sábado, 5 de janeiro de 2013

Etnográfico da Gafanha da Nazaré canta as janeiras




No respeito pela tradição, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré visitou-nos hoje para nos desejar bom ano, com o Cantar das Janeiras. Agradecemos e desejamos que o Grupo também continue com alma a divulgar os nossos cantares.  Se Deus quiser, cá o espero em 2014.

Escola acolhedora e o azul celeste da Gafanha


Ano novo… espaço novo! 
Maria Donzília Almeida



Por entre beijos, abraços e outros cumprimentos, pós-natalícios, lá começou mais uma etapa, na carreira de todos os professores, no 2.º período deste ano letivo 2012/2013. 
Na nossa escola, debruçada para a ria, também houve o movimento, o bulício e a alegria que são típicos, numa grande empresa que retoma a sua atividade. 
Como o ano novo vem sempre associado a uma vida nova, assim diz a tradição popular, houve, na nossa escola a confirmação disso mesmo. Os primeiros tempos de aula, da manhã, foram destinados à visita/reconhecimento do novo espaço que nos esperava a todos. A todos, sim, mas particularmente aos alunos, pois são estes os mais assíduos, numerosos e constantes frequentadores! Refiro-me à cantina da nossa escola, que durante a interrupção letiva, sem prejuízo para os seus habituais utentes, foi amplamente remodelada, no seu visual. Adquiriu o aspeto de uma grande sala de refeições, que não destoaria num qualquer hotel, de um qualquer destino turístico, por mim já frequentado. 
Houve o cuidado e a ação pedagógica inerente, programados pela direção da escola, para apresentar, aos alunos, este local arejado, luminoso e esteticamente atrativo. Aqui, irão decorrer as refeições, servidas, cuidadosamente, pela escola, à comunidade escolar.


Bento Domingues e a merecida homenagem

Cronista do Reino de Deus a caminho
Anselmo Borges

Anselmo Borges


No passado dia 10 de Dezembro, realizou-se em Lisboa uma merecida homenagem a Frei Bento Domingues, com a apresentação do livro Frei Bento Domingues e o Incómodo da Coerência, onde escrevem personalidades destacadas de diferentes quadrantes da cultura, da política, da religião.

Os intervenientes na sessão salientaram os valores por que Frei Bento se rege: a coerência, o diálogo, o humanismo universalista (Guilherme d'Oliveira Martins), a sabedoria, a dignidade humana, a ética (Maria José Morgado), o amor, a tolerância (Luís Osório, que concluiu: "Sempre que vejo um homem e penso em Jesus, penso em Frei Bento").

Ao longo da sua vida, foi deixando lições fundamentais: a paixão por Jesus Cristo, a liberdade cristã - "foi para a liberdade que Cristo nos libertou", escreveu São Paulo -, uma teologia que tem de ser encarnada, o combate pelos direitos humanos, a magnanimidade com os perseguidores, o despojamento em relação ao Poder, que conhece mas ao qual nunca se colou, a alegria, aliada a uma ironia fina, uma generosidade sem limites. É enorme a dívida da Igreja e dos portugueses para com Frei Bento Domingues.

Os Magos, protagonistas da procura de Jesus-Menino


ESTRELA GUIA QUEM PROCURA JESUS
Georgino Rocha

Magos encontram Jesus-Menino


Os Magos, protagonistas da procura de Jesus-Menino, são guiados por uma estrela em todo o seu percurso: da terra natal à cidade de Jerusalém e a Belém, local onde O vêm a encontrar. Mais do que a importância histórica, os Evangelhos da Infância destacam o alcance simbólico desta procura, as fases do processo de amadurecimento humano que se expressa na prostração e adoração, gestos típicos de quem alcança uma fé sólida e profunda. Fazem o itinerário pessoalmente e em conjunto, dimensões específicas da fé cristã. Sentem dificuldades e deparam-se com obstáculos que, persistentemente, vão superando. Aguentam períodos de ocultamento das certezas e afrouxamento das convicções, mas a força do desejo alimentado pela confiança impele-os a avançar.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Átomo e Preconceito


“É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”

Albert Einstein 
(1879 – 1955)

Nota: Uma verdade indesmentível e confirmada dia a dia, nas atitudes, nos hábitos, nos pensamentos e nos atos de pessoas e comunidades. Vejam só como a mulher, que luta há séculos pela sua emancipação, ainda continua sendo o símbolo do sexo fraco e frágil, sem conseguir ocupar, em plenitude, lugares de liderança.

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Graças presas ao céu por um cabelo

365 oportunidades 
João Aguiar Campos 


João Aguiar Campos

1. Foi por acaso, numa partilha de rede social, que cheguei ao desenho da criança, sentada a meia encosta, ao lado do seu fiel cachorrinho. 
Num diálogo que só a imaginação pode assegurar, ela pergunta: «Que nos trará o ano que vem?». O cachorrinho, de orelhas arrebitadas e cérebro vivo, responde prontamente: «365 oportunidades». 
Confesso não saber se, na surpresa de uma questão igual, eu daria igual resposta. Admito mesmo um discurso redondo, evocando previsões de Agenda, evoluções desenhadas por uma série de indicadores ou prognósticos de consultores reais ou fictícios, etc, etc. Falar de 365 oportunidades porventura não me ocorreria. E constato-o com pena!


PELA POSITIVA: 10 mil mensagens

Em férias, sempre com a digital


O meu blogue Pela Positiva nasceu em 14 de dezembro de 2004. Já completou, portanto, oito anos de vida intensa. Hoje mesmo verifiquei que editei durante este tempo 10 mil mensagens, que estiveram abertas a mais de 730 mil entradas, registadas desde janeiro de 2005 até ao presente, com algumas interrupções de permeio, por avaria técnica. 
Sem qualquer formação para além da que recebi, durante uma horita, do amigo e jornalista José Carlos Sá, que me desafiou a iniciar esta longa caminhada, ensinando-me os primeiros passos, nunca admiti permanecer no ativo todo este tempo. Foi uma caminhada de descoberta contínua, de ensaios constantes, de procura persistente, de luta contra a minha própria paciência e ignorância. E o pouco que sei também o soube partilhar com amigos que o eram ou se tornaram fiéis e que ajudei a subir para a carruagem do ciberespaço. 
Disse então, na primeira mensagem, o seguinte: 
«O meu propósito, a partir de hoje e neste espaço, situa-se na linha dos que apostam, no dia-a-dia, num mundo muito melhor. Não simplesmente pelo protesto, que será sempre a via mais fácil e menos estimulante, mas fundamentalmente pela defesa do bem, do belo, dos afetos, em suma, dos valores que enformam a nossa civilização. 
Pela Positiva vai ser o meu lema de todos os dias, quer na análise dos mais diversos acontecimentos, quer pela divulgação do que vou lendo, quer pela defesa do que vou refletindo, quer, ainda, pela partilha de gestos, porventura ignorados ou marginalizados, que são matriz de uma sociedade mais justa e mais fraterna. De bom grado se aceitam sugestões, desde que venham pela positiva.» 
Hoje, dia em que completei o bonito número de 10 mil mensagens, ainda não cheguei ao fim, porque parar é morrer. Eu quero continuar vivo, ativo, interveniente numa sociedade frágil que precisa de todos. Agora mais do que nunca. 
Durante estes anos, pude contar com a preciosa colaboração de inúmeros amigos que comungam comigo ideais de uma cidadania ativa. Quero agradecer-lhes a generosa e oportuna contribuição, na senda de um mundo mais fraterno. Não os cito para não correr o risco de algum esquecimento injusto. Eles estão no meu blogue e continuam de braço dado comigo. 
Para os  leitores, muitos dos quais são presença assídua, aqui ficam os meus agradecimentos sinceros. Alguns já partiram, mas continuam connosco. 

Fernando Martins

O Dia Mais Belo: HOJE


Pensamento para hoje


"Não tenha medo de que a sua vida acabe um dia! 
Tenha medo, ao invés, de que ela não comece realmente" 

Cardeal John Henry Newman 
(1801 - 1890) 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Um blogue para partilhar emoções e saberes




Soube do nascimento, há dias, de um blogue que dá pelo nome de EVOLUIR, com morada certa aqui. Trata-se de um projeto que aposta em «partilhar emoções, conhecimentos e saberes», como afirmam os seus donos em subtítulo. 
Na rubrica “Quem somos” contam um pouco das suas vidas e da forma como um dia se encontraram, mas também como nasceu o grupo da "Avenida da Escrita, n.º 60, Praceta da Vida". 
Nesta hora em que o blogue avança corajosamente pelo mundo virtual, fascinante porque abrangente, mas com ligações profundas ao mundo real, formulo votos de vida longa, enriquecida pelo sentido desejado e necessário da partilha e amizade.

FM


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Pérolas da Natureza

A 1.ª fotografia do ano do Carlos Duarte


O Carlos Duarte teve a gentileza de me oferecer a sua 1.ª fotografia deste ano novo. E diz: «São "pérolas da natureza" captadas hoje no meu jardim; se mais não fosse preciso, esta imagem chegaria para afirmar quanto é bela a natureza, basta querermos ver...»
Eu acrescentaria, meu caro Carlos, se é que tal será necessário, que a natureza, tão rica e tão bela, continua à margem de muitos dos nossos olhares, que se contentam, imensas vezes, com banalidades sem sentido e sem razão. O que nos vale é a sensibilidade dos artistas, que nos mimoseiam com os seus registos raros e únicos, que ficam para a vida como pérolas sem preço. 

FM


Mensagem do Papa para o 46.º Dia Mundial da Paz: 1 de janeiro de 2013

Bem-aventurados os obreiros da paz


«Há necessidade de propor e promover uma pedagogia da paz. Esta requer uma vida interior rica, referências morais claras e válidas, atitudes e estilos de vida adequados. Com efeito, as obras de paz concorrem para realizar o bem comum e criam o interesse pela paz, educando para ela. Pensamentos, palavras e gestos de paz criam uma mentalidade e uma cultura da paz, uma atmos¬fera de respeito, honestidade e cordialidade. Por isso, é necessário ensinar os homens a amarem-se e educarem-se para a paz, a viverem mais de benevolência que de mera tolerância. Incentivo fundamental será « dizer não à vingança, reconhecer os próprios erros, aceitar as desculpas sem as buscar e, finalmente, perdoar »,[7] de modo que os erros e as ofensas possam ser verdadeiramente reconhecidos a fim de caminhar juntos para a reconciliação. Isto requer a difusão duma pedagogia do perdão. Na realidade, o mal vence-se com o bem, e a justiça deve ser procurada imitando a Deus Pai que ama todos os seus filhos (cf. Mt 5, 21-48). É um trabalho lento, porque supõe uma evolução espiritual, uma educação para os valores mais altos, uma visão nova da história humana. É preciso renunciar à paz falsa, que prometem os ídolos deste mundo, e aos perigos que a acompanham; refiro-me à paz que torna as consciências cada vez mais insensíveis, que leva a fechar-se em si mesmo, a uma existência atrofiada vivida na indiferença. Ao contrário, a pedagogia da paz implica serviço, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança.»

Ler mensagem aqui 

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Cortejo dos Reis na Gafanha da Nazaré — 6 de janeiro


Nova Luz da Humanidade 

Reis de 2012

O Cortejo dos Reis, mais que centenária festa popular da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré, vai animar a nossa terra no próximo dia 6 de janeiro. Dissemos mais que centenária, pois a sua origem remonta a tempos anteriores à criação da freguesia, que ocorreu em 1910. Sabe-se que nos primórdios não se realizava o cortejo tal como hoje, já que as pessoas, pessoalmente ou em grupo, se encaminhavam no dia aprazado para junto da antiga capela, existente na Chave, que serviu de matriz até à abertura ao culto da nossa atual igreja, o que aconteceu a 14 de janeiro de 1912. Aí havia cerimónias próprias da época litúrgica, enquadrando-se nelas, segundo relatos orais dos nossos avós, algumas cenas de teatro religioso, posteriormente ampliadas e melhoradas. 
Os tempos e hábitos evoluíram e com eles foi-se alicerçando o Cortejo dos Reis, integrando-se no trajeto os autos natalícios bem conhecidos e muito apreciados pelo povo, ano após ano, sem cansaço nem desinteresse. Em cada cena de cada auto, não falta quem assista, e os mais velhos, de tanto verem e ouvirem o que dizem os atores, conseguem saber de cor algo do que se faz e se proclama.

José Maria Serafim (ver nota ao fundo)    
 
É certo e sabido que os habituais participantes continuarão a marcar presença, expressiva e significativa, não vá dar-se o caso de esmorecer o entusiasmo que os nossos antepassados nos deixaram! E com o seu exemplo, familiares, conhecidos, amigos e vizinhos hão de incorporar-se no cortejo, não apenas para participar pelo participar, mas sobretudo para ficarem a saber como é, o que se sente e vive, porque importa receber e interiorizar o espírito da festa, para o poder legar aos vindouros. 
Como manda a tradição, a estrela de Belém indicará o caminho a partir de Remelha até à nossa igreja. É certo que ela desaparece quase no fim do cortejo, mas todos acabarão por descobri-la pouco depois, ou não seja ela a Nova Luz da Humanidade, o próprio Deus-Menino.

Uma rainha no meio dos presentes

O povo, com os seus presentes, vai entrando na festa durante o percurso. Vive os autos natalícios, pede contributos para o Menino Jesus, canta e dança, e, no final, depois de registar e recusar as manhas do Rei Herodes, que queria, traiçoeiramente, liquidar o filho da Virgem Maria, tido por muitos como Rei dos Judeus, entra na igreja matriz para beijar a Nova Luz do Mundo, o Deus-Menino, entoando os cânticos mais belos, sempre enternecedores.

Fernando Martins

Nota: O José Maria Serafim Lourenço, amigo de sempre, tem sido um assíduo animador do nosso Cortejo dos Reis. No ano passado ainda participou, mas as pernas já não lhe permitiam grandes caminhadas, tal como me confessou. Participava sempre com seu irmão Manuel Serafim, também um amigo que muito estimo. O José Maria confessou-me há dias que este ano não poderá marcar presença com o seu banjo. As pernas não lhe poderão dar esse prazer. Por isso, pelo seu esforço e exemplo de tantos anos, aqui fica a minha homenagem. E se ele me desmentisse?

F. M.

Votos de Bom Ano do Google


Faço meus os votos do Google, na preparação para a chegado do novo ano, anunciado há muito como um ano para esquecer. Apetece-me dizer para longe vá o agoiro, porque a esperança não pode morrer. Importa, isso sim, lutar com garra para que tal não aconteça. Com garra, mas também com o sentido do discernimento e da ousadia, necessários na hora das dificuldades. E se for mesmo  mau, ao menos que se vislumbrem sinais de vitória à custa da nossa vontade de levantarmos Portugal do atoleiro em que o meteram. Que no mínimo saibamos aprender a lição de que não se pode gastar mais do que se tem.
Já agora, que ainda saibamos olhar e ajudar quem nada tem, neste século de tantos progressos científicos e tecnológicos. 

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