A ÁGUA - Fator de beleza e turismo

"No mundo que até hoje nos foi dado conhecer, nenhuma terra existe como a de Aveiro, onde a água tão sensivelmente tenha valorizado a paisagem e exercido uma decisiva influência nos usos e nos costumes de um povo. Pode recordar-se a Holanda, as rias do Adriático, os lagos do Norte da Itália, a ria de Valência, o curso do Reno, mas nada disto nos fala de uma união mais harmoniosa entre a água e o homem, mais íntima e mais sentimental do que na região aveirense.

Ao observarmos isto não temos o pensamento senão na vida de um povo simples que ama a água, a terra e o espaço com o mesmo fervor e adoração com que reza a Deus. Podem as civilizações operar maravilhas (a seu modo) e pode o homem, com toda a sua ambição, alterar a morfologia da paisagem através da sua obra de conquista e de progresso, sacrificando, assim a própria Natureza em favor de uma evolução que, para seu mal, não lhe tem dado paz nem felicidade. Pode tudo isto acontecer, e tem acontecido, mas será difícil, na terra de Aveiro, que a civilização destrua as suas razões etognósticas, modifique a sua etnografia e conspurque a sua beleza paisagística."

Daniel Constant 

Nota -  Excerto de um texto publicado na revista Aveiro e o seu Distrito,  n.º  1

Dia Marítimo Mundial

PORTO DE AVEIRO

O Dia Marítimo Mundial celebra-se na última semana de setembro. As festividades decorrem de acordo com a disponibilidade dos governos e das entidades envolvidas nas celebrações.

O objetivo da data é chamar a atenção para a importância da segurança na navegação marítima, das indústrias marítimas para o comércio mundial e da proteção do ambiente marinho.

Nessa linha, a nossa região costeira, em especial a Gafanha da Nazaré, não pode ignorar esta celebração, pois é na nossa freguesia, em especial, que estão situadas as principais instalações portuárias da região.  

Google - 25 anos a mostrar o mundo

 

O Google celebra um quarto de século a mostrar o mundo em todos os cantos da Terra. E talvez muito para além dela. Os meus votos de longa vida a todos os que o criaram e tornaram universal.

Plantas da Bíblia - Nos Jardins de Belém - Lisboa

Oliveira de Mouchão - Abrantes - 3350 anos

Para este mês recomendo um livro elaborado com trabalho e arte no âmbito da JMJ, por Maria Cristina Duarte, César Augusto Garcia, Arnaldo Espírito Santo e Ana Luísa Soares. Texto bilingue (Português e Inglês) publicado a duas colunas paralelas.

José Sá Fernandes, coordenador do Grupo de Projeto JMJ 2023, diz que este trabalho se insere no cerne do pensamento do pontificado do Papa Francisco, quando se refere à “fraternidade entre os povos” e à importância de cuidarmos da “Casa Comum”. E Belém, freguesia de Lisboa e um dos palcos da JMJ, local histórico “envolto em jardins”, foi escolhido para ser o “narrador das viagens das plantas propostas para este escrito”.

Américo Aguiar, bispo e presidente da Fundação JMJ 2023, sublinha que “Conhecer plantas, ir à sua procura, confirmar a sua resistência e existência, encontrar neste presente o seu passado, tudo são sinais de que uma geração deseja deixar um legado para o futuro em temos de ser melhores”.

No Prefácio, Luís Ferreira, Reitor da Universidade de Lisboa, frisa que este livro encerra todas as componentes das plantas, “a visão botânica e os seus usos, as suas associações à componente mais sagrada e espiritual do Homem, as suas representações sublimes nas mais diversas formas de arte”, nomeadamente, pintura, escultura e cerâmica, entre muitas outras.

Excelentes fotografias das mais variadas plantas e flores, com elementos descritivos elucidativos, são um regalo para os olhos e para as viagens reais ou imaginadas para os leitores.

Fernando Martins

Convite ao sonho

O Google oferece, frequentemente, convites ao sonho. Esta fotografia é só para nos lembrar que a beleza está um pouco por todo o lado, inclusive no mar, para nossa contemplação.

Ai as gavetas!

Foto de há uns 65 anos

A vida é como o tempo, sempre em mutação. E corre tanto que nem tempo nos deixa para olhar o passado, que é reviver.

Às vezes fico a recordar o que vivi, alegrias e tristezas, trabalhos e canseiras. Mas ainda trago para o presente amigos com quem partilhei emoções de passeios, de livros que lemos, de espetáculos que nos faziam pensar e rir, ao lado de emoções que permanecem até hoje.

Vem isto a propósito das fotografias a preto e branco, de pessoas e paisagens que nos entusiasmaram, metidas em caixas, de onde mais tarde hão de cair nos caixotes do lixo.

Que valem os velhos retratos amontoados em gavetas e caixas ao lado das fotografias a cores de todos os tons que possuímos nos telemóveis que as captam e editam, para não falar das extraordinárias formas de registo que as novas tecnologias, permanentemente em evolução, nos proporcionam a velocidades incríveis?

Fernando Martins