Mostrar mensagens com a etiqueta Perseguição. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Perseguição. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Intolerância ou perseguição?


A intolerância (ou devemos dizer perseguição?) multiplica, de forma assustadora, as suas manifestações. Há uma equipa de futebol feminino do Vaticano. O primeiro encontro internacional, depois da apresentação da equipa em jogo contra a Roma, foi marcado com uma adversária austríaca. Surpresa das surpresas: quando se entoava o hino do Vaticano, as atletas da casa levantaram as suas camisolas para mostrar palavras injuriosas de protesto contra posições católicas ligadas ao aborto e homossexualidade, complementadas por tarjas na assistência do mesmo teor. A equipa do Vaticano retirou-se de campo, antes daquele que teria sido o seu primeiro amigável internacional 
A direção do Mariahilf escreveu um comunicado, publicado na sua página oficial do Facebook, lamentando o incidente. Sincero ou apenas a pretensão de tapar o sol com a peneira? 

Querubim Silva 
Diretor do Correio do Vouga 

Nota: Texto transcrito do Correio do Vouga

sábado, 20 de outubro de 2018

Francisco ​​​​​​​em Pequim?

Anselmo Borges

1. A perseguição aos cristãos foi particularmente feroz durante a Revolução Cultural no tempo de Mao. Mas a situação está a mudar de modo rápido e surpreendente. Desde 1976, com a morte de Mao, as igrejas começaram a reabrir e há quem pense que a China poderá tornar-se mais rapidamente do que se julgava não só a primeira potência económica mundial mas também o país com maior número de cristãos. "Segundo os meus cálculos, a China está destinada a tornar-se muito rapidamente o maior país cristão do mundo", disse Fenggang Yang, professor na Universidade de Purdue (Indiana, Estados Unidos) e autor do livro Religion in China. Survival and Revival under Communist Rule (Religião na China. Sobrevivência e Renascimento sob o Regime Comunista). Isso "vai acontecer em menos de uma geração. Não há muitas pessoas preparadas para esta mudança assombrosa". 
Cresce sobretudo a comunidade protestante. De facto, a China tinha apenas um milhão de protestantes. Em 2010, já tinha mais de 58 milhões. Segundo Yang, esse número aumentará para cerca de 160 milhões em 2025, o que faria que a China ficasse à frente dos Estados Unidos. Em 2030, a população cristã total da China, incluindo os católicos, superará os 247 milhões, acima do México, do Brasil e dos Estados Unidos. "Mao pensava que poderia acabar com a religião. E julgava ter conseguido", diz Yang. "É irónico pensar que o que fizeram foi fracassar completamente." 
A situação parece preocupar as autoridades chinesas, que, por outro lado, não quererão 70 milhões de cristãos como inimigos. 

2. Os católicos serão uns 12 milhões. Desde 1951 que a China não tem relações diplomáticas com o Vaticano. Mas o governo chinês felicitou Bergoglio a seguir à sua eleição como novo Papa e exprimiu o desejo de que, sob o pontificado de Francisco, o Vaticano "elimine os obstáculos", para uma aproximação. Francisco declarou por várias vezes não só o seu apreço pelo povo chinês como o seu desejo de visitar Pequim. Por exemplo, disse aos jornalistas: "Estamos próximos da China. Enviei uma carta ao presidente Xi Jinping quando foi eleito, três dias depois de mim. E ele respondeu-me. Há contactos. É um grande povo do qual gosto muito." E que está à espera de um sinal para uma visita.