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domingo, 7 de setembro de 2025

Joana Maluca nasceu neste dia

Joana Rosa de Jesus 
nasceu em 7 de Setembro de 1788


Em 7 de Setembro de 1788 nasceu Joana Rosa de Jesus, também conhecida por Joana Maluca ou Joana Gramata. Viria a falecer em 1878, com 90 anos de idade, portanto.
O apelido Maluca veio de seu marido, José Domingos da Graça, a quem chamavam “o Maluco”, no dizer do primeiro pároco da Gafanha da Encarnação, padre João Vieira Rezende, autor da Monografia da Gafanha.
Quando faleceu, Joana Maluca deixou nove filhos e 66 netos, que chegou a conhecer, tendo todos eles deixado prole.
Diz o Padre Rezende: “É claro que, uma geração tão numerosa e florescente, entroncada numa idade tão provecta, e a quem ela assistia como senhora, e rainha, deu-lhe o direito de crismar a sua povoação, a Gafanha-da-Gramata, com a alcunha que ela tinha recebido do marido. Era de justiça o privilégio, que os lugares circunvizinhos lhe concederam. Aparecer no local mal povoado uma macróbia, chefiando um povo de 66 netos, dava direito a consagração que ficasse marcando nas gerações futuras – mesmo como aproveitável lição contra as nefandas práticas do maltusianismo, agora em moda.“Ainda hoje [1944] existem na Gafanha da avó Maluca, na Gafanha-da-Maluca, muitos Domingos da Graça, seus descendentes, mais conhecidos por Malucos. Desta vez foi a Joana maluca quem deu o nome a esta Gafanha."

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Joana Gramata da Gafanha da Encarnação

Crónica de um professor, 
por Maria Donzília Almeida

Joana Gramata

Está no imaginário de quase todos os habitantes da Gafanha da Encarnação, este gentílico, nomeadamente nos mais antigos, os que emergem do século passado. Integra até um topónimo, que me traz gratas recordações, pois foi lá que nasci e passei os verdes anos da minha meninice e adolescência. Perdeu o sentido, quando dali partiu o patriarca, deixando a casa que habitou, cheia de recordações e amargura! 
A Gafanha da Gramata, ou Gafanha da Maluca começou a designar-se por Gafanha da Encarnação, só em 1848, um século anterior ao meu aparecimento neste mundo. Joana Maluca e o seu segundo marido tinham mandado erigir, nesse ano, a primeira capela dedicada a Nossa Senhora da Encarnação, neste lugar.
A designação de Gramata, proveio de uma planta marinha existente na zona. A atual vila da Gafanha da Encarnação tomou aquele nome, não só pela existência da tal planta, mas pela necessidade de a distinguir da Gafanha da Nazaré.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

De novo a «Joana Gramata»

Um texto de Senos da Fonseca


Estávamos no dealbar do séc. XIX.
Joana Rosa de Jesus, descendente do velho Gramata, um dos primeiros que tinha posto pé por aquelas beiras disposto a «lançar ferro», e ali ficar, tinha naquela noite em que o luar espargia, quente e prateado aquele «mar dunar», decidido ir ao encontro do vento. Que se tinha esquecido de espinotear como garrano selvagem, permitindo que o bafo quente saído da terra, ainda a cheirar a salsugem, penetrasse, bofes adentro, como sussurro de búzio. A noite estava calma. Vindo lá do suão a aragem leve, estival, tinha tomado conta da planície, fustigando ao de leve os caniços secos e as hastes de milho que começavam a enverdecer aquelas paragens maninhas. A planura era um mar de silêncio que só o bulício dos milheirais quebrava.

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