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domingo, 18 de abril de 2021

Cá estou de novo

Igreja matriz vista do meu sótão

O que é que lhe aconteceu que já não o vejo há uns três dias? Assim fui questionado, frente à nossa igreja matiz, por um amigo de longa data. Percebi. Realmente, estive uma semana sem escrever no meu blogue. Contudo, o ritmo das visitas têm-se mantido, acima das mil entradas por dia, sinal de que há amigos à minha espera. Ou sabem que há muito por ler neste meu cantinho do ciberespaço. Ainda bem.
Estou de volta, então, porque me sinto muito bem, graças a Deus.

Silêncio 

Durante todo este tempo descansei, recebi a segunda dose da vacina para ficar mais tranquilo, respirei fundo e cultivei um certo silêncio, prazer que não dispenso. Na minha idade, consigo alhear-me de muita coisa quando os meus pensamentos cirandam pelas minhas histórias de vida, umas muito agradáveis, as que ocupam mais espaço, e outras que tento atirar para um canto. 


Covid-19 - A pandemia do século

A rápida resposta da ciência à pandemia, com a descoberta das vacinas para prevenir o Covid-19, mostra à saciedade a capacidade do homem/mulher face a desafios que outrora durariam anos a resolver. Sou do tempo do sarampo, da varíola, da varicela, da tuberculose, da sida e de outras maleitas devastadoras que dizimaram milhões pelo mundo. Mas desta vez, a evolução da ciência mostrou que está à altura das circunstâncias e nem sempre valorizamos isso. As vacinas serão a solução, depois de milhões de vítimas mortais de todas as idades e estratos sociais. 

O meu retrato, feito pela Sofia, que encontrei no sótão

Depois, tentei arrumar o meu sótão que,  apesar de pequeno, me dá muita paz. Manuseei livros e revistas das minhas coleções que me dão imenso gozo quando as cotejo. Vêm de outros tempos, sem os desafios que as televisões nos vieram impor, roubando-nos por vezes a liberdade de pensar e conversar. Contudo,  para gáudio de todos, são espaços de cultura, diversão e sonhos. Quem não gosta de sentir o palpitar do mundo nos ecrãs, viajar no tempo, calcorrear caminhos de paisagens e vidas tão diferentes das nossas? E encontrei o meu retrato feito por uma menina, a Sofia, da Escola da Marinha Velha, há oito anos. Uma saudação especial para ela e para os seus  colegas e professora, que tão bem me receberam.

Olhei para muitos que não reconheci

Reiniciei as saídas com natural serenidade. Apresento-me “disfarçado” com a máscara, mantenho os distanciamentos aconselhados e sinto um prazer enorme ao reconhecer os amigos e conhecidos que não via há mais de um ano. Nem sempre é fácil, mas tudo se há de recompor.

sábado, 2 de maio de 2020

UM POEMA PARA UM DIA AMENO

O REGRESSO

Como quem, vindo de países distantes fora de
si, chega finalmente aonde sempre esteve
e encontra tudo no seu lugar,
o passado no passado, o presente no presente,
assim chega o viajante à tardia idade
em que se confundem ele e o caminho.

Entra então pela primeira vez na sua casa
e deita-se pela primeira vez na sua cama.
Para trás ficaram portos, ilhas, lembranças,
cidades, estações do ano.
E come agora por fim um pão primeiro
sem o sabor de palavras estrangeiras na boca.

Manuel António Pina


NOTA: Aos meus amigos recomendo: Se andarem nervosos com os confinamentos, leiam Manuel António Pina.

domingo, 4 de março de 2018

HORA DE VOLTAR



Está provado à saciedade que o descanso é necessário. Há uma quebra abrupta no ritmo de trabalho e reocupações, e o stresse deixa-nos em paz. A leitura foi mais intensa e serena, a harmonia com a vida restabeleceu-se, as ideias quanto ao futuro, que só Deus conhece, terão rejuvenescido, e a hora de voltar aconteceu. 
Durante as curtas férias, acertei o passo com o dia a dia normal. Fixei os horizontes na esperança de os alcançar e reconheci, como imensas vezes o fiz, que a vida vale mesmo a pena ser vivida. 
Aqui fica uma saudação especial para todos os meus amigos. 

Fernando Martins