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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Deixem-me respirar, ser livre, ser pessoa, ser padre


Estamos em pleno
Ano Sacerdotal

Por Francisco Melo*


Desde o início temi por esta proposta do Papa e agora confirmo algumas das minhas suspeitas… Pelo que tenho visto e ouvido, suspeito que os resultados deste Ano Sacerdotal não passem de boas intenções, discursos inflamados, preceitos, orientações e propostas subjectivas, sem sujeitos que metam as mãos na massa.
Sem ter pedido, sem contar e sem sentir necessidade parece que me querem impor um “capacete”. Sinto-me simplesmente um objecto, uma espécie de animal em vias de extinção, a quem se responsabiliza por isto e por aquilo que de mal vai acontecendo nas várias comunidades. O padre tem de… o padre deve… o padre precisa de… Toda a gente agora fala do ser padre, do novo rosto do ser padre, da sua formação, da missão do padre, dos padres para este tempo…
Não, obrigado. Agradeço a preocupação, mas NÃO QUERO. Este é o grito que sinto inundar o meu ser no meio de tantas tarefas, amarras, preceitos, formas de estar e projectos a realizar que me querem impor.
Fui padre livremente, sou padre livremente, com um único e simples objectivo: SERVIR. Assumo para isso um caminho: existir como Jesus Cristo.