sábado, 22 de janeiro de 2022

São Vicente - Patrono dos Diáconos Permanentes de Aveito

Em ambiente de confinamento,
mais uma vez

São Vicente

Celebra-se hoje, 22 de janeiro, o dia de São Vicente, padroeiro de Lisboa e, decerto, de muitas outras terras ou comunidades. Em Aveiro é patrono dos Diáconos Permanentes, cujo primeiro grupo foi ordenado em 22 de maio de 1988, na Sé de Aveiro, em cerimónia presidida por D. António Baltasar Marcelino. A propósito desta data, que nunca esquecerei por pertencer àquele grupo, recebi hoje algumas notas e palavras de quem está atento à vida da Diocese de Aveiro, em que evocam o Dia do Diácono na Igreja Aveirense vivido num domingo próximo do padroeiro da capital portuguesa.
Contando com a participação dos diáconos disponíveis e suas esposas, bem como do presbítero assistente, o encontro é sempre um dia de reflexão, de celebração eucarística e de convívio, preciosos contributos para alimentar o espírito fraterno indispensável na vida e na missão evangelizadora da Igreja.

O Outono no Inverno

 


O Outono no Inverno sabe bem. É quente e sóbrio.  E encanta-me  neste dia de vento e frio. Bom fim de semana para todos.

Tudo profano, tudo sagrado

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias 

O ser humano é tão religioso quando reza como quando estuda ou realiza qualquer outra dimensão do seu ser

Embora simplificando muito, pode-se dizer que ao longo da história da humanidade reflexiva se impuseram três concepções fundamentais de mundo. Assim: uma concepção dualista: na raiz, há dois princípios - o princípio do bem e o princípio do mal; uma concepção monista: em última análise, há só a matéria, ou Deus e a Natureza fazem uma só realidade; o monoteísmo: o Deus transcendente e pessoal, absolutamente perfeito em si mesmo, criou o mundo a partir do nada.
Porque é que Deus criou e continuamente cria? Apresentou-se permanentemente como razão da criação a maior glória de Deus. Mas um Deus que criasse para a sua maior glória seria um Deus carente e egoísta, portanto, um Deus contraditório, um Deus que não é Deus. Assim, Deus não criou pelo seu interesse, mas apenas para o bem e a felicidade das criaturas. O único interesse na criação é o bem-estar e a realização plena das criaturas.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

D. Júlio Tavares Rebimbas: Exposição e fotobiografia

No Centro de Religiosidade Marítima
até 15 de agosto, com visita gratuita

Cem anos após o nascimento de D. Júlio Tavares Rebimbas, o Centro de Religiosidade Marítima, polo museológico do Museu Marítimo de Ílhavo, inaugura uma exposição foto biográfica, na qual se realçam as qualidades de padre exemplar, nos 16 anos empenhados como prior em Ílhavo, e de um Bispo e Arcebispo com dons de eleição, nas Dioceses do Algarve (1965), Lisboa (1972), Viana do Castelo (1977) e Porto (1982).
A exposição “D. Júlio Tavares Rebimbas: centenário, exposição e fotobiografia” reúne memórias e objetos do sacerdote querido dos ilhavenses, permanecendo no Centro de Religiosidade Marítima até 15 de agosto, com visita gratuita.

Há horas para tudo

Há horas para tudo, principalmente na minha idade. Não me dou bem com euforias e muito menos com desânimos. Fico no meio termo. 
Porque estou confinado, que outra atitude não posso assumir face às notícias com que somos bombardeados a toda a hora sobre os efeitos perversos do Covid-19 e seus derivados, fico preocupado e torno-me mais cuidadoso. 
Para não falar mais do mesmo, volto-me para quem carinhosamente me acompanha em horas de maior isolamento. A Nina torna-me num privilegiado. Só me deixa por razões de força maior: comer, beber e tomar ar. E ali está junto aos livros. 
De vez em quando, desaparece, escondendo-se no meio deles. Será que anda envolvida em leituras de seu interesse?

Olhos fixos em Jesus atraídos pela Sua Palavra

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo III do Tempo Comum


A pandemia, paradoxalmente, refina o desejo de partilhar da “ceia do Senhor”, fonte e ápice da vida cristã, sacramento dos sacramentos, lugar experimental de um novo modo de viver na Igreja e no mundo

A leitura que Jesus faz na sinagoga de Nazaré, sua terra de referência, desperta a atenção da assembleia, a ponto de todos ficarem encantados e fixarem nele o olhar. A que se deverá esta atenção expectante dos presentes e esta fixação convergente de olhares? Lc 1, 1-4: 4, 14-21.
Ao facto de ser um conterrâneo recém-chegado a fazer a leitura, ele que regressava do rio Jordão, onde se tinha feito baptizar, começando a sua vida pública? Ao texto escolhido e proclamado, certamente bem conhecido, pois faz parte do livro escrito por um profeta anónimo, pelos anos 537-520 e colocado sob a autoridade de Isaías? À mensagem tão contrastante, então como agora, que convida a uma viragem interior completa: os desanimados para alimentarem a esperança, os abandonados para acreditarem que são reintegrados, os pobres e oprimidos para confiarem na libertação que se aproxima? Ao jeito e à posição de Jesus que atraía e insinuava a boa notícia contida na passagem anunciada? À afirmação inicial da sua homilia: “Hoje, cumpriu-se a mensagem da Escritura que acabais de ouvir”?.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Aveiro - Na memória de Mons. João Gaspar

“Quando penso na história milenar de Aveiro e da sua região, logo assoma em mim a rara sensação de uma estranha e única composição de terra, de água, de sol, de ar e de luz, que, no rodar da existência, é difícil encontrar em qualquer outra parte. As vagas do Atlântico, as ondinas da ria, as velas dos barcos, as proas dos moliceiros, o remanso do Vouga, a beleza dos horizontes, a pujança dos campos, o verde das florestas, o contorno das serranias, a diversidade das povoações, o primor dos edifícios, o sinuoso das ruas, a singularidade dos costumes, a característica do folclore, a animação das festas, a galhardia dos cortejos, o sentimento das devoções, a originalidade das maneiras, a esperança das famílias, a traquinice das crianças, o entusiasmo dos jovens, a faina dos marnotos, a labuta dos agricultores, a canseira dos trabalhadores, a preocupação dos empresários, o talento dos letrados, a formosura das mulheres, o altruísmo dos voluntários, a coragem dos mártires, a vida das terras, a graça das gentes…”

In NA MEMÓRIA, do livro de Mons. João Gonçalves Gaspar

À nossa volta

Pintura de uma jarra 

Com a pressa da vida, nem sempre nos damos conta do que existe de expressivo à nossa volta. Há sempre algo que nos distrai, nos chama para isto e para aquilo e nos rouba o tempo e a liberdade de apreciar o que de singelo, mas bonito, nos pode animar a nossa oportunidade de gozar a beleza. Bom dia a pensar no que está à nossa volta.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Mata da Gafanha – Um pulmão da nossa região

Mata da Gafanha

Toda a gente sabe que a Mata da Gafanha é o principal pulmão da nossa região e a sua extensão não permite que os povos que a rodeiam ou nela habitam a conheçam em profundidade­. Muitos a cruzam em todos os sentidos e identificam alguns instituições, mas tudo o mais ignoram.
O Pe. João Vieira Rezende diz, na Monografia da Gafanha, de sua autoria, que «A sementeira do penisco, começada a norte em 1888, tem sido muito morosa, ultrapassando somente depois de 1939 o sítio da capela de N. Senhora-da-Boa-Hora. Hoje [1944] está ligada com a Mata de Mira».
Como facilmente se compreende a Mata da Gafanha serviu para defesa dos terrenos agrícolas que lhe ficavam a sul, fustigados pelos ventos e pelas areias dunares, Entretanto, os seus pinheiros forneciam lenha para as lareiras gafanhoas. A recolha da frança (ramos secos que caíam naturalmente) era por vezes gratuita, ou paga, sob controle dos Guardas Florestais. Os dias de apanha eram anunciados previamente. Estavam longe outras formas de energia para o nosso povo.
Posteriormente, nasceu a Colónia Agrícola da Gafanha, de que falaremos numa próxima oportunidade.

F. M.

Nota: Publicado no TIMONEIRO

Medo da Luz


«Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro, mas a verdadeira tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz»

Platão

Descansar também é preciso


Descansar também é preciso. Esta frase está carregada de verdade. Realmente, passei por essa análise um dia destes quando os meus olhos mo pediram. E parei a pensar nuns tempos de folga. Seria uma semana, mas não resisti. 
Cá estou de volta com a promessa de seguir alguma moderação.

Fernando Martins


segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

História de um novo caminho

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

A problemática do poder de dominar não é um assunto menor dos quatro Evangelhos. Era tema de debate entre os discípulos quando o mestre não estava presente: quem seria o maior quando Jesus tomasse o poder?

1. Estamos em período de eleições. Os cristãos não podem pedir aos seus escritos fundadores, ao Novo Testamento, indicações para formar partidos políticos. Jesus Cristo não deixou nenhuma receita económica, política ou religiosa para governar a sociedade. Não é desprezo pela política. Esta é uma realidade humana fundamental, bem ou mal configurada segundo os povos e as culturas, que deveria ser para conseguir o bem comum, o bem de todo o povo. Mas vamos encontrar, nesses textos, algo de radicalmente novo acerca do poder económico, político e religioso.

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