos do Papa Francisco, diz-se que lhe falta um pensamento estruturado por grandes princípios de alcance universal. Deixa-se levar pelas urgências da pastoral marcada pelo tempo, pelo lugar, pelas circunstâncias e pela vida e aflições das comunidades.
Parece-me uma observação bastante ridícula. Bergoglio não foi eleito para reitor de uma universidade pontifícia, mas para cuidar, segundo o Espírito e o método do irmão Jesus de Nazaré, das fraternidades cristãs, de modo que estas sejam o fermento de um mundo de irmãos [1].
Para caracterizar a sua tarefa, Jesus usou a palavra pastor porque, na sua cultura, era a que melhor designava aquele que vai à frente e cuida de todos. João XXIII, na Mensagem inaugural ao Vaticano II, observou que importa ter em conta, “medindo tudo nas formas e proporções do magistério de carácter prevalentemente pastoral”. Não opunha Teologia e Pastoral. Ele próprio nomeou alguns dos teólogos mais famosos pela sua abertura ao devir do mundo concreto. Ele não desprezava o contributo dos teólogos, antes pelo contrário. O que não lhe interessava era teólogos descolados do mundo em mudança.

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