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sábado, 9 de setembro de 2023

CIBERCULTURA – Inescapável conversão ecológica

Uma reflexão 
de Miguel Oliveira Panão

«Não é insistência. É evidência. Em Espanha temos chuvas torrenciais, enquanto que no sul de França a seca agravou-se novamente no Verão, comparativamente ao ano passado. As viagens de avião sentem-se como mais “turbulentas” por causa do aquecimento do ar atmosférico. Os efeitos das alterações climáticas começam a entrar no nosso quotidiano, mas pela estrada, a maior parte dos condutores continua a andar a velocidades que induzem um maior consumo de combustível e, consequentemente, maior quantidade de poluentes emitidos para atmosfera, agravando a situação. Todos parecem achar que o seu contributo é marginal, mas milhares de milhões de contributos marginais geram um efeito cumulativo. Por que razão é tão difícil mudarmos alguma coisa?»

Nota: A abertura de uma reflexão que merece ser lida na íntegra. Clique aqui.

quinta-feira, 24 de março de 2022

Uma cultura sinodal leva tempo

Miguel Panão
"A crise ambiental, ou até a que estamos a viver com a guerra na Ucrânia, têm a sua raiz numa crise antropológica mais profunda: uma cultura em que as pessoas deixaram de saber falar umas com as outras. Com tanta coisa que temos para fazer, pouco tempo sobra para um exame regular de consciência sobre o nosso modo de viver em Deus e sermos comunidade em Igreja. Se as coisas estão bem assim, por que razão haveremos de mudar? Mas com todos os escândalos a acontecer, o crescente desânimo espiritual, o acentuar das visões radicais de vivência da fé, a necessidade de mudar tornou-se uma exigência da consciência. Mas se cedermos à pressa com que queremos mudar, arriscamo-nos a manter o ritmo que levou à crise antropológica em que nos encontramos."

Ler toda a crónica em Sete Margens 

sábado, 6 de novembro de 2021

O clima está a mudar - AGIR

Crónica de Miguel Oliveira  Panão 



O clima está a mudar. A culpa é nossa. As consequências não são animadoras. E os governantes que podem fazer alguma coisa para inverter esta situação falam muito, mas reconhecem a necessidade de agir. O papa Francisco também falar de agir. Até a newsletter que recebo do jornal Expresso usa a frase é “a hora de agir.” Vamos a isso! Mas... qual é mesmo o primeiro passo?
É comum pensarmos que agir significa somente arregaçar as mangas, pôr mãos à obra — como se costuma dizer — mas, enquanto não soubermos bem o que está em jogo, o nosso agir desorienta-se. Por exemplo, sabias que na Ásia o aumento das chuvas transporta mais sedimentos para os rios, tornando-os mais lamacentos, diminuindo a qualidade da sua água e da energia produzida nas barragens para irrigação? O resultado de uma água mais lamacenta serão os riscos que representa para a saúde humana e a qualidade da energia necessária para as pessoas da região viverem. Se o agir de hoje, em qualquer parte do mundo, levou a esta situação na Ásia, é urgente mudar o nosso agir para reverter esta situação que, um dia, poderemos sofrer a seu modo no lugar onde vivemos.
O agir humano provém da sua interioridade. O que vivemos dentro de nós influencia, de uma maneira quase incontrolável, o que fazemos fora de nós através do nosso agir. Por isso, talvez haja um agir interior correspondendo ao que podemos fazer para mudar a mente e o coração.

domingo, 13 de setembro de 2020

Experiência religiosa certa?

Uma reflexão de  Miguel Panão


Fará sentido usar as outras religiões para fazer valer as razões por nos mantermos ligados à nossa, ou desligados de qualquer uma? Não desconfio das religiões, mas das pessoas que consideram a sua como A “certa.” Não existem religiões certas ou erradas. Existem pessoas que têm a mente aberta para umas coisas, e fechada para outras. Existem pessoas com uma experiência forte numa religião, outras com experiências superficiais, e outras sem desejo ou intenção de ter qualquer experiência religiosa. Existem pessoas, simplesmente, e a humanidade faz-se mais de caminhos do que destinos. Penso serem mais importantes os desconfortos pelas diferenças nas experiências espirituais, do que os confortos provenientes de falsas certezas.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

SABER APRENDER – A estar de férias

Reflexão de Miguel Oliveira Panão


Há quem vá de férias para descansar de um período de trabalho, mas já me partilharam que foram trabalhar para descansar das férias. Onde está o equilíbrio? 

O equilíbrio talvez esteja no modo de viver os períodos de férias. Quantos não começam a pintar, sem serem pintores; escrever, sem serem escritores; cozinhar, sem serem chefs; a fazer desporto, sem serem desportistas; e tudo dá trabalho, mas não cansa. 
O lazer que dá trabalho possui elementos de frescura, novidade, estranheza, na linha de um conjunto de actividades criativas e acessíveis a todas as pessoas. E a experiência pode ensinar-nos muito a não marcar tanto a linha que divide o lazer do trabalho, de tal modo que os processos de aprendizagem em âmbito de lazer possam servir para encarar o próximo período de trabalho após as férias com um novo olhar.

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Foto da Ecclesia 

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

O Fim das Redes Sociais

Uma reflexão de Miguel Oliveira Panão

Miguel Panão

«A Europa foi pioneira na resposta aos excessos das redes sociais com o novo regulamento de protecção de dados, dando aos utilizadores mais controlo sobre a informação que os sites recolhem sobre eles. Mas isso não substitui uma aprendizagem ao auto-domínio, pois, além de regular os nossos dados, mais importante ainda é regular a nossa vida.
As redes sociais, tal como as conhecemos hoje, estão a morrer porque não nos ajudam a viver. Quando encontrarmos o modo justo de as usar, no desapego, e sem desviar a atenção plena sobre o olhar daqueles que estão diante de nós, talvez uma outra revolução aconteça. Qual?»

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