sábado, 4 de julho de 2009

JAZZ: JACINTA DESLUMBRA EM AVEIRO E VOLTA A ÍLHAVO

Em 12 de Agosto,
no Centro Cultural de Ílhavo,
com Songs of Freedom
Integrado nas comemorações dos 250 anos da cidade de Aveiro, Jacinta esteve presente no Rossio para um concerto acompanhada pela orquestra Caravan. Mais uma vez o público presente, e eram muitas centenas, delirou com a voz “quente, redonda e possante” daquela que é considerada, por muitos, a verdadeira voz do jazz em Portugal. Jacinta voltou a dialogar com o público, facto que não é inédito nesta artista de jazz, que transforma os seus espectáculos em autênticas maratonas. E quando chegam ao fim apetece repetir tudo de novo, como se no jazz a música se repetisse. Desde 2006, com a gravação de Day Dream em Nova Iorque, na companhia de um dos maiores saxofonistas do jazz contemporâneo, Greg Osby, Jacinta não tem parado, seja com novas experiências musicais, Convexo (Homenagem a Zeca Afonso,), o tributo a Bessie Smith, seja com o novo espectáculo que foi êxito no S. Luís, em Lisboa, denominado, Songs of Freedom. E é com este espectáculo que, no próximo dia 12 de Agosto, estará no Centro Cultural de Ílhavo, onde apresenta uma viagem revivalista dos anos 60,70 e 80, com nomes como, Beach Boys, Bob Marley, Stevie Wonder, James Brown, Prince, Beatles e U2, entre outros. Um boa noite, com muitos improvisos, muita alegria e muito swing e com muito “Jazzinta” Carlos Duarte

Crise ética na economia e na política

Comissão Nacional
Justiça e Paz
promove seminário
A crise ética na economia e na política vai estar este Sábado em debate. A Comissão Nacional Justiça e Paz quer, através do seminário, reflectir sobre os comportamentos éticos de decisores, mas "aprofundar a arquitectura institucional que provocou a actual situação", centrou Alfredo Bruto da Costa, Presidente da CNJP, na abertura do seminário. Ler mais aqui NOTA: Actualização logo que possível

O NÃO CRENTE E O CARDEAL

Cardeal Carlo Martini
O bem conhecido jornalista, político e escritor italiano Eugenio Scalfari, fundador do influente La Repubblica, foi ao encontro do cardeal Carlo Martini, antigo arcebispo de Milão e uma das figuras católicas mais escutadas dentro e fora da Igreja, para uma entrevista, acabada de publicar no seu jornal. Scalfari, cujo último livro é L'uomo che non credeva in Dio (O homem que não acreditava em Deus), disse ao cardeal que não crê em Deus e que o diz "com plena tranquilidade de espírito". E o cardeal: "Eu sei, mas não estou preocupado por causa de si. Por vezes, os não crentes estão mais próximos de nós do que muitos devotos fingidos". Então, o que é que o preocupa verdadeiramente, quais são, na Igreja, os problemas mais importantes? Resposta: "Antes de mais, a atitude da Igreja para com os divorciados, depois, a nomeação ou a eleição dos bispos, o celibato dos padres, o papel do laicado católico, as relações entre a hierarquia eclesiástica e a política. Parecem-lhe problemas de solução fácil?" A nossa sociedade está cada vez mais invadida pela indiferença e são o individualismo e a procura exacerbada dos próprios interesses que cavam fundo o abismo entre a fé e a caridade. Talvez ainda se vá uma ou outra vez à missa e se ponha os filhos em contacto com os sacramentos. Mas esquece-se o essencial: a caridade. Ora, "sem caridade, a fé é cega. Sem a caridade, não há esperança nem justiça". Entenda-se: a caridade não é esmola, é atenção ao outro, compreensão e reconhecimento do outro, presença ao outro na sua solidão, "comunhão de espíritos, luta contra a injustiça". O verdadeiro pecado do mundo é a injustiça e a desigualdade, que bradam aos céus. Jesus disse que "o reino de Deus será dos pobres, dos débeis, dos excluídos". Para Martini, a questão fundamental não está na escassa frequência dos sacramentos, da missa, das vocações, que são "aspectos externos". "A substância é a caridade, a visão do bem comum e da felicidade comum", incluindo a das gerações futuras. Assim, quando Scalfari cita um escrito recente de Vittorio Messori, no qual o influente intelectual católico distingue entre o clero que se ocupa da salvação das almas e a Igreja institucional, o cardeal faz notar que o Vaticano com a sua Secretaria de Estado e os seus Núncios são o resíduo de "uma fase em que ainda existia o poder temporal e o Papa era sobretudo um soberano; mas, graças a Deus, esse poder acabou e não pode ser restaurado". Quanto à estrutura diplomática vaticana, nem sempre existiu e "poderia no futuro ser fortemente reduzida ou mesmo desmantelada. A tarefa da Igreja é testemunhar a palavra de Deus, o Verbo Encarnado, o mundo dos justos que virá. Tudo o resto é secundário". É neste contexto que é preciso rever o papel dos fiéis na Igreja. "Demasiado frequentemente é um papel passivo. Houve épocas na Igreja nas quais a participação activa das comunidades cristãs era muito mais intensa". Martini tem insistido na desolação do carreirismo na Igreja. Assim, na sequência desta denúncia, há quem se pergunte se os bispos escolhidos são sempre os melhores. Aliás, uma vez que é o Papa que nomeia os bispos e, entre eles, os cardeais, que, por sua vez, escolherão o seu sucessor, há igualmente quem se interrogue, não sem razão, se não se corre o perigo de certa endogamia. Martini concorda com Scalfari, quando lhe pergunta se o impulso do Vaticano II não está debilitado. O Concílio "queria que a Igreja se confrontasse com a sociedade moderna e a ciência, mas este confronto foi marginal. Estamos ainda longe de ter enfrentado este problema e quase parece que voltámos o olhar mais para trás do que para a frente". Mostra-se, pois, favorável a outro Concílio, que considera mesmo "necessário", mas para tratar de "temas específicos e concretos". Seria necessário concretizar o que foi sugerido e até decretado pelo Concílio de Constança: "convocar um Concílio cada vinte ou trinta anos, mas só com um tema ou dois no máximo". Os temas do próximo seriam "a relação da Igreja com os divorciados" e a confissão, "sacramento extraordinariamente importante, mas hoje exangue". Anselmo Borges

sexta-feira, 3 de julho de 2009

MÚSICA SACRA NA DIOCESE DE AVEIRO

O trabalho previsto para 2009-10 é uma proposta dirigida, tanto às paróquias interessadas em apoiar a formação dos seus músicos, como aos próprios músicos interessados em melhorar a qualidade do serviço que prestam às suas comunidades. Tem, como destinatários, os principais intervenientes na celebração litúrgica: organistas, directores de coro, salmistas e coralistas. Assim, a formação oferecida pela Escola Diocesana de Música Sacra de Aveiro (EDMUSA), geralmente ao sábado de tarde, procura ir ao encontro de todas as pessoas que asseguram música litúrgica nas celebrações e tem diferentes níveis de exigência, de acordo com as possibilidades e disponibilidade de tempo de cada um. Inscrições nas paróquias, durante o mês de Julho. Informações: P. Paulo Cruz: Residência paroquial de N.ª Senhora da Glória; Tel. 962 842 982; p.paulocruz@gmail.com Prof.ª Celina Martins: Tel. 938 339 654; celinatm@hotmail.com

REGATA DE CRUZEIROS DO PORTO DE AVEIRO

Realizou-se, no passado fim-de-semana, a segunda edição da REGATA DE CRUZEIROS DO PORTO DE AVEIRO, uma organização conjunta da Administração do Porto de Aveiro e do Clube de Vela Costa Nova. Contou com a participação de 110 velejadores de 10 clubes náuticos de Aveiro, Porto, Coimbra e Figueira da Foz. As tripulações tiveram em terra um bom acolhimento com uma Base de Regata instalada para o efeito no Porto de Abrigo da Pesca Costeira, onde as embarcações ficaram atracadas e os velejadores confraternizaram animadamente ao fim da tarde, continuando pela noite fora na festa oficial da regata que decorreu na Estação da Luz. Sublinhamos a importância desta regata, como de outras. O espectáculo que elas proporcionam tornam mais visível a beleza da Ria de Aveiro.
Fonte: Newsletter do Porto de Aveiro

HOMEM, TORNA À TUA ESSÊNCIA!

Num velho livro topei com uma palavra escrita, Que como um choque me marcou e ilumina toda a minha vida: E quando me entrego ao prazer embotante, E à essência prefiro a aparência, a mentira e o falso semblante, Quando, de ânimo leve, a mim mesmo me engano com pequenos nadas, Como se fosse clara a escuridão, como se a vida não tivesse mil portas brutalmente fechadas, E repito palavras cuja vastidão nunca senti, E agarro coisas cujo sentido profundo não vivi, Quando, com mãos aveludadas, o sonho bem-vindo me acaricia E de trabalhos e dias me alivia, Alienado do mundo, estranho à minha própria consciência, Então ergue-se em mim essa palavra: Homem, torna à tua essência! Ernst Stadler (1883-1914)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Ética na política: gesto impróprio leva ministro da Economia à demissão

Manuel Pinho
O ministro da Economia, Manuel Pinho, teve hoje um gesto impróprio e ofensivo da dignidade da Assembleia da República e dos deputados. Apresentou o seu pedido de demissão e o primeiro-ministro, José Sócrates, de imediato o aceitou. A bancada do PS e o Governo também pediram desculpa ao Parlamento e aos deputados. Não podia ser de outro modo. O que me choca, nisto tudo, é que a reacção a esta atitude de Manuel Pinho nunca foi seguida em situações semelhantes. Quantas vezes, no Parlamento ou fora dele, houve insultos desbragados e ofensas inqualificáveis de uns deputados para outros? De uns e de outros partidos? Só agora é que registaram a má educação que anda por ali?

Uma tensão natural, mas superável

É essencial que ninguém se sinta a mais
na família, na sociedade e na Igreja
Sociedade complicada, esta em que nós vivemos. As relações pessoais são sempre o espaço em que as complicações mais se acentuam e as tensões ganham maior relevo. Não devia ser assim, quando se trata de pessoas adultas, embora com idades diferentes. A roda da vida, para todos inexorável, não deixa que os mais velhos esqueçam as atitudes de quando eram ainda pouco amadurecidos e reagiam a ordens e conselhos, e aos mais novos, não deve passar despercebido que a juventude é tempo que se escoa depressa. Rápida. A convivência de idades diferentes permite a todos uma permuta de dons e de experiências, que enriquece mutuamente, mostrando que valemos e podemos mais, quando juntos e unidos, abertos e aceitantes da complementaridade. O poder decisivo, hoje, está, na sociedade e, em muitos aspectos, também na Igreja, cada vez nas mãos dos mais novos. É verdade que, sobretudo nas empresas, ser mais velho para determinadas funções e tarefas, pode logo acontecer aos quarenta anos. Assim se atende mais a aspectos considerados de rendimento profissional, esquecendo-se que a rentabilidade não se traduz apenas em dinheiro. Há gente válida e capaz, aos milhares, desempregada por encerramento de empresas. Logo vê como se lhe torce o nariz ao procurar trabalho. Já tem cinquenta anos! Um país que quer continuar pobre. Diz-se que o poder corrompe, novos e menos novos. Assim, há chefes mais novos, bem vestidos e engravatados, orgulhosos com seus diplomas e títulos, com atitudes que magoam, empobrecem a relação e mostram que são fruto de uma suficiência tola que não quer conselhos e apoios de ninguém. Também não faltam chefes mais idosos com a presunção de que ninguém lhes ensina nada. O “cresce e aparece”, ou “o seu tempo passou” ainda são atitudes mais frequentes do que se julga. A Igreja, com a normal coexistência de gerações diversas na orientação das suas comunidades, procura acautelar as boas relações entre os padres, chamando a atenção para os valores de cada idade, esforço de compreensão, mútua aceitação, colaboração concreta, trabalho em equipa, comunhão de bens, deveres de hospitalidade, partilha de trabalhos, promoção de iniciativas que evitem o isolamento. Como procura que abram os olhos à participação dos leigos, com seu valor, experiência e trabalho realizado. O problema tende a agravar-se no clero, onde a pirâmide de idades se inverte com o aumento dos mais idosos. Se não se exprime, visivelmente, a comunhão entre todos, não se caminha na colaboração mútua. Há, em todo o país, padres muito novos e pouco experientes e padres muito idosos e cansados a presidir a grandes comunidades. Um título canónico não garante, automaticamente, capacidades de liderança e sabedoria de decisões. Na aceitação mútua, a colaboração exprime-se e enriquece. Este testemunho, tomado a sério, pode servir de estímulo para outros sectores da sociedade. O tempo não é de novos ou de velhos. É de todos. É preciso, na Igreja e na sociedade, estar atento para que ninguém presente, se torne invisível ou ausente. As prateleiras não são lugar para arrumar gente, nem se podem promover pessoas, marginalizando outras pessoas. Até no seio da família e das relações familiares, se o saber e a experiência, vivida e sofrida, dos mais velhos, não lhes dá direito a ter opinião e a encontrar corações abertos para a ouvir, a família acabou. E muitas vão acabando, apesar das casas a dar nas vistas. Estamos em tempo de acolhimento, não de desperdício, muito menos de pessoas. Não basta respeitar, quando se aparece. É preciso dar apreço sempre. Há causas que nunca deixam livres aqueles, hoje mais velhos, que por elas sofreram e lutaram. Não podem agora ser mendigos das migalhas que caem da mesa do poder. Elas continuam suas. É essencial que ninguém se sinta a mais na família, na sociedade e na Igreja. Todas são pátria comum, espaço de vida, lugares de permuta e colaboração. Em todas o amor é lei. António Marcelino

Preocupante onda de assaltos

Esta insegurança é um ponto de chegada
infeliz das liberdades que urge educar/agir?
1. Sabe-se que a segurança não tem sido um emblema maior dos tempos que correm. Quem passa de modo leve os olhos pela imprensa da região apercebe-se de uma onda de insegurança e criminalidade que assusta, mesmo para quem procura gerir o espaço público como lugar onde importa acima de tudo manter a serenidade. Os índices de assaltos têm crescido fortemente, e este é também um dos reflexos duros da crise social em situações onde está em causa a sobrevivência despertadora da insegurança do “salve-se quem puder”. Nestas circunstâncias, quanto maior for a permeabilidade das habitações ou a idade dos seus habitantes pior poderá ser a vulnerabilidade ao crime.
2. Uma cultura avassaladora de notícias “assaltadoras” da dignidade humana e de uma sociedade pacífica é continuamente “ensinada” pelos grandes poderes da comunicação. Veja-se a violência criminosa que perpassa no mundo dos cinemas e das notícias. Por vezes, tanto se denuncia e anuncia a criminalidade que se generaliza o seu hábito e mesmo se explica os procedimentos. Lembramo-nos, há alguns anos, de uma gigante onda de assaltos a espaços de religiosidade para os lados de Braga. Juntava-se a vulnerabilidade física e idade avançada dos zeladores desses patrimónios com a riqueza histórica apetecível aos olhares criminosos. Preocupante este rasto que pareceu não parar…
3. Recentemente os Padres de Águeda lançaram ao Governo Civil uma Petição pelo reforço da Segurança nos templos religiosos, destacando-se «seguramente mais de cem assaltos» nos últimos tempos. As populações, inseguras, estão indignadas, a gestão do património assume-se como um dever, a insegurança de pessoas ergue-se como um imperativo. Torna-se claro, nessa importante e alertadora petição pública, que as “palavras” até agora não têm dado frutos e que é urgente uma intervenção explícita no reforço de efectivos… Esta insegurança é um ponto de chegada infeliz das liberdades que urge educar/agir?
Alexandre Cruz

GEGN: Entrevista com Alfredo Ferreira da Silva


Os trajes são de gente simples,
porque a Gafanha nunca foi terra de fidalgos


No próximo dia 11 de Julho, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) vai realizar o seu XXVI Festival Nacional de Folclore, com a participação de cinco grupos. Esta iniciativa, que tem sido, ao longo de 26 anos, a mais expressiva, ao nível da cultura popular, levada a cabo pelo grupo, mostra à evidência a vitalidade desta associação, ostentando garantias de continuidade, pela força da juventude que a integra. 
Nasceu a partir de uma festa de final do ano catequético da nossa paróquia, registando a história o dia 1 de Setembro de 1983 como data de fundação. Assume em 11 de Julho de 1986, por escritura pública, a sua existência legal. Desde a primeira hora, tem sido, sem dúvida, um extraordinário baluarte da cultura da região e um grande embaixador da Gafanha da Nazaré, quer no País, quer no estrangeiro.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Igreja de Fátima ganha «Nobel» da Engenharia

Igreja da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima
Galardão «Outstanding Structure»
é atribuído pela Associação Internacional
de Pontes e Estruturas
A igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, vai receber o galardão «Outstanding Structure», atribuído pela Associação Internacional de Pontes e Estruturas (IABSE), que junta 4 mil membros de 100 países e é considerado como o Nobel da Engenharia Civil. A cerimónia de entrega do prémio a José Mota Freitas, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, e à sua equipa terá lugar a 9 de Setembro, na cerimónia de abertura do 33.º Congresso da IABSE, em Banguecoque. Inaugurada a 13 de Outubro de 2007, com projecto do arquitecto grego Alexandros Tombazis, esta obra distingue-se pela complexidade, em termos de projecto de execução no âmbito da Engenharia Civil. Incorpora diversos materiais e procura responder a exigências particulares de acústica e iluminação.
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A humanização dos serviços

1. Serviços, significará estar para “servir”. A grandeza desta palavra envolve toda uma disponibilidade aberta sempre às novas situações mas que não abdique da necessária atenção à responsabilidade de todos. Dizer serviços e acrescentar-lhe como critério de qualidade a ideia de “Humanização” já será sinal de que poderão existir serviços não humanizados de tão técnicos ou frios que poderão ser. Não se duvida que a sociedade tecnológica actual acresce aos procedimentos tecnocráticos um conjunto vastíssimo de obrigações sem as quais a desejada qualidade não se atinge. Mas a fronteira pode ser ténue e resvalar para uma certa tecnocracia que orientaria a relação humana mais pela técnica que pela Humanidade. Esta é uma das questões de fundo, que vai sendo tanto mais premente quanto menos as Humanidades forem tendo lugar nos planos de estudos.
2. Em múltiplos níveis de formação e informação em instituições que acolhem gentes, profissionais, visitantes ou residentes, a bitola da qualidade que se procura conduz com toda a certeza a este referencial da humanização dos serviços. Isto é, após delimitadas na generalidade as competências erguer-se-á a capacidade de harmonizar as fronteiras das cooperações por forma a que não seja o rigorismo seco, burocrático e de menoridade a presidir às acções mas também de modo a não haver o desleixo de uns que compromete o projecto de todos. Não se duvida que aqui estamos no patamar das formações humanas, da ética diária e andante, da noção de responsabilidade dócil que anseia por incluir e integrar diluindo as areias da engrenagem, e não pela procura da agulha no palheiro que divide gerando o mau estar que a todos deixa mal.
3. A habilidade da gestão de recursos humanos, estudada nos tempos da tecnologia e do imprescindível rigor que deve primar as instituições tem de saber conviver com a alegria de viver e de dar sentido à vida e às relações humanas. Estas, sempre, mesmo que com todos os computadores do mundo, serão o maior segredo!
Alexandre Cruz

Férias em tempo de crise: Como eram as férias dos nossos avós?

Tenho andado para aqui a escrever um pouco sobre férias em tempo de crise, como se através dos tempos toda a gente pudesse gozar um período, mais ou menos certo, sobretudo no Verão, sem as normais preocupações profissionais. Claro que os nossos avós estavam longe de poder beneficiar delas, como nós hoje as temos. Mas será que todos os portugueses podem, actualmente, gozar férias? Tenho a certeza de que não.
No jornal i pode ficar com uma ideia, embora o jornalista António Mendes Nunes se refira, apenas, às férias dos lisboetas. Já agora, desafio os meus leitores a avançarem com as suas achegas sobre as férias de antanho... Quem quer ou pode dar uma ajudinha?

Descoberta a mais antiga imagem de S. Paulo

São Paulo A efígie apresenta os traços característicos
do apóstolo, já conhecidos de outras representações
O Vaticano anunciou a descoberta de um fresco do século IV que retrata S. Paulo, tendo afirmado que se trata da imagem mais antiga que se conhece do apóstolo. A notícia foi divulgada no dia de encerramento do Ano Paulino. De acordo com o jornal "L'Osservatore Romano", a pintura foi descoberta em Roma, a 19 de Junho, durante o restauro da catacumba de Santa Tecla, a poucos metros da Basílica de São Paulo Extra-Muros. A base da imagem é constituída por um círculo vermelho, de tonalidade forte, como os frescos típicos da antiga Pompeia. Uma faixa amarela delimita o conjunto. A pintura retrata um rosto magro e comprido, com barba escura e fina na ponta, cabeça calva, nariz grande e olhos expressivos, com ar pensativo. A efígie apresenta os traços característicos do apóstolo, já conhecidos de outras representações. O conjunto de frescos em que se insere o rosto de S. Paulo foi encontrado num antigo cemitério cristão, no tecto de uma pequena parte da catacumba que tinha ficado enterrada durante séculos. Segundo os arqueólogos, a figura foi escolhida para proteger os mortos da família, cujos túmulos estavam no local. O achado ocorreu mais de um ano depois do início das obras de restauro, coordenadas pela Pontifícia Comissão de Arqueologia Sacra, que classificou a descoberta como "sensacional". Os técnicos recorreram a equipamento laser, já que o tradicional sistema de limpeza mecânico não foi suficiente para retirar as camadas de argila e garantir a conservação dos frescos, considerados de alta qualidade. As pinturas agora descobertas retratam outros personagens, como S. Pedro. In Ecclesia

Crónica de um Professor: Encerramento do ano lectivo – Sarau

Sarau animado
Momentos bem passados
envolveram toda a comunidade escolar
Para encerrar o ano lectivo de forma agradável e fazer uma pequena demonstração do que se “produz” na empresa, decorreu o sarau do AEGE (Grupo de Escolas da Gafanha da Encarnação), no dia 26 de Junho pelas 21:30, no CCI. Foi uma pequena mostra do muito que se produziu e em que estiveram em destaque os talentos, as habilidades, em suma, todas as aprendizagens que os alunos desta Escola levaram a cabo, ao longo de todo um ano de trabalho. E, para calar as más línguas daqueles que se fartam de apregoar aos quatro ventos, que os professores nada fazem e se fartam de ter férias, lá esteve bem visível o resultado de tantas horas de intensivo trabalho, na preparação, ensaio e aperfeiçoamento de todos os números que integraram o show! Foi de facto para quem quis ver e o auditório estava à pinha, uma clara exibição de talentos, em que cada um, consoante as suas características próprias, fez jus ao esforço e empenhamento dos seus professores. Houve de tudo à mistura, numa convivência ecléctica de capacidades, dotes inatos e muito, muito esforço de perseverança e vontade de evoluir, em suma, de crescer em todas as dimensões e não só na altura! Houve teatro e foi levada à cena uma peça do grande Shakespeare, tão grata à teacher que estudou em profundidade o dramaturgo, na sua formação académica; Midsummer night’s dream com um elenco de luxo, mas de palmo e meio, encantou os espectadores pela riqueza cénica dos adereços, da indumentária dos pequenos actores que levaram tão a sério os seus papéis particulares, pelas novas tecnologias postas ao serviço da arte cénica destes alunos, quiçá, aspirantes a actores! A Escola com essa vertente no seu curriculum é um alfobre de vocações que desabrocham e aí encontram o terreno fértil e propício ao seu crescimento! Estiveram à altura do mestre que os inspirou e daqueles que lhes deram formação, na Oficina de Teatro! Estão de parabéns os alunos da E.B.2/3 da Gafanha da Encarnação. Os aplausos efusivos da assistência foram disso bem representativos! E... a peça é liiiiiiiiindaaaaa! Houve também quem cantasse temas de artistas consagrados como a Adelaide Ferreira e o que é verdadeiramente espantoso é como aqueles alunos que revelam algumas dificuldades ao nível da aquisição de conhecimentos teóricos, revelaram que no fundo, há sempre alguma coisa em que se é muito bom! Assim aconteceu com alunos que cantaram e encantaram a assistência; esta rejubilava com a representação que mais parecia uma Chuva de Estrelas! E foram-no, na verdade, pois o que fizeram é digno de gente grande! À mistura com o teatro e a música instrumental e cantada, houve momentos de magia! Um aluno, orientado pelo Director da Escola (Honra seja feita a quem consegue neste mundo cão, inventar tempo e disponibilidade para a magia!) seguiu as pisadas do nosso grande Luís de Matos, ou até do internacional David Copperfield e iludiu a audiência! Tem jeito para mago, aquele petiz! Encantou de verdade e arrancou tamanha ovação que revelou o quanto as pessoas gostam de sonhar! Faz bem, à alma, a magia! Como figura de proa da locução/apresentação do espectáculo, destacou-se o Julinho, já referido e homenageado no blog. Ao lado da sua teacher cessante, apresentou alternadamente com ela, todo o programa, numa pose de experiente locutor! O detentor do título de Gentleman, merecidamente atribuído, teve a postura de um verdadeiro adulto. No final, todos partiram com a sensação do dever cumprido e o cheirinho das tão desejadas férias de Verão, depois de uns momentos bem passados que envolveram toda a comunidade escolar.
M.ª Donzília Almeida 30.06.07

terça-feira, 30 de junho de 2009

Educar para os valores?

1. Vem a público um grande inquérito de análise comparativa sobre os valores pessoais e sociais dos portugueses nos últimos dez anos. Este género de documentos interessa a todos os que de algum modo se preocupam com o progresso da sociedade tendo em vista um desenvolvimento pautado por valores com valor. Este inquérito intitulado Dez anos de valores em Portugal é apresentado ao público num seminário na UCP (30-06-09) tendo como pano de fundo a temática: A urgência de educar para os valores. Reveste-se de ampla pertinência o estudo em que, mesmo contando com a densidade das subjectividades, vai ao encontro de questões de fundo futuras da comunidade nacional.
2. A destacar duas linhas força de conclusões: uma que confirma o individualismo dos portugueses, outra que há menos preconceitos raciais nesta entrada do terceiro milénio da sociedade global. Muito mais que enquadramentos e suas justificantes, valerá a pena ir além das conclusões do estudo e lançarmos o olhar sobre quem e como se (?) tem procurado desenvolver as apostas decisivas nesta área dos valores consensuais, apostas que serão educativas em ordem ao futuro. Não chega, de quando em quando, a realização de inquéritos e sondagens sobre as descortinadas variáveis de tipologias comportamentais; feitos os diagnósticos, importará uma reflexão como acção conforme as carências detectadas, e mesmo sobre o que se considera valor e se esse deve ser tido em conta no proceder cidadânico de alguns, de muitos, ou de todos.
3. Sobre esta questão de fundo, sempre aberta, a largueza até pode conduzir à própria indiferença. Estará clarissimamente na hora da designada elite intelectual, cuidadosamente sempre de forma aberta e pluralista, saber construir alguns consensos razoáveis em torno de alguns valores pessoais e sociais, não como imposição mas como proposta gratificante de realização e de vidas com sentido. Especialmente estando a educação tecnológica generalizada, valerá (re)parar em Valores. Dá-se valor?
Alexandre Cruz

Um livro sobre a Gafanha de Maria Donzília Almeida e Oliveiros Louro

Domingos Cardoso, Donzília Almeida e Oliveiros Louro, na apresentação da obra
“Língua e Costumes da Nossa Gente”
é um desafio à memória de muitos leitores
No dia 6 de Junho, na Biblioteca Municipal, foi apresentado pela Confraria Camoniana de Ílhavo o livro “Língua e Costumes da Nossa Gente”, da autoria de Maria Donzília de Jesus Almeida e Oliveiros Alexandrino Ferreira Louro. Ambos gafanhões, da Gafanha da Encarnação, e docentes do ensino secundário. Trata-se de uma obra que retrata actividades ligadas à ria, que serviu de “matriz das sucessivas gerações que tão prodigamente acolheu e alimentou”, como se sublinha em “Nota Prévia”, assinada pelos autores. Há ainda “expressões e vocábulos que ouvíamos nas nossas meninices”, mais “breves descrições de alguns usos e costumes”, documentos e curiosidades. Com edição dos autores e Prefácio de Domingos Freire Cardoso, da Confraria Camoniana de Ílhavo, “Língua e Costumes da Nossa Gente” apresenta-se a cores, em bom papel e com arranjo gráfico cuidado. Profusamente ilustrado, o livro é agradável à vista e um desafio à memória de muitos leitores, sobretudo da nossa região. Domingos Cardoso frisou, na apresentação da obra, que este trabalho é uma “manta de retalhos, no bom sentido”, bonita e interessante, mas também com apontamentos de humor, de leitura fácil e agradável, e para consulta frequente. Maria Donzília, que falou em seu nome e em nome do seu colega Oliveiros Louro, recordou que ambos estudaram em Coimbra, onde criaram “gosto pela arte literária”. Afastados por obrigações profissionais, como professores que sempre foram, o reencontro deu-se anos depois, em escolas vizinhas, nas Gafanhas da Nazaré e da Encarnação. O tecido social da terra que os viu nascer foi-se alterando e ganhou consistência. O linguajar das suas meninices corria o risco de se perder, daí a preocupação de registar no papel a riqueza cultural do passado, como frisou Donzília Almeida. E na esperança de que “nestas páginas todos se revejam”, manifestou o desejo de que os registos agora publicados constituam “o princípio de novas investigações.” Em conversa com os autores da mais recente obra sobre a Gafanha, segundo cremos, ficámos a saber que o prazer que sentiram ao escrever este livro se baseou na experiência enriquecedora de terem remontado às “suas raízes”, sobretudo a Donzília, que viveu 20 anos no Porto. Aliás, “esse facto agudizou o seu amor à terra natal”, como salientou. Ainda adiantaram que tiveram a preocupação de fixar, por escrito, “a língua antiga, carregada de regionalismos, que são uma preciosidade, nos dias de hoje e para as gerações vindouras”. Ambos referiram que “o contacto directo com o povo simples foi muito agradável e revigorante”, mas não podem deixar de lamentar a falta de apoio da Câmara Municipal de Ílhavo para a edição deste trabalho. Fernando Martins

Almoço Missionário: Centro de Recursos Mãe do Redentor, na Gafanha da Nazaré

Aqui fica o convite para um Almoço Missionário, uma organização da ORBIS - Cooperação e Desenvolvimento. É já no próximo domingo e ainda há alguns bilhetes por vender! Se puder e gostar (porque será moamba, receita tradicional angolana), a sua participação será bem-vinda! As inscrições podem ser feitas em 917494874, 964417249 ou almocomissionario@hotmail.com

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Museu do Vinho de Anadia recebe Confraria Gastronómica do Bacalhau de Ílhavo



FESTIVAL DO BACALHAU
- Jardim Oudinot, 19 a 23 de Agosto -


A Confraria Gastronómica do Bacalhau visitou recentemente o Museu do Vinho de Anadia, visita integrada no programa de actividades culturais e lúdicas da instituição gastronómica ilhavense. Presentes alguns confrades, os quais foram recebidos por responsáveis do Museu, tendo visitado as salas da vinha, vindima, prova e vinificação, com a mostragem dos espumantes, das caves e adegas existentes na zona da Bairrada. Também foi interessante ver os diversos artefactos que ilustram a evolução técnica da viticultura, que, para alguns dos confrades presentes, não foram novidades, havendo muitos utensílios ainda em uso nas suas propriedades.
O roteiro da Bairrada, a enoteca, a biblioteca e mediateca foram outros espaços visitados pelos confrades, além da colecção de 1400 saca-rolhas oferecidos ao Museu pela família do Comendador Adolfo Roque e das exposições de pintura, fotografia e escultura patentes na altura. O almoço foi servido na sala de Restauração do Museu e como prato da região foi servido Leitão e espumante da Bairrada. Esta visita dos Confrades do Bacalhau ao Museu foi aproveitada pela direcção para anunciar o próximo Festival do Bacalhau, que decorre no Jardim Oudinot, de 19 a 23 de Agosto, e cuja organização é formada pela Câmara de Ílhavo e pela Confraria Gastronómica do Bacalhau. Ainda foi anunciado que está para breve a concretização de um desejo de anteriores direcções, que é a existência de uma sede e o aparecimento de um espaço na internet.

 Carlos Duarte

Michael Jackson maior que “Si”

1. As últimas décadas viram nascer e crescer um conjunto de grandes artistas que, à medida que o mundo das comunicações se foi globalizando, os tornou presentes em toda a parte. Assim aconteceu com Michael Jackson (1958-2009), que (na internet) é colocado entre os cantores, compositores, actores, dançarinos, escritores, produtores, poetas, instrumentistas, estilistas, ilusionistas e empresários. O artista cresceu muito, tendo sido a sua estrutura de personalidade, de um jovem que não viveu a juventude e de uma criança forçada ao trabalho musical, desafiada fortemente a compreender o preço da fama planetária. O álbum mais vendido da história da música Pop – Thriller – editado em 1982, sendo na altura uma revolução envolvida de dança e inovação de vídeo-clip é marca de recorde de vendas.
2. Por estes dias, na ocasião de seu falecimento, foram muitas as reportagens e entrevistas que ajudam a compreender muitas realidades da vida dos artistas por dentro, do altíssimo preço da fama e da estrutura mental necessária para conviver com a perseguição mediática. Após grandes baixios de imagem pública, o chamado «King of Pop» (Rei da Música Popular) preparar-se-ia bem acima do limite humano para dezenas de concertos, de duas horas imparáveis de dança. A fasquia seria muito alta, a medicina terá atenuado as dores da exigência dos compromissos, a fragilidade acrescentada nos últimos anos tornaram desumana a tarefa. De entrevistas do próprio Michael Jackson gravadas e dadas nestes dias ressalta uma surpreendente pequenez de uma tão grande vedeta da música capaz de entupir as redes da internet.
3. O seu “nome” tornou-se imensamente maior que a sua pessoa humana. O fenómeno global a que quanto mais se foge – de fotógrafos, fãs ou de casos de escândalo lançados sobre si… (?) –mais se é perseguido, fala-nos de uma tremenda factura que se paga, quando a estrela já não pode respirar em liberdade mas é escrava da sua condição. A música fica, o mito nesta morte adensa-se. A história da vida, fala…
Alexandre Cruz

Férias em tempo de crise

Dois livros como sugestão de leituras
Penso que o conhecimento do nosso passado, que tanto nos enche de orgulho, deve ser intensificado. Só amamos verdadeiramente o que conhecemos bem. O ilhavense Senos da Fonseca escreveu uma obra, “ÍLHAVO - Ensaio Monográfico”, com diversas pesquisas, estudos e informações, sobre terras ilhavenses, que merece ser mais lida. Também dois gafanhões, da Gafanha da Encarnação, Maria Donzília Almeida e Oliveiros Louro, publicaram recentemente “Língua e Costumes da nossa Gente”, que nos convida a recordar cenas da infância do nosso povo mais velho. Afinal, são dois livros que podem ajudar a passar umas boas horas ou dias das nossas férias.

Um poema de Orlando Figueiredo

VIAGEM 

Sabes o caminho não sabes os passos 
Como uma criança 
os teus olhos buscam 
a rota dos pássaros 
no céu 
Cabeça erguida 
sorvendo o vento 
no deserto 
Não sabes os passos 
apenas a rota dos pássaros 
no céu 
a estrada aberta pelos veleiros 
entre azul e neblina 
Não sabes os passos 
sabes o caminho do vento 
O deserto é o orvalho das noites 

Orlando Jorge Figueiredo 25 de Junho 2009

domingo, 28 de junho de 2009

Dia um tanto ou quanto desagradável para o meu gosto

Maria Filomena Mónica mostra
um sentido crítico muito apurado
O dia está um tanto ou quanto desagradável para o meu gosto. Isto é, não me aconselha a sair de casa. Aliás, é aqui que sinto a intimidade do meu mundo muito especial. Se não dá para sair, dá para ler e ouvir música. O livro que me ocupou um tempinho, e que vai continuar a ser lido, numa perspectiva de viajar com a autora, tem por título “Passaporte – viagens 1994-2008” e foi escrito pela socióloga Maria Filomena Mónica. Para já, fui com ela ao “Islão Ibérico”, revisitei “Lisboa”, fui a “Fátima fora de horas”, participei numa “Viagem ao fim da pátria” e andei com ela pela terra dos seus avós. As outras viagens ficarão para um dia destes. Permitam-me que sublinhe o poder descritivo e a cultura multifacetada de Maria Filomena Mónica, sempre com o sentido crítico muito apurado. Porque não quero ocupar, de forma alguma, o lugar dos críticos, apenas refiro que é um livro que se lê com gosto. O leitor, quer queira quer não, sai normalmente enriquecido com obras destas: recorda factos, passa pela história já um pouco esquecida e aprende muito do que ela revela e descobre por onde viaja. Com naturalidade, com conhecimentos que escapam ao comum dos mortais, com saber, com olhar atento. O leitor pode não concordar com a visão que ela tem do mundo, com as apreciações críticas por vezes contundentes, mas, no fundo, dá sempre gosto ler Maria Filomena Mónica. FM

FÉRIAS EM TEMPO DE CRISE: Importa descobrir o nosso concelho

Costa Nova em tempo de férias

FÉRIAS ECONÓMICAS: Não há nada como aproveitar o que a terra oferece

Para umas férias económicas em tempo de crise, não há nada melhor do que aproveitar o que a terra oferece, tanto em termos de festas dedicadas aos padroeiros das paróquias, como no âmbito das organizadas pelas autarquias e instituições culturais, recreativas ou desportivas, com larga aceitação junto das populações. O nosso concelho, como é sabido, tem quatro freguesias, as quais abrangem seis paróquias, estando garantido que haverá festejos em todas elas. Depois, a Câmara Municipal não deixará, à semelhança do que tem acontecido nos anos anteriores, de oferecer ao povo diversos espectáculos, uns mais populares e outros de nível artístico mais elevado. Para todos os gostos, diga-se de passagem. Mas Ílhavo tem muito mais para dar. Importa, pois, descobrir o nosso concelho em tempo de férias. Permitam-me que sugira visitas ao Museu Marítimo de Ílhavo e ao Museu da Vista Alegre, que nos dão o prazer de apreciar raridades nem sempre conhecidas do nosso povo. O Centro Cultural da sede do concelho continua a programar espectáculos dignos da nossa melhor atenção, para todas as idades e para todos os gostos. Há festivais de Folclore que são, normalmente, excelentes motivos para recordarmos o viver dos nossos antepassados. E poderão ser, ainda, um forte estímulo para a nossa juventude, de todas as idades, se dedicar ao estudo do nosso passado histórico, com tantas estórias para contar e para divulgar. Se quiser dedicar um dia à cidade maruja, não deixe de apreciar alguns edifícios de Arte Nova e diversos recantos das nossas paisagens naturais. No mês passado sugeri a frequência da Praia da Barra e hoje viro-me para a da Costa Nova. A primeira mais para os gafanhões e a segunda mais para os ílhavos, por razões criadas ao longo dos tempos e que nem sempre se compreendem muito bem. Lembro ainda que o Jardim Oudinot deve continuar a ser visita obrigatória para toda a gente das terras ilhavenses, com programação a condizer com o Verão que já nos aquece, e de que maneira! Fernando Martins

José Tolentino Mendonça: É utópico pensar radicalmente a sociedade do dom e da colaboração

Entrevista publicada na RevistaÚNICA do EXPRESSO :

(Foto de Tiago Miranda)

"É PRECISO OUVIR O SILÊNCIO DO MUNDO"

"Num dia de denso calor, no fresco jardim da York House, em Lisboa, o madeirense José Tolentino Mendonça, 43 anos, padre e poeta, mas sobretudo, um pensador livre, parou o tempo para falar de utopia. Um homem que admira os místicos, escreve sobre sensualidade e sabores na Bíblia e gosta de cidades. Em Nova Iorque, observa a multidão "numa coreografia de Pina Bausch". Nos mosteiros, escuta a profundidade do silêncio. Esta entrevista é atravessada por essa luminosidade."
Ler toda a entrevista aqui

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