sábado, 20 de fevereiro de 2021

Açores - Um mar tranquilo


Um mar tranquilo na ilha de São Miguel, no dia 5 de Junho de 2016, 15h33. E a sua tranquilidade tem como fruto a povoação lá em baixo, sinal de que o oceano não incomoda ninguém.

Covid-19 e Povo soberano


1.A pandemia do Covid-19 foi reconhecida em 11 de março de 2020, mas começou antes, aí por 20 de fevereiro. Já já vai um ano a marcar as nossas vidas com receios e muitas dúvidas. As vacinas rondam as nossas casas, mas ainda não recebi a ansiada convocatória para meu alimento de esperança.
Passo dias e dias a espreitar o telemóvel. Mas ele, por enquanto, nada me diz. Olho o céu, espraio horizontes, imagino liberdades, sonho com tranquilidades para mim e para os meus, mas apenas predomina uma quietude enfadonha, triste e chuvosa. É inverno aí está no calendário e na vida lutuosa de tantos. Chuva e frio proíbem sorrisos. Contudo, estamos vivos. No fundo, isso é que importa.


2.«Vejam a beleza e a riqueza desta simplicidade com que o povo faz valer a sua opção política, ora escolhendo um partido, ora outro, com naturalidade e determinação. E também com a convicção de que está a fazer o que deve, na hora própria, na certeza de que exerce um direito e de que o seu voto é absolutamente igual ao do Presidente da República ou de qualquer outro responsável.
O povo é soberano em democracia. O povo vota, o povo manifesta o seu contentamento ou descontentamento, o povo diz o que pensa, o povo protesta, o povo apoia, o povo retira o apoio, o povo diz, afinal, o que quer.
Em liberdade e ciente de que tem de ajudar a construir um futuro melhor para todos. Esta beleza e esta riqueza da democracia, que têm de ser mais valorizadas, já que estão em constante construção, precisam da ajuda de todos. Essa tarefa não acaba nas eleições.»

Escrevi isto em Fevereiro de 2005… depois dumas eleições

Fim do cristianismo na Europa? 1

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Quem nasceu num contexto de cristianismo tradicional talvez nunca se tenha dado verdadeiramente conta do que o cristianismo significou na história.

1 Na sua base, está Jesus de Nazaré, que nasceu uns quatro ou seis anos antes da nossa era - isto deve-se a um engano do monge Dionísio, o Exíguo, encarregado de estabelecer no século VI o novo calendário. Filho de Maria e de José, teve uma juventude despercebida, trabalhou duramente em vários lugares como artesão. Foi discípulo de João Baptista, por quem foi baptizado, mas fez uma experiência avassaladora de Deus como Abbá (querido Papá), que o chamava a anunciar e a testemunhar o seu Reino, o Reino de Deus, Reino da verdade, da justiça, do amor, da alegria para todos. Uma notícia boa e feliz. A vida pública foi curta.
Em Jesus, o Reino de Deus estava actuante. Preocupou-se com a saúde das pessoas, com que não passassem fome. Curou doentes, física e psiquicamente doentes. Comia com prostitutas e pecadores públicos. A causa de Deus é a causa dos seres humanos e, por isso, proclamava com os profetas estas palavras postas na boca de Deus: "Ide aprender: eu não quero sacrifícios, mas justiça e misericórdia." Ousava declarar: "O Sábado é para o Homem e não o Homem para o Sábado": a saúde, a justiça, a misericórdia, estão acima do culto. Por isso, entrou em conflito com o Templo, os sacerdotes, os escribas, os doutores da Lei... Assim, Jerusalém e Roma uniram-se, numa coligação de interesses religiosos e imperiais, para o crucificar. Ele podia ter negociado, mas não: foi até ao fim, para dar testemunho da Verdade e do Amor.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Recordações e saudades


1. Hoje, numa rápida revisão ao meu blogue, à cata de alguma falha, que as encontro sempre que procedo a este exercício, pude evocar o que escrevi quando saí de um internamento para tratar os ouvidos, de que padecia. Recuperei um pouco, mas perdi, para sempre, 30% da minha capacidade auditiva. Foram 12 dias de tratamentos e exames feitos por considerados especialistas da época, os tais que procediam a implantes cocleares. Crianças surdas que passaram a ouvir e com quem me cruzava nos corredores do hospital, assistindo às suas naturais brincadeiras. Ali fui assistido, diariamente, também pelo meu médico assistente, que nunca deixou de me animar. Reli o que então escrevi quando regressei a casa, em Fevereiro de 2006. Como me soube tão bem reviver as ótimas impressões que encheram os 12 dias que passei no Hospital dos Covões. E como gostei de ver a homenagem prestada ao poeta António Aleixo.



2. Começou anteontem a Quaresma. Participei, via Facebook, à cerimónia da bênção e imposição das cinzas, a que presidiu o nosso prior, Pe. César Fernandes, que celebrou como se a Igreja Matriz estivesse cheia de fiéis. Com a mesma dignidade como se impunha. E tive saudades dos irmãos na fé. Pela minha mente passaram rostos conhecidos, sorrisos de amigos, palavras de tantos à entrada e saída do templo. Realmente, sempre participei nesta minha comunidade nas mais diversas celebrações. Conheço a Matriz desde menino e assisti a diversas obras de adaptação, renovação e conservação. Mas a minha Igreja também, e sobretudo, são os crentes que a enchem e lhe dão vida. E por isso senti saudades. O regresso, se Deus quiser, estará para breve.

Fernando Martins

Convertei-vos e acreditai no Evangelho

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo I da Quaresma 

«Jesus vence a tentação e rasga horizontes ao nosso peregrinar. É livre, confirma o baptismo recebido, adere confiadamente ao projecto de Deus Pai. Como Ele estamos em trânsito no deserto da vida. A meta já se vislumbra. Ele já a viveu na sua Páscoa. Para lá caminhamos seguindo os seus passos. A isto nos convida o tempo quaresmal que a Igreja nos propõe.»

É impressionante o que acontece a Jesus, após o baptismo. Imediatamente, se dirige ao deserto onde fica quarenta dias. Fá-lo “impelido” pelo Espírito Santo que sempre o acompanhará ao longo da sua missão. Mc 1, 12-15. Também a nós o Espírito nos conduz ao deserto e nos faz ver as tentações que nos habitam: “eu sei, eu posso, eu tenho; .., as tentações de não olhar, de fugir, de dissimular e esconder, de não ouvir o que não nos agrada”. Sempre o meu eu referencial.
É esclarecedor e provocante o motivo que o leva ao deserto: ser tentado por Satanás, a figuração por excelência das forças do mal. A tentação assalta-o ao longo de quarentas dias, o tempo da sua estadia entre animais selvagens, com os quais convive em harmonia. Vencida a tentação, surge o apelo/exortação: “Convertei-vos e acreditai no Evangelho”
O deserto e a tentação surgem como metáforas da realidade humana. Hoje, revestem as formas da nossa situação histórica e social, da nossa cultura fragmentada e subjectivista, da nossa economia precária e subjugada, da nossa religião predominantemente pendente do gosto do “cliente” e das tradições.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Aldeias e Vilas Medievais - Marialva



Marialva vai buscar o seu nome à ribeira e as suas raízes à História de Portugal. Dos romanos aos árabes, passando pelo despovoamento provocado pelas lutas da Reconquista, a fixação do povo judeu ou a história do Conde de Marialva, as crónicas são inúmeras e são contadas pelas ruas, edifícios, monumentos e detalhes desta localidade.

Proposta da Via Verde para um passeio e visita.

Dias melhores virão

O tempo 


1. Acordei hoje como de costume na esperança de ver sol a brilhar, o que me faz sorrir para a vida. Dei de caras com a chuva e algum frio que me deixaram macambúzio e sem vontade de falar. Outros dias melhores virão, certeza que tenho confirmado ao longo da vida. Feitos os preparativos matinais, pensei na forma de viver mais animado o confinamento. Não sou dos que vivem, diariamente, o teletrabalho para no fim do mês terem o pão de cada dia, mas sei que o trabalho, seja ele qual for, nos realiza como seres humanos. No fundo, o trabalho/teletrabalho é o contributo que damos a sociedade, ao mesmo tempo que pomos de lado a estagnação e a morte lenta.

Faleceu o Pe. Arménio, segundo coadjutor da Gafanha da Nazaré

Pe. Arménio
2. Manhã cedo, li a notícia do falecimento do Pe. Arménio Pires Dias, que exerceu o seu múnus sacerdotal, como coadjutor do Pe. Domingos Rebelo, então nosso prior. O Pe. Arménio foi o segundo coadjutor do nossa paróquia, sucedendo, logicamente, ao primeiro, o Pe. António Dias da Silva Vidal, que mais tarde abandonou o sacerdócio. Nunca mais me encontrei com ele, que era, aliás, pessoa muito simpática.
O Pe. Arménio, com quem me encontrei inúmeras vezes ao longo da vida, foi pároco de Cedrim, Paradela e Pessegueiro do Vouga, no arciprestado de Sever do Vouga. Depois rumou a Salreu onde ficou até 2020. Resignou por motivos de saúde. O seu funeral será amanhã, em Salreu, pelas 14h30, indo depois para Fermentelos, sua terra natal, onde será celebrada uma missa, pelas 16h30, seguindo depois para o cemitério local.
Fica-me na memória o seu viver simples, o sorriso franco do acolhimento e a cultura da bondade. Que Deus o acolha no seu regaço maternal.

Fernando Martins

Etnográfico não fechou portas durante a pandemia

José Manuel no Museu do Etnográfico

O Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN) respeita as regras impostas pela pandemia, mas não aceita desânimos nem desiste do seu amor à etnografia. Sabe que tem responsabilidades perante o nosso povo e a Federação do Folclore Português, razão por que não pode virar as costas ao trabalho de mais de 40 anos, nem quer fechar as portas a todo um labor de pesquisas, estudos e divulgação das nossas raízes legadas pelos nossos avós.
Suspensas as dinâmicas de ensaios e participação em várias atividades, com compromissos que envolviam cerca de 60 mil euros, para o ano 2020, o Etnográfico cancelou ensaios do grupo e das danças de salão.

GEGN na Inauguração da Casa da Música

Em Agosto, para lembrar o Festival do Bacalhau, o GEGN organizou um Take away de bacalhau, que foi um sucesso, «para que os nossos amigos pudessem consolar-se com o fiel amigo», o que permitiu «amenizar um pouco a falta de receitas», necessárias para as despesas fixas, garantiu-nos o presidente da Direção, José Manuel Pereira.
Em Setembro, recomeçaram as aulas de música numa sala com mais de cem metros quadrados, «o que permite manter o distanciamento físico entre alunos e professores». E os participantes em danças de salão passaram a treinar exercícios físicos, respeitando as leis impostas pelo coronavírus.
Com a suspensão dos festivais de folclore, o GEGN «virou-se para a Casa Gafanhoa, integrada no Museu Marítimo de Ílhavo, pondo mãos a obras de beneficiação», nomeadamente, «reconstrução de mobiliário, alfaias agrícolas e de marinhas de sal, pinturas nas paredes das zonas do celeiro, alpendre, casa do tanque, pátio, zona de entrada, cozinha do fumo e cozinha interior», frisou José Manuel.
Referiu, entretanto, que a Câmara Municipal de Ílhavo, como proprietária do edifício, se comprometeu a pagar as despesas relacionadas com as obras exteriores, incluindo o telhado, cujos trabalhos foram entregues a um empreiteiro, já que «o grupo não tem gente qualificada para a execução dessas tarefas».
Outros trabalhos, mais relacionados com a história do Etnográfico, estão a ser executados, organizando um arquivo com todo o material que existe na sede e outro que venha a ser oferecido.
O presidente do GEGN fez questão de salientar que não há motivos para admitir a desmotivação geral dos componentes do grupo «porque todas as vezes que foram solicitados responderam ao chamamento» para as mais variadas funções.

Fernando Martins

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Cáritas Diocesana com nova direção

João José Barbosa

No dia 11 deste mês, nas instalações da Cáritas Diocesana, o Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, deu posse à nova direção da Cáritas, liderada por João José da Maia Vieira Barbosa. Acompanham-no, neste serviço em prol dos mais desfavorecidos da Igreja Aveirense, pessoas com qualidades à altura das circunstâncias. São elas: Ana Maria Isaías Nunes de Almeida (Secretária), Manuel Pereira Pacheco (Tesoureiro), Francisco Manuel Vale dos Santos (Vogal), Manuel António Coimbra Nunes da Silva (Vogal), Ricardo Jorge da Veiga Mendes Vara Cavaleiro (Vogal) e o Diácono Permanente Fernando Sousa Alves da Silva (Assistente Eclesiástico).


Bispo de Aveiro dá posse à nova direção da Cáritas

O presidente cessante, Diácono Permanente José Alves, agradeceu na cerimónia de posse todo o apoio que lhe foi dado durante os vários mandatos que exerceu, lembrando que os tempos que estamos a viver, provocados pela pandemia, trazem novos desafios à caridade cristã. "Há pobres, necessitados e pessoas excluídas", frisando que "nó estamos presentes".
João José Barbosa, o presidente empossado, citando o Papa Francisco, disse que a solidão, os medos e a insegurança das pessoas, que se sentem abandonadas, devem ser a principal preocupação da Cáritas.
D. António Moiteiro afirmar que a Cáritas Diocesana é o rosto da caridade da nossa Igreja diocesana e que ela deve ter como preocupação, não apenas a nossa cidade e concelho de Aveiro, mas sim toda a Diocese. E adiantou que é necessário fortalecer os "Grupos Cáritas" e a sua ação nas nossas paróquias, de modo que ninguém fique excluído da atenção e carinho da Igreja.

Fonte: "Correio do Vouga"

Segunda Quaresma em tempo de pandemia

Da Quaresma de 2020



Sem dificuldades, associo a Quaresma aos dramas provocados pelo COVID-19 nos tempos em curso. Tempos de medos e angústias, de silêncios e reflexões, mas também de esperanças, que depois da tempestade vem a bonança.
O nosso mundo foi surpreendido por uma guerra ainda sem fim à vista, não com armas sofisticadas criadas pelo homem, mas por uma arma invisível capaz de aniquilar vidas sem conta, resistindo aos apelos dos sofredores, às orações dos crentes e à inteligência dos cientistas. Sucedem-se os medos, multiplicam-se as receitas e os conselhos médicos, aceitam-se as decisões dos governantes e isolam-se as pessoas entre paredes das suas habitações, mas as tréguas teimam em não surgir.
Em casa, como milhões de pessoas de todo o universo, haverá razões para todos refletirmos sobre a Quaresma que temos em curso. Sobre a oportunidade que nos é dada para a partir dela reestruturarmos novos estilos de vida, em família e na sociedade, no sentido da construção de uma paz mais duradoira, mais solidária, mais voltada para a natureza e para Deus, que está em tudo e em todos, como cremos.

Fernando  Martins

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Carnaval sem graça


Todos sabemos que hoje é dia de Carnaval. Segundo as tradições de cada terra e gentes, o Carnaval era sempre vivido entre o domingo anterior e o verdadeiro dia de Carnaval, terça-feira,  que antecede o princípio da Quaresma. Mas desta vez, por razões óbvias, nem dele me lembrei. Só agora é que alguém me perguntou: — Mas hoje não é o Dia de Carnaval?
É claro que é, mas as máscaras são outras. Contudo,  certas forças bloquearam a minha memória, ficando eu numa  “tranquilidade” monótona e sem horizontes para além da espera do dia da vacina que me permitirá viver mais tranquilo, porque sem medo do contágio do Covid-19. Como a vida é! De um dia para o outro, sentimo-nos fechados ao mundo, a hábitos, a tradições, a vivências, a alegrias e a recordações. E por aqui ficamos, apáticos e sorumbáticos. Amanhã entraremos na Quaresma que nos prepara para a Páscoa. E outras festas se seguirão. Com máscaras que nada têm a ver com o Carnaval.

F. M.

Aldeias e Vilas Medievais - Longroiva


 
Localizada na Beira Interior, perto do rio Côa, Longroiva remonta ao tempo da pré-história, tendo por ela passado romanos, visigodos e árabes. Mas é pelo testemunho da época dos Templários que Longroiva é hoje mais conhecida.
Do castelo já pouco resta, para lá de uma grande torre. Mas esta fortificação, classificada como Monumento Nacional, continua a ser um marco incontornável desta aldeia, a que se lhe junta o antigo pelourinho e a igreja matriz para contar mais um pouco da sua história.


NOTA: Sugestão de passeio e visita da Via Verde

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Costa Nova - Peixes saltaram para a rua









Na Costa Nova do Prado, uma das nossas praias com mais história, quem passa pode admirar os peixes que resolveram saltar para a rua para nos lembrar que a ridente zona balnear não é só praia e ria. Também é terra de pescadores e de ricas caldeiradas.

GDG - Inauguração do campo de treino

Para recordar uma efeméride




O Complexo Desportivo do GDG inaugurou neste dia de Fevereiro de 2009 os campos  de treino, relvado sintético e pelado. Já lá vão uns aninhos e eu estive lá para testemunhar o melhoramento. Quem viu nascer o Grupo Desportivo da Gafanha e o acompanhou durante tanos anos, gosta de evocar datas que mostram à saciedade  o progresso desta instituição que mais atletas envolve no concelho de Ílhavo e, porventura, na região.

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Dia dos Namorados

O que escrevi há 16 anos

Hoje, 14 de Fevereiro, é Dia dos Namorados. O que é que isto significa? Que nos outros dias do ano não há dias de namorados? Não, obviamente. Significa, a meu ver, que este dia serve, ou deve servir, de forma especial, para os namorados pensarem um pouco sobre se têm aproveitado o namoro, nos seus encontros normais, para se conhecerem bem, construindo, assim, paulatinamente, mas com segurança, o amor que os há-de unir para sempre. Amor apoiado na compreensão mútua, na aceitação das qualidades e pequenos defeitos de ambos, no crescimento constante e seguro do entendimento entre o casal, rumo a um casamento com futuro garantido ou à manutenção do mesmo.
Penso que a felicidade tem de ser construída pelo casal no dia a dia, muitas vezes à custa de alguns sacrifícios, mas também de muita tolerância, num ambiente de partilha de responsabilidade, do cultivo dos afectos. E tendo em conta, permanentemente, que o amor de hoje tem de ser sempre superior ao de ontem e muito inferior ao de amanhã. São os meus votos para todos namorados, de todas as idades.

Fernando Martins

Aldeias e Vilas Medievais - Lindoso



É conhecida como a “Aldeia dos Espigueiros”, tal é o número destas estruturas que se podem ver por aqui. São 120 ao todo e testemunham uma vida comunitária.
Pela proximidade à fronteira com Espanha, Lindoso teve um papel relevante nas lutas pela independência nacional e a grande representação disso é o Castelo de Lindoso, onde pode entrar gratuitamente e visitar o núcleo museológico.

Proposta de visita da Via Verde

Deus enfraquece a energia humana?

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

Quero deixar, aqui, o testemunho de uma grande obra literária, na qual a religião é a própria cura de quem a pratica.

1. Carlos Drummond de Andrade, no grande poema-crónica Prece do brasileiro, por ocasião da Taça do Mundo (1970), termina: “Nem sei como feche a minha crónica.” Eu, pelo contrário, não sei como abrir a minha. Não por falta de assunto, mas por excesso de motivações religiosas contraditórias.
Chegam-me, continuamente, pedidos para rezar por doentes em situações extremas e pelas famílias que não puderam acompanhar os últimos momentos das pessoas que mais amavam, por causa da covid-19.
Recebi também alguns telefonemas, culpando a religião e a Igreja pelas cedências do Presidente da República, dos deputados e do Governo ao sentimentalismo piegas do Natal. Cedências responsáveis por muitas mortes e o completo descontrole no combate à difusão da pandemia.
Esta conversa, embora muito repetida, parece-me bastante descontrolada.
Para certas correntes culturais, as religiões foram, são e serão sempre, em toda a parte, fontes e sistemas de alienação da responsabilidade humana. Não vale a pena reconhecer o bem fundado de muitas das acusações e das suspeitas desenvolvidas, no longo processo contra as religiões; nem adianta mostrar que esse processo talvez esteja mal desenhado, semeado de confusões e de esquecimentos essenciais à condição humana.

Enquanto o tempo é tempo


Por gentileza de Aida Viegas 

Enquanto o tempo é tempo
Eu quero aproveitar
Cada segundo mais
Que tenho, para amar.

Enquanto posso olhar o céu
Sentir bater meu coração
Ouvir a voz de quem eu amo
Ouvir cantar as aves
Cair a chuva, zoar o vento
Quero desfrutar de cada instante
Tonar cada momento deslumbrante.

Enquanto eu me poder expressar
Quero dizer que sou feliz
Dizer que a vida é bela
Dizer quanto te amo
Falar, olhar, sorrir e abraçar
Contar estrelas
Espreitar a lua, ver o seu luar
Olhar o céu, ouvir e ver o mar.

Não quero chorar
A água que correu
O tormento que senti
O vento que passou
Palavras que esperei e não ouvi
Mas desejo esquecer
Tudo o aquilo que tive e que perdi.

Não vou desperdiçar
Elogios, sorrisos, saudações
Ternura, abraços, beijos
Para tornar claros
Rasgar e por a nu
Meus secretos desejos.

Não quero levar penas
Não quero levar mágoas
Nem segredos nem tristezas
Nem raivas nem remorsos
Só quero as alegrias
Dos dias que vivi
Alegres venturosos
No tempo em que sorri.

Enquanto eu for dona
Do uso da razão
Não vou deixar passar
A vontade de, a todos
Estender a minha mão
A quem me ofendeu
A quem me fez chorar
A quem me fez sofrer
Ou me roubou o pão
Quero o gosto e a alegria
De oferecer o meu perdão.

Quero dizer: Senhor
Obrigada pela vida
Que me deste pra viver
Como a geri, aproveitei
Desperdicei, ou joguei fora
Só Tu o sabes em pormenor
Os propósitos que falhei
As lutas que travei
As batalhas que perdi
Só Tu podes julgar
Sabendo que ao viver
No âmago do meu ser
Na esperança do meu crer
Estava, esteve sempre
O desejo ardente de Te amar.

Aida Viegas 
 17/Abril/2020

 

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