sábado, 2 de janeiro de 2010

PÚBLICO: Quem ia pescar bacalhau sofria e chorava, mas só para dentro, que chorar para fora era feio

Após 11 anos de proibição, os arrastões portugueses vão poder voltar a pescar bacalhau na Terra Nova, o lugar mítico onde nasceu uma das mais arreigadas tradições gastronómicas nacionais. Enquanto o peixe não chega, fomos ouvir as histórias de quem já por lá andou a pescar e sofrer




Navio-Museu Santo André

Quando, em 1943, fez a primeira campanha do bacalhau na Terra Nova, João Laruncho de São Marcos, o capitão São Marcos, com 90 anos feitos no mês passado, liderava um comboio de embarcações no qual seguiam vários lugres navegando à vela e dois barcos a motor, o São Ruy e o Santa Maria Madalena. Era segundo piloto numa embarcação com 125 homens, o São Ruy, e sentiu-se "chocado" por, em pleno século XX, se andar "ainda a pescar daquela maneira, sem nenhuma evolução".

"Os pescadores dormiam três horas e passavam 20 no mar, ao frio. Primeiro as mãos calejavam e depois gretavam e ganhavam pus por todos os lados. Mas tinham de continuar a trabalhar. Aquilo nem era considerado doença, era trabalho. Lavavam as mãos com água oxigenada e continuavam", conta.
O capitão São Marcos já tinha andado no Mediterrâneo, onde viu de perto a metralha do mundo em guerra, mas, nas paragens geladas do mar canadiano, reinava uma paz relativa. "Em Génova passei um mau bocado, mas na Terra Nova nunca houve confusão, apareciam era muitos destroços de navios afundados", recorda. Dentro dos homens, porém, a batalha naval estava apenas a começar. Esperava-os a dureza das condições de pesca, os frequentes ciclones, as tempestades que "custavam a gramar". "Mas nunca pedi nada a deus. Não acredito. Habituei-me, isso sim, a chorar só para dentro. Os homens choravam com o sofrimento, mas só para dentro, que chorar para fora era feio."

Por Jorge Marmelo

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Os 50 autores mais influentes do século XX

Perante esta relação de Os 50 autores mais influentes do século XX, não há dúvida de que temos lido muito pouco. Falo por mim e por muitos que gostariam de ler muito mais... Há, afinal, tantos autores que esperam por nós!

Edward Schillebeeckx, um teólogo feliz



Edward Schillebeeckx
Deus é um luxo

A última vez que o encontrei foi em 1988, em Nimega (Holanda). Recebeu-me na sua cela bem modesta, e, embora a saúde já não fosse particularmente boa, concedeu-me tempo para uma longa conversa. E foi aí que lhe lembrei a sua afirmação de que Deus não é uma necessidade, mas um luxo. Ele confirmou: "Sim. Abusou-se de Deus, da palavra Deus, no sentido de que Deus foi funcionalizado, posto em função do homem, da sociedade, da natureza... Ora, a natureza, o homem e a sociedade não têm necessidade de Deus para serem o que são. Mas, por outro lado, o luxo da nossa vida humana é, por exemplo, poder receber um ramo de flores. Não é uma necessidade. É um gesto completamente gratuito. É essa a grande experiência humana."
Edward Schillebeeckx morreu na véspera de Natal, no passado dia 23, em Nimega. Tinha 95 anos. Frade dominicano, foi um dos teólogos católicos mais prestigiados do século XX. Preparou e inspirou decisivamente o Concílio Vaticano II, concretamente nalguns dos seus documentos mais importantes, referentes à Revelação e ao diálogo da Igreja com o mundo. Ao velho aforismo "Fora da Igreja não há salvação", E. Schillebeeckx contrapunha: "Fora do mundo não há salvação." Co-fundador da revista Concilium, que continua a ser publicada em várias línguas, a sua influência impôs-se muito para lá da Teologia, tendo, por isso, recebido o Prémio Erasmus. Crítico da Igreja oficial, concretamente da política eclesiástica do Vaticano na nomeação dos bispos, para ter de novo uma Igreja uniforme, enfrentou por três vezes a Congregação para a Doutrina da Fé e denunciou os seus métodos. Definiu-se, no entanto, como "um teólogo feliz".

Junta da Paróquia da Gafanha da Nazaré


Igreja primitiva da Gafanha da Nazaré

No dia 2 de Janeiro de 1914 tomou posse a primeira Junta da Paróquia. Elevada à categoria de freguesia, em 1910, a Gafanha da Nazaré começa a ganhar forma de comunidade organizada. Os membros da primeira Junta têm nomes conhecidos. Tivemos o privilégio de conhecer alguns. Um deles, Manuel José Francisco da Rocha, era o meu próprio avô materno. Em ano de centenário, é justo pensar na homenagem que estes gafanhões merecem.

FM

Leia a Acta da tomada de posse aqui.

Para começar o dia, excerto da Mensagem de Ano Novo do Presidente da República




«O País real, que quer trabalhar, que quer uma vida melhor, espera que os agentes políticos deixem de lado as querelas artificiais, que em nada resolvem os verdadeiros problemas das pessoas.
É tempo de nos concentrarmos naquilo que é essencial, com destaque para o combate ao desemprego.
Não é tempo de inventarmos desculpas para deixarmos de fazer o que deve ser feito.
Estamos perante uma das encruzilhadas mais decisivas da nossa história recente. É por isso que, em consciência, não posso ficar calado.
Em face da gravidade da situação, é preciso fazer escolhas, temos de estabelecer com clareza as nossas prioridades.
Os dinheiros públicos não chegam para tudo e não nos podemos dar ao luxo de os desperdiçar.»




NOTA: Vamos ser optimistas, esperando que os Partidos assumam, em pleno, as suas responsabilidades patrióticas. Que aprendam a dialogar, para que o País não caia no descrédito. Resolvam os problemas, para que ninguém, de fora,  nos venha obrigar a traçar caminhos de sobrevivência.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Abri a minha agenda para assumir o tempo como dom de Deus que se faz história


S. João de Deus

AGENDA ABERTA

Abri a agenda de 2010 animado pela melhor confiança. E alguma inquietação expectante.
O futuro corre veloz e torna-se presente. Espaços em branco aguardam o horário laboral a ser oportunamente concretizado. Notas de rodapé fazem memória de pessoas e eventos históricos, situando-me na corrente dinâmica do tempo.
Logo no dia um, vem a aprovação, em 1571, da Ordem Hospitaleira dos Irmãos de São João de Deus que se dedica às pessoas com deficiências mentais profundas e a informação sobre o violento sismo nos Açores, em 1980. Numa coluna lateral, surgem “dicas” para reflexões pessoais, como a de Nossa Senhora no roteiro da paz dos povos. No cimo de cada página, indicam-se os dias da semana e o que de mais importante a liturgia celebra como maravilha de Deus e glória da humanidade.
Esta moldura ajuda-me a ir dando forma à minha agenda. Oferece-me as referências mais consistentes para me saber situar e dar sentido à minha vida. Ao ritmo de cada dia, irei escrevendo a parte visível da minha história: o uso do tempo, as prioridades destacadas, os compromissos assumidos, os encontros realizados, as experiências marcantes, os sonhos idealizados que tiverem de ser adiados, as horas de escuta da consciência e o acerto com as suas chamadas de atenção.

EXPRESSO coloca Jacinta no grupo dos dez melhores músicos da década



(Clique na imagem para ampliar)
A nossa conterrânea Jacinta, cantora de Jazz, faz parte, segundo o conceituado semanário EXPRESSO, do grupo dos melhores dez músicos da década. Todos nos congratulamos com esta distinção, ou não seja ela a artista que muitos de nós conhecemos. Os nossos parabéns para a Jacinta, com votos dos maiores e melhores êxitos no campo da arte que abraçou, com uma paixão só própria de uma grande personalidade .

FM

Mensagem de Bento XVI para a celebração do Dia Mundial da Paz

(Excertos)



«Se queres cultivar a paz, preserva a criação»


«Como ficar indiferente perante as problemáticas que derivam de fenómenos como as alterações climáticas, a desertificação, a deterioração e a perda de produtividade de vastas áreas agrícolas, a poluição dos rios e dos lençóis de água, a perda da biodiversidade, o aumento de calamidades naturais, o desflorestamento das áreas equatoriais e tropicais? Como descurar o fenómeno crescente dos chamados «refugiados ambientais», ou seja, pessoas que, por causa da degradação do ambiente onde vivem, se vêem obrigadas a abandoná-lo – deixando lá muitas vezes também os seus bens – tendo de enfrentar os perigos e as incógnitas de uma deslocação forçada? Com não reagir perante os conflitos, já em acto ou potenciais, relacionados com o acesso aos recursos naturais?»

«…é decisão sensata realizar uma revisão profunda e clarividente do modelo de desenvolvimento e também reflectir sobre o sentido da economia e dos seus objectivos, para corrigir as suas disfunções e deturpações. Exige-o o estado de saúde ecológica da terra; reclama-o também e sobretudo a crise cultural e moral do homem, cujos sintomas há muito tempo que se manifestam por toda a parte (8). A humanidade tem necessidade de uma profunda renovação cultural; precisa de redescobrir aqueles valores que constituem o alicerce firme sobre o qual se pode construir um futuro melhor para todos. As situações de crise que está atravessando, de carácter económico, alimentar, ambiental ou social, no fundo são também crises morais e estão todas interligadas. Elas obrigam a projectar de novo a estrada comum dos homens.»

PELA POSITIVA: 2009 em Balanço


Postal ilustrado da minha terra

Um pouco de tudo para todos os gostos


Não é muito fácil fazer o balanço do ano, relativo ao meu blogue Pela Positiva. Foram 1428 textos que publiquei, meus e dos meus amigos e colaboradores (a quem agradeço imenso a sua preciosa dedicação), mas também de organizações e serviços, de instituições e de pessoas que admiro, sobretudo ligadas ao mundo das artes, da espiritualidade e da cultura em geral.
Uns dias mais cheios que outros, mas sempre com o pensamento em manter viva esta forma extraordinária de partilha com muitos visitantes dos mais diversos cantos do mundo, conhecido e desconhecido.
Durante 2009 fiz amizades, cultivei o gosto pelo desafio de uma intervenção dinâmica na sociedade, alimentei o prazer de apostar em atitudes pela positiva, afugentando o pessimismo da vida que, afinal, vale a pena ser vivida.
Poesia, contos, reportagens, política, livros, religião, espiritualidade, fotografia, vídeos, saberes, sabores, gostos, desgostos, gente da nossa terra, pessoas notáveis e simples, música, tradições,  artistas, pintura, solidariedade, denúncia de injustiças, caridade, gestos de paz, protestos necessários, defesa dos marginalizados e dos feridos da vida, elogios a quem mereceu, viagens, sonhos, ilusões, anseios e projectos… De tudo um pouco aqui fica, na esperança de que sirva a alguém, a começar por mim próprio.
Projectos? Como não podia deixar de ser, vou continuar no Pela Positiva, enquanto tiver saúde e a amizade de tantos amigos e colaboradores.

Fernando Martins

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 164

PELO QUINTAL ALÉM – 1





AO QUE VIMOS...
A*

Padre João Vieira Rezende
José Tavares Afonso e Cunha
Frei Silvino Teixeira
Maria Teresa Filipe Reigota
Maria Donzília de Jesus de Almeida
Oliveiros Alexandrino Ferreira Louro

Caríssima/o:

Se Deus quiser, e nos der vida e saúde, iremos percorrer o Quintal e partir daí para mais além até onde a memória o permitir. Falaremos quase só de plantas; e não sendo lavrador, biólogo, membro de associação ambientalista ou ligado a qualquer movimento da Terra, expresso já as minhas limitações e adianto que apenas pretendo reviver raízes, folhas, frutos e sementes do passado, na esperança de podermos rasgar leivas no futuro!

Para facilitar a arrumação usaremos tão só as cinco vogais. Explico...

a. Falo do meu Quintal: já lá vão quase cinquenta anos de trabalhos canseirosos para que ao menos não falte a água a quem dela necessita; de vez em quando um corte parcimonioso, não se queixe a pobrezinha... Enfim, de cada planta guardo uma recordação, um sabor, um cheiro, uma arranhadela...

e. Saltarei até ao quintal-jardim da memória: será da Gafanha que vivi e nos mostrará a insustentabilidade de certos esquemas ditos ecológicos e de interesse local e regional...

i. Que nos oferecem as plantas? Ou que tirávamos para sobrevivermos?

o. Como todos temos um pouco de médico e de louco, as plantas alimentam essa nossa dimensão e invadem os nossos corpos nos chás e mezinhas que as nossas avós preparavam...

u. Nesta vogal guardarei o que for encontrando em poesias, romances, lendas, ...

Um exemplo de partida:

a. O nosso Quintal ali está à tua espera; claro, é diferente do tempo da minha Sogra que só ela o sabia cuidar como aprendera de seu Pai, o saudoso Manuel Passarinha, e de sua Mãe Mariana. Não havia palmo de terra que não se aproveitasse para dar cereal ou vegetal que se pusesse na panela ou fosse engordar a criação...

e. Ter quintal era privilégio; mas desde criança as nossas brincadeiras e malandrices giravam pelo quintal e arredores. E foi lá que aprendi com meu Pai – cheiros, ervas e flores! Também figos, uvas, laranjas, pêras e limões! Com que desvelo conversava com as árvores!

Recordo aquela vez em que a tosse de cão apertou e ele fez um melaço com as folhas da figueira da Índia! A colher levava à nossa boca bálsamo para a tosse... e estalo para a gulodice.

Foi o primeiro mestre.

Logo o chiar do carro de bois... Os lavradores nas terras da Borda dão lições de trabalho e de afinco mas é o seu gesto de lançar a semente e de cortar as raízes ao nabo que se fixam...

Na Escola é o Tio Vicente que nos interroga e deixa no ar um amor impossível que, pela vida fora, muitos amargos de boca tem provocado: o amor a uma árvore? A um quintal? À Natureza?

i. o. Nestes salto que não há planta...

u. O Tio Vicente interrogou-nos e curiosamente as dúvidas que foi plantando se mostram mais e mais pertinentes. Assim o conhecemos pela pena de Júlio Dinis:

Poesia de um grande poeta para começar o ano



Dias realmente úteis


Às vezes, demasiadas vezes,
a vida assemelha-se a uma repartição cinzenta,
onde os horários se cumprem sem empenho.
Estamos, mas fazemos sem compromisso íntimo.
Falamos e fazemos,
mas sentindo o nosso interesse noutro lado.
Vivemos, claro, mas com o coração distante.


Como é necessário tornar realmente úteis
os dias úteis!



Úteis não apenas por imposição do calendário.
Úteis, porque vividos com generosidade e sentido.
Úteis, porque não os atropelamos
na voragem das solicitações,
na dispersão das coisas,
mas sabemos (ou melhor, ousamos) fazer deles
lugar de criação e descoberta,
tempo de labor e de escuta,
modo de acção e de contemplação.



É preciso acolher o “inútil”
se quisermos chegar ao verdadeiramente útil.


José Tolentino Mendonça

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Boas Festas, com votos de um excelente ano de 2010




No cimo do meu blogue, em destaque, está uma frase interessante que veio num e-email de um fiel leitor e amigo. Dá, julgo eu, para pensar.
De facto, está em nós a resposta para muitos problemas de que nos queixamos no dia-a-dia. Será que somos, nós, os portugueses, pessimistas? Talvez. Pessimistas e habituados a protestar por tudo e por nada. A culpa dos males que nos afligem é normalmente dos outros. E para descarregarmos as nossas raivas, privilegiamos o Estado. O causador dos ancestrais atrasos em que estamos mergulhados, dizem. Mas, se pensarmos bem, até nem estamos.
Eu sei que dez por cento dos portugueses passam fome. Outros dez por cento estão no limiar da pobreza. E os restantes 80 por cento?
As notícias alusivas à passagem do ano dizem que os hotéis e os grandes centros turísticos estão cheios. Cheira-me a festa por todos os lados e não há casa mais ou menos remediada que não tenha hoje mesa farta para festejar a entrada no ano 2010.
Será uma forma de esquecer tristezas? Se calhar é isso. Mas no dia 2 de Janeiro, como manda a nossa tradição, depois da digestão bem feita, lá voltaremos às nossas queixas e protestos. Até à entrada do ano 2011.
Boas festas para todos.

Fernando Martins

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Valdemar Aveiro fala da Pesca do Bacalhau com paixão

A epopeia da Pesca do Bacalhau
não desmerece nada dos Descobrimentos 


Valdemar Aveiro, 75 anos, capitão da Pesca do Bacalhau, acaba de reeditar “80 Graus Norte – recordações da Pesca do bacalhau”, agora em formato clássico, com a chancela da Editorial Futura. Para além de capitão, “foi um grande pescador e um grande homem”, no dizer de um seu tripulante, que recordou, com emoção, conversas muito próximas com o seu amigo comandante, olhando o mar onde procuravam o fiel amigo com entusiasmo nunca regateado.
Tendo Aveiro por apelido familiar, nasceu em Ílhavo, mas habituou-se a conviver com gafanhões desde menino, com sete anos, quando acompanhava sua mãe, vendedeira, por terras da Gafanha. Depois casou na Gafanha da Nazaré e está na história da Pesca do Bacalhau à linha, e não só.
O seu gosto pela escrita remonta à sua juventude, quando os amigos lhe pediam que escrevesse cartas de amor para as suas namoradas. Contudo, nunca se arriscou a escrever ficção, porque a arte de criar personagens, como fazem os ficcionistas, não lhe está no sangue. Mas escrever e falar sobre a epopeia da Pesca do Bacalhau, “que não desmerece nada dos Descobrimentos”, é com ele. Para breve haverá um novo livro, onde recordará empresas, empresários, gente da nossa terra. Não se considera escritor, mas “um contador de histórias”
O seu entusiasmo pelas recordações de tudo quanto envolve a saga dos bacalhaus é paralelo à necessidade que sente pela preservação da nossa identidade, indissoluvelmente ligada ao mar, desde tempos anteriores à nossa nacionalidade.

Luta contra a pobreza vai começar a sério...



Não há ninguém dispensado
deste esforço de combate à pobreza e à exclusão

 
Portugal vai gastar em 2010 mais de 700 mil euros para colocar o tema da pobreza na ordem do dia e mobilizar a sociedade civil para o seu combate. Em entrevista à agência Lusa, a dois dias do arranque do Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza e Exclusão Social, o responsável pelo grupo de trabalho em Portugal, Edmundo Martinho, explicou, em traços gerais, os objectivos da iniciativa europeia. "Não se pretende que no final de 2010 não haja pobreza em Portugal, mas que tenha havido impactos muito fortes e que todos nós compreendamos que não há ninguém dispensado deste esforço de combate à pobreza e à exclusão", resume.
 
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A arte vem sempre a tempo


Os votos do Museu da Cidade de Aveiro para 2010 vieram com esta imagem, que partilho com os meus leitores. A arte fica sempre bem em qualquer sítio. Como aqui, no meu blogue. De mesmo modo, agradeço ao Museu da Cidade de Aveiro, que visitei tantas vezes em 2009, os votos que me remeteu, ao mesmo tempo que desejo a todos os amigos um ano de 2010 cheio de paz.


Blogue de Schoenstatt de Aveiro com actualização em dia

Vidas alegres e felizes

O Movimento Apostólico de Schoenstatt da Diocese de Aveiro também tem o seu blogue, que aposta em manter uma actualização constante. Ainda bem. Assim, quem quiser saber o que se projecta e faz ao nível dos diversos sectores schoenstattianos só tem que clicar no sítio certo em que ele mora. Jovens de todas as idades, menos jovens com a força dos mais novos, espiritualidade quanto baste para vidas coerentes e sadias, alegres e felizes, de tudo um pouco por ali se respira, à sombra do Santuário que tem Nossa Senhora por Rainha e o Padre Kentenich por conselheiro oportuno e actual. Vejam aqui.

FM

Vaticano recorda os 20 anos dos Simpsons


Irreverentes, escandalosos e irónicos,
desorganizados e profundos


“Ternos e irreverentes, escandalosos e irónicos, desorganizados e profundos, filosóficos e com traços até teológicos, síntese louca da cultura pop e da apática e niilista «middle class» americana”: eis os Simpsons segundo o L’Osservatore Romano, que evocou o vigésimo aniversário da série de desenhos animados concebida pelo norte-americano Matt Groening.

O jornal do Vaticano recorda que a família da cidade de Springfield ganhou 23 Emmys. Em 1999, a revista «Time» definiu-a como a “melhor série televisiva do século” e, nessa mesma edição, Bart fez parte da lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, no 46.º posto. No ano seguinte, conquistavam uma estrela na «Hollywood Walk of Fame».

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Cortejo dos Reis nas Gafanhas



Com os meus votos de Bom Ano

Depois do Natal, as gentes das Gafanhas começam a preparar, com mais intensidade, os Cortejos dos Reis. Tradição antiga que se mantém actual, apesar das solicitações hodiernas desafiadoras de outros interesses. O porquê de tudo isto não terá explicação fácil. A verdade é que, ano a ano, o povo sabe que tem de entrar nesta festa, acompanhando os Magos, sem camelos que os transportem mas com cavalos, que procuram o encontro com o Menino-Deus.
Há autos que recordam cenas bíblicas, cânticos a condizer com a quadra e presentes para o Menino. Só que, o Menino, desde que nasceu, nos ensinou generosidade e desprendimento dos bens terrenos, deixando tudo o que Lhe dão para as comunidades paroquiail que O adoram.
Esperando que os povos das Gafanhas se empenhem, como sempre o fizeram,  para que a festa seja o mais participada possível, aqui deixo os meus votos de Bom Ano Novo.

FM

Investigadores da UA avaliam potencial ecológico das massas de água costeiras e de transição



Uma equipa de docentes e investigadores do Departamento de Biologia da UA e do Centro de Estudos do Ambiente do Mar (CESAM) – laboratório associado – participa, com especialistas de outras unidades de investigação, no projecto que tem como objectivo avaliar o estado/potencial ecológico de todas as massas de água costeiras e de transição do país. Neste projecto, coordenado pelo Instituto da Água, I.P. (INAG), os peritos da UA têm a seu cargo a amostragem e análise do fitoplâncton, das populações piscícolas e dos invertebrados bentónicos.

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domingo, 27 de dezembro de 2009

Ainda a nossa ria e o Jardim Oudinot

Em primeiro lugar, boa tarde

Depois, como já disse, que o seu (nosso) natal tenha sido efectivamente como o descreveu.
A seguir, é para lhe dizer que, como de costume, as suas intervenções, oportunas e fundamentadas, são mesmo formidáveis.
Estou de acordo com o que disse acerca da ria, principalmente para os «gafanhões».
Eu sou do tempo em que ia à praia (algumas vezes ia daqui, de Valongo, de bicicleta) pela ponte de madeira e essa descrição do local do campo de futebol, parece que ainda o estou a ver, pois tenho a impressão que era perto do forte, onde está o «velho» farol.
É que além de muitas outras coisas, fiz parte do executivo da Associação Desportiva Valonguense e cheguei a ir a esse campo ver o futebol.
Isto era quando andava «muito doente». Curei-me, graças a Deus.
Por último e principalmente, a propósito do Jardim Oudinot. Confesso que não o conheço!
E depois, quando for grande e tiver uma máquina fotográfica como a sua, vou aí tirar umas fotos.
Que são excelentes, como as da Figueira!!!!!!!
Peço desculpa pelo desabafo, mas sou assim. O que é que hei-de fazer?
Um abraço e desejo de muita saúde e votos de melhor ano que o que está a terminar.

J. M. Ferreira

NOTA: Cometi um pecadito, ao publicar sem sua autorização o e.mail que me enviou, mas espero que me perdoe. Era para lhe pedir a absolvição, mas o meu amigo não tem poder para isso. De qualquer forma, o pecadito serve para partilharmos sentimentos. E como a amizade é dos tais sentimentos que valem muito... 
O problema maior é o pecado grave que me confessou... Então desconhece o Jardim Oudinot, a grande e bela sala de visitas do concelho de Ílhavo, que a Gafanha da Nazaré recebeu, porque a mereceu, com tanto carinho? Esse, sim, é que é um pecado pesado, que nem sei como hei-de perdoar-lhe! Como, porém, tenho por hábito perdoar, sobretudo quando aceito razões para a falta, vou conceder-lhe o perdão, se assumir como penitência a divulgação pública da promessa de uma visita ao Jardim Oudinot, logo que lhe seja possível! Se não vier, a penitência terá de ser mais pesada!
Um abraço, com votos do melhor ano da sua vida, esse que aí vem com o nome de 2010... 

Fernando Martins

Ligação ferroviária à área portuária inaugurada fora do prazo


O Jardim Oudinot é que nos vale


Gafanha da Nazaré quase sem ria à vista

A Gafanha da Nazaré nasceu envolvida pela ria. Os primeiros gafanhões eram agricultores, e, tanto quanto se sabe, da ria só usufruíam o que ela lhe dava sem grande esforço. Moliço para fertilizar os campos areentos, alguns peixitos e até marisco: cabozes, berbigões, a que chamavam cricos, mexilhões, amêijoas, burriés e pouco mais.
A ria era sua. Estava franqueada por todos os lados. Os gafanhões podiam nadar, pescar,  apanhar o arrolado, apreciar a beleza da paisagem lagunar. Na Marinha Velha, onde chegou a haver uma salina, com o mesmo nome, também existiu um campo de futebol, no sítio, mais ou menos, onde hoje mora o Porto de Pesca Costeira.
O progresso, contudo, tem os seus custos. A ria que era do povo passou a estar interdita ao mesmo povo. O polivalente Porto de Aveiro, com todas as suas vertentes (o único do país com essa característica) ocupou quase todos os acessos aos amantes da nossa laguna. Só de longe a podemos contemplar e receber dela aquele cheiro a maresia de que tanto gostamos.
De brinde, porém, deram-nos o Jardim Oudinot, com toda a sua beleza. Mas a ria, amigos conterrâneos, deixou de ser nossa, para pertencer ao desenvolvimento da região e do país. Do mal, o menos.
Com a ligação ferroviária ao Porto Comercial, a situação vai agravar-se. A linha do caminho-de-ferro vai estabelecer uma nova e mais firme separação entre a cidade e a ria. A inauguração, prevista para Novembro e depois para finais do ano 2009, não se concretizou, com rigor, nos prazos anunciados. Ficará para 2010, para então contribuir para a implementação da estrutura portuária. Nessa altura, com a barreira estabelecida, os gafanhões terão de procurar outros mirantes para desfrutarem do ar e da água da sua ria.

Fernando Martins


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