sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Rui Pinto cometeu crimes… E agora

É público que Rui Pinto cometeu crimes punidos por leis de todos os países democráticos, admito eu. Terá, naturalmente, de cumprir penas em Portugal, esperando-se que nos tribunais ele confirme e justifique tudo o que fez. Porém, estou com dúvidas, não sobre a criminalidade do jovem, que é, ao que parece, especialista de grau elevado em matérias desta natureza, mas sim no seguimento das suas denúncias. Rui Pinto é, segundo li na comunicação social, um fora de série nestas matérias da Internet. De tal forma que nem os técnicos das polícias conseguem penetrar nos seus segredos. 
A minha dúvida, para a qual não consigo resposta, está na legitimidade de os investigadores que o mantêm preso poderem usar os registos e acusações do jovem sobre o mundo do futebol, para se averiguar a verdade, doa a quem doer. 

F. M. 

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Georgino Rocha - Fazei-me Justiça, Senhor

Dia Mundial das Missões


«Hoje a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões,
 horizonte que nos convida a ir mais longe 
e ajudar quem mais precisa»

Jesus prossegue a missão de dar a conhecer o rosto de Deus e o seu Reino. Recorre a imagens fortes para interpelar os discípulos e abrir-lhes o coração às novas dimensões do seu proceder. Hoje, a liturgia apresenta-nos a parábola do juiz que não teme a Deus nem ama o próximo e a viúva pobre espoliada dos seus bens que pede justiça. Lc 18, 1-8. Juiz e viúva, figuras que comportam a mensagem que vamos meditar. Deus brilha na viúva pobre que não é escutada, apesar da insistência. O juiz representa aqueles que podendo não cumprem o seu dever, não deixam a sua acomodação. 
Jesus mostra-nos um Deus suplicante ao homem/mulher que cuidem bem da casa comum, da família humana e dos bens que a natureza comporta e produz. Jesus dá o exemplo do amor apaixonado com que Deus quer o respeito pela dignidade humana, as relações sociais cordatas, a paz alicerçada na justiça. Mas, infelizmente, a situação actual demonstra o contrário em tantas circunstâncias. Vamos mencionar algumas.
O referido contraste é radical, embora não pareça. Surge na parábola “da pobre viúva e do juiz iníquo” narrada por Jesus, a propósito da necessidade de fazer oração sem desanimar. Faz parte da sua pedagogia narrativa e visa provocar os discípulos. Manifesta a diferença abissal entre o proceder de Deus e o do juiz sem escrúpulos. Realça a figura da viúva incansável na procura da justiça que lhe é devida. “Retrata”, de algum modo, a situação lastimosa que vivemos ou nos salta à vista trazida pelos meios técnicos de comunicação.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Gafanha da Nazaré - "Mobilidade em Bicicleta"

Bicicletas na Escola Secundária (foto do meu arquivo)
António Rodrigues do projeto Gafe Bike Lab

A Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, com o seu Gaf Bike Lab, foi galardoada na XIV Edição do Prémio Nacional “Mobilidade em Bicicleta” na sessão que decorreu no Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Telheiras - Lisboa. 
Este prémio Nacional Mobilidade em Bicicleta é o culminar de um percurso de sucesso e de reforço e valorização da bicicleta, tão intrinsecamente ligada à identidade da Gafanha da Nazaré. 
Não pedalamos sozinhos para aqui chegar. Com orgulho e prazer destaco o empenho, dedicação e dinamismo dos docentes António Rodrigues e Teresa Pacheco, dos alunos, do Presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, Carlos Rocha, parceiro incansável e amigo dedicado, do Município de Ílhavo e Universidade de Aveiro e de elementos da comunidade. 
Parabéns Gafe Bike Lab por mais esta distinção e por terem elevado o nome da nossa Escola Secundária e da nossa freguesia. 

A Diretora, Maria Eugénia Pinheiro 

NOTA: Texto publicado no jornal TIMONEIRO de Outubro

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Costa escolheu 19 ministros... É muita gente!


Não tenho por costume meter-me na política partidária nos meus blogues. Deixo isso para os entendidos, que os há, com entusiasmo, entre nós, e não só. Contudo, não deixo de fazer “política” quando abordo outros temas. A política, afinal, está em tudo. Adiante… 
Hoje, porém, dou comigo a pensar sobre a constituição do Governo que o nosso indigitado primeiro-ministro anunciou. São 19 ministros para uma população de uns 10 milhões de habitantes. E se juntarmos aos ministros os secretários de estado e os secretários dos secretários, mais os subsecretários dos ministros e dos secretários, mais os burocratas que completam os gabinetes desses governantes todos, temos de convir que é muito pessoal a viver à custa do depauperado erário público. Estou convencido que no painel da governação, desta vez, não entram familiares, próximos ou afastados. Estarei enganado? 

F. M. 

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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Bento Domingues - Em mudança acelerada



“Se tudo continua igual, se os nossos dias são pautados pelo ‘sempre se fez assim’, então o dom desaparece, sufocado pelas cinzas dos medos e pela preocupação de defender o status quo.”

Papa Francisco


1. Poderá a hierarquia da Igreja Católica mudar não apenas de orientação, mas sobretudo a velha prática de adiar soluções urgentes para um futuro indefinido?
A pergunta é antiga e percorre toda a história de reformas dentro da Igreja. Eu próprio conheço esse lamento desde a minha juventude. Quando agora se diz que o Papa Francisco está a alterar perigosamente o rumo da Igreja, provocando muitas resistências e ameaças de cisma, há sempre quem acrescente, com algum cepticismo: são maiores as mudanças no discurso do que na realidade dos factos. Mais uma vez, está a perder-se um momento de graça divina e de inadiável necessidade eclesial.
Isto sabe a conversa de velhos: velhos conservadores e velhos progressistas. Não esqueço, no entanto, que foi de um velho, minado por doença incurável, que saíram as palavras e os gestos mais audaciosos no século XX. Foram os do papa João XXIII. Os seus sucessores não perceberam que a autêntica virtude da prudência abre luz verde à audácia das decisões ponderadas, superando a linguagem do oportuno e inoportuno. Para trás não há paz e não é do império da mesmice que se podem esperar soluções inéditas.
Se olharmos para a fotografia do Sínodo dos Bispos dedicado ao tema os jovens, a fé e o discernimento vocacional, 2018, temos a evidência de que não foi um sínodo de jovens. Foram bispos com idade de pais e avós a tentar entender os jovens sem, talvez, se darem conta que já não se trata dos jovens que eles tinham conhecido quando trabalharam – os que trabalharam – com essas idades. A cultura, que só pretende garantir o futuro repetindo o passado, não entende o espírito cristão: Eis que eu faço novas todas as coisas [1].​

domingo, 13 de outubro de 2019

As leis serão iguais para todos?




"Para os pobres, é dura lex, sed lex. A lei é dura, mas é a lei. Para os ricos, é dura lex, sed latex. A lei é dura, mas estica"



Fernando Sabino (1923-2004), 
escritor brasileiro

Li no PÚBLICO

NOTA: Transcrevo, com a devida vénia, porque é verdade. Vê-se a olho nu e não vislumbro forma de as nossas leis serem MESMO iguais para todos. A um pobre a lei aplica-se e o condenado, porque não tem dinheiro para enveredar pela justiça, pagando a bons advogados, está sujeito a ficar na cadeia. Um rico, com dinheiro a rodos e influências por todos os cantos, faz protelar as decisões dos tribunais  até o comum dos mortais se esquecer. E a vida continua. Ultimamente, não será tanto assim? Talvez, mas o avanços, no sentido de as leis serem iguais para todos,  são muito lentos...  Ou andarei enganado? 

Anselmo Borges - Sínodo para a Amazónia: um mini-Concílio Vaticano II


1. Começou em Roma no passado dia 6 e estará activo até ao próximo dia 27 o Sínodo para a Amazónia. Estão presentes 185 Padres sinodais, mas participam também membros da Cúria, religiosos e religiosas, auditores e auditoras, peritos, membros de outras confissões religiosas, convidados..., o que perfaz, em números redondos, 300 pessoas. 
Embora de modo expresso se dirija directamente só a uma zona determinada do planeta, ainda que extensíssima e tocando nove países (Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa), a sua temática -"Amazónia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral" - é universal e vai marcar este pontificado com um antes do Sínodo e um depois. Penso que estaremos num processo de recuperação da dinâmica do Concílio Vaticano II, um dos acontecimentos mais importantes, se não o mais importante, do século XX, para a Igreja e para o mundo. O Papa Francisco acentua que a sua missão fundamental é criar "processos" no tempo, irreversíveis, sem possibilidade de voltar atrás, a caminho de objectivos essenciais, que já vêm do Vaticano II. 

2. Destaco quatro desses pontos fundamentais, a debater no Sínodo e que influenciarão a Igreja universal. 

2. 1. Logo na terminologia. O Papa quer uma Igreja sinodal, isto é, na qual, como diz o étimo da palavra sínodo, se faça o caminho juntos. Repete constantemente: "a Igreja somos nós todos". Se é assim, o que é de todos deve ser partilhado por todos. Na véspera da abertura do Sínodo, aquando da imposição do barrete cardinalício aos novos cardeais, lembrou-lhes que não são príncipes, e pediu-lhes "lealdade" e "compaixão", também no sentido etimológico da palavra: partilhar as alegrias, as tristezas e as angústias de todos, a começar pelos "descartados", com os quais devem ser samaritanos, e que evitem ser "funcionários". Um desses novos cardeais, Cristóbal López, arcebispo de Rabat, sabe que assim deve ser, ao afirmar: "Os cristãos são todos iguais, o ser bispo ou cardeal não nos torna superiores a ninguém". Na Igreja, não pode haver duas classes: os clérigos e os leigos, pois toda a Igreja é uma Igreja de iguais, ministerial. 

É sempre bom sair de casa... mas às vezes


É sempre bom sair de casa, mas às vezes encontramos amigos que andam tristes. Antigamente, não era tanto assim. Mais novos, respirávamos ainda o ar de muita felicidade. Hoje, porém, encontrei um amigo de longa data numa situação dolorosa. Sua esposa faleceu há pouco tempo com 75 anos. Ainda há meses os vi numa celebração religiosa sem aparências de fragilidades. 
Os filhos, com as suas vidas, vivem longe, mas quando pode, aos fins de semana, vai visitá-los, alternadamente. Durante a semana vive sozinho com as memórias da esposa e os afazeres do dia a dia. Conheço outros casos e sinto que há bastante gente, homens e mulheres, na mesma situação. Eu sei que a roda da vida continua, mas é bom que nos habituemos a mudanças bruscas que podem  surgir, nas camadas mais idosas. 
Para o animar, lá fui adiantando que se envolvesse em tarefas que o ocupassem física e emocionalmente. O espírito precisa de ser dinamizado para alimentar a alma e animar o corpo. Felizmente, já  aconteceu, disse o meu amigo: uma instituição já o conquistou para trabalho voluntário. Ainda bem. 

F. M. 

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