sábado, 27 de julho de 2019

Um desafio à imaginação de quem passa



Confesso que gosto de tudo o que possa chamar a atenção de quem passa. Aprecio monumentos, estátuas cujas legendas leio para saber do que se trata ou quem se pretende homenagear, mas também gosto de ver peças decorativas, de sabor moderno ou nem por isso. 
Perto da minha morada na Figueira da Foz, ao lado da Av. Dr. Joaquim de Carvalho, tenho visto, desde há muito, um paralelepípedo sem qualquer palavra ou frase que nos diga do que se trata. Está perto de um bloco antigo de apartamentos, num relvado a precisar de rega. Sem mais nada. 
Aparentemente, trata-se de um coluna assente numa base, sem cola ou cimento que garanta a posição, encimada por restos de uma peça metálica, talvez com anterior ligação a foco luminoso. A verdade é que a peça decorativa lá está como sinal de alguma utilidade, chamando a atenção dos transeuntes. Ou foi ali colocada ou deixada como desafio à imaginação de quem passa? Talvez seja isso.

Há dias assim...



LIBERDADE

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...


Fernando Pessoa

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Barra de Aveiro - Petroleiros de partida...



A  Barra de Aveiro proporciona-nos momentos agradáveis a cada instante. A cenas de embarcações num vaivém constante de entradas e saídas convidam-nos a olhar e a confirmar quanto é fundamental um porto multifacetado (pesca costeira e longínqua, recreio, industrial e comercial) para a economia local, regional e nacional. Esta imagem, por exemplo, diz-nos muito sobre a mais-valia que representa o Porto de Aveiro nas nossas vidas.

Georgino Rocha - Jesus ensina-nos a rezar



A resposta de Jesus abre novas dimensões ao pedido que o seu discípulo lhe faz para ensinar o grupo a rezar. São dimensões familiares que manifestam o ser de Deus, na sua relação connosco, que o fazem presente nas entranhas filiais de cada humano, que o definem e tornam reconhecido como a fonte de vida comum que gera “um nós” inconfundível e original. Constituem, por isso, a verdade que nos identifica e consolida na existência e a realidade performativa que nos impele a viver, cada vez mais, de acordo com a matriz do nosso ser humano.
O pedido do discípulo surge após a oração de Jesus. Lc 11, 1-13. Que haveria de especial, neste gesto de Jesus, para ele se sentir tão desejoso e impressionado? É certo que os mestres ensinavam os discípulos a rezar, transmitindo-lhes o resumo da mensagem que pretendiam difundir. Jesus praticava a oração, com normalidade, no decorrer do dia e das festas, sozinho e em família, com o grupo de acompanhantes, em lugares silenciosos, nos espaços públicos, na sinagoga, no templo. O grupo sabia-o e podia testemunhá-lo.
A novidade está, sem dúvida, na relação filial que manifesta ao dirigir-se a Deus como Abba, Papá querido, e consequentemente em “reconfigurar” o rosto de Deus no coração humano, em condensar o seu projecto de salvação em preces e atitudes vividas por ele e transmitidas aos discípulos, seus fiéis seguidores.
O desejo expresso pelo discípulo desvenda o melhor do ser humano: ser chamado a conhecer as suas capacidades e limitações, a ultrapassar-se a si mesmo – a sua vocação é Deus, a plenitude que Jesus nos revela -, a crescer na relação solidária, fruto da irmandade comum, a cuidar e apreciar tudo o que é humano como dom recebido a transmitir.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Figueira da Foz à noitinha - Edifícios e Forte



O Casino Oceano foi inaugurado em 3 de Agosto de 1898, para servir de café-concerto. Trata-se de um belo edifício representativo da "belle époque". No auge da sua vida, apresentava-se ricamente mobilado e decorado. O exterior é digno de ser apreciado.
Castelo Engenheiro Silva, antigo edifício do Turismo e Casa das Conchas.  Referência do último quartel do século XIX. Voltado para o mar, foi restaurado, apresentando-se, presentemente, com a dignidade necessária, merecendo a admiração de quem passa.






O Forte de Santa Catarina começou a ser edificado nos finais do século XVI para defesa da entrada do Mondego. Durante a primeira invasão napoleónica, foi ocupado pelas tropas de Junot, mas em 27 de Julho de 1808, um exército popular, armado de foices e lanças, comandado pelo académico Bernardo Zagalo, dominou o militares franceses ali aquartelados.

Mandela - A felicidade humana


"Estou mais do que nunca influenciado pela convicção 
de que a igualdade social é a única base da felicidade humana"

Nelson Mandela (1918-2013), Nobel da Paz


NOTA: Li no PÚBLICO

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Praia da Figueira à noitinha







Hoje, à noitinha, com a neblina a dar sinais de si, ainda foi possível registar alguns apontamentos que são marcas indeléveis de vida na Figueira da Foz. O Relógio que deu nome à praia está a perder terreno como pode ser visto. Outro valores mais altos sobressaem na paisagem. Sinais dos tempos. O mar está ali com torres de sinais ou coisa parecida. O paredão desafiou o oceano por decisão dos homens, mantendo-se tranquilo. E o porto exibiu a sua beleza com mastros e mastaréus, mais cabos que se cruzam e entrecruzam. 

terça-feira, 23 de julho de 2019

Férias - Da janela da minha sala

Da janela da minha sala

Só noite fechada é que olhei a cidade onde me instalei para uns dias de férias, não de trabalhos obrigatórios mas de rotinas. A máquina registou por mim um sinal do ambiente que anseio há tempos: Silêncio, ausência do trivial, perspetiva de abertura a novas formas de estar no meu tempo, que é bem diferente do comum dos mortais que gostam da agitação. 
Na hora da partida, peguei num livro da Agustina para uma releitura: “Os meninos de ouro”. Foi o que veio à mão. Podia ser outro, mas foi este o que mais me desafiou. Foi desafio que colhi da Biografia de Agustina Bessa-Luís, escrita por Isabel Rio Novo. Descobrir, nas personagens dos seus livros, figuras, factos, temperamentos, paisagens e vidas que deram vida aos seus romances foi trabalho extraordinário da biógrafa.
Entretanto, outra biografa da renomada e multifacetada escritora estará na forja, da autoria do historiador Rui Ramos. Será interessante, para mim, apreciar o que cada autor gostou de nos transmitir. A primeira biografia não foi autorizada pela família; a segunda foi encomendada pela família, muito antes de surgir nas livrarias o trabalho de Isabel Rio Novo. 
Por aqui, pela Figueira da Foz, nesta época balnear, já não se respira o ambiente cosmopolita doutras eras. Por exemplo, na minha ótica, há 20 anos, eu sentia um certo ar que a diferenciava das praias do centro, as que mais conhecia, com marcas palpáveis nos palacetes que têm resistido ao sol escaldante do verão e ao frio húmido e ventoso das outras estações. Mas ainda ao abandono. Mas disso direi algumas coisas simples do que vier a encontrar quando deambular pela cidade e arredores.
Boas férias para todos.

Fernando Martins 

domingo, 21 de julho de 2019

Bento Domingues - A fé cristã num colégio católico

Colégio (rede global)

"A procura da excelência no ensino 
tem de ser o cuidado de todos, 
seja qual for a sua orientação"


1. Neste texto, não pretendo abordar as questões gerais do ensino, em Portugal. Não é da minha competência. Pediram-me para tratar do que exige a fé cristã de um Colégio Católico.
É suposto estes colégios terem alguma referência ao Secretariado Nacional da Educação Cristã. Isto não impede que as orientações de cada instituição, com as suas tradições e práticas educativas, possam ser bastante diferentes.
As escolas, segundo os habituais rankings, são classificadas, bem ou mal, pelos resultados académicos. Nunca dei conta que a Religião contasse para esse efeito. Falo de religião em sentido genérico sem, para já, apreciar as tendências dentro deste fenómeno social que, no Ocidente e nomeadamente em Portugal, é cada vez mais investigada pela Sociologia[1].
A Igreja Católica, sobretudo em alguns países do Ocidente, vê-se confrontada com a declaração: “espiritual sim, religioso não”. Uma sondagem do ano passado, na Alemanha, referente ao ensino religioso e ético, dava os seguintes resultados: 52% acredita em Deus, mas só 22% se declara religioso. “Crentes” são o dobro. O facto de haver pessoas que se definem “espirituais” e não “religiosas” ainda não é um fenómeno de massas. É uma minoria, entre os 6 e 13%, mas é uma tendência que se vai afirmando sobretudo entre os jovens.
É preciso ter em conta que, quando, no Ocidente, se fala de religião, a maior parte das pessoas pensa no Cristianismo, nas grandes Igrejas com os seus dogmas e os seus ritos. A distinção entre espiritual e religioso exprime a tentativa de preferir formas de religiosidade que não têm uma conotação eclesial. As normas respeitantes à fé, sentidas como obrigatórias, contam apenas para um número cada vez menor de pessoas. Neste contexto, a expressão mais usada é a de mercado ou mosaico das religiões, seja qual for a sua origem[2].
A Religião é considerada tão privada – cada um tem a sua ou não tem nenhuma – que, mesmo nos colégios católicos, não conta para os seus rankings. Nestes existe, no entanto, uma disciplina, com carga horária, chamada Educação Moral e Religiosa Católica.

Anselmo Borges - Decálogo para os núncios

Papa com Núncios (Foto do Vaticano)

1. A Igreja tem dentro dela, inevitavelmente, uma tensão, que a conduz a um paradoxo. Esta tensão e este paradoxo foram descritos de modo penetrante, preciso e límpido pelo sociólogo Olivier Robineau, nestes termos: “A Igreja Católica é uma junção paradoxal de dois elementos opostos por natureza: uma convicção — o descentramento segundo o amor — e um chefe supremo dirigindo uma instituição hierárquica e centralizada segundo um direito unificador, o direito canónico. De um lado, a crença no invisível Deus-Amor; do outro, um aparelho político e jurídico à procura de visibilidade. O Deus do descentramento dos corações que caminha ao lado de uma máquina dogmática centralizadora. O discurso que enaltece uma alteridade gratuita coexiste com o controlo social das almas da civilização paroquial — de que a confissão é o arquétipo — colocado sob a autoridade do Papa. Numa palavra, a antropologia católica tenta associar os extremos: a graça abundante e o cálculo estratégico. Isso dá lugar tanto a São Francisco de Assis como a Torquemada.” 

2. É com este paradoxo que o Papa Francisco tem de conviver, ao mesmo tempo que tem feito o seu melhor para dar o primado ao Evangelho, ao Deus-Amor, para que a Igreja enquanto instituição — e é inevitável um mínimo de organização institucional — não atraiçoe a Boa Nova de Jesus. Ele é cristão, no sentido mais profundo da palavra: discípulo de Jesus, e quer que todos na Igreja se tornem cristãos, a começar pela hierarquia. 
Assim, tem denunciado as doenças da Cúria, avisa os bispos e cardeais para que não sejam príncipes, anuncia para breve uma nova Constituição para a Cúria, o governo central da Igreja. Também neste contexto, convocou recentemente para o Vaticano os Núncios do mundo inteiro. As nunciaturas, embaixadas da Santa Sé junto dos governos e das Igrejas locais, são uma herança histórica discutível, mas podem ter um papel decisivamente positivo no mundo para estabelecer pontes a favor da justiça, do desenvolvimento, da paz.

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