«Uma vez, Alberto Pimentel e Camilo conversavam sobre vários assuntos literários. A certa altura, disse Alberto Pimentel:
— Talvez o sr. Camilo não acredite, mas sei de cor todos os seus pseudónimos?
— Não é possível.
— Quer ouvir… Egresso Bernardo de Brito Júnior, A Voz da Verdade, F. Fagundes, Gervásio Lopes Canavarro, Saragoçano, José Mendes Enxúndia, Rosária dos Gogumelos, Manuel Coco, Anastácio das Lombrigas, A. E. I. O. U. Y., Felizardo, João Júnior, O antigo Juiz das Almas de Campanhã, O Possesso Anacleto dos Coentros, Archi-Zero, Visconde de Qualquer Coisa…
— Que rica memória, Alberto! — comentou Camilo.
— O curioso é que se esqueceu precisamente do meu pseudónimo mais vulgar…
— ?
— Camilo Castelo Branco!»
Em “O Espírito e a Graça de Camilo”,
de Luís de Oliveira Guimarães