sábado, 28 de janeiro de 2023

A GRANDEZA DE SER HUMILDE

Reflexão de Georgino Rocha 
para este fim de semana

Jesus é perentório no evangelho deste domingo: Vós sois o sal da terra; vós sois a luz do mundo. Longe de vós só há trevas e corrupção. E se não há luz fica tudo às escuras, tudo a deteriorar-se. Junta â sua palavra o exemplo da vida e a força do testemunho dizendo: Aprendei de Mim que sou manso e humilde do coração. A Homilética destaca no seu comentário a humildade como núcleo base da liturgia de hoje.
A humildade, ensina a Igreja, faz-nos realistas e permite-nos relacionar-nos com Deus e com os outros seres humanos admirando neles o rasto divino num amor feito serviço e não orgulho nem vã glória.

RAMOS SECOS ESPERAM A PRIMAVERA

 

A beleza não está só na forma e colorido das flores ou dos trajes garridos. Não estará ela, também, nos ramos secos que em breve despontarão para a Primavera? 

BENTO XVI MORREU. E AGORA, FRANCISCO?

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias

Bento XVI morreu no passado dia 31 de Dezembro. As suas últimas palavras foram: "Senhor, eu amo-te." Não há dúvida de que o seu grande legado para a História foi a renúncia, sinal de humildade e dessacralizando o papado. Para lá disso, fica também, como sublinhou José Manuel Vidal, "o milagre da coabitação e da transição tranquila". Francisco punha fim a uma Igreja piramidal, clerical, carreirista, autorreferencial, e, agora, a caminho de uma Igreja sinodal, circular, "hospital de campanha". E podemos imaginar o sofrimento de BentoXVI ao "ver como a sua obra era derrubada" ao mesmo tempo que era "duro para o Papa Francisco este trabalho de desmontagem perante os olhos de Bento XVI... No entanto, de modo geral, a convivência durante quase dez anos foi delicada e até fraternal". Seja como for, não se deve de modo nenhum ignorar a diferença entre Bento XVI e Francisco, bem clara ao ler a obra póstuma de Bento XVI, Che cos"è il Cristianesimo (O que é o cristianismo), onde, por exemplo, defende uma ligação, dir-se-ia intrínseca, entre a ordenação sacerdotal e a obrigação do celibato.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

DIA DO DIÁCONO PERMANENTE EM ARADAS

Igreja de Aradas
As esposas dos diáconos 
são “âncoras fundamentais”


No passado domingo, 22 de Janeiro, celebrou-se na paróquia de São Pedro de Aradas, Diocese de Aveiro, o Dia do Diácono Permanente, Festa de São Vicente, Diácono e Mártir. 
Dois anos depois, por força da pandemia do Covid-19, os Diáconos aveirenses puderam conviver, refletir e celebrar a efeméride em torno do seu patrono, São Vicente.
No momento próprio, o nosso Bispo, D. António Moiteiro, frisou a importância das esposas dos diáconos no apoio que lhes prestam no dia a dia das tarefas apostólicas, lembrando a todos a responsabilidade do fiel cumprimento da missão que assumiram de se “identificarem com Jesus Cristo”. Recomendou, ainda, que, em cada paróquia e em cada comunidade, todos sejam “criadores e animadores de grupos de reflexão e de estudo da Palavra de Deus”.
As atividades iniciaram-se com um encontro-convívio entre os diáconos e esposas, seguindo-se a Eucaristia, presidida pelo Vigário Geral da Diocese, Padre Manuel Joaquim Rocha.
Ao abrir a celebração, o Diácono José Alves explicou o motivo da presença dos Diáconos Permanentes na Eucaristia, evocou os 13 Diáconos já falecidos e justificou a ausência de outros por motivo de doença.
Na homilia, o presidente da celebração fez referência à missão do Diácono nas diferentes áreas de ação, nomeadamente, na proclamação da Palavra, no Serviço do Altar e nos Serviços da Caridade. Também sublinhou a importância das esposas dos diáconos, considerando-as “âncoras fundamentais” dos seus maridos.
No momento próprio, de grande significado, os participantes  fizeram a renovação das Promessas Diaconais.

MULHERES DAS SECAS


Nas buscas que faço em horas de ócio nos meus arquivos, um tanto ou quanto desorganizados, encontro fotografias antigas que são, para mim, relíquias que não se podem perder. Desta feita, encontrei fotos de Mulheres das Secas que não será fácil identificar. Mas pode ser que tenhamos sorte. Alguém quererá ajudar?

A NOSSA IGREJA FOI INAUGURADA HÁ 111 ANOS

Segundo o Pe. Resende, autor da “Monografia da Gafanha", a nossa Igreja Matriz foi inaugurada em 14 de Janeiro de 1912, “a cuja bênção” assistiu. Completou este mês, portanto, 111 anos.  Refere o autor, pároco da Gafanha da Encarnação, que  se trata de uma igreja “cheia de  luz e digna do seu fim”, tendo sido o resultado da “febre e gosto da autonomia”. Porém, Nogueira Gonçalves informa, no seu Inventário Artístico de Portugal, que a nossa Igreja Matriz foi inaugurada em 1918. A disparidade de datas sugere que terá havido nesta altura alguma cerimónia festiva respeitante à conclusão de obras importantes. 

Certo é que as obras prosseguiram e em 1916 ou 1917 a nossa primeira matriz, localizada na Chave, foi demolida, “de forma tão vandálica e desnecessária”, podendo servir hoje [1958] “para descongestionar a grande afluência de fiéis, que frequentam em grande massa a igreja paroquial”, lembrou o citado Pe. Resende em artigo publicado no jornal “O Ilhavense”.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

AFONSO LOPES VIEIRA NASCEU NESTE DIA

26 de  janeiro 1878
25 de janeiro 1946
A minha homenagem a um poeta
que tanto gostava de ler na minha infância e juventude

O VENTO É BOM BAILADOR

O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia.
Baila, baila e rodopia
E tudo baila em redor.
E diz às flores, bailando:
- Bailai comigo, bailai!
E elas, curvadas, arfando,
Começam, débeis, bailando.
E suas folhas, tombando,
Uma se esfolha, outra cai.
E o vento as deixa, abalando,
- E lá vai!...
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia,
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor.
E diz às altas ramadas:
Bailai comigo, bailai!
E elas sentem-se agarradas
Bailam no ar desgrenhadas,
Bailam com ele assustadas,
Já cansadas, suspirando;
E o vento as deixa, abalando,
E lá vai!...
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor!
E diz às folhas caídas:
Bailai comigo, bailai!
No quieto chão remexidas,
As folhas, por ele erguidas,
Pobres velhas ressequidas
E pendidas como um ai,
Bailam, doidas e chorando,
E o vento as deixa abalando
- E lá vai!
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia,
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor!
E diz às ondas que rolam:
- Bailai comigo, bailai!
e as ondas no ar se empolam,
Em seus braços nus o enrolam,
E batalham,
E seus cabelos se espalham
Nas mãos do vento, flutuando
E o vento as deixa, abalando,
E lá vai!...
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia,
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

SÃO PAULO CELEBRA-SE HOJE

A conversão de São Paulo, que ocorreu quando se dirigia a Damasco para prender seguidores de Jesus, celebra-se hoje, 25 de Janeiro. 
Segundo o livro Atos dos Apóstolos, caiu por terra, fulminado por uma luz, ficou cego e ouviu uma voz que abriu portas à sua adesão ao Nazareno. De perseguidor dos primeiros cristãos passou a seguidor do Mestre que amou incondicionalmente como ninguém.
Tolentino Mendonça, no seu livro "METAMORFOSE NECESSÁRIA - Reler São Paulo", de que dei nota no meu blogue, refere que a conversão de São Paulo, a caminho de Damasco, foi “imediata, total, fulgurante, na forma absoluta como acontece”, transformando o perseguidor em seguidor apaixonado pela mensagem de Jesus.
Reforço o conselho de que leiam  o livro citado, que nos leva a redescobrir "um dos pensadores fundamentais do Ocidente", como se lê na contracapa da obra elaborada pelo Cardeal Tolentino. 

VELAS BRANCAS


 Mais um verdadeiro espetáculo de velas brancas em que a nossa terra é fértil. E não haverá arte nas manobras para se aproveitarem os ventos dominantes? 

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

BOCA DA BARRA


A Boca da Barra de Aveiro, na Gafanha da Nazaré, é sempre um atrativo para quem chega, de perto ou de longe, para refrescar as ideias.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

DIA MUNDIAL DA LIBERDADE

O Dia Mundial da Liberdade celebra-se a 23 de janeiro, por decisão da ONU e proclamação da UNESCO. Mas, para nós,  portugueses, o Dia da Liberdade é no dia 25 de Abril, que todos cultivamos, por razões que ninguém ignora.
Todos sabemos que a liberdade é um direito de os seres humanos poderem  optar pelas suas próprias escolhas e decisões, sem nunca esquecerem os legítimos direitos dos outros. Aliás, é a partir desse direito que traçamos as nossas opções de vida. Assim o possamos fazer no dia a dia da nossa existência.

TERRA DA ALEGRIA E DA JUSTIÇA

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO


O Pe. Alberto Neto era não só, nesses encontros, uma festa contínua, como despertava, com liberdade, a liberdade e a alegria dos outros, em relação a tudo e a todos

1. Tinha previsto, para esta crónica, a ressonância actual do texto do Evangelho seleccionado para a Missa deste Domingo, cheio de avisos para a escolha das lideranças de qualquer associação, religiosa ou não. Sem recorrer a todo o passado, a Igreja Católica sofre, hoje, trágicas consequências de não ter sido atenta ao que escondia o carreirismo eclesiástico, finalmente denunciado pelo Papa Francisco. As respostas prontas a um convite, para colaborar nas aventuras de um projecto novo, podem ser comandadas por desejos contrários aos inscritos no convite. O texto é de S. Mateus com paralelos nas outras narrativas evangélicas.
No seu retiro no deserto, Jesus tinha sido assaltado por messiânicas tentações diabólicas. Rejeitou-as radicalmente. Entretanto, tendo ouvido dizer que João fora preso, abandonou Nazaré e foi habitar em Cafarnaum, cidade situada à beira-mar na Galileia dos gentios.

domingo, 22 de janeiro de 2023

JOSÉ MATTOSO NASCEU NESTE DIA

José Mattoso, grande medievalista, completa hoje, 22 de Janeiro, 90 anos. Acabei de saber há pouco e não resisto à ideia de sublinhar o facto, pelo respeito e admiração que tenho por ele, desde que o descobri.
Diversos livros de sua autoria e coleções que orientou sobre temas em que era e é especialista têm lugar de destaque nas minhas estantes. E quando no meu espírito bailam dúvidas é a ele que recorro.
Permitam-me que transcreva um texto que já publiquei no meu blogue: «O historiador José Mattoso foi distinguido com o Prémio Árvore da Vida-Padre Manuel Antunes 2019, atribuído pela Igreja católica, através do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, para destacar um percurso ou obra que, além de atingirem elevado nível de conhecimento ou criatividade estética, refletem o humanismo e a experiência cristã. O alto valor científico da sua investigação historiográfica, o pensamento sobre a identidade nacional portuguesa e a trajetória espiritual foram algumas das virtudes relevadas pelo júri, que decidiu, por unanimidade, atribuir pela primeira vez a um historiador aquele prémio.»

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